Minuta da Portaria da Política Nacional de Promoção da Saúde PORTARIA Nº XX, DE XX DE OUTUBRO DE 2014
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- Heitor Alves Nunes
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1 Minuta da Portaria da Política Nacional de Promoção da Saúde PORTARIA Nº XX, DE XX DE OUTUBRO DE 2014 Aprova a Política Nacional de Promoção da Saúde a partir da revisão da Portaria GM/MS nº 687, de 30 de março de O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE, no uso das atribuições que lhe conferem os incisos I e II do parágrafo único do art. 87 da Constituição, e Considerando a necessidade de atualizar a Política Nacional de Promoção da Saúde e incrementar as ações de promoção da saúde no território, bem como garantir sua consonância com os princípios e diretrizes do SUS; Considerando a Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, que dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências; Considerando a Lei nº 8.142, de 28 de dezembro de 1990, que dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde; Considerando a Lei Complementar nº 141, de 13 de janeiro de 2012, que regulamenta o 3º do art. 198 da Constituição Federal para dispor sobre os valores mínimos a serem aplicados anualmente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios em ações e serviços públicos de saúde; estabelece os critérios de rateio dos recursos de transferências para a saúde e as normas de fiscalização, avaliação e controle das despesas com saúde nas três esferas de governo; Considerando o Decreto nº 7.508, de 28 de junho de 2011, que regulamenta a Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, para dispor sobre a organização do SUS, o planejamento da saúde, a assistência à saúde e a articulação interfederativa, e dá outras providências; Considerando a Portaria GM/MS nº 204, de 29 de janeiro de 2007, que regulamenta o financiamento e a transferência de recursos federais para ações e serviços de saúde na forma de blocos de financiamento; Considerando a Portaria GM/MS nº 4.279, de 30 de dezembro de 2010, que estabelece diretrizes para a organização da Rede de Atenção à Saúde no âmbito do SUS; Considerando a Portaria GM/MS nº 2.488, de 21 de outubro de 2011, que aprova a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes e normas para a organização da Atenção Básica, para a Estratégia Saúde da Família (ESF) e o Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS); Considerando a Portaria GM/MS nº 2.715, de 17 de novembro de 2011, que atualiza a Política Nacional de Alimentação e Nutrição;
2 Considerando a Portaria GM/MS nº 737, de 16 de maio de 2011, que dispõe sobre a Política Nacional de Redução da Morbimortalidade por Acidentes e Violências; Considerando as pactuações e as deliberações provenientes da XXª Reunião Ordinária da Comissão Intergestores Tripartite (CIT), de XX de XXXXXXX de 2014 e da XXª Reunião do Conselho Nacional de Saúde, de XX de XXXX de 2014, resolve: CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 1º Fica instituída a Política Nacional de Promoção da Saúde (PNaPS). Art. 2º A PNaPS toma por fundamento os princípio e diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS), que traz em sua base o conceito ampliado de saúde, o referencial teórico da promoção da saúde e os resultados de suas práticas. Art. 3º A PNaPS aponta a necessidade de articulação com as demais políticas públicas para fortalecê-la, com o imperativo da participação social e dos movimentos populares, no enfrentamento aos determinantes e condicionantes da saúde. Art. 4º A PNaPS fundamenta-se nas Cartas das Conferências Internacionais e compreende a promoção da saúde como um conjunto de estratégias e formas de produzir saúde, no âmbito individual e coletivo, caracterizando-se pela articulação e cooperação intra e intersetorial, pela formação da Rede de Atenção à Saude (RAS), buscando articular suas ações com as demais das redes de proteção social, com ampla participação e controle social. Art. 5º A PNaPS reconhece as demais políticas e tecnologias existentes visando à equidade e à qualidade de vida, com redução de vulnerabilidades e riscos à saúde decorrentes dos determinantes sociais, econômicos, políticos, culturais e ambientais. Art. 6º Os objetivos, princípios, valores, diretrizes, temas transversais, estratégias operacionais, responsabilidades e temas prioritários, estabelecidas nesta política, visam à equidade, à melhoria das condições e dos modos de viver, e à afirmação do direito à vida e à saúde, dialogando com as reflexões dos movimentos no âmbito da promoção da saúde. CAPÍTULO II DOS VALORES, PRINCÍPIOS E DAS DIRETRIZES Art. 7º A PNaPS considerara a autonomia e a singularidade dos sujeitos, das coletividades e dos territórios, entendendo que as formas como elegem seus modos de viver, como organizam suas escolhas e como criam possibilidades de satisfazer suas necessidades dependem não apenas da vontade ou liberdade individual e comunitária, mas estão condicionadas e determinadas pelos contextos social, econômico, político e cultural em que vivem.
3 Art. 8º Os valores e princípios na PNaPS configuram-se como expressão fundamental de todas as práticas e ações no campo de atuação do SUS, reconhecendo a subjetividade das pessoas e das coletividades no processo de atenção e cuidado em defesa da saúde e da vida. Art. 9º São valores fundantes no processo de efetivação da PNaPS a solidariedade, a felicidade, a ética, o respeito às diversidades, a humanização, a corresponsabilidade, a justiça e a inclusão social. Art. 10. A PNaPS adota como princípios a equidade, a participação social, a autonomia, o empoderamento, a intersetorialidade, a intrassetorialidade, a sustentabilidade, a integralidade e a territorialidade. Art. 11. As diretrizes da PNaPS devem ser entendidas como linhas que fundamentam as ações e explicitam as suas finalidades, sendo: I - estímulo à cooperação e à articulação intra e intersetorial para ampliar a atuação sobre determinantes e condicionantes da saúde; II - fomento ao planejamento de ações territorializadas de promoção da saúde, com base no reconhecimento de contextos locais e respeito às diversidades, para favorecer a construção de espaços de produção social; ambientes saudáveis; e a busca da equidade, da garantia dos direitos humanos e da justiça social; III - incentivo à gestão democrática, participativa e transparente, para fortalecer a participação, o controle social, e a corresponsabilidades de sujeitos; coletividades; instituições e esferas governamentais; e sociedade civil; IV - ampliação da governança no desenvolvimento de ações de promoção da saúde que sejam sustentáveis nas dimensões política, social, cultural, econômica e ambiental; V - estimulo à pesquisa, à produção e à difusão de experiências, conhecimentos e evidências que apoiem a tomada de decisão, a autonomia, o empoderamento coletivo e a construção compartilhada de ações de promoção da saúde; VI - apoio à formação e à educação permanente em promoção da saúde para ampliar o compromisso e a capacidade crítica e reflexiva dos gestores e trabalhadores de saúde, bem como o incentivo ao aperfeiçoamento de habilidades individuais e coletivas, para fortalecer o desenvolvimento humano sustentável; VII - incorporação das intervenções de promoção da saúde no modelo de atenção à saúde, especialmente no cotidiano dos serviços de atenção básica em saúde, por meio de ações intersetoriais; e VIII - organização dos processos de gestão e planejamento das variadas ações intersetoriais, como forma de fortalecer e promover a implantação da PNaPS na RAS, de modo transversal e integrado, compondo compromissos e corresponsabilidades para reduzir a vulnerabilidade e os riscos à saúde vinculados aos determinantes sociais. CAPÍTULO III DOS OBJETIVOS DA PNaPS Art. 12. A PNaPS tem por objetivo geral promover a equidade e a melhoria das condições e modos de viver, ampliando a potencialidade da saúde individual e coletiva, reduzindo vulnerabilidades e riscos à saúde decorrentes dos
4 determinantes sociais, econômicos, políticos, culturais e ambientais. Art. 13. São objetivos específicos da PNaPS: I - estimular a promoção da saúde como parte da integralidade do cuidado na Rede de Atenção à Saúde, articulada às demais redes de proteção social; II - contribuir para a adoção de práticas sociais e de saúde centradas na equidade, na participação e no controle social, visando reduzir as desigualdades sistemáticas, injustas e evitáveis, com respeito às diferenças de classe social; de gênero; de orientação sexual e identidade de gênero; entre gerações; étnico-raciais; culturais; territoriais; e relacionadas às pessoas com deficiências e necessidades especiais; III - favorecer a mobilidade humana e a acessibilidade; o desenvolvimento seguro, saudável e sustentável; IV - promover a cultura da paz em comunidades, territórios e municípios; V - apoiar o desenvolvimento de espaços de produção social e ambientes saudáveis, favoráveis ao desenvolvimento humano e ao bem-viver; VI - valorizar os saberes populares e tradicionais e as práticas integrativas e complementares; VII - promover o empoderamento e a capacidade para tomada de decisão; e a autonomia de sujeitos e coletividades por meio do desenvolvimento de habilidades pessoais e de competências em promoção e defesa da saúde e da vida; VIII - promover processos de educação, formação profissional e capacitação específicas em promoção da saúde, de acordo com os princípios e valores expressos nesta Política, para trabalhadores, gestores e cidadãos; IX - estabelecer estratégias de comunicação social e mídia direcionadas ao fortalecimento dos princípios e ações em promoção da saúde e à defesa de políticas públicas saudáveis; X - estimular a pesquisa, produção e difusão de conhecimentos e estratégias inovadoras no âmbito das ações de promoção da saúde; XI - promover meios para a inclusão e qualificação do registro de atividades de promoção da saúde e da equidade nos sistemas de informação e inquéritos, permitindo análise, monitoramento, avaliação e financiamento das ações; XII - fomentar discussões sobre modos de consumo e produção que estejam em conflito de interesses com os princípios e valores da promoção da saúde e que aumentem vulnerabilidades e riscos à saúde; e XIII - contribuir para a articulação de políticas públicas inter e intrassetoriais com as agendas nacionais e internacionais. CAPÍTULO IV TEMAS TRANSVERSAIS DA PNaPS Art. 14. Os temas transversais são referências para a formulação de agendas de promoção da saúde, para adoção de estratégias e temas prioritários, operando em consonância com os princípios e valores do SUS e da PNaPS. Art. 15. São temas transversais da PNaPS: I - determinantes Sociais da Saúde (DSS), equidade e respeito à diversidade, que significa identificar as diferenças nas condições e nas oportunidades de
5 vida, buscando alocar recursos e esforços para a redução das desigualdades injustas e evitáveis, por meio do diálogo entre os saberes técnicos e populares; II - desenvolvimento sustentável, que se refere a dar visibilidade aos modos de consumo e produção relacionados com o tema priorizado, mapeando possibilidades de intervir naqueles que sejam deletérios à saúde, adequando tecnologias e potencialidades de acordo com especificidades locais, sem comprometer as necessidades futuras; III - produção de saúde e cuidado, que representa incorporar o tema na lógica de redes que favoreçam práticas de cuidado humanizadas, pautadas nas necessidades locais, que reforcem a ação comunitária, a participação e o controle social e que promovam o reconhecimento e o diálogo entre as diversas formas do saber (populares, tradicionais e científicos), construindo práticas pautadas na integralidade do cuidado e da saúde. Significa, também, vincular o tema a uma concepção de saúde ampliada, considerando o papel e a organização dos diferentes setores e atores que, de forma integrada e articulada por meio de objetivos comuns, atuem na promoção da saúde; IV - ambientes e territórios saudáveis, que significa relacionar o tema priorizado com os ambientes e os territórios de vida e de trabalho das pessoas e das coletividades, identificando oportunidades de inclusão da promoção da saúde nas ações e atividades desenvolvidas, de maneira participativa e dialógica; V - vida no trabalho, que compreende interrelacionar o tema priorizado com o trabalho formal e não formal e com os distintos setores da economia (primário, secundário e terciário), considerando os espaços urbano e rural; e identificando oportunidades de operacionalização na lógica da promoção da saúde para ações e atividades desenvolvidas nos distintos locais, de maneira participativa e dialógica; e VI - cultura da paz e direitos humanos, que consiste em criar oportunidades de convivência, de solidariedade, de respeito à vida e de fortalecimento de vínculos, desenvolvendo tecnologias sociais que favoreçam a mediação de conflitos diante de situações de tensão social, garantindo os direitos humanos e as liberdades fundamentais, reduzindo as violências e construindo práticas solidárias e da cultura de paz. CAPÍTULO V EIXOS OPERACIONAIS DA PNaPS Art. 16 Os eixos operacionais são estratégias para concretizar ações de promoção da saúde, respeitando os valores, princípios, objetivos e diretrizes da PNaPS. Art. 17. São Eixos Operacionais da PNaPS: I - Territorialização, enquanto estratégia operacional: a) reconhece a regionalização como diretriz do SUS e como eixo estruturante para orientar a descentralização das ações e serviços de saúde e para organizar a Rede de Atenção à Saúde; b) considera a abrangência das regiões de saúde e sua articulação com os equipamentos sociais nos territórios; c) observa as pactuações interfederativas, a definição de parâmetros de
6 escala e acesso, e a execução de ações que identifiquem singularidades territoriais para o desenvolvimento de políticas, programas e intervenções, ampliando as ações de promoção à saúde e contribuindo para fortalecer identidades regionais; II - Articulação e cooperação intra e intersetorial, entendidas como compartilhamento de planos, metas, recursos e objetivos comuns entre os diferentes setores e entre diferentes áreas do mesmo setor; III - Rede de Atenção à Saúde (RAS), enquanto estratégia operacional necessita: d) transversalizar a promoção na Rede de Atenção à Saúde favorecendo práticas de cuidado humanizadas, pautadas nas necessidades locais, na integralidade do cuidado, articulando com todos os equipamentos de produção da saúde do território; e) articular com as demais redes de proteção social, vinculando o tema a uma concepção de saúde ampliada, considerando o papel e a organização dos diferentes setores e atores, que, de forma integrada e articulada por meio de objetivos comuns, atuem na promoção da saúde; IV - Participação e controle social, que compreende a ampliação da representação e da inclusão de sujeitos na elaboração de políticas públicas e nas decisões relevantes que afetam a vida dos indivíduos, da comunidade e dos seus contextos; V - Gestão, entendida como a necessidade de priorizar os processos democráticos e participativos de regulação e controle, planejamento, monitoramento, avaliação, financiamento e comunicação; VI - Educação e formação, enquanto incentivo à atitude permanente de aprendizagem sustentada em processos pedagógicos problematizadores, dialógicos, libertadores, emancipatórios e críticos; VII - Vigilância, monitoramento e avaliação, enquanto uso de múltiplas abordagens na geração e análise de informações sobre as condições de saúde de sujeitos e grupos populacionais visando subsidiar decisões, intervenções e implantar políticas públicas de promoção da saúde; VIII - Produção e disseminação de conhecimentos e saberes, enquanto estímulo a uma atitude reflexiva e resolutiva sobre problemas, necessidades e potencialidades dos coletivos em cogestão, compartilhando e divulgando os resultados de maneira ampla com a coletividade; e IX - Comunicação social e mídia, enquanto uso das diversas expressões comunicacionais, formais e populares, para favorecer a escuta e a vocalização dos distintos grupos envolvidos, contemplando informações sobre o planejamento, execução, resultados, impactos, eficiência, eficácia, efetividade e benefícios das ações. intrassetorial; CAPÍTULO VI DAS RESPONSABILIDADES Art. 18. São responsabilidades comuns a todas as esferas do setor saúde: I - divulgar a PNaPS fortalecendo seus valores e princípios; II - estabelecer parcerias promovendo articulação intersetorial e
7 III - contribuir para a reorientação do modelo de atenção à saúde com base nos valores, princípios e diretrizes da PNaPS; IV - fomentar normas e regulamentos para o desenvolvimento seguro, saudável e sustentável em ambientes, comunidades, municípios e territórios; V - fortalecer a participação e o controle social e as instâncias de gestão democrática e participativa, enquanto mecanismo de implementação da PNaPS; VI - construir mecanismos de identificação das potencialidades e das vulnerabilidades para subsidiar o fortalecimento da equidade; VII - definir prioridades, objetivos, estratégias e metas nas instâncias colegiadas e intergestores para implementação de programas, planos, projetos e ações de promoção da saúde; VIII - estabelecer instrumentos e indicadores de gestão, planejamento, monitoramento e avaliação; IX - promover a alocação de recursos orçamentários e financeiros para a implementação da PNaPS; X - promover o intercâmbio de experiências e o desenvolvimento de estudos e pesquisas que visem o aperfeiçoamento e a disseminação de tecnologias e conhecimentos voltados para a promoção da saúde; XI - desenvolver estratégias e mecanismos organizacionais de qualificação e valorização da força de trabalho da saúde, estimulando processos de formação e educação permanente voltados para a efetivação da PNaPS; XII - estimular as iniciativas e ações de promoção de saúde, bem como a produção de dados e divulgação de informações; XIII - incluir a promoção da saúde nos Planos de Saúde e nas Programações Anuais de Saúde em conformidade com os instrumentos de planejamento e gestão do SUS, para implementação da PNaPS, considerando as especificidades loco regionais; XIV - articular a inserção das ações voltadas à promoção da saúde nos sistemas de informação do SUS e outros; e XV - viabilizar parcerias com organismos internacionais, com organizações governamentais, não governamentais, incluindo o setor privado e sociedade civil, para o fortalecimento da promoção da saúde no país. Art. 19. São responsabilidades do Ministério da Saúde: I - promover a articulação com os estados e municípios para apoio à implantação e implementação da PNaPS; II - pactuar na Comissão Intergestores Tripartite (CIT) os temas prioritários e o financiamento da PNaPS; III - apoiar a implementação da PNaPS, considerando o perfil epidemiológico e as necessidades em saúde; IV - viabilizar mecanismos para cofinanciamento de planos, projetos e programas de promoção da saúde; V - incorporar ações de Promoção da Saúde aos Planos Plurianual e Nacional de Saúde; VI - apresentar no Conselho Nacional de Saúde estratégias, programas, planos e projetos de promoção da saúde;
8 VII - institucionalizar e manter em funcionamento do Comitê da PNaPS em conformidade com os seus princípios e diretrizes; VIII - realizar apoio institucional às Secretarias Estaduais, ao Distrito Federal e às Municipais de Saúde visando à implantação, implementação e consolidação da PNaPS; IX - apoiar e produzir a elaboração de materiais de divulgação visando socializar informações e ações de promoção da saúde; e X - estimular, monitorar e avaliar os processos, programas, projetos e ações de promoção da saúde. Art. 20. São responsabilidades das Secretarias Estaduais de Saúde: I - promover a articulação com os municípios para apoio à implantação e implementação da PNaPS; II - pactuar nas Comissões Intergestores Bipartite (CIB) e Regionais (CIR) e Colegiado de Gestão do Distrito Federal (CGSES/DF) as estratégias, diretrizes, metas, temas prioritários e financiamento das ações de implantação e implementação da PNaPS; III - implantar e implementar a PNaPS na Rede de Atenção à Saude, no âmbito de seu território, respeitando suas diretrizes e promovendo adequações às especificidades loco-regionais; IV - apresentar no Conselho Estadual de Saúde estratégias, programas, planos e projetos de promoção da saúde; V - incorporar ações de Promoção da Saúde nos Planos Plurianual e Estadual de Saúde; VI - alocar recursos orçamentários e financeiros para a implantação e implementação da PNaPS; VII - realizar apoio institucional às secretarias municipais e regiões de saúde no processo de implantação, implementação e consolidação da PNaPS; VIII - realizar o monitoramento e avaliação de programas, projetos e ações de promoção da saúde no âmbito estadual e distrital; IX - apoiar e elaborar materiais de divulgação visando à socialização da informação e à divulgação de programas, planos, projetos e ações de promoção da saúde; X - promover cooperação, espaços de discussão e trocas de experiências e conhecimentos sobre a promoção da saúde; e XI - apoiar e promover a execução de programas, planos, projetos e ações relacionadas com a promoção da saúde, considerando o perfil epidemiológico e as necessidades do seu território. Art. 21. São responsabilidades das Secretarias Municipais de Saúde: I - promover a articulação intra e intersetorial para apoio à implantação e implementação da PNaPS no âmbito de sua competência; II - implantar e implementar a PNaPS no âmbito do seu território, respeitando as especificidades loco-regionais; III - pactuar nas Comissões Intergestores Bipartite (CIB) e Regionais (CIR) e Colegiado de Gestão do Distrito Federal (CGSES/DF) as estratégias, diretrizes, metas, temas prioritários e financiamento das ações de implantação e implementação da
9 PNaPS; IV - apresentar no Conselho Municipal de Saúde estratégias, programas, planos e projetos de promoção da saúde; V - incorporar ações de Promoção da Saúde aos Planos Plurianual e Municipal de Saúde; VI - destinar recursos orçamentários e financeiros para realização das ações de promoção da saúde; VII - prestar apoio institucional aos gestores e trabalhadores no processo de implantação, implementação, qualificação e consolidação da PNaPS; VIII - promover e realizar a educação permanente dos trabalhadores do sistema local de saúde para desenvolver as ações de promoção da saúde; IX - identificar e promover canais de participação no processo decisório para o desenvolvimento e a sustentabilidade das ações de promoção da saúde; X - promover a participação e o controle social e reforçar as ações comunitárias de promoção da saúde nos territórios; XI - identificar, articular e apoiar a troca de experiências e conhecimentos referentes às ações de promoção da saúde; XII - participar do processo de monitoramento, avaliação de programas, planos, projetos e ações de promoção da saúde; XIII - elaborar materiais educativos visando à socialização da informação e à divulgação de programas, planos, projetos e ações de promoção da saúde; e XIV - apoiar e promover, de forma privilegiada, a execução de programas, planos, projetos e ações diretamente relacionadas à promoção da saúde, considerando o perfil epidemiológico e as necessidades do seu território. Parágrafo único. As responsabilidades da Secretaria de Saúde do Distrito Federal são as mesmas atribuídas às Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde descritas acimas. CAPÍTULO VII TEMAS PRIORITÁRIOS Art. 22. A PNaPS aponta para temas prioritários evidenciados pelas ações de promoção da saúde realizadas e compatíveis com o Plano Nacional de Saúde, pactos interfederativos e planejamento estratégico do Ministério da Saúde, bem como acordos internacionais firmados pelo governo brasileiro, em permanente diálogo com as demais políticas, com os outros setores e com as especificidades sanitárias. Art. 23. São temas prioritários da PNaPS: I - Formação e Educação permanente, que compreende mobilizar, sensibilizar e promover capacitações para gestores, trabalhadores da saúde e de outros setores para o desenvolvimento de ações de educação em promoção da saúde, e incluí-la nos espaços de educação permanente; II - Alimentação adequada e saudável, que compreende promover ações relativas à alimentação adequada e saudável, visando à promoção da saúde e à segurança alimentar e nutricional, contribuindo com as ações e metas de redução da pobreza, com a inclusão social e com a garantia do direito humano à alimentação
10 adequada e saudável; III - Práticas corporais e atividades físicas, que compreende promover ações, aconselhamento e divulgação de práticas corporais e atividades físicas, incentivando a melhoria das condições dos espaços públicos, considerando a cultura local e incorporando brincadeiras, jogos, danças populares, dentre outras práticas; IV - Enfrentamento ao uso do tabaco e seus derivados, que compreende promover, articular e mobilizar ações para redução e controle do uso do tabaco, incluindo ações educativas, legislativas, econômicas, ambientais, culturais e sociais; V - Enfrentamento do uso abusivo de álcool e outras drogas, que compreende promover, articular e mobilizar ações para redução do consumo abusivo de álcool e outras drogas, com a corresponsabilização e autonomia da população, incluindo ações educativas, legislativas, econômicas, ambientais, culturais e sociais; VI - Promoção da mobilidade segura, que compreende buscar avançar na articulação intersetorial e intrasetorial envolvendo a vigilância em saúde; a atenção básica; e as redes de urgência e emergência do território na produção do cuidado e na redução da morbimortalidade decorrente do trânsito. Orientar ações integradas e intersetoriais nos territórios, incluindo saúde, educação, trânsito, fiscalização, ambiente, e demais setores envolvidos, além da sociedade, visando definir um planejamento integrado, parcerias, atribuições, responsabilidades e especificidades de cada setor para a promoção da mobilidade segura. Avançar na promoção de ações educativas, legislativas, econômicas, ambientais, culturais e sociais, fundamentadas em informação qualificada e em planejamento integrado, que garantam o trânsito seguro, a redução de morbimortalidade e a paz no trânsito; VII - Promoção da Cultura da paz e de direitos humanos, que compreende promover, articular e mobilizar ações que estimulem a convivência, a solidariedade, o respeito à vida e o fortalecimento de vínculos; para o desenvolvimento de tecnologias sociais que favoreçam a mediação de conflitos; o respeito às diversidades e diferenças de gênero, de orientação sexual e identidade de gênero, entre gerações, étnico-raciais, culturais, territoriais, de classe social e relacionada às pessoas com deficiências e necessidades especiais, garantindo os direitos humanos e as liberdades fundamentais; articulando a Rede de Atenção à Saúde com as demais redes de proteção social, produzindo informação qualificada e capaz de gerar intervenções individuais e coletivas, contribuindo para a redução das violências e para a cultura de paz; e VIII - Promoção do desenvolvimento sustentável, que compreende promover, mobilizar e articular ações governamentais, não governamentais, incluindo o setor privado e a sociedade civil, nos diferentes cenários (cidades/municípios, campo, floresta, águas, bairros, territórios, comunidades, habitações, escolas, igrejas, empresas e outros) permitindo a interação entre saúde, meio ambiente e desenvolvimento sustentável na produção social da saúde em articulação com os demais temas prioritários. CAPÍTULO VIII DO FINANCIAMENTO Art. 24. As políticas, programas e ações que contemplem componentes de promoção da saúde são financiados por meio dos blocos de financiamento do SUS.
11 Art. 25. O financiamento dos temas prioritários da PNaPS e seus planos operativos serão objeto de pactuação prévia na Comissão Intergestores Tripartite (CIT). CAPÍTULO IX DAS DISPOSIÇÕES FINAIS Art.26. Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação Art. 27. Fica revogada a Portaria GM/MS nº 687, de 30 de março de
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