CONFERÊNCIA OE 2016 ANÁLISE TÉCNICA IRS. Católica TAX PWC SERENA CABRITA NETO LISBOA - 11 FEVEREIRO 2016

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1 CONFERÊNCIA OE 2016 Católica TAX PWC ANÁLISE TÉCNICA IRS SERENA CABRITA NETO LISBOA - 11 FEVEREIRO 2016

2 AGENDA OE 2016 IRS ALTERAÇÕES PROPOSTAS: TAXAS QUOCIENTE FAMILIAR DEDUÇÕES À COLETA REPORTE DE PERDAS (CAT.B) OUTRAS PROPOSTAS 2

3 TAXAS DE IRS ALTERAÇÃO DOS ESCALÕES Atualização de 0,5% dos limites dos 3 primeiros escalões, com manutenção das taxas aplicáveis: Rendimento Coletável (Euros) Taxas (%) Normal (A) Média (B) Até ,50 14,500 De mais de até ,50 23,600 De mais de até ,300 De mais de até ,650 Superior a Atualização que visa colmatar os efeitos da inflação 3

4 TAXAS DE IRS ALTERAÇÃO DA SOBRETAXA (MEDIDA EXTRA-ORÇAMENTO LEI 159.º-D/2015, DE 30 DE DEZEMBRO) Eliminação da Sobretaxa a partir de 2017 e diminuição escalonada para 2016: Rendimento Coletável (Euros) Taxa (%) Até De mais de até De mais de até ,75 De mais de até Superior a ,5 - Efeito marginal no último escalão, por efeito da progressividade - Necessidade de ajustamento dos escalões em face do proposto no OE 4

5 QUOCIENTE FAMILIAR E DEDUÇÕES À COLETA Eliminação do quociente familiar (ponderação de 1 para cada sujeito passivo e 0,3 para cada dependente, a operar antes da aplicação da taxa de imposto) Reposição do quociente conjugal pré-reforma do IRS (divisão do rendimento por 2, quando haja dois sujeitos passivos, antes da aplicação da taxa, e consequente multiplicação por 2) Aumento da dedução à coleta fixa por cada dependente de 300 para 550 e por cada ascendente de 300 para 525 Aumento da dedução à coleta por cada dependente ou ascendente portador de deficiência aumenta de 712,50 para 1.187,50 Possibilidade de dedução de despesas de educação e de saúde incorridas fora do território português (e não apenas em Portugal ou UE/Espaço Económico Europeu) EFETIVA DESCIDA DE IMPOSTO? 5

6 QUOCIENTE FAMILIAR E DEDUÇÕES À COLETA SIMULAÇÃO DE UM CASAL - CATEGORIA A (DEDUÇÕES + SOBRETAXA) 1.º Escalão 2.º Escalão 3.º Escalão 4.º Escalão 5.º Escalão Sem filhos Com 1 filho Rendimento Anual ( 750/mês/sujeito passivo) ( 750/mês/sujeito passivo) IRS + Sobretaxa Ganho/Perda Rendimento Anual ( 920/mês/sujeito passivo) ( 920/mês/sujeito passivo) IRS + Sobretaxa Ganho/Perda Rendimento Anual ( 2.500/mês/sujeito passivo) ( 2.500/mês/sujeito passivo) IRS + Sobretaxa Ganho/Perda Rendimento Anual ( 4.500/mês/sujeito passivo) ( 4.500/mês/sujeito passivo) IRS + Sobretaxa Ganho/Perda Rendimento Anual ( 8.000/mês/sujeito passivo) ( 8.000/mês/sujeito passivo) IRS + Sobretaxa Ganho/Perda

7 QUOCIENTE FAMILIAR E DEDUÇÕES À COLETA CONCLUSÕES 1.º escalão (rendimentos brutos anuais por s.p. até , na categoria A) Contribuintes sem filhos não têm qualquer desagravamento, uma vez que não pagavam sobretaxa e a atualização da tabela geral não os afeta Contribuintes com filhos têm desagravamento uma vez que o aumento da dedução fixa por filho é superior ao efeito de eliminação do quociente familiar 2.º ao 4.º escalão (rendimentos brutos anuais por s.p. entre e , na categoria A) Contribuintes sem filhos têm desagravamento pelo efeito conjugado das seguintes alterações: Atualização dos escalões da tabela geral Atualização do SMN e consequente redução da base da sobretaxa Escalonamento das taxas da sobretaxa Contribuintes com filhos também têm desagravamento, embora parcialmente consumida pelo facto de o aumento da dedução fixa não compensar na íntegra o aumento de imposto provocado pelo fim do quociente familiar 5.º escalão (rendimentos brutos anuais por s.p. acima de , na categoria A) Contribuintes sem filhos têm um ligeiro desagravamento pelo efeito conjugado de: Atualização do SMN e consequente redução da base da sobretaxa Escalonamento das taxas da sobretaxa Contribuintes com filhos têm agravamento de tributação, uma vez que redução da sobretaxa não é suficiente para compensar fim do quociente familiar 7

8 REPORTE DE PREJUIZOS FISCAIS CATEGORIA B Redução do período de reporte do resultado negativo apurado na Categoria B em anos anteriores de 12 para 5 anos Novo período apenas é aplicável a perdas apuradas a partir de 1 de janeiro de 2017 Consequências financeiras da alteração só se farão sentir a partir de 2017 para os sujeitos passivos e a partir de 2022 para o Estado 8

9 OUTRAS PROPOSTAS A fixação oficiosa dos Rendimentos da Categoria B na falta de entrega de declaração passa a ser efetuada com base nas regras do regime simplificado, com aplicação do coeficiente de 0,75 (com exceção dos rendimentos de propriedade intelectual ou transparência fiscal) Alargamento das obrigações de reporte da entidades emitentes dos títulos de compensação extrassalarial sempre que a sua utilização implique um desagravamento fiscal extensíveis a todos os vales sociais Autorização legislativa para a criação de sistema de submissão por via eletrónica dos pedidos dos Residentes Não Habituais 9

10 SERENA CABRITA NETO Sócia da Área de Prática de Direito Fiscal de PLMJ E: T.: