SESSÃO 4 LITERATURA E CULTURA II

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1 SESSÃO 4 LITERATURA E CULTURA II

2 A IDENTIDADE NACIONAL PRESENTE NAS OBRAS O GUARANI DE JOSÉ DE ALENCAR E EL GAUCHO MARTÍN FIERRO DE JOSE HERNANDEZ Geisa de Souza Rocha 1 Iara Kastrup 2 O presente trabalho tem como objetivo a comparação de duas obras O Guarani de José de Alencar e Martin Fierro de José Hernandez. Para um maior entendimento das obras o contexto histórico será fundamental, para uma conceituação do nacionalismo, como surgiu como se dá nas obras analisadas quais elementos comprovam a identidade nacional nessas obras. A comparação se centra na ideia do nacionalismo presente nas duas obras que respectivamente são do Brasil e da Argentina tratam de contextos históricos de guerras, de transição de governos, nos quais se percebe a verbalização da situação do momento que se vivia nesses países. É apresentada aqui a visão de alguns autores a respeito do que vem ser a literatura comparada que servirá como suporte para o desenvolvimento do trabalho, como NITRINI (2000) e CARVALHAL (1992), é abordado também à ideia do que vem a ser a identidade nacional com o autor HALL (2006). Além de textos da internet que foram utilizados para auxiliar na construção desse trabalho. Observa-se uma semelhança no tocante da identidade cultural que é retratada nas duas obras de países e culturas diferentes, pois trata de um mesmo assunto de forma semelhante o nacionalismo. Palavras-chave: Literatura Comparada; Nacionalismo; Identidade Cultural. 1 Discente regularmente matriculada no curso de Licenciatura em Letras, Língua e Literatura Espanhola da Universidade do Estado da Bahia (UNEB) campus V. 2 Professora da disciplina Literatura Comparada II e orientadora na produção desse trabalho, que foi apresentado como requisito parcial da disciplina citada. 33

3 A REPRESENTAÇÃO DO SERTANEJO EM CAPITÃES DA AREIA Bárbara Cecília Santos Neves 1 Jorge Amado, em algumas obras, buscou representar o sertão sob vários olhares e perspectivas. Em Capitães da Areia (1937) essa representação ocorre com a personagem Volta-Seca. Este morava com o grupo de garotos no Trapiche habitando as areias das praias de Salvador, porém, nutria o desejo de voltar ao sertão para se tornar um cangaceiro do bando de Lampião. O presente trabalho visa analisar a representação amadiana do sertanejo e do cangaço, evidenciando o personagem Volta Seca. Analisar-se-á, a partir das leis de proteção para crianças e adolescentes utilizadas nos anos trinta do século XX, os métodos de tratamento usados para coibir a prática criminal na adolescência e os mecanismos de proteção e garantias de direito à criança e ao adolescente. Sobrepondo a relação com a narrativa ficcional e a história real, visto que Volta-Seca realmente existiu e foi o mais jovem e violento cangaceiro do grupo de Lampião. Pretende-se analisar como Amado, a partir do personagem Volta Seca, representa o sertão e o cangaço em sua obra, quais imagens são utilizadas pelo autor e a representação possibilitada por esta narrativa. Palavras-chave: Cangaço; Lampião; Criança; Adolescente; Criminalidade. 1 Formada em letras vernáculas pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB). Mestranda em Literatura e Diversidade Cultural pela Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), Bolsista pela CAPES. 34

4 CONCRETISMO BRASILEIRO: RAÍZES E REFLEXOS Ivana Karoline Novaes Machado 1 O presente texto procura discutir as bases teóricas e históricas do concretismo, partindo, inicialmente, de uma análise de seus princípios e suas referências mais evidentes. Em segundo lugar, observaremos a sua relação com as artes visuais para, em seguida, apontar brevemente a produção poética de Paulo Leminski, como comprovação da existência de dissidentes do movimento, o que explicaria o sucesso, mesmo póstumo, do movimento. Palavras-chave: Concretismo; Artes visuais; Leminski. 1 Graduanda em Letras pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB). 35

5 DESCORTINAMENTO DE UM NOVO ETHOS NA POÉTICA DE PATATIVA DO ASSARÉ: UMA ABORDAGEM ECOCRÍTICA Paula Santos Nascimento 1 Não há como refutar o fato de que a humanidade vem passando por uma crise sem precedentes. A degradação de nossa casa comum, a Terra é o sinal mais visível desse processo. Porém vale salientar que o cenário atual não seria de tragédia, mas de crise. A crise acrisola, purifica e amadurece. Ela anuncia um novo começo, uma dor de parto promissor, e não as penas de um abortamento da aventura humana (BOFF, 2010, p. 50). Assim sendo, a proposta aqui desenvolvida é trabalhar uma perspectiva sistêmica e holística da natureza, longe de concepções reducionistas e essencialistas, mas privilegiando a reemergência de sentimentos de co-pertença e solidariedade cósmica. Para isso, se incluem nos objetivos deste estudo a discussão entre literatura e ecologia, através de uma abordagem ecocrítica, que vem justamente nos ajudar a repensar certas posturas e conceitos já tacitamente assimilados, não só pelo senso comum, mas igualmente pela reflexão de alguns teóricos. Por esta via, observamos a natureza no tecer poético de Patativa do Assaré, mostrando, primeiramente os aspectos representacionais e funcionais que a natureza desempenha dentro de sua poética, em seguida, apresentamos, tomando a ecocrítica como ferramenta de análise, a inauguração de uma nova percepção de natureza e de sujeito, e por último, demonstramos como Patativa do Assaré estabelece uma poética ecológica, por meio de uma linguagem verde. O trabalho encontra-se fundamentado nas contribuições de Boff (2000, 2010), Candido (2007), Capra (1996), Crema (1989), Dufrenne (1969), Garrard (2006), Serres (1990), Unger (1991, 1992) entre outros, por estarem dentre de uma perspectiva que prioriza uma dimensão ecológica do ser. Ademais, constata-se a importância desta pesquisa, uma vez que estamos inseridos em um cenário de crise, tal crise planetária, multidimensional em sua abrangência, pode ser traduzida como uma crise de fragmentação, atomização e desvinculação (CREMA, 1989, p. 22), desse modo, é urgente a retomada de uma visão orgânica e integradora, que busque salvaguardar o planeta e garanta a coevolução do ser. Assim, acredita-se que esta pesquisa contribuirá com um material teórico para a abrangência do estudo do tema, bem como, para uma melhor 1 Mestre em Literatura e Interculturalidade pelo Programa de Pós-Graduação em Literatura e Interculturalidade da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). 36

6 compreensão e disseminação de um novo ethos, que implante a consciência de que temos o mesmo destino e a mesma origem da Terra. Palavras-chave: Natureza; Ecologia; Literatura; Ecocrítica; Poesia. 37

7 UM PÉ NO PREGO SUJO DA VERDADE: RESISTÊNCIA E TENSÃO NA OBRA POÉTICA DE ROBERVAL PEREYR Ricardo Thadeu Guimarães Souza 1 Neste artigo, pretende-se analisar a resistência e a tensão enquanto aspectos remanescentes da poesia lírica moderna que caracterizam e singularizam a obra do poeta baiano Roberval Pereyr. Para isso, foram selecionados poemas de livros diversos que comprovam a existência da resistência e da tensão como traços da modernidade que se atualizam em sua obra. Examinam-se também os efeitos dos dois aspectos anteriores na poesia do autor, tendo em vista o processo de singularização da mesma no seu diálogo com a tradição poética moderna. Palavras-chave: Resistência; Tensão; Poesia; Roberval Pereyr. 1 Graduado em Letras com Língua Espanhola pela Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), onde também fez o curso de Especialização em Estudos Literários e atualmente cursa o Mestrado em Literatura e Diversidade Cultural. 38