ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA NERVOSA TRANSCUTÂNEA (TENS) Prof. Ms. Marco Aurélio N. Added
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1 ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA NERVOSA TRANSCUTÂNEA (TENS) Prof. Ms. Marco Aurélio N. Added 1
2 DOR & ANALGESIA! A d o r é u m a d a s p r i n c i p a i s q u e i x a s clínicas dos pacientes! A fisioterapia tem vários recursos analgésicos! A TENS é um dos principais recursos para analgesia (não o único) 2
3 DOR: AVALIAR PARA TRATAR Objetivos Investigação! Compreender o fenômeno doloroso! Implementar a terapêutica adequada! Avaliar a eficácia do tratamento! Etiologia! Localização! Intensidade! Qualidades! Freqüência! Duração! Fatores agravantes e atenuantes 3
4 DOR Definição da Associação Internacional para o Estudo de Dor: É uma experiência sensorial e emocional desagradável, associada com um dano de tecido real ou potencial (MERSKEY, 1986) 4
5 WOOD, DOR! A dor é uma sensação necessária para o funcionamento do corpo.! Exerce uma função protetora.! Sempre que possível deve-se intervir na causa da dor!
6 MECANISMOS DE AÇÃO! Teoria das Comportas (Melzack & Wall, 1965)! Liberação de endorfinas! Aumento de Fluxo Sanguíneo 6
7 FISIOLOGIA DA DOR Mecanismos Periféricos: -Nociceptores são terminações nervosas livres; - Limiar de ativação alto; - São sensíveis a estímulos que lesam os tecidos (mecânicos, térmicos, elétricos e químicos) - Dão origem a fibras aferentes que levam o estímulo doloroso para a medula espinhal 7
8 A velocidade de condução do impulso nervoso é diretamente relacionada ao diâmetro da fibra. A dor aguda é transmitida pelas fibras A, enquanto que a dor persistente e mais lenta é transmitida pelas fibras C 5-30 m/s 0,5-2 m/s 8
9 Fibras A! A-alfa: função motora de propriocepções e movimento! A delta: função no tato, pressão e vibração. 9
10 Resumindo! Fibras A = rápida! Fibras C = lenta 10
11 Dano aos tecidos Liberação de mediadores químicos (pela célula lesada e terminações nervosas que foram ativadas) Ativam nociceptores Iniciam as respostas inflamatórias no tecido lesado Hiperalgesia das terminações nervosas livres (+ sensível) 11
12 TEORIA DA COMPORTA Ronald Melzack Patrick D. Wall 12
13 Dor e emoções - Emoções positivas modulam a dor, diminuindo a mesma - Emoções negativas, exacerbam a dor * Modulação da dor se dá principalmente pela liberação de opióides endógenos ( fármacos produzidos pelo corpo ). 13
14 Opióides Entre os principais opióides temos: - Endorfinas; - Dinorfinas; - Encefalinas. Estes opióides diminuem a dor e promovem a analgesia 14
15 Teoria da comporta Os estímulos de dor percorrem ao Tálamo por meio de fibras rápidas e lentas (A e C). Inicialmente as fibras A chegam primeiro (devido sua velocidade, sendo seguida pelas fibras C. 15
16 Teoria da comporta As fibras C por sua vez, utilizam substância P que é um modulador da dor, sendo responsáveis por manter a comporta aberta. Quando estimulamos as fibras rápidas, estimulamos a liberação de endorfinas, bloqueando a substância P e consequentemente fechando a comporta de dor. 16
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19 DOR AGUDA DOR CRÔNICA Dor aguda Dor crônica -Pode durar poucos minutos ou vários dias -Sinal de alerta; -Deriva de lesão tecidual -Intensa porém decresce -Dor de longa duração -Associada a angústia, apreensão, depressão, desespero -Persiste após cura aparente 19
20 TENS Transcutaneous Electrical Neuromuscular Stimulation Estimulação Elétrica Neuromuscular Transcutânea Bifasica simétrica e assimétrica 20
21 TENS! Qualquer estimulação elétrica (galvânica, farádica, diadinâmicas, interferenciais, russa, etc.) aplicada através da pele que estimule nervos periféricos Alon, 1991, 2003 l Entretanto, o termo TENS ficou associado a um equipamento específico usado quase que exclusivamente para o controle da dor. 21
22 TENS Típico TENSYS 831 KLD: primeiro equipamento TENS produzido no Brasil 22
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25 Eletrodos: Silicone/Carbono + Gel ou Autoadesivos 25
26 DISPOSIÇÃO DOS ELETRODOS! Ponto doloroso! Trajeto nervoso! Paravertebral! Transarticular! Ponto Motor 26
27 ! Material; Eletrodos l Borracha (grafite) gel condutor l Esponja l Silicone auto-adesivo Tamanho; Quanto maior eletrodo, menor a densidade da corrente e menor a sensação do paciente; Distância; Quanto maior a distancia entre eletrodos, maior profundidade de penetração; 27
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29 Eletrodos 29
30 Associação TENS + Crioterapia ou Calor? 30
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32 Local de Estimulação - Região onde estimulação possa ser direcionada do SNC (Dermátomos). - Uma região sensível ao eletrodo (eliminação proeminência óssea). 32
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35 CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DAS CORRENTES Corrente alternada (não polarizada) e de baixa frequência Pulso Quadrado Bifásico Assimétrico Balanceado / Equilibrado (por definição) 35
36 TENS! Principal Indicação l Analgesia l Relaxamento Muscular! Efeitos Não-Analgésicos l Aumento de Fluxo Sangüíneo JOHNSON,
37 Efeitos Circulatórios! Úlceras l Kaada & Emru, 1988; Lundeberg et al., 1992; Debreceni et al., 1995; Baker et al., 1997; Cosmo et al., 2000.! Retalhos Isquêmicos l Kjartansson et al., 1988 (a, b, c); Lundeberg et al., 1988; Kjartansson & Lundeberg, 1990; Niina et al., 1997; Liebano et al., 2000 e
38 PARÂMETROS AJUSTÁVEIS NOS EQUIPAMENTOS DE TENS T I F I= amplitude (ma) T= tempo de duração do pulso (µs ou ms) Freqüência (Hz ou pps) 38
39 MODALIDADES DE TENS 39
40 TIPOS DE TENS: * Neurofisiologia da TENS 40
41 Modos de Aplicação TENS CONVENCIONAL TENS ACUPUNTURA TENS BURST TENS BREVE INTENSO 41
42 Modos de Aplicação TENS CONVENCIONAL F T 75 a 150 Hz 40 a 400 µseg Nível de Sensorial Estimulação Tempo de Aplicação 20 / 30 minutos 42
43 TENS Convencional: Aplicação! Amplitude: nível sensorial.! Tempo de Aplicação: l teoricamente pode ser de até mais de 24 h. l Clínica = 30 min l Uso domiciliar: instruir o paciente a usar o aparelho a intervalos intermitentes de min. 43
44 TENS Convencional: Indicações! Qualquer condição dolorosa, especialmente aquelas onde a contração muscular aumente a dor DORES AGUDAS! Lesões traumáticas agudas em conjunção com ICE (gelo, compressão, elevação)! Controle da dor pósoperatória. 44
45 Técnica Básica! Coloque 2-4 eletrodos em torno da área a ser tratada! Determine os parâmetros (duração e frequência).! Ajuste a amplitude para uma estimulação sensorial forte (vá até o limiar motor e volte um pouco).! Se a estimulação ficar imperceptível, aumente a duração de pulso ou a amplitude. Se houver um pouco de contração, deixe contrair.! Se a estimulação estiver muito forte, diminua o tempo de duração de pulso ou a amplitude. 45
46 Modos de Aplicação TENS ACUPUNTURA F T 1 a 5 Hz 150 a 300 µseg Nível de Motor Estimulação Tempo de Aplicação 1 hora 46
47 TENS acupuntura Age sobre pontos motores para ativar Aα provoca contrações musculares não dolorosas na origem da dor 47
48 TENS de baixa frequencia- Acupuntura! Forma mais vigorosa de tratamento.! Analgesia demora a ocorrer, mas é de maior duração.! Estimulação produz liberação de opióides endógenos e pode, portanto, promover um alívio da dor mais prolongado.! Efeitos duram de 1-3 h após 30 min de tratamento 48
49 TENS - Acupuntura:! Dores crônicas: l paciente deve poder tolerar contrações musculares! Trigger points! Espasmo muscular Indicações 49
50 Modos de Aplicação TENS BURST F T 100 Hz 150 a 250 µseg Nível de Motor Estimulação Tempo de Aplicação 40 a 50 minutos 50
51 ! BURST Tempo de Pulso 100 a 180 µs Freqüência 100 Hz Estímulo Motor 51
52 Efeito de bombeamento 52
53 TENS no Modo Burst! Uma corrente de alta frequência ( Hz) liberada em pacotes (bursts) de 2 Hz! Quando sua intensidade fica em nível sensorial, seu mecanismo é similar à TENS convencional.! Quando aplicado com intensidade alta (nível motor/ doloroso), é similar ao TENS acupuntura. 53
54 Modo Burst no Nível Motor! Duração de Pulso: entre 150 e 250 µs.! Frequência: l do burst: baixa (2-4 bursts por segundo) l dos pulsos: alta ( pps)! Amplitude: forte contrações isoladas visíveis devem ser eliciadas.! A duração do pulso pode variar: l curta quando se quer uma estimulação mais confortável, l longa para estimular no nível doloroso.! Para estimular fibras A-delta, T = µs é indicado 54
55 Modos de Aplicação TENS BREVE INTENSO F T 150 a 250 Hz 150 a 250 µseg Nível de Doloroso Estimulação Tempo de Aplicação 10 / 15 minutos 55
56 CONTRAINDICAÇÕES! Dores cuja causa é desconhecida! Útero e lombar de pacientes grávidas! Seio carotídeo! Marcapasso! Alteração de sensibilidade 56
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