O BRINCAR COMO ESTRUTURANTE DO SUJEITO

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1 1 O BRINCAR COMO ESTRUTURANTE DO SUJEITO Mônica Fujimura Leite 1 RESUMO: O estudo da constituição do sujeito segundo a teoria estruturalista de Lacan, sucita questões fundamentais para a psicanálise.a cria humana, por nascer imatura, está numa posição de extrema fragilidade, e necessita de um adulto experimentado que assegure sua sobrevivência, biológica e psíquica. Nesse processo, espera-se que a possa aprender a circular na linguagem e no social e dar conta de si. Porém, nem sempre é isso que acontece, existem crianças que não se desenvolvem como o esperado e é aí que os pais procuram ajuda. A psicanálise propõe-se a não responder à questão, debruçando-se sobre este que vem e ouvindo o que se passou em sua história e que posição ele tomou diante dela. A criança é antecipada por seus pais e tenta responder desse lugar. O real de seu corpo a impossibilita e ela usa o brincar para dar conta disso e apropriar-se de suas marcas. O sintoma da criança vem denunciar o que está acontecendo nessa relação. Quando o desejo da mãe não é direcionado a algo para além da criança, e esta acaba aprisionada no fantasma materno. Essas crianças não convocam o Outro em seu brincar e não armam brincadeiras simbólicas. O objetivo deste trabalho foi o de verificar o alcance de uma intervenção com o referencial da psicanálise, utilizando-se o brincar com essas crianças. As intervenções foram realizadas em instituições que tratam de crianças ditas com Distúrbios Globais do Desenvolvimento, sendo realizadas na forma de atendimentos individuais e oficinas em grupo com as crianças e atendimento individual com as mães. Verificou-se que o sintomas das crianças respondiam a uma resposta as suas mães, e como a oferta de um outro lugar para elas se concretizou efetivo, realizando com os profissionais o que os pais não puderam fazer, e de que isso teve efeitos de um posicionamento diferente dessas crianças no mundo. 1 monica_psicolog@pop.com.br. Universidade Estadual de Londrina.

2 2 O estudo da constituição do sujeito segundo a teoria estruturalista de Lacan, sucita questões fundamentais para a psicanálise. O sujeito do inconsciente, como seu objeto de estudo, não tem idade, e sua constituição não segue uma sequência linear. A cria humana, por nascer imatura, está numa posição de extrema fragilidade, e necessita de um adulto. Nesse processo, espera-se que a possa aprender a circular na linguagem e no social e dar conta de si. Porém, nem sempre é isso que acontece, existem crianças que não se desenvolvem como o esperado, não falam, não andam, não controlam os esfincters, não aprendem. Permanecem numa posição de extrema dependência de seus pais (ou cuidadores), ocasionando angústia a eles. As crianças são então levadas a profissionais, os quais, cada um de seu saber, dá um diagnóstico, conferindo-lhes os rótulos de: autistas, hiperativas ou portadoras de distúrbios globais do desenvolvimento. Tratam-nas no sentido de medicá-las, eliminar comportamentos estranhos e estimulá-las a se desenvolverem no tempo certo. A psicanálise propõe-se a não responder à questão, debruçando-se sobre este que vem e ouvindo o que se passou em sua história e que posição ele tomou diante dela. A história da criança está ligada à da mãe, sendo necessário então também ouví-la. Para a mulher, a questão da maternidade remete - a a questões importantes: o presente do homem, a possibilidade de obter uma restauração narcísica. Geralmente, o que acontece é que, com o nascimento da criança, o real se impõe, e, por mais que satisfaça, também, decepciona, existe um desejo que não se realiza. Por outro lado, a criança, como nasce totalmente dependente de um outro que lhe cuide (no caso a mãe), tenta colocar-se no lugar do que completa a mãe, a fim de garantir sua presença. Essa junção da fome com a vontade de comer, acarreta em inúmeras vicissitudes.o sintoma da criança vem denunciar o que está acontecendo nessa relação, ou seja, existe uma escolha do sujeito em seu sintoma

3 3 Segundo, Lacan (1998), o sintoma da criança pode estar respondendo ao que há de sintomático na estrutura familiar ou estar diretamente ligado à subjetividade da mãe. No segundo caso, o desejo da mãe não é direcionado a algo para além da criança, e esta acaba aprisionada no fantasma materno. Isso é passível de acontecer a partir da própria condição do humano. Lacan (1985) diz que o sujeito aparece primeiramente no Campo do Outro (cuja mãe é a primeira a encarnar), que é o campo do sentido e o antecede. Do lado do sujeito, existe apenas um quantum de excitação. O ser humano se consitui a partir de duas faltas: a real implica no seu ser sexuado, necessitando de um outro para sobreviver e procriar. Para fazer isso não conta com uma representação psíquica. Pede ao Outro que lhe dê isso que lhe falta (o significante está no campo do Outro). Ao aceitar significantes do Outro, sai do puro biológico, instaurando o circuito pulsional e a demanda O Outro o denomina com o primeiro significante, representando esse sujeito para um outro significante, alienando-o a ele. Essa operação constitutiva é a Alienação. O sujeito fica fixado nesse traço atribuído a ele, oscilando, dividido, entre o significante que o representa e outro significante que representa o Outro, e toda cadeia significante. Ele tem que negar esse traço, ao lê-lo, para poder se apropriar dele. Quando isso acontece, o sujeito sofre um fading, ou seja, desaparece. O que vem salvar o sujeito, permitindo-lhe uma via de retorno do vel alienante é a segunda operação constituinte, a Separação. Isso é possível pelo fato de que o Outro é apenas suposto ter o saber sobre o sujeito, mas não o tem. Realiza a ação, emprestando-lhe significações em nome de seu desejo próprio. É o enigma do desejo dessa mãe, que se desloca para outras coisas além da criança que lhe possibilita se perguntar: o que o Outro deseja? E ao deparar-se com sua falta (de saber e da possibilidade de completá-la), ele pode posicionar-se e responder de diferentes formas, possibilitando aí uma escolha e um desejo em seu nome. Nessa dialética, fica a experiência de que nunca é possível a satisfação almejada,

4 4 ou seja, falta. Segundo Wisniewki (1989), o que possibilita essa experiência é o registro imaginário, a partir do estadio do espelho, fazendo-a perceber que mesmo que ela se proponha a preencher a mãe, sua insuficiência não o permite. Isso significa que o lugar ideal no qual a criança é colocada constitui um paradoxo com o real de seu corpo. A criança não circula pelo discurso como o adulto, e o brincar produz um alinhavo, sendo as cenas como palavras, armando uma extensão simbólica. Ela pode ir desdobrando sua resposta ao Outro, ao adquirir recursos para responder de outras maneiras a esse ideal. O início do brincar simbólico se dá com o que Freud postulou como Fort Da, a partir da observação de seu netinho ao brincar com o carretel, fazendo-o desaparecer e reaparecer, pronunciando ooo...aaa. Era uma elaboração à saída da mãe, à qual estava submetido, sendo que,, na brincadeira ele passava à atividade, fazendo o objeto desparecer. Quando a criança consegue fazer isso, já está num grau de representação psíquica, é capaz de representar uma ausência ( e que não desaparece junto com o Outro). Para que isso aconteça, é necessário que o bebê tenha passado por outros tipos de jogos, que Jerunsalinsky (2002) denomina de Jogos constituintes do sujeito. Este jogos, geralmente, se sustentam na relação mãe-bebê, tornando os cuidados corporais algo para além do biológico. Ao focar sua atenção em lugares diferentes, a mãe vai erogeneizando o corpo desse bebê. O bebê, por sua vez, no trabalho se ir marcando a superfície de seu corpo, se meleca com a papinha, com o xixi, etc, delimitando esse corpo. Em seguida, procura buracos, fora, para saber dos seus próprios, enfiando o dedo nas tomadas, vasos, na boca da mãe. Esse jogos são fundamentais para instaurar o circuito pulsional na criança, para que ela passe da passividade para chegar a se oferecer como objeto de desfrute da mãe, fazendo-se ser olhado por ela. Com o tempo, passa a convocar esse olhar pelas produções que faz, elementos que a cultura lhe oferece

5 5 instrumentalizando-a para a relação com o Outro.Brincadeiras de deixar cair as coisas marcam uma descontinuidade, do objeto que cai, e que geralmente o adulto pega de volta. Esse é um jogo muito importante, é a possibilidade de a criança verificar que é possível deixar -se cair, enquanto objeto que completa a mãe, sem desaparecer se não for esse objeto; e ainda que pode perder também objetos de seu corpo, sem ir junto com eles. Recupera-os em outra dimensão, oferecendo-os de presente à mãe.esta, ao oferecer brinquedos para que o bebê se entretenha enquanto ela faz outras coisas, o auxilia a suportar a ausência dela. Jogos de esconder o rosto do bebê para achá-lo em seguida também são fundamentais nesse processo de marcar essa descontinuidade com relação ao olhar do Outro. Existem porém, crianças que não brincam: repetem, cenas que se iniciam e terminam em si mesmas, realizando movimentos estereotipados, não existindo um fio que alinhave essas cenas. Utilizam os objetos meramente pelo seu uso óbvio, não expandindo o simbólico para além. Ao brincar, não possuem esse recurso de oferecer ao Outro, não realizaram uma separação. Esta operação não ocorre naturalmente, é necessário um querer. Em primeiro lugar, a mãe enquanto sujeito, pode estar em diferentes momentos em seu processo de Alienação/separação. Se ela não leu seu traço constituinte, o que faz é repetí-lo pela vida, inclusive em sua relação com o filho. A criança, por sua vez, pode ficar nessa posição de identificação ao que a mãe quer dela, e cria-se uma equivalência entre o desejo dessa mãe e ideal de eu da criança de atendê-lo. Entra num lugar de objeto, não de causa de desejo, mas de desejo da mãe. A mulher se resume à condição de mãe, e a criança, também se reduz a ser tudo para a sua mãe, usando todo seu ser, com seu próprio corpo. Diante disso, o objetivo deste trabalho foi o de verificar na prática como essas questões se fazem verificar e qual o alcance de uma intervenção com o referencial

6 6 teórico da psicanálise. As observações e intervenções foram (e continuam sendo) realizadas em instituições que tratam de crianças ditas com Distúrbios Globais do Desenvolvimento. O trabalho foi realizado em atendimentos individuais e oficinas em grupo com as crianças e atendimento individual com as mães. A partir deste referencial, buscou-se suspender um saber prévio, e buscou-se escutar, aqueles que a trazem (geralmente a mãe) e a criança, em uma posição de admitir para essas crianças um lugar de sujeito, cujas manifestações, por mais bizarras ou sem sentido que possam parecer, implicam em uma decisão. O que se pôde observar nesse trabalho é o quanto a queixa da mãe relaciona-se a uma questão dela própria, e o quanto a criança, em seu sintoma, está respondendo de um lugar que ela entende atender ao desejo dessa mãe. Ao ouvir os pais, e ver as crianças, percebeu-se o quanto elas ficaram numa posição de objeto, seus pais já sabiam por elas, antes de elas falarem. Sua dependência se revelava no fato de que com 4, 12, 19 anos que não irem ao banheiro sozinhas, não tomarem banho, não sentir fome ou comier enquanto houvesse comida. Ou seja, não tinham apropriação nenhuma de seus corpos e vivam de acordo com o que sentiam e faziam por elas. Pôde-se constatar o quanto essa dimensão do para além do biológico não acontecera, bem como essa possibilitação da instalação de uma ausência. Eram crianças que só existiam sob o olhar da mãe. Ao lhes oferecer a possibilidade de se colocarem num lugar diferente do qual costumavam responder, notou-se ser possível o aparecimento de um saber, que estava em suspenso ou inibido. Ao ter esse saber reconhecido, elas passaram a re-conhecerem esse saber e muitas vezes seus pais também. Eles puderam se apropriar desse espaço, existindo longe dos olhos da mãe. Partindo-se da perspectiva de que cada um se inclui como pode, buscou-se construir com as crianças, nesse espaço, possibilidades deles por si só se incluírem no

7 7 mundo. Nos grupos, também lhes foi possível vivenciar o respeito ao espaço, às regras e o limite. Esse aprendizado pela criança, ocorre geralmente naturalmente em vivências do cotidiano na vida em sociedade. Porém essas crianças geralmente não frequentam lugares comuns às crianças (como a escola). Passam os dias indo a profissionais, tomando remédios, são invadidos, tolhidos do mais comum. Eram crianças não brincavam, ou faziam de forma muito empobrecida, os objetos não as seduziam, ou as prendiam por pouco tempo. Notou-se esse empobrecimento simbólico, nos quais os brinquedos serviam apenas para o óbvio. A intervenção foi toda no sentido de acrescentar elementos a essa cena.as crianças passaram a realizar os jogos constituintes com os analistas ou nas monitorias. Fica clara aqui a concepção de Lacan de uma não correspondência cronológica com a constituição de um sujeito. Independente do esperado para a idade, cada uma, estava em um momento diferente desse processo, tendo em comum essa impossibilidade de separar-se dessa mãe, com todas as consequências em que isso implicava. Talvez por não terem acesso à cultura, não dispunham dos meios que esta oferece para que uma criança retirar seu ser e ainda oferecer algo diferente aos pais. Elas se ofereciam por inteiro a ocupar esse lugar, de eternos bebês de suas mães, incapazes de dar conta de si e se relacionar com o mundo. As atividades desenvolvidas nos grupos visavam oferecer-lhes o contato com linguagens diferentes, oferecendo-lhes ferramentas para responder ao Outro de forma menos destrutiva para seu ser. Foi verificado o quanto isso o brincar é realmente importância na estruturação do psiquismo humano, para a elaboração de um saber sobre si, seu corpo, possibilitando-o saber da própria falta, dos objetos que pode deixar cair, de si e do Outro, separando-se desse Outro. E como isso oferece a base para um trabalho de

8 8 separação dessas crianças, implicando isso em assumir uma posição diferente no mundo, podendo existir para além do objeto de satisfação de suas mães. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: FONSECA, G.R. 6ª Reunião: holófrase. In: In: BELAN, Z. et al. Letras da Coisa 7: Análise com Crianças. Curitiba: Publicação da Coisa Freudiana Transmissão em Psicanálise, JERUSALINSKY, J. Enquanto o futuro não vem. Salvador: Agalma, LACAN, J. Duas Notas sobre a criança. Opção lacaniana. Revista Brasileira internacional de Psicanálise. n. 21. abr LACAN, J. O sujeito e o Outro (I): a alienação. In: LACAN, J. O Seminário. Livro11 Os Quatro Conceitos fundamentais da Psicanálise.Rio de Janeiro: Zahar.1985, pg LACAN, J. O sujeito e o Outro (II): a afânise. In: LACAN, J. O Seminário. Livro11 Os Quatro Conceitos fundamentais da Psicanálise.Rio de Janeiro: Zahar.1985, pg RODULFO, R. O Brincar e o significante. Porto Alegre: Artes Médicas,.

9 9 WISNIEWSKI, L.I. 4ª reunião:a separação. In: n: BELAN, Z. et al. Letras da Coisa 7: Análise com Crianças. Curitiba: Publicação da Coisa Freudiana Transmissão em Psicanálise, 1989.

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