O GATO MALHADO E A ANDORINHA SINHÁ

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1 O GATO MALHADO E A ANDORINHA SINHÁ Texto de Jorge Amado Era uma vez, antigamente, mas muito antigamente, nas profundas do passado, quando os bichos falavam, os cachorros eram amarrados com lingüiça, alfaiates casavam com princesas e as crianças chegavam no bico das cegonhas... Aconteceu, naquele então, uma história de amor.

2 PERSONAGENS *MANHÃ *VENTO *TEMPO *GATO *ANDORINHA *VACA *PAPAGAIO *CORUJA *SAPO *CASCAVEL *PATA *ROUXINOL *GALO

3 COREOGRAFIA INICIAL PRIMEIRA CENA Manhã chega atrasada, e muito sonolenta. Palco semi-escuro. Somente as estrelas brilham. MANHÃ Ai, que vontade de dormir sem despertador, até não ter mais sono! (Manhã vai apagando as estrelas e é surpreendida pelo Vento.). VENTO Olá, linda donzela. MANHÃ Olá Vento... VENTO Precisa de uma ajuda, princesa? MANHÃ Claro. O que seria de mim, sem a sua ajuda e suas histórias todos os dias? VENTO E o que seria de mim sem vê-la todas as manhãs? (Ela fica sem graça.) Por falar em histórias, hoje te contarei uma das histórias mais bonitas que já aconteceu nesse mundo. MANHÃ É de amor? VENTO Sim, mas de um amor proibido, por tudo e por todos. MANHÃ Conta logo. VENTO Ela foi-me transcrita por um velho amigo, o Doutor Sapo Cururu. MANHÃ Conta logo, Vento! VENTO Está bem: era uma vez, muito antigamente, numa manhã como essa, e num parque muito bonito, que tudo começou. O vento soprava nas árvores e as folhas caíam, formando uma linda dança. (Vento tira Manhã para dançar e continua a contar a história, num tom baixo, até acabar a dança e a história. A música que dançam é um tango.).

4 MANHÃ (Emocionada) Tadinho dos dois. VENTO (Aproveitando a situação) O amor, às vezes, é assim. (Ele abraça-a.). MANHÃ Que história linda, mas triste. (Tempo entra em cena.). TEMPO Que bonito, Manhã, atrasada novamente. VENTO Até breve, princesa. (Sai.). MANHÃ Até. TEMPO Deve ter uma boa desculpa para esse atraso. MANHÃ Fiquei ouvindo o Vento contar uma linda história, e perdi a hora. Desculpa! TEMPO Uma história? MANHÃ (Entusiasmada) Sim, uma linda história de amor. TEMPO De amor? MANHÃ É... TEMPO Está bem: conta, e se for, realmente, uma boa história, não só te desculparei como te darei uma rosa azul, que medrou há muitos séculos, e hoje já não se encontra mais. MANHÃ Está bem, mas tenho certeza que não irá se arrepender, Mestre. TEMPO Espero. MANHÃ (Empolgada) Era uma vez, muito antigamente, numa manhã como essa, e num parque muito bonito, que tudo começou. O vento (suspiros.) soprava nas árvores e as folhas caíam. (Manhã se envolve numa dança, pensando no Vento.) Era primavera, e o parque enchia de cores... (Saem.).

5 SEGUNDA CENA O Gato está deitado. Andorinha entra cantando uma canção. Após vê o Gato e se esconde. Joga gravetos nele. O Gato olha para os lados e não vê nada, mudando de lugar. Entra a Vaca. VACA Oi, gatinho! (Gato nem bola. Brava.) Sujeito metido. Não faz nem idéia de que está frente a uma figura respeitada por todos e com descendência castelhana. Mas ele me paga. (Vaca aproximase.) Un tipo tan chiquito y ya de bigotas! GATO (Irônico) Uma sujeita tão grandona e sem porta-seios. (Gato sai, rindo.). VACA Seu mal-educado. ANDORINHA (Saindo do esconderijo) O que aconteceu, dona Vaca? VACA (Chorando) Aquele mal-educado do Gato Malhado me ofendeu. ANDORINHA Mas, o Gato? VACA Sim. Tem criatura mais hostil que ele? ANDORINHA Mas ele me parece só solitário. VACA E agressivo. ANDORINHA Mas pela manhã eu o acordei jogando gravetos - e ele me pareceu bem amigável. VACA Deveria ter jogado calhaus enormes no crânio dele, liquidando-o de uma vez. ANDORINHA Que horror. Eu só queria conversar com ele. VACA Hablar con el Gato? Piensas, Boquita, en realmente? Por Diós, no seas tonta! (Cansada.) Então tu não sabes que ele é um Gato, e um Gato mau, e que jamais uma Andorinha pode... manter

6 relações com eles, pois com isso pode comprometer a honra da família? Não pode sequer cumprimentar um Gato. Eles são inimigos das andorinhas. Sendo eles malhados ou não. ANDORINHA Mas ele não me fez nada... VACA É um Gato. Ainda por cima, malhado! ANDORINHA Só por ser um Gato, ainda por cima malhado? Mas ele tem um coração, como todos nós... VACA Coração? (Indignada.) Coração? Quem lhe disse que ele tem coração? Quem? ANDORINHA Eu pensei... VACA Você viu o coração dele? Diga! ANDORINHA Ver, não vi... VACA E então? Agora me jure que não conversará e nem se aproximará dele. ANDORINHA Sim, eu juro. (Dedos cruzados.). VACA Agora, vamos, minha filha, que irei falar com o Reverendo Papagaio, para realizarmos uma reunião no parque, com os demais, para alertarmos sobre o gato. ANDORINHA Mas... VACA Não tem mas... (Saem.). TERCEIRA CENA Todos entram: papagaio, coruja, sapo, galo, pata, cascavel e a vaca. Após um tempo e por fim, o gato, que se deita.

7 PAPAGAIO Bem, como todos sabem, convoquei esta reunião, em nome da Senhorita Vaca Mocha, que foi muito ofendida pelo Gato Malhado. CORUJA Por falar na Vaca, onde está ela? VACA (Entrando em cena, toda de luto) Desculpe a demora. É que estava me recompondo. PAPAGAIO Pois vamos ao assunto. (Algazarra total. Entra o Gato, sem dar bola, e deita-se.). CORUJA (Para o Gato) Oi... (Ele não responde e deita-se.). SAPO Calma. Vamos organizar um de cada vez. PAPAGAIO Eu começo. Dizem que, certa vez, derrubara, com uma patada, um tímido lírio branco, pelo qual se haviam enamorado todas as rosas. CORUJA Não há provas. CASCAVEL Diz ter sido o Gato Malhado, o malvado que roubara o pequeno sabiá do seu ninho de ramos. PATA A mamãe sabiá, ao encontrar o filho, para o qual trazia alimento, suicidou-se, enfiando o peito no espinho de um mandacaru. SAPO Eu lembro. Foi um enterro triste, e naquele dia, muitas pragas foram pronunciadas em intenção do Gato Malhado. CORUJA Não existem provas. CASCAVEL Mas que outro teria sido? ROUXINOL Basta olhar a cara do bichano para localizar o assassino. Bicho feio. PATA Dizem que ele matará para comer a mais linda pomba-rola do pombal, e desde então, certo pombo-correio perdeu a alegria de viver. CORUJA Faltam provas.

8 PAPAGAIO Quem podia tê-lo feito, senão aquele sinistro personagem, sem lei nem Deus, tipo à toa? GALO Sem falar nos ovos que aquele assassino roubara dos ninhos, para alimentar seu ignóbil corpanzil. VACA Sem falar que ele me agrediu. SAPO Agrediu? VACA Sim, mas de forma verbal. (Gato começa a acordar.). GATO Miauuuuuu... (Todos fogem e de longe comentam.). GALO Não parece que ele está rindo? PATA Santo Deus! Está rindo mesmo. PAPAGAIO Creio que ele enlouqueceu. CASCAVEL Ele está preparando alguma maldade. (Gato levanta-se, estira o braço e as pernas, abre os olhos e aspira o ar, profundamente, e sorri.). GATO Por que fogem todos, se o parque é tão belo na chegada da primavera? Não há tempestades e nem vento frio derrubando as folhas. A chuva não desaba em lágrimas sobre os telhados. Como fugir e esconder-se, quando a primavera chega trazendo consigo a doçura de viver? (Encontra a Andorinha.) Tu não fugiste com os outros? ANDORINHA Eu? Fugir? Não tenho medo de ti. Os outros são todos uns covardes... Tu não me podes alcançar, não tens ossos para voar. És um gatarrão ainda mais tolo do que feio. E olha lá, que és feio... GATO Feio, eu? (Ri.). SAPO (Do fundo do cenário) Ela o insultou e ele vai matá-la. PAPAGAIO Não quero testemunhar a tragédia. PATA Não posso ver sangue. PAPAGAIO Rezarei pela alma da pobre Andorinha.

9 GATO Tu me achas feio? De verdade? ANDORINHA Feiíssimo. GATO Não acredito. Só uma criatura cega poderia me achar feio. ANDORINHA Feio e convencido. (Gato vai se aproximando e o Rouxinol entra e tira a Andorinha de cena.) Até logo, seu feio... QUARTA CENA Final da Primavera Entram Andorinha e Rouxinol. ROUXINOL Você se arriscou demais, Andorinha. ANDORINHA Que nada! Ele nem é tão mau. ROUXINOL Mas, por via das dúvidas, não quero vê-la perto daquele bichano feio. Combinado? ANDORINHA (Sussurra) Feio, mas simpático. ROUXINOL O que foi? ANDORINHA (Dedos cruzados) Combinado. ROUXINOL Como anda a música que te ensinei? ANDORINHA Estou praticando. ROUXINOL Agora vamos, porque senão nos atrasaremos para a aula de canto. (Saem Andorinha e Rouxinol, e após, entra o Gato.). GATO Creio que estou doente. Estou ardendo em febre... (Após um tempo, ele começa a cantar, apaixonado. Após a canção é surpreendido pela Coruja.). CORUJA Estás feliz, seu Gato?

10 GATO (Assustado) Feliz, eu? CORUJA Sim, estás a cantar, e uma melodia romântica. GATO É verdade. Sabe Dona Coruja, acho que estou doente. Nunca me senti assim. Conhece algum remédio que eu possa tomar? CORUJA Não é doença, seu Gato, e sim amor. GATO (Bravo) Não é amor. CORUJA Calma, seu Gato. Estar apaixonado é uma das melhores coisas da vida. GATO (Curioso) - Você já amou alguém na vida, dona Coruja? CORUJA Sim, há muitos anos. Um ser encantador. GATO E o que houve? CORUJA Ia tudo bem, mas, aí, certo dia acordei, e havia só uma carta de despedida, onde dizia que ele havia tido uma conversa com o Reverendo Papagaio, e tinha entendido tudo. GATO Tudo o quê? CORUJA O Reverendo Papagaio que sabe, toda aquela pose de religioso -, não passa de um devasso, falou para ele que eu estava de caso com outro, mas na verdade, ele é que estava me fazendo propostas indecentes. GATO Que sujeito sem caráter. CORUJA Dizem que ele fizera propostas indecorosas à pequena pata branca, à galinha carijó e a uma rolinha, a qual ensinara o catecismo. GATO E com toda aquela pinta de religioso. CORUJA E o caso do pombogaio? GATO Pombogaio?

11 CORUJA Dizem que a pomba-correio teve um filho estranho: um pombo que falava a língua dos homens. Só o pombo-correio, aquele tolo, não via quem, além do papagaio, falava a língua dos homens. GATO Que sujeito hipócrita. CORUJA Até mais, seu Gato. Devo ir, estou atrasada. (Gato deita-se e adormece. Luz dando diferença entre dia e noite. Papagaio entra em cena.). PAPAGAIO (Rezando, avista o Gato) Bom dia, meu caríssimo doutor Gato Malhado. Como vai o amigo? Graças a Deus, bem? (Gato nem se digna a responder e mostra-lhe a língua. Saindo de cena.) Sujeito mal-educado. (Após algum tempo deitado, em busca de Andorinha, ele resolve ir embora. É surpreendido pela Andorinha que está no alto de uma árvore.). ANDORINHA Não me diz bom dia, seu mal-educado? GATO (Feliz) Bom dia, Sinhá. ANDORINHA Senhorita Sinhá, faça o favor. (Gato fica triste.) Vá lá... pode me chamar de Sinhá, se isso lhe dá prazer... E eu lhe chamarei de feio. GATO Já lhe disse que não sou feio. ANDORINHA Puxa! Que convencido! É a pessoa mais feia que eu conheço. Junto de você, minha madrinha coruja é prêmio de beleza... GATO Até logo... ANDORINHA Ai - se ofendeu? Ainda é mais convencido do que feio... (Após os dois ficarem se olhando um tempo, caem na risada.) Não precisa ir embora. Não lhe chamo mais de feio. Agora só lhe trato de formoso. GATO Não quero também... ANDORINHA Então como vou lhe chamar?

12 GATO Gato. ANDORINHA Gato: não posso. GATO Por quê? Por que não pode? ANDORINHA (Triste) Não posso conversar com nenhum gato. Os gatos são inimigos das andorinhas. GATO Quem lhe disse? ANDORINHA É verdade. Eu sei. GATO (Muito triste) Mas nós não somos inimigos, não é? ANDORINHA Nunca. GATO Então nós podemos conversar! ANDORINHA Vai embora daqui, que papai está vindo. Depois eu procuro você para conversar. Até, feioso... (Gato sai de cena, rindo.). QUINTA CENA Gato deitado. O Rouxinol, de longe, observando, canta uma canção. Após, aparece a Andorinha e acorda o Gato. ANDORINHA Bom dia, seu feio. GATO Bom dia, Sinhá. Que fizeste de ontem para hoje? Hoje estás ainda mais linda do que ontem, e, mesmo mais linda do que estavas essa noite, no sonho em que te vi... ANDORINHA Conta-me o teu sonho. Eu não te conto o meu, porque sonhei com uma pessoa muito feia: sonhei contigo... (Os dois riem.). ROUXINOL (Parecendo não saber) Ah, Andorinha, você está aí? Está todo o mundo lhe procurando para a aula de canto.

13 ANDORINHA Perde a hora, já estou indo. (Para o Gato.) Até, feio. ROUXINOL (Dando o braço para ela) Vamos minha flor. (O Gato fica morrendo de ciúmes, e tem uma reação agressiva, sem imaginar que ao longe, está sendo observado pelo Sapo Cururu e pelo Galo. Sai.). SAPO O que aconteceu? GALO Ele está louco... SAPO Precisamos avisar a todos para se cuidarem. GALO Eu vou logo para casa, e você avisa a todos sobre esse fato. SAPO Pode deixar para mim. (Saem.). SEXTA CENA Estação do verão Gato já em cena. Todos, menos o Rouxinol, o observam. Andorinha chega. SAPO Eu disse que ele está louco. GALO É. Nós vimos a raiva em seus olhos. CORUJA Mas, não me parece isso. CASCAVEL Ele tem a maldade no coração. Não esqueçam o que ele já fez aqui no parque. PATA Isso é verdade. (Andorinha entra em cena.). ANDORINHA Oi... TODOS Oi... (Andorinha vai em direção ao Gato.).

14 VACA Aonde você vai, menina? SAPO Pare, menina! Ele está louco. PAPAGAIO Não posso nem olhar... CORUJA - Calma pessoal: eles só irão conversar... ANDORINHA Oi, seu feio. GATO Oi, bela Andorinha. ANDORINHA Como você está? GATO Melhor agora, que te avistei. ANDORINHA Pare: assim eu fico com vergonha. GATO Que nada: se eu não fosse um gato, te pediria para casares comigo. (Andorinha fica surpresa e sai correndo de cena. O Gato vai atrás dela.) Espere Andorinha!... (Todos invadem o espaço, menos o Rouxinol.). VACA Onde já se viu uma coisa igual? Uma Andorinha de raça volátil, casar com um gato, da raça dos felinos! PATA Onde já se viu? Não é certo! PAPAGAIO Onde já se viu Padre Nosso que estais no céu, uma andorinha andar pelos cantos, escondida com um gato? Ave Maria cheia de graça, andam dizendo e eu não acredito, creio em Deus Padre -, mas pode ser, mas pode ser, Salve Rainha, Mãe de Misericórdia, que ele anda querendo casar com ela, Deus me livre e guarde. Ora se tá querendo, ora se amém! GALO Onde já se viu uma andorinha, linda andorinha, louca andorinha, às voltas com um gato? SAPO Onde já se viu uma andorinha noivando com um gato? PATA É um desrespeito à velha lei. Só pode pato com pata, cachorro com cadela, pombo e pomba, pássaro ou pássaro e gato com gata. VACA É o fim do mundo. Perdeu-se o respeito às leis.

15 CASCAVEL Ele só está preparando tudo para matá-la. CORUJA Calma pessoal: eles se gostam. PATA Não pode. SAPO Não é permitido. VACA Isso foge das regras. PAPAGAIO Eu desaprovo. É feio. CASCAVEL Ele é ruim. Não gosta de ninguém. Lembra das coisas ruins que ele já fez? GALO É. E ela conversa com ele como se eles fossem iguais. Como se ela não soubesse que ele é um criminoso. PATA Não pode: pato com pata, pássaro com pássaro. SAPO Calma. (Algazarra. Gritando.) Temos que arranjar uma solução. PAPAGAIO É isso que precisamos. VACA Mas qual? (Todos ficam andando pelo palco, em busca de uma solução. Coruja tenta explicar a todos, que não precisam ser radicais.). CORUJA (Indo de um em um) Eles se amam, deixem-nos serem felizes... (Rouxinol entra em cena.). VACA (Olha para o Rouxinol) Achei a solução para esse problema. (Todos olham para ele.). ROUXINOL O que houve pessoal? VACA Temos que casá-la com outro. ROUXINOL Casar quem? PATA É isso mesmo. SAPO Claro. Como não pensei nisso? Ele é perfeito. VACA É belo, ágil, sabe cantar.

16 GALO É de raça volátil e gosta dela. ROUXINOL Não estou entendendo nada. SAPO Calma meu filho: já te explicaremos. VACA (Intrometida) É que o Gato Malhado pediu a Andorinha Sinhá em casamento. ROUXINOL (Rindo) Os dois casarem? Isso só pode ser brincadeira. Não tem como. Onde já se viu isso? É brincadeira, né? PATA Não. O pior é que não. ROUXINOL (Bravo) Não pode. Não tem como. SAPO Nós sabemos disso, e por isso precisamos da sua ajuda. VACA Precisamos casá-lo com ela. Só assim as coisas voltam ao normal. PAPAGAIO Vamos começar os preparativos. (Saem todos de cena.). SÉTIMA CENA Outono Cascavel entra em cena. Após, o Gato. CASCAVEL Aqueles tolos já estão ficando com pena daquele Gato. Mas eu vou dar um jeitinho nisso. (Cascavel prepara-se para roubar os ovos do casal de sabiás, quando chega o Gato.). GATO Deixe isso aí, sua coisa ruim. CASCAVEL (Debochando) Oh, o gatinho tem coração bom. GATO Solta esses ovos, agora...

17 CASCAVEL Seu gato tolo. Acha que vou perder a oportunidade de faze mais uma maldade em seu nome? GATO Pare. Você já arrumou problemas demais para mim, no parque. CASCAVEL E vou arrumar mais, até você ser expulso por todos. GATO Mas dessa vez vai ser diferente. (Começa um duelo.). CASCAVEL (Vítima) Socorro, socorro! Ele quer me matar! (Os animais do parque, com o barulho, vêm correndo para ver o que está acontecendo.). TODOS O que houve? CASCAVEL Ele quer me matar. (Chorando.). GATO Não é verdade. CASCAVEL Ele estava roubando os ovos e eu cheguei na hora. Então ele tentou me agredir. PAPAGAIO Seu gato mau. PATA Como você tem coragem? (Gato sai, sem tentar argumentar.). VACA Eu sempre falei que esse gato era mau, e que nunca mudaria. CORUJA Temos que averiguar o caso. Vocês podem estar sendo injustos. SAPO - Averiguar o quê? Está tudo bem claro aos nossos olhos. GALO Esse gato não tem mais jeito. Temos que tomar uma providência já. ANDORINHA Calma pessoal! Ele não é o culpado. Ele sempre me falou que era a cobra que fazia suas maldades. CASCAVEL Menina tola. Ele a iludiu. Eu nunca seria capaz. VACA É verdade. A cobra sempre foi nossa amiga.

18 PATA E sabemos da índole do gato. ROUXINOL (Chegando depois) O que houve? VACA O gato que tentou roubar os ovos do casal de sabiás, e após, tentou matar a nossa amiga dona Cobra. ROUXINOL Agora aquele sujeito passou dos limites. SAPO Calma, meu amigo. ROUXINOL Não tem calma. Agora chega. Vou colocar um fim nisso. ANDORINHA Ele não teve culpa. ROUXINOL Pare de defendê-lo. Ele a hipnotizou, para só você não ver o mal que ele faz. PAPAGAIO É isso aí. Vamos colocar um fim nisso. (Olha ao seu redor. Ninguém apóia. Para Rouxinol.) É isso: você vai colocar um fim em tudo. ROUXINOL Faz tempo que ele foi? PATA Não, foi agorinha. ROUXINOL Então eu o acho. (Saem todos, com o Rouxinol. A Andorinha e a Coruja tentam pará-lo, sendo vencidas pelo grande grupo.). OITAVA CENA Andorinha entra cantando e é acompanhada pelo Gato, que entra logo depois. Ao fim da música, os dois já estão sendo observados pelo Rouxinol. ANDORINHA Não Podemos. GATO Por que não? ROUXINOL Porque ela se casará comigo.

19 GATO (Para Andorinha) Isso é verdade? (Andorinha sai correndo. Gato tenta ir atrás e é interceptado pelo Rouxinol. Duelo musical entre ambos, que é interrompido pela dona Coruja.). CORUJA Parem já com isso... ROUXINOL (Saindo de cena) - Nos veremos de novo. GATO Estou esperando. CORUJA O que você está tentando fazer? GATO Ele que começou. CORUJA Você quer ser expulso do parque? GATO Antes isso ao ver os dois juntos. CORUJA Não adianta lutar contra isso: é a lei, e tem que ser respeitada. GATO Mas não é justo. CORUJA Eu sei meu amigo, mas contra a lei não se pode nada. GATO Me deixe sozinho. CORUJA Mas você ficará bem? GATO Por favor. (Coruja sai e Gato fica só. Começa a escrever uma poesia para a Andorinha. Pega o livro do Gramático Tamanduá.) Para minha adorada Andorinha Sinhá: A Andorinha Sinhá A Andorinha Sinhá A Andorinha bateu asas e voou. Vida triste minha vida Não sei cantar nem voar Não tenho asas nem penas Não sei soneto escrever

20 Muito amo a Andorinha Com ela quero casar Mas a Andorinha não quer Comigo casar não pode Porque sou Gato Malhado Oi! Assina Gato Malhado. NONA CENA Andorinha em cena. Gato entra. GATO Estava à sua procura. ANDORINHA Aconteceu alguma coisa? GATO Não. É só pra te entregar essa carta. (Andorinha pega, e quando vai abri-la, escuta o barulho de alguém se aproximando.). ANDORINHA Agora vai: que vem vindo alguém. Até mais. GATO Até, minha princesa. (Gato sai de cena. Entram a Vaca, a Pata e o Sapo.). TODOS Oi, Andorinha! ANDORINHA Oi!... PATA O que fazes perdia a essas horas, por aqui? ANDORINHA Resolvi dar uma volta pelo parque.

21 VACA O que é isso na sua mão? ANDORINHA Nada, dona Vaca. (Vaca pega o papel de Andorinha, e começa a ler em voz alta.). PATA Mas não é possível. SAPO Um gato escrevendo sonetos de amor: aí tem coisa. VACA Como assim? SAPO Me empresta isso, um pouco. ANDORINHA Parem com isso. SAPO Calma menina. Deixe-me dar uma olhada nisso. (Sapo pega a carta e começa a analisá-la. Entra em cena o Papagaio, o Rouxinol, o Galo e a Coruja.). PAPAGAIO O que está acontecendo? VACA Imagina o Gato Malhado: escreveu um soneto apaixonado para a Andorinha. ROUXINOL Mas esse sujeitinho não tem mais jeito. CORUJA Calma, meu filho. GALO Esse mundo está perdido. SAPO Terminei... Eu, como membro da Academia e do Instituto Crítico e Universitário, e professor de comunicação, sinto-me no direito de dizer que a peça poética em discussão é carente de idéias profundas, e tem inúmeros defeitos em sua forma. A construção gramatical não obedece ao padrão e a métrica é fraca. Mas, o imperdoável - sobretudo, porém -, é o fato criminoso evidenciado no primeiro quarteto do aludido soneto de autoria do Gato Malhado, claro e clamoroso plágio, de inconveniente canção carnavalesca, que assim se escreve: A baratinha Yayá A baratinha Yoyô

22 A baratinha bateu asas E voou. Esse Gato, perante o Tribunal da opinião pública é um ladrão, que não satisfeito em plagiar, copiou versos de baixa extração, já que seu intelecto é de uma grande fragilidade. Pelo menos plagiasse grandes Mestres da Literatura. ROUXINOL Cópia. (Ri.). GALO Coitadinho. VACA Quem não sabia? ANDORINHA (Brava) Dá-me isso. Parem todos. (Andorinha sai de cena e Rouxinol vai atrás.). CORUJA Vocês conseguiram. (Sai de cena.). VACA Agora não tem mais jeito. PATA Vamos preparar tudo. PAPAGAIO A parte religiosa é comigo. VACA Irei falar com as aranhas tecedeiras para terminarem logo o vestido. SAPO Prepararei todos os convites. PATA Eu cuidarei da decoração. GALO Eu, eu irei para casa. (Sai de cena.). VACA Estamos todos combinados: será amanhã à noite. DÉCIMA CENA Gato e Andorinha encontram-se em cena.

23 GATO Oi, princesa... ANDORINHA Oi!... GATO O que houve? ANDORINHA Vim me despedir de você. GATO Por quê? ANDORINHA Hoje à noite me casarei com o Rouxinol, e nós não poderemos nos ver mais. GATO Mas eu gosto de você. ANDORINHA Um gato não pode casar com uma andorinha. Adeus! (Sai.). GATO Espere, espere!... (Canta uma música triste. Após, os animais entram, todos preparando as coisas para o casamento. Entra o Rouxinol.). TODOS Viva o noivo!... (Pausa.). GATO Será que ela vem? VACA Cale a boca... (Andorinha entra, abatida. Gato acompanha tudo.). TODOS Viva a noiva!... PAPAGAIO Estamos todos reunidos, em prol da união desse lindo casal, onde, perante a visão do Senhor e de todos aqui presentes, celebraremos essa união. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Eu pergunto Rouxinol: aceita a Andorinha Sinhá, para amá-la e respeitá-la até que a morte os separe? ROUXINOL Sim. PAPAGAIO Andorinha Sinhá: aceita o Rouxinol, para amá-lo e (enfático.) respeitá-lo... CORUJA Seu Reverendo...

24 PAPAGAIO Até que a morte os separe? (Pausa. Todos se olham. Andorinha contrariada.). ANDORINHA Sim. TODOS É... PAPAGAIO Se estiver alguém, aqui presente, que seja contra... SAPO Não há ninguém. PAPAGAIO Eu os declaro casados. (Papagaio organiza um coral, e os noivos vão saindo de cena, juntos. O Gato morre de tanta tristeza. Várias pétalas caem sobre o seu corpo.). O mundo só vai prestar Para nele se viver No dia em que a gente ver Um gato maltês casar Com uma alegre andorinha Saindo os dois a voar O noivo e sua noivinha Dom Gato e Dona Andorinha. FIM Observação - As músicas do espetáculo devem ser Originais.

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