UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO MESTRE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU DENUNCIAÇÃO DA LIDE E A INTERVENÇÃO DE TERCEIROS NO PROCESSO

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1 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO MESTRE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 0 DENUNCIAÇÃO DA LIDE E A INTERVENÇÃO DE TERCEIROS NO PROCESSO AUTOR LUCIANA DE MELLO LEITÃO ORIENTADOR PROF. CARLOS AFONSO LEITE LEOCADIO RIO DE JANEIRO 2010

2 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO MESTRE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 1 DENUNCIAÇÃO DA LIDE E A INTERVENÇÃO DE TERCEIROS NO PROCESSO Monografia apresentada à Universidade Candido Mendes Instituto a Vez do Mestre, como requisito parcial para a conclusão do curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Direito Processual Civil. Por: Luciana de Mello Leitão

3 2 AGRADECIMENTOS Aos que se importam.

4 3 DEDICATÓRIA Dedico este trabalho aos meus pais e ao meu marido, que sempre estiveram por perto, com seu apoio incondicional, nas mais diferentes etapas da minha vida.

5 RESUMO 4 O instituto da intervenção de terceiros ocorre quando alguém ingressa como parte, ou coadjuvante desta, em processo pendente. É um meio que oportuniza àquele que tiver um direito que possa ser atingido, mesmo que de forma reflexa, pelos efeitos da sentença, possa intervir no processo, a fim de acompanhar seu andamento, através de uma das formas de intervenção, dependendo da situação em que se encontra o terceiro interessado ou prejudicado. As principais modalidades de intervenção de terceiros, tratadas ao longo do Código de Processo Civil, são: a assistência, na qual o terceiro ingressa ao lado de uma das partes, a fim de auxiliá-la; a nomeação à autoria, que consiste na indicação do legítimo sujeito passivo, ou seja, o terceiro ingressa em substituição da parte ré; o chamamento ao processo, que visa declarar a responsabilidade dos co-devedores, o terceiro ingressa em litisconsórcio com o réu, ou seja, todos ingressam no processo originário. Já a oposição e a denunciação da lide desencadeiam nova relação processual. Na oposição, o terceiro ingressa como autor da nova ação, ou seja, ocorre exclusão do autor e do réu. Na denunciação da lide, a fim de garantir o prejuízo da parte perdedora, o terceiro ingressa como réu da ação de regresso, além, de sua inserção na ação principal.

6 METODOLOGIA 5 O presente trabalho teve como objetivo uma descrição detalhada das características jurídicas do fenômeno em estudo, do tratamento conferido a cada uma delas pelo ordenamento jurídico nacional e de sua interpretação pela doutrina especializada, tudo sob o ponto de vista específico do direito positivo brasileiro, sem a pretensão de uma análise crítica do tema. Para tanto, o estudo que ora se apresenta foi levado a efeito a partir do método de pesquisa bibliográfica, buscando suporte ao seu desenvolvimento em fontes primárias, valendo-se também de fontes secundárias, quando foram analisadas legislações pertinentes. Nesse processo de construção, autores consagrados foram objeto preferencial das ações de pesquisa. Por outro lado, a pesquisa que resultou nesta monografia também foi empreendida através do método dogmático, porque teve como marco referencial e fundamento exclusivo a dogmática desenvolvida pelos estudiosos que já se debruçaram sobre o tema anteriormente, e positivista, porque buscou apenas identificar a realidade social em estudo e o tratamento jurídico a ela conferido, sob o ponto de vista específico do direito positivo brasileiro.

7 SUMÁRIO 6 INTRODUÇÃO... 7 CAPÍTULO I INTERVENÇÃO DE TERCEIROS ATUAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO NO PROCESSO CIVIL 13 CAPÍTULO II MODALIDADES DE INTERVENÇÃO DE TERCEIROS ASSISTÊNCIA OPOSIÇÃO INTERVENÇÃO DE CREDORES NA EXECUÇÃO EMBARGOS DE TERCEIROS RECURSO DE TERCEIRO PREJUDICADO NOMEAÇÃO À AUTORIA DENUNCIAÇÃO DA LIDE CHAMAMENTO AO PROCESSO 52 CAPÍTULO III LITISCONSÓRCIO INTERVENÇÕES DE TERCEIROS QUE FORMAM LITISCONSÓRCIO 61 CONCLUSÃO 66 BIBLIOGRAFIA... 69

8 INTRODUÇÃO 7 A decisão judicial em si, não esgota todos os litígios acerca da mesma pretensão ou das que lhe são conexas. Por vezes, o vencedor de uma demanda terá de partir para outras, a fim de ver consagrado o seu direito de forma integral. Pode ainda ocorrer que determinadas decisões judiciais acarretem para o potencial vencido um direito de regresso contra quem, indiretamente, contribuiu para sua derrota. Quando a pretensão deduzida pertence a outrem, que não as partes originárias, permite-se ao pretendente, desde logo, excluir a titularidade que ambas alegam sobre a coisa ou o direito. O art. 472 do CPC estabelece que a sentença só faz coisa julgada entre as partes do processo, não beneficiando nem prejudicando terceiros. No entanto, as relações jurídicas não subsistem isoladas e inúmeras vezes, há uma interdependência entre as mesmas, fazendo com que a decisão proferida quanto a uma, irremediavelmente, atinja a outra, em alguma de suas partes, ou no seu todo, formatando assim a essência do Instituto da Intervenção de Terceiros. Entre os temas da Parte Geral do Direito Processual Civil, um dos que apresenta maiores dificuldades é o relativo à Intervenção de Terceiros. As modalidades de intervenção de terceiros, reconhecidas no direito positivo são heterogêneas e dispares, pouco tendo em comum além da entrada de terceiros no processo pendente entre outras pessoas, e sob a mesma denominação, encontram-se institutos de naturezas diversas. A intervenção de terceiros é incidente que ocorre freqüentemente no Processo de conhecimento, mas poderá também ocorrer no processo de execução, como nos casos de recursos de terceiro prejudicado e os embargos de terceiros, podendo também ocorrer em processo cautelar O presente trabalho é objeto de uma breve exposição sobre o instituto da intervenção de terceiros no processo, que ocorre quando alguém dele participa, sem ser parte na causa, para auxiliar ou excluir os litigantes, a fim de defender direito ou interesse próprio que possam ser prejudicados pelos efeitos da sentença. Embora deva limitar-se a coisa julgada apenas às partes, não

9 8 raro, seus efeitos podem alcançar os terceiros que estejam de alguma forma, ligados às partes. (SILVA, 1991, p. 215) O terceiro mantém nessa qualidade, até que intervenha assumindo condição jurídica de parte, secundária ou principal, conforme o caso. O problema da sistematização do assunto nasce da dificuldade de se conceituar parte e, consequentemente, terceiros, pois a palavra parte é interpretada de diferentes formas pelo legislador. Primeiramente, é abordado de forma sintética o tema da intervenção de terceiros e, após, são analisadas as diferentes formas de intervenção, tanto as elencadas no capítulo específico que trata da intervenção de terceiros no Código de Processo Civil (oposição, nomeação à autoria, denunciação da lide e chamamento ao processo), bem como as demais formas, dispersas ao longo do referido Código. Destaque é dado para a denunciação da lide, que das modalidades de intervenção de terceiros é a mais difundida e utilizada, mostrando suas características, aspectos relevantes, bem como a questão da denunciação da lide per saltum, haja vista que, com o advento do Código Civil de 2002, surgiu esta nova possibilidade quando há denunciação da lide nos casos de evicção, o que não é consenso entre os doutrinadores. A intervenção de terceiros não se confunde com o litisconsórcio, visto que este é o vínculo que, nos casos previstos em lei, prende vários autores ou réus em um só processo, pelos interesses comuns, ou seja, consiste na pluralidade das partes num só processo.

10 CAPÍTULO I 9 INTERVENÇÃO DE TERCEIROS Sob o título Intervenção de terceiros, O Código de Processo Civil, instituído pela Lei nº 5.869/73, trata da oposição (arts. 56 a 61), da nomeação à autoria (arts. 62 a 69), da denunciação da lide (arts. 70 a 76), e do chamamento ao processo (arts. 77 a 80). Também se enquadram sob esta denominação, apesar de estarem dispersos ao longo do Código, a assistência, tanto a simples quanto a qualificada (arts. 50 a 55), o recurso de terceiro prejudicado (art. 499), se admissível, a intervenção litisconsorcial voluntária, que ocorre, na forma ativa, quando alguém se apresenta como litisconsorte do autor, quando já pendente ação, expediente largamente usado, durante certo tempo, em mandados de segurança, com que terceiros tratavam de se beneficiar de liminar já concedida ao autor da ação. José Frederico Marques lembra que além destes institutos, há também a intervenção de credores na execução e os embargos de terceiros, com o que não concorda Dinamarco, pois para ele, tanto os embargos de terceiros (arts a 1054) como a oposição autônoma não constituem intervenção de terceiro, pois implicam a constituição de novo processo. (MARQUES, 2000, p. 223). Consideram-se como sujeitos de uma relação processual o juiz, que representa o interesse coletivo, e as partes, os interessados na solução do conflito, que originariamente formaram a relação jurídica processual, isto é, o autor, que propôs a ação, e o réu, contra quem a mesma foi proposta. Não basta o fato de já estar presente no momento da propositura da ação ou após citado para se determinar quem é parte, pois há situações onde o indivíduo não participa dessa relação processual, mas sofre os efeitos da sentença, que a princípio só produziria efeito entre as partes. Segundo Carneiro, partes são os que postulam em nome próprio. No entanto, este conceito é insuficiente, pois diz respeito apenas ao que atua em

11 10 uma relação processual, deixando de fora os que eventualmente podiam e podem postular em nome próprio, ainda que fora do momento oportuno. (CARNEIRO, 1986, p. 5). Partes, em sentido processual, são autor e réu, situados nos dois pólos da relação jurídica processual e que constituem um dos elementos da denominada Teoria das Três Identidades adotada pelo CPC, o qual, assim caracteriza os elementos da ação: partes, causa de pedir e pedido. Para Chiovenda, parte é aquele que demanda em seu próprio nome a atuação de uma vontade da lei, e aquele em face de quem essa atuação é demandada (CHIOVENDA, 1969, p.214). Na mesma linha, Moacyr Amaral Santos define: partes, no sentido processual, são as pessoas que pedem, ou em face das quais se pede, em nome próprio, a tutela jurisdicional (SANTOS, 1980, p. 275). Há situações, entretanto, que embora já composta a relação processual, segundo seu esquema subjetivo mínimo (juiz-autor e réu) a lei permite ou reclama o ingresso de terceiro no processo, para substituir as partes, ou para atuar junto a elas de modo a ampliar subjetivamente aquela relação, onde podemos adentrar nas modalidades de intervenção de terceiros. Para que o processo venha a atingir sua finalidade, a parte que venha atuar em juízo deve ser legítima, deve ter legitimidade ad causam, coincidindo na mesma pessoa a autoria da ação e a atribuição legal da titularidade da pretensão deduzida. Da mesma forma, quando o réu for a mesma pessoa contra quem a pretensão é oposta Terceiro é todo aquele que não for parte. Mas nem todo terceiro poderá intervir no processo a fim de nele também figurar (terceiro interveniente). Há os terceiros desinteressados, que são os que a lei não oferece nenhuma oportunidade de intervenção no processo; terceiros interessados de fato, que possuem interesse meramente econômico, moral ou espiritual, jamais jurídico; e terceiros autorizados a intervir, tornando-se parte.

12 11 Ainda que a própria lei denomine o indivíduo de terceiros, ele não deixou de ser parte pelo simples fato de não ter participado da relação processual desde seu início, sujeitando-se, portanto, ao efeito da sentença, ainda que nenhum ato tenha praticado. Esses terceiros podem ingressar no processo espontaneamente ou serem convocados através do ato formal da citação. Nesse último, fala-se em ingresso forçado ou intervenção coata de terceiro. Portanto em alguns casos, aplica-se esta modalidade até mesmo contra a vontade do citado. O ingresso de Terceiros em processo alheio, sempre facultativo para o terceiro, não é arbitrário. Só pode ocorrer nas hipóteses especialmente previstas pela lei processual, restando, por conseqüência, defesa a intervenção destes nas hipóteses de ausência de permissão legal. A Intervenção de Terceiros na relação processual ocorre quando alguém passa a participar do processo sem ser parte na causa, com a finalidade de auxiliar ou excluir os litigantes, para defender ou excluir algum direito ou interesse próprio que possam ser atingidos pelos efeitos da sentença. Somente deverá ser aceita quando o terceiro for juridicamente interessado no processo pendente. Embasado pela necessidade de delinear as regras dos limites da coisa julgada, e pelo princípio da economia processual, o instituto da intervenção de terceiros permite às pessoas interessadas, participarem ou serem chamadas a participar do processo das partes originárias. Os terceiros mantêm essa qualidade, até que intervenham, quando então assumem a condição de parte O que ocorre, muitas vezes, é a provocação de uma das partes do processo pendente para que o terceiro venha a integrar a relação processual, mas a possibilidade de o juiz obrigar, por ato de ofício, o terceiro a ingressar em juízo deve hoje ser contestada. A coação legal exerce-se sobre a parte e não sobre o terceiro, que continua livre para intervir, ou não. Não se lhe comina pena alguma. Suporta apenas o ônus de sujeitar-se aos efeitos da sentença, como decorrência da citação.

13 12 Os efeitos da sentença, em princípio, limitando às partes, poderá atingir, com maior ou menor intensidade, a esfera de direitos de quem não foi sujeito da relação jurídica processual. Surgem então os efeitos reflexos da sentença, como conseqüência natural da vida em sociedade e da complexidade como pessoas e relações jurídicas interagem reciprocamente umas nas outras. Discorrendo acerca da finalidade da intervenção de terceiros, Moacyr Amaral Santos assim pondera: "A fim de obviar ou reduzir os prejuízos da extensão dos efeitos da sentença a terceiros alheios à relação processual, o direito os admite, em certos casos, intervir no processo em que não sejam partes, de modo que do processo se valham para defesa de seus direitos ou interesses, sujeitando-se, assim, à sentença a ser proferida. (SANTOS, 2004) A intervenção de terceiros não se confunde com o litisconsórcio, visto que este é o vínculo que, nos casos previstos em lei, prende vários autores ou réus num só processo pelos interesses comuns, é a pluralidade das partes num só processo, enquanto a intervenção de terceiros trata da entrada de um terceiro, ou mesmo uma parte após a propositura da ação pelo autor ou citação do réu. Nos processos em andamento nos Juizados Especiais, é expressamente vedada toda e qualquer intervenção de terceiros, com base no artigo 10, Lei 9.099/95, como segue: "Não se admitirá, no processo, qualquer forma de intervenção de terceiro nem de assistência. Admitir-se-á o litisconsórcio". As formas de intervenção de terceiros, tratadas no CPC dos arts. 56 ao 80, inclusive a assistência (arts. 50 ao 55), em regra, aplicam-se aos processos de conhecimento e eventualmente no cautelar, no executivo seu uso é restrito ou quase nulo. Quanto às demais hipóteses de intervenção de terceiros, dispersas ao longo do Código, Ovídio Baptista Araújo da Silva entende que o recurso de terceiro prejudicado e os embargos de terceiros são possíveis tanto no processo de conhecimento como no de execução. No cautelar, em princípio, são admissíveis todas as formas de intervenção de terceiros possíveis no de conhecimento E finalmente, a intervenção de credores na execução, que pela

14 13 nomenclatura não deixa dúvidas quanto ao seu uso, é inerente ao processo de execução. (SILVA,1998, p. 272). Quanto aos procedimentos, no comum ordinário, a intervenção de terceiros, mencionada acima é pacífica, enquanto no sumário permite-se somente a assistência e o recurso de terceiro prejudicado (art. 280, CPC). Em relação ao rito sumaríssimo, há possibilidade apenas de formação do litisconsórcio, havendo vedação de todas as formas de intervenção de terceiros, inclusive a assistência (art. 10, Lei nº /95). 1.1 ATUAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO NO PROCESSO CIVIL O Ministério Público, como órgão independente dos interesses patrimoniais do Estado só se consolidou com o advento da Constituição Federal de 1988, quando lhe foi conferida a competência de protetor do interesse público como fiscal da lei, cuja atuação passou a ser vista como "Função Essencial a Justiça". O Código de Processo Civil em seu art. 81 reconheceu o direito de ação do Ministério Público nos casos previstos em lei, atribuindo-lhe os mesmos poderes e ônus das partes particulares no processo, resguardadas as exceções previstas em lei. Além da possibilidade de figurar como parte, este órgão intervirá no processo como fiscal da lei nos casos que versarem sobre interesse de incapaz e sobre estado das pessoas, conforme os incisos I e II do art. 82 e demais legislações esparsas; intervindo em caráter facultativo nos demais casos em que for verificado interesse público diverso dos antes referidos. A atuação do Ministério Público no processo como fiscal da lei se dará após a manifestação das partes, devendo ser intimado de todos os atos processuais, sendo dotado de larga iniciativa probatória de acordo com o art. 83 do Código de Processo Civil.

15 14 Pode atuar em qualquer das justiças e até em conjunto com outro órgão do Ministério Público quando a defesa dos interesses e direitos difusos e coletivos esteja dentro das atribuições que a lei lhe confere. No caso de não intervenção ministerial nos casos do art. 82, I e II o código prevê a possibilidade de decretação de nulidade do feito ou de alguns atos processuais nos termos do art. 246 do Código de Processo Civil. No entanto, há divergência no sentido de que a decretação de nulidade é obrigatória ou depende de prejuízo ao interesse que deveria ter sido tutelado. Se comprovado que o agente ministerial realizou conduta processual dolosa e fraudulenta que gere prejuízo ao interessado, cabe responsabilização civil da pessoa física agente do dano, nos termos do art. 85 do Código de Processo Civil.

16 CAPÍTULO II 15 MODALIDADES DE INTERVENÇÃO DE TERCEIROS Os tipos analisados a seguir estão dispostos no CPC, seja no capítulo específico da intervenção de terceiros, ou dispersos ao longo do referido Código. São eles: assistência, oposição, nomeação à autoria, denunciação da lide, chamamento ao processo, embargos de terceiros, intervenção de credores na execução e recurso de terceiro prejudicado. Em regra, com o ingresso de terceiros na relação processual forma-se um litisconsórcio em qualquer dos pólos, passando ele a defender o mesmo interesse, mas pode acontecer de a entrada do terceiro acarretar a saída de uma das partes (réu), como na nomeação à autoria, se o autor aceitar o nomeado e o nomeado não recusar sua nomeação. Outro fato acontece na hipótese da oposição, pois o terceiro invoca um interesse distinto das demais partes da relação processual já estabelecida. Nesta hipótese, como ensina Marques, o terceiro deseja excluir os direitos de qualquer das partes ou de ambas, pois o seu interesse é o mesmo do objeto da causa, ainda que seja parcial.( MARQUES, 2000, p.224) E finalmente, no caso da assistência, o assistente nada requer, mas tão somente quer auxiliar a qualquer das partes, pois se a pretensão do adversário de quem ele assiste for acolhida pelo juiz e julgada procedente, ele será reflexamente atingido pelo efeito da sentença, apesar de sua relação jurídica ser perante o assistido. A intervenção de terceiro pode ser classificada segundo dois critérios diferentes: Conforme o terceiro vise a ampliar ou modificar subjetivamente a relação processual, ou seja, a forma como atuará no processo, a intervenção pode ser: ad coadiuvandum: quando o terceiro ingressa no processo a fim de defender interesse próprio, auxiliando uma das partes primitivas, em cuja vitória seu direito se liga, como na assistência;

17 16 ad excludendum: quando o terceiro ingressa na relação jurídica a fim de contrapor-se a uma ou ambas as partes primitivas, ou seja, intervém para litigar com as demais partes do processo, como na oposição e na nomeação à autoria; Por outro lado, pode acontecer de nem sempre ser conveniente que o terceiro não participe do processo, fato que vai depender de sua iniciativa (intervenção voluntária), ou ainda da atitude de uma duas partes que provocam (intervenção provocada) sua entrada, ainda que contra sua vontade. Dessa forma, as modalidades de intervenção de terceiros presentes no CPC são: espontânea ou voluntária: quando o terceiro ingressa no processo por iniciativa própria, através de ato em que manifesta sua intenção de participar da relação processual, perante o juiz e as partes, defendendo interesse seu ou auxiliando qualquer das partes. Conforme a iniciativa da medida, a intervenção pode ser: assistência (artigo 50 a 55, CPC); oposição (artigo 56 a 61, CPC)., intervenção de credores na execução, embargos de terceiros recurso de terceiro prejudicado provocada: ou coacta: o terceiro vem a juízo porque é trazido. Decorre de requerimento, formulado por uma das partes originárias ou de ambas que requerem ao juiz a entrada desse terceiro na relação. nomeação à autoria (artigo 62 a 69, CPC);, denunciação da lide (artigo 70 a 76, CPC); chamamento ao processo (artigo 77 a 80, CPC)

18 2.1- Assistência 17 O Instituto da Assistência é modalidade espontânea ou voluntária de intervenção de terceiros, prevista nos artigos 50 a 55 do CPC, junto com o capítulo que trata do Litisconsórcio, mas apesar não estar inserida no capítulo da Intervenção de Terceiros é uma forma de Intervenção em processo alheio, além de dar aplicabilidade ao princípio da economia processual, facilita o acesso à justiça, permitindo o ingresso de terceiros interessados na demanda afim de que defendam seus direitos ou interesses e não sofram, inertes, os efeitos da sentença proferida. O terceiro, ao intervir, não formula pedido algum em prol de direito seu. Torna-se sujeito do processo, mas não se torna parte. Entra no processo com a finalidade de coadjuvar uma das partes, de ajudar o assistido, litigando ao lado deste, pois tem interesse jurídico em que a sentença seja favorável ao litigante a quem assiste, pois sua relação jurídica é vinculada à daquele, e sabe que a decisão proferida na causa entre o assistido e a parte contrária interferirá em sua esfera jurídica. Cândido Rangel Dinamarco esclarece que: a assistência é, em si, a ajuda que uma pessoa presta a uma das partes principais do processo, com vistas a melhorar suas condições para obter a tutela jurisdicional. Na disciplina das intervenções de terceiros, chama-se de ingresso voluntário de um terceiro no processo com finalidade de ajudar uma das partes. (DINAMARCO, 2004) Como a atuação do assistente é auxiliar, se a ação for extinta pelo reconhecimento da procedência do pedido, desistência ou transação pela parte assistida, cessa a atuação do assistente. Segundo Athos Gusmão Carneiro: o assistente ingressa no processo não como parte, mas apenas como coadjuvante da parte, buscando auxiliar na defesa de seu assistido, que tanto pode ser o demandante como o demandado. Não sendo parte, o Assistente nada pede para si, não formula pretensão; nem é sujeito passivo de pretensão alheia, pois contra ele nada é pedido. (CARNEIRO, 1986) A assistência não se confunde com o litisconsórcio, pois os litisconsortes são considerados partes, com poderes de iniciativa, já o assistente, atua como mero auxiliar da parte principal, salvo se a assistência se reveste em litisconsórcio, surgindo então a assistência litisconsorcial, ocorrendo toda vez

19 18 que a sentença houver de influir na relação jurídica entre o assistente e o adversário do assistido. Para o ingresso na lide na posição de assistente, o terceiro deverá fazêlo através de petição devidamente fundamentada, demonstrando seu interesse jurídico (assistência simples) ou a relação jurídica que tem com o adversário daquele que pretende assistir (assistência litisconsorcial). O mero interesse econômico não justifica a intervenção, que também não será possível se já tiver havido decisão final (trânsito em julgado) do litígio. Ao juiz, como diretor das atividades processuais, é facultado deferir ou não o requerimento da assistência, podendo rejeitá-la mesmo que todos concordem (art. 1125CPC). Intervindo alguma das entidades federais elencadas no art. 109, I, CF, a competência será sempre da Justiça Federal (Súmula 150 do STJ). A assistência tem cabimento em qualquer espécie de processo, mesmo executivo. O CPC admite-a mesmo em relação ao procedimento sumário (art. 280 CPC), mas a Lei dos Juizados Especiais a exclui (Art. 10 Lei 9.099/95). No processo de execução, tem sido objeto de controvérsias. Prevista no artigo 50 do CPC, a assistência diz-se simples ou adesiva quando o terceiro interessado, o assistente, intervém em processo pendente com a finalidade de discutir direito alheio, como mero coadjuvante, auxiliando uma das partes, em cuja vitória tenha interesse jurídico, pois a sentença contrária à parte coadjuvada prejudicaria um direito seu, de algum modo ligado ao do assistido. O assistente simples tem os mesmos poderes da parte assistida. Não é parte, mas sua atividade processual é subordinada à do assistido, ficando sujeito a quaisquer atos que possam ser praticados por este, pois a relação jurídica processual discutida pertence única e exclusivamente ao assistido, não tendo eficácia o que fizer em franco contraste com a vontade manifesta do mesmo. A revelia do assistido ensejará sua substituição pelo assistente no processo, que mesmo atuando como parte principal, não deixará de ter sua

20 19 qualidade de terceiro, uma vez que o assistido poderá retornar ao processo a qualquer tempo. O assistente simples é interveniente, secundário e acessório. Como não é titular do direito discutido no processo, não é, nem nunca será atingido pela coisa julgada, mas será atingido pelos efeitos da imutabilidade da justiça da decisão (art. 55, CPC), não podendo rediscutir em outro processo os fundamentos da sentença proferida, a menos que alegue e prove que, pelo estado em que recebera o processo, ou pelas declarações e atos do assistido, fora impedido de produzir provas suscetíveis de influir na sentença ou desconhecia a existência de alegações ou de provas, de que o assistido, por dolo ou culpa, não se valeu. Disposta no artigo 54 do CPC, a assistência diz-se Qualificada, Autônoma ou Litisconsorcial, quando o assistente intervém para discutir a relação jurídica já deduzida, que também lhe pertence, diversamente do que faz o assistente simples. O assistente litisconsorcial defende o que julga ser direito do assistido, podendo agir com total independência e autonomia relativamente ao mesmo, nos limites da lide, equiparando-se ao litisconsorte. Poderia ter sido litisconsorte do assistido contra o adversário comum, e, não o sendo, intervém assistindo a parte contrária à que teria sido sua adversária, a fim de impedir que a sentença lhe estenda os efeitos. Possui plenos poderes processuais, sua atuação não fica subordinada à do assistido, eis que também é co-titular do direito em debate. Em razão disso, poderá continuar na demanda, caso dela desista o assistido. Os atos e omissões do assistido não prejudicarão nem beneficiarão o assistente, bem como os atos e omissões deste não influirão naquele. Não é parte do processo, mas tem os mesmos poderes e direitos que as partes. Nada tem a pedir, não é autor, réu, nem litisconsorte. Mantém relação jurídica própria com o adversário do assistido, podendo agir contrariamente ao desejado pelo assistido, exceto em relação à reconvenção e ação declaratória, porque têm natureza de ação.

21 20 O assistente litisconsorcial é atingido por todos os efeitos da sentença, inclusive pela coisa julgada, portanto, não poderá ingressar com nova ação em processo posterior para discutir a justiça da decisão, salvo se alegar e provar que, pelo estado em que recebeu o processo, ou por declarações e atos praticados pelo assistido, não pôde produzir provas para influir na sentença. Sua atuação é bem mais ampla que a do assistente simples, tanto que não se admite a liberalidade dos atos praticados pelo assistido, uma vez que atos inequívocos deste poderiam prejudicar o assistente. Dessa forma, não pode o juiz decidir diferentemente em relação a ambos. O assistente litisconsorcial ocupa posição intermediária entre o interveniente adesivo e o opoente, assinale-se que tanto o assistente simples, como o qualificado recebem o processo no estado em que se encontra. A distinção entre assistência simples e litisconsorcial está no âmbito dos poderes processuais concedidos. Na simples, o assistente é meramente um "gestor de negócios", apenas complementa a atividade processual, não podendo influir nos atos do assistido e a decisão da causa o atinge de forma indireta ou reflexa. Na litisconsorcial, atua como litisconsorte do assistido. Não é parte, mas como seu direito está em causa, pode agir no processo e conduzir sua atividade, sem subordinar-se à orientação tomada pelo assistido. A relação deduzida também é do assistente e a decisão irá atingir diretamente sua esfera jurídica OPOSIÇÃO Disciplinada nos artigos 56 a 61 do Código de Processo Civil, é um instituto vinculado ao princípio da universalidade do juízo, caracterizada pela faculdade processual dada ao terceiro de intervir voluntariamente no processo, visando excluir o direito ou a coisa que ambas as partes (originárias) postulam. A intervenção diz-se ad excludentum, porque a pretensão do opoente, potencialmente, exclui a dos opostos. É motivada pela antítese do interesse do

22 21 opoente com as partes em conflito, ao contrário da assistência, que apesar de ser uma forma de intervenção espontânea, faz-se em prol de uma das partes. Não é permitida a oposição contra apenas uma das partes. Caso um dos opostos reconheça a procedência do pedido, a oposição prosseguirá contra o outro oposto. Assim, cada parte é considerada como litisconsorte distinto em relação à outra, de modo que os atos e omissões de um não prejudicarão nem beneficiarão os demais. Os opostos são litisconsortes em face do oponente A oposição gera relação de prejudicialidade com a ação principal, pois a procedência da primeira implica no desacolhimento da segunda. Ocorre uma unidade procedimental e decisória, onde o primeiro processo a ser julgado é o de oposição e depois o principal, em julgamento simultâneo, através de uma única sentença com dois dispositivos, que julga as duas lides. Segundo Vicente Greco Filho: a oposição é uma ação, em regra, declaratória contra o autor primitivo e condenatória contra o réu. O opoente passa a ser autor de uma ação em que o autor e o réu originários são réus. Trata-se, pois, de uma ação prejudicial à demanda primitiva porque se a oposição for julgada procedente, quer dizer que a coisa ou o direito controvertido pertence ao opoente, prejudicando, assim, a ação original em que o autor pleiteava a mesma coisa ou direito (GRECO FILHO, 2000). Permite a quem não é parte, mas pretenda o mesmo bem ou direito em torno do qual litigam as partes, torne-se também parte e participe da relação processual já existente, ou seja, visa à economia processual, evitando a desnecessária duplicação de processos. O opoente vem em demanda originária, como verdadeiro autor, em face das partes primitivas, manifestar em juízo a pretensão de ver reconhecido como seu o direito sobre o qual controvertem autor e réu, pois seu pedido é total ou parcialmente incompatível com o inicialmente formulado pelas partes, quando da formação do processo, cabendo-lhe todos os direitos, deveres, faculdades e ônus das partes. Seu ingresso cria outros gravames processuais para as partes primitivas, que se defrontam com o opoente e entre si. Trata-se de uma demanda autônoma que se transforma em incidente da demanda principal, com o objetivo de ensejar o julgamento simultâneo. Para

23 22 que seja admissível é necessário que a causa principal esteja pendente e ainda não julgada, em primeira instância, ou seja, não poderá ser proposta a oposição na fase recursal, em segundo grau de jurisdição. É cabível somente nos processos de conhecimento, porque se destina a impedir julgamento de algum dos contendores iniciais, mediante o acolhimento da demanda que o opoente apresente, e tal resultado só se obtém por meio de sentença de mérito. É incompatível no processo executivo, monitório, cautelar, e nos procedimentos especiais, que tumultuariam o processo e dificultariam a tutela jurisdicional. Há doutrinadores que negam o caráter de intervenção de terceiros à oposição, visto que se instaura processo novo e autônomo, perante o mesmo juiz da causa principal, onde o opoente é o autor, e serão réus, em litisconsórcio necessário, as partes da demanda original. Entretanto, há os que apresentam distinção quanto ao momento em que é oferecida a oposição. Se antes de iniciada a audiência de instrução e julgamento, seria verdadeira intervenção de terceiro; se depois do início da audiência, antes da prolação de sentença, seria apenas demanda autônoma. A oposição pode ser interventiva ou autônoma, sendo que na primeira, como é interposta antes do início da audiência de instrução e julgamento da ação principal, apensada ao processo principal, não há formação de novo processo, pode ampliar o objeto do processo, havendo, portanto, duas ações em um único processo, ambas julgadas na mesma sentença, sob pena de nulidade. A oposição autônoma ocorrerá se for oferecida após iniciada a audiência de instrução e julgamento, mas antes do trânsito em julgado da sentença, originando um novo processo, independente, mas distribuído por dependência ao processo originário, que seguirá o rito ordinário ou sumário, sem prejuízo ao processo principal, salvo ao juiz a oportunidade de sobrestar seu andamento por um prazo não excedente a noventa dias, a fim de julgá-la conjuntamente com a oposição (art. 60/CPC).

24 23 Apenas a oposição interventiva poderá ser qualificada como intervenção de terceiros, já que haverá ingresso de terceiro em processo alheio. A autônoma não é propriamente intervenção, porque o terceiro não ingressa em processo preexistente e sendo objeto de outro processo, não lhe causa delonga nenhuma, não sendo perniciosa a sumariedade pretendida do procedimento (art. 275 CPC). O objetivo da oposição é a "antecipação" do opoente, evitando que o mesmo aguarde o desfecho da demanda, para acionar o vencedor. Havendo oposição, esta será julgada antes da ação, para atender à finalidade prática da antecipação do opoente. O ato de deferimento ou não da oposição interventiva, tem natureza de decisão interlocutória, sendo atacável por meio de agravo. Já o deferimento ou não da oposição autônoma estará proferindo sentença, e cabe apelação. Diferente da oposição interventiva, o prazo deve ser contado em dobro. A sentença a ser proferida na ação, somente fará coisa julgada entre as partes, não prejudicando eventuais direitos de terceiro, que pode aguardar a sentença, e resguardar-se para agir mais tarde em defesa de seus interesses. É competente para a oposição o mesmo juízo perante o qual pende a causa inicial, por força da prevenção expansiva, ensina Dinamarco, conforme o art. 109 CPC. Desfaz-se tal prevenção quando a causa pende perante a Justiça Estadual e a oposição é formulada por uma das entidades para quais é competente a Federal (União, autarquias, empresas públicas ou fundações públicas federais, art. 109, I, CF).(DINAMARCO, 2004) O oponente poderá oferecer a oposição contra autor e réu, donde podese supor que a lei autoriza apenas uma primeira oposição, no entanto, a doutrina, que tem apoio no direito pátrio anterior, reconhece admissíveis uma segunda, terceira e sucessivas oposições, formuladas por terceiros, destinadas à exclusão das pretensões das partes e dos oponentes anteriores. A oposição e a denunciação são figuras opostas. Na oposição, o opoente antecipa-se voluntariamente, para obter uma sentença contra ambas

25 24 as partes primitivas. Na denunciação, a antecipação é do denunciante, que convoca coativamente o denunciado, antecipando seu direito de regresso Já a oposição e os embargos de terceiros são processos incidentais, instaurados por meio de ação, que imporá a formação de uma nova lide processual, devendo ser respeitados os procedimentos de uma ação própria. Embora tenham natureza de ação, a oposição é ajuizada em face de partes que litigam em processo de conhecimento, ao passo que os embargos de terceiro, pressupõem apreensão judicial de um bem, cabendo perante qualquer tipo de procedimento. Na oposição, o opoente postula a coisa já litigiosa entre os agora opostos, buscando afastar tal pretensão na primitiva lide, ampliada pela segunda. Nos embargos de terceiro, não há relação de prejudicialidade com a demanda principal e o embargante não busca afastar a pretensão das partes originárias, nem formula pretensão igual à delas. Pretende somente retirar a constrição judicial que recai sobre algum bem, não litigioso, e que foi apreendido inadvertidamente pelo juízo requisitante, tendo, destarte, objeto específico e restrito. 2.3 INTERVENÇÃO DE CREDORES NA EXECUÇÃO Trata-se de intervenção de terceiros, apesar de não figurar como tal no Código, há entendimento, defendido por Marques de que ocorre na hipótese de uma ação de execução contra devedor insolvente em que há o ingresso de um ou mais credores após a declaração de insolvência do executado. Esta modalidade de intervenção distingue-se das demais, pois aplica-se especificamente aos processos de execução, e não nos de conhecimento ou eventualmente cautelar Em uma relação processual executiva há de um lado o (s) credor (es) e de outro o (s) devedor (es) de certa obrigação não satisfeita no prazo. A propositura da ação em si pode até ser feita por apenas um credor, que não teve sua obrigação adimplida, ou sem a concorrência dos demais, que também não tiveram suas obrigações cumpridas no prazo pactuado. O que precede à

26 25 propositura da ação executiva é o fato do devedor não solver a obrigação no prazo pactuado, facultando ao credor buscar a satisfação desse crédito coativamente. Proposta a ação, segue-se a citação do devedor para que efetue o pagamento em até 24 horas. Se impossível, nomeará bens que satisfaçam o montante da dívida. Na eventualidade do não pagamento, será feita a nomeação dos bens, que podem ser inferiores ao valor buscado pelo autor, o que enseja a declaração do estado de insolvência desse devedor. Segundo Santos, a declaração da insolvência está condicionada ao fato das dívidas serem superiores aos bens do devedor, denominando-o devedor em estado de insolvência. É, portanto, condição para a instauração da execução coletiva (SANTOS, 2003, p. 427). Se procedente a ação em relação aquele que a promoveu, o que ocorre com a declaração de insolvência do devedor, há os seguintes efeitos (art. 751, CPC): vencimento antecipado de todas as obrigações do devedor, inclusive perante os demais credores que não participaram da ação; arrecadação de todos os bens do devedor passíveis de penhora; todos os demais credores que não foram parte na ação são chamados a compor o pólo ativo, devendo informar seus créditos; venda dos bens penhorados, onde cada credor receberá proporcionalmente seus créditos (cotas) em relação ao montante apurado na venda Os demais credores serão convocados após a declaração de insolvência para, no prazo legal, apresentem seus respectivos títulos que sustentam seus créditos (art. 761, II, CPC), pois os bens do patrimônio do devedor são garantia perante todos os credores Para Greco Filho, trata-se de ato de terceiros que exercitam uma ação contra um devedor comum. Porém, a entrada destes terceiros é superveniente. (GRECO FILHO, 1986, p. 65) Outro fundamento para a chamada dos demais credores do devedor declarado insolvente é o seu efeito erga omnes dessa declaração O processo de execução contra devedor insolvente é caracterizado segundo Marques, como um processo concursal executivo, pois a um só tempo

27 26 expropria bens do devedor e salda a dívida do (s) credor (es); e todos os credores do devedor insolvente são chamados a participar da execução e do rateio do que apurar com a venda dos bens na proporção de suas cotas (MARQUES, 2000, p. 278) Ainda que a ação seja executiva, o juiz também pratica atos com natureza cognitiva quando analisa os créditos de cada credor com o devedor comum, pois este pode impugnar alguns dos créditos apresentados. Assim, não basta alegar que é credor, mas sim demonstrar sua legitimidade, o que se dá com a verificação, impugnação e classificação do seu título, bem como a formação do quadro de credores, segundo disposição dos arts. 768 ao 773, CPC. Dessa forma, após a declaração do estado insolvência do devedor, convocação e validação dos créditos dos demais credores, forma-se um litisconsórcio ativo concursal, figurando no pólo ativo os credores concorrentes ou exeqüentes, e do outro lado o devedor comum ou executado. Parte da doutrina diverge se é intervenção de terceiros ou não, bem como se o terceiro que adentra na ação de execução já em trâmite é parte ou terceiro. Para Greco Filho não é causa de intervenção de terceiros, pois os credores não sofrem distinção quanto ao fato de aturem como parte principal ou adesiva Mesmo pensamento defende Silva, pois o ingresso do credor se dá como parte e não como terceiro quando integrar processo alheio, pois de forma nenhuma está ligado à demanda de outrem, mas sim à de sua própria titularidade. (GRECO FILHO, 1986, p.70; SILVA, 1998, p. 273) 2.4 EMBARGOS DE TERCEIRO O CPC tratou deste instituto jurídico nos procedimentos especiais (arts.1046 a 1054), vinculado a um processo específico, o que admite seu uso em qualquer tipo de processo, seja ele de conhecimento, executivo ou cautelar Trata-se de ação que pressupõe um processo, que lhe é anterior e ainda em curso, no qual os bens de terceiro tenham sido submetidos a atos de

28 27 constrição judicial. Os embargos visam, assim, a desfazer tais atos, que se realizaram ou se realizam por determinação do juiz. O embargante, aquele que não foi parte no processo anterior, busca uma declaração de que a propriedade ou o direito sobre os bens apreendidos são de sua titularidade, bem como excluí-los do efeito da decisão em que se determinou a constrição judicial. Humberto Theodoro Junior amplia tal conceito ao entender que os embargos de terceiros não é faculdade apenas de quem não figurou como parte na relação processual, mas sim da própria parte. O parágrafo segundo do art , CPC equipara a terceiros à própria parte, que pode opor embargos quando defende bens que pelo título aquisitivo ou a qualidade de que possui, estão impossibilitados de serem alcançados pela apreensão judicial. (THEODORO, 2003, p. 282) Vicente Greco Filho descarta a idéia de terceiros daquele que promove os embargos, pois mesmo não participando da ação executiva, as decisões processadas nesta o atingem. Assim, será considerado como parte, pois defende, em nome próprio, bens de sua titularidade. Segundo ele: "os embargos de terceiro já foram considerados caso de intervenção de terceiros, mas, de fato, não há a pretensa intervenção. Trata-se de um outro processo, cujo objeto é o pedido de exclusão de bens da constrição judicial, porque o senhor ou possuidor não foi parte no feito. Trata-se de uma ação que tem por objeto a exclusão dos efeitos de uma decisão judicial e que completa a sistemática dos limites subjetivos da coisa julgada, que não pode beneficiar nem prejudicar terceiros." (GRECO FILHO, 1987, p. 252) Os embargos de terceiro são uma ação típica, através da qual alguém se defende de turbação ou esbulho na posse de seus bens, em consequência de litígio que lhe é estranho. Segundo Humberto Theodoro Junior: "Enquanto, na intervenção assistencial, o terceiro se intromete em processo alheio para tutelar direito de outrem, na esperança de, indiretamente, obter uma sentença que seja útil a seu interesse, dependente do sucesso da parte assistida, nos embargos, o que o terceiro divisa é uma ofensa direta ao seu direito ou a sua posse, ilegitimamente atingidos num processo entre estranhos. Na intervenção, portanto, o assistente apresenta-se como titular de um direito dependente, que, sem

29 28 estar em jogo no processo, pode ser indiretamente prejudicado pela derrota da parte assistida. Nos embargos, a defesa é de um direito autônomo do terceiro, estranho à relação jurídica litigiosa das partes do processo primitivo e que, a nenhum título, poderia ser atingida ou prejudicada pela atividade jurisdicional." (THEODORO JUNIOR, 1999, p. 320) Por outro lado, não se confundem os embargos de terceiro com a oposição, pois esta se apresenta como típica ação de conhecimento, cujo objetivo é discutir o direito ou a coisa disputada pelas partes da causa primitiva, onde o opoente ataca frontalmente a pretensão daquelas partes e "procura contrapor-lhe um outro direito capaz de excluir, em caráter prejudicial, tanto o do autor como o do réu." Na ação de embargos de terceiro, entretanto, o que se tem em vista não é o direito das partes em litígio, mas sim, o ato estatal do juiz que indevidamente constringiu - ou ameaçou de fazê-lo - bem de quem não era parte no feito (id. Ibid.) Nesta mesma linha, preleciona Greco Filho: "eles distinguem-se da oposição porque, nesta, o pedido é coincidente, no todo ou em parte, com o pedido da ação principal e tende a excluí-lo por uma relação de prejudicialidade. Procedente a oposição, necessariamente será improcedente a ação. Nos embargos de terceiro não se discute o objeto da ação de que emanou a ordem de apreensão. Pedese, apenas, a exclusão do bem dessa apreensão, sem questionar o direito do autor da ação primitiva. Daí a denominação, também, de embargos de separação." (GRECO FILHO, 1987, p. 252) Não se ataca, pois, nos embargos de terceiro, direito do autor nem do réu, que poderão continuar a ser exercidos, normalmente, mesmo após o sucesso dos embargos de terceiro, o que não se dá quando é julgada procedente a oposição, uma vez que a sentença põe fim a todas as pretensões deduzidas pelas partes no processo primitivo. Os embargos de terceiro não se confundem, também, com o recurso de terceiro prejudicado. Enquanto este é um verdadeiro recurso, que mantém a lide em seus limites primitivos, podendo o recorrente ser beneficiado se for a ação decidida em favor da parte que ele assiste recorrendo, nos embargos, por sua vez, há um pedido autônomo de exclusão do bem da apreensão judicial.

30 2.5 RECURSO DE TERCEIRO PREJUDICADO 29 Não há dúvida de que a natureza jurídica do recurso de terceiro prejudicado seja a de intervenção de terceiros, embora não esteja elencada no rol de intervenções previstas no Capítulo VI, Título II, Livro I do Código de Processo Civil. Trata-se de uma intervenção voluntária. Tal modalidade de recurso, prevista no art. 499, caput e 1º, do Código de Processo Civil, deve ser compreendida como uma espécie de intervenção de terceiro, só que em fase recursal. Não se trata de nova demanda, de nova ação em grau de jurisdição superior, pois em o Direito Brasileiro fica proibido inovar em sede recursal (art. 517, CPC). Não se pretende com esse instituto evitar decisão desfavorável, mas sim afastá-la. Possibilita o exercício do recurso pelo vencido (parte), do terceiro prejudicado ou ainda do MP. É o momento daquele que não participou da relação processual e passível dos efeitos da sentença proferida, poder atuar no processo e afastar o efeito do ato que lhe causou algum prejuízo. Segundo o Prof. Cândido Rangel Dinamarco: "Recurso de terceiro prejudicado é o pedido de novo julgamento endereçado a um tribunal pelo sujeito que, sem ter sido parte no processo até então, ficará juridicamente prejudicado pelos efeitos da sentença, decisão ou acórdão." (DINAMARCO, 2004, p. 393) O terceiro pode interpor qualquer dos recursos à disposição das Partes e dispõe do mesmo prazo de que dispõe estas para tanto. Define-se o terceiro legitimado a recorrer como aquele que poderia intervir no processo, mas não o fez antes da decisão, pretendendo fazê-lo agora, com o fim de atacar provimento judicial que lhe acarreta prejuízo. Parte da doutrina alega que se o terceiro poderia ter intervindo como opoente, não pode interpor recurso de terceiro prejudicado, com que não concorda Alexandre Freitas Câmara. Assim, para recorrer, deve restar demonstrado o interesse jurídico de terceiro e o prejuízo que a decisão acarreta à sua esfera de interesses. (CÂMARA, 2004)

31 30 Segundo Pontes de Miranda, nem sempre o interesse do terceiro recorrente será contrário ao interesse das partes (como ocorre na oposição), e nem sempre dependerá do interesse da outra parte ou de um interesse igual ao da parte (como na assistência). Pode seu interesse ser próprio, uma vez que está numa situação prejudicada, originada de uma demanda da qual sequer participou. (MIRANDA, 1999). A definição da oposição como uma nova demanda, proposta em face do autor e do réu da demanda original é a premissa diferenciá-la do recurso de terceiro prejudicado. O recurso de terceiro e oposição são institutos distintos, mas visam à proteção do direito de que o terceiro é titular. O recurso de terceiro prejudicado é um recurso puro, cuja legitimidade é concedida pelo art. 499, CPC. Já a oposição, será uma outra demanda, que sendo ação, deve ser proposta em primeiro grau de jurisdição. Para Greco Filho, recurso de terceiro seria uma assistência em grau recursal. (GRECO FILHO, 2003, p. 281) Segundo Humberto Theodoro Junior, o terceiro que pode recorrer é o que poderia figurar na relação processual desde o início, como assistente ou litisconsorte, mas não o fez. Se o terceiro já atuar na demanda como interveniente ou assistente, não poderá interpor recurso como terceiro prejudicado, pois só a quem foi alheio à relação processual é concedida tal legitimidade. (THEODORO JÚNIOR, 2003, p. 132) Para Santos, os terceiros que podem recorrer são todos os que, estranhos à relação processual e por ocasião do ato decisório impugnável contido nesta, sofram prejuízo, mas não basta a alegação de que não participou da relação processual, e sim demonstrar um nexo de interdependência entre seu interesse e a relação jurídica discutida na ação em que seu deu o ato que entende ser-lhe prejudicial. (SANTOS, 2003, p. 95) Poderá o terceiro interveniente interpor recurso como parte, dependendo de sua modalidade de intervenção, exceto nos casos de assistência simples (art. 53, CPC), pois o assistente deve acompanhar o titular da ação, e se este

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