UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO INSTITUTO DE AGRONOMIA DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA
|
|
- Rafael Godoi Domingues
- 7 Há anos
- Visualizações:
Transcrição
1 UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO INSTITUTO DE AGRONOMIA DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA ESTRATIGRAFIA DE SEQUENCIAS: CONCEITOS FUNDAMENTAIS E APLICAÇÕES NA INDÚSTRIA DO PETRÓLEO MÁRCIO PARISOTTO ALUNO FERNANDO MACHADO DE MELLO ORIENTADOR MAIO DE 2007
2 ÍNDICE Resumo...iii Lista de Figuras... iv Capítulo 1 Introdução 1.1 Apresentação Objetivo Histórico Conceitos Seqüência: Unidade Fundamental...10 Capítulo 2 Sismoestratigrafia 2.1 Visão Geral Interpretação Sismoestratigráfica Curva eustática e Arquitetura Deposicional...17 Capítulo 3 Estratigrafia de Seqüências 3.1 Introdução Acomodação Eustasia Taxa de Variação Relativa do Nível do Mar Parasseqüências Conjunto de Parasseqüências Limite de Seqüências Trato de Sistemas Trato de Sistema de Mar Baixo Trato de Sistema Transgressivo Trato de Sistema de Mar Alto Tratos de Sistemas e Plays...36 Capítulo 4 Conclusões...37 Capítulo 5 Referências Bibliográficas...38 ii
3 RESUMO A Estratigrafia de Seqüências se fundamenta no registro sedimentar, apartir de ciclos eustáticos do nível do mar, e engloba tratos de sistemas que serão abordados com visão holística. O aperfeiçoamento na aquisição, processamento e inerpretação dos dados sísmicos proporcionados pela indústria do petróleo promovem modificações e atualizações de conceitos que acaretam em nova interpretação de litofácies nos sistemas deposicionais. A busca e análise dos métodos interpretativos das seqüências e sua geração serão abordados através de idéias e conceitos oriundos de pensamentos individuais e escolas, no âmbito de discussão e avaliação. A interpretação de litofácies deposicionais em cada trato de sistema constitui um conjunto de geometrias de reflexão/estratos esperados para cada trato. Dessa forma é possível inferir, dentro de algumas limitações, os paleoambientes deposicionais, e por conseguinte, os tratos de sistemas. iii
4 LISTA DE FIGURAS Figura 01 - A seqüência genética de Galloway e a sua comparação com a seqüência da Exxon...11 Figura 02 Discordâncias Figura 03 Geometrias estratais e terminações de refletores...16 Figura 04 Estágios da curva eustática...17 Figura 05 Modelos de fácies sísmica básicos...17 Figura 06 Modelos de terminações de refletores em seqüência hipotética...18 Figura 07 Espaço disponível para potencial deposição: Acomodação...20 Figura 08 Eustasia e batimetria...21 Figura 09 Curva Eustática...22 Figura 10 Variação relativa do nível do mar...23 Figura 11 Conjunto de parasseqüências...24 Figura 12 Limite de seqüência Tipo Figura 13 Limite de seqüência Tipo Figura 14 Limite de seqüência Tipo 1 em plataforma carbonática...27 Figura 15 Limite de seqüência Tipo 2 em plataforma carbonática...27 Figura 16 Seqüências e modelos de tratos de sistemas deposicionais...28 Figura 17 Trato de sistemas de mar baixo inicial...30 Figura 18 Origem do limite de seqüência e formação de regressão forçada pela queda contínua do nível do mar...31 Figura 19 Trato de sistemas de nível baixo final...32 Figura 20 Superfície de ravinamento...33 Figura 21 Trato de sistemas transgressivo...34 Figura 22 Trato de sistemas de nível alto...35 Figura 23 Formação de limite de seqüência e novo desenvolvimento de trato de sistemas de nível baixo...36 iv
5 CAPÍTULO 1 INTRODUÇÃO 1.1 Apresentação O surgimento da Estratigrafia de Seqüências veio possibilitar exatamente esta visão do todo na análise de bacias sedimentares, consolidando num só arcabouço as informações advindas de diversos campos da geologia sedimentar, tais como a sedimentologia, a bioestratigrafia, a paleogeografia, entre outros. O caráter revolucionário dentro das geociências, defendido por Miall,1992, e Della Fávera,1995, impulsiona a Estratigrafia de Seqüências como um ícone comparado com a Teoria de Tectônica de Placas. A sismoestratigrafia ou estratigrafia de seqüências, representada por frentes como a Escola da Exxon, especula os fatores determinantes para a configuração da arquitetura deposicional, pois as seções sísmicas nos fornecem a conjuntura atual das bacias sedimentares. No entanto, o entendimento da dinâmica da bacia, considerando os fatores tectônicos associados aos processos de sedimentação marinha, exposição e possível erosão, correntes marinhas profundas e correntes de marés, a ação do clima determinando o tipo de sedimentação, fatores estruturais determinando aumento no espaço de acomodação, além dos fatores clássicos como subsidência e taxa de variação relativa do nível do mar são fundamentais. Contudo, existe uma preocupação na inferência desses fatores, de modo a não haver precipitação e forçar uma concepção do modelo, justificando litofácies deposicionais por conta de eventos, por vezes não totalmente associáveis. A necessidade de discussão do assunto é pertinente, e começa pela denominação modelo hoje tida como um método de análise sísmica, visto àss propriedades intrínsecas à bacia. 5
6 1.2 Objetivo Esta pesquisa tem o intuito de trazer a tona princípios fundamentais da Estratigrafia de Seqüências, suas atualizações desde as divulgações no AAPG Memoir 26, através da proposta de Peter R. Vail. A divulgação dos conceitos básicos deste método de análise sísmica deve atingir a comunidade acadêmica de forma a estimular o raciocínio calcado na estratigrafia de eventos. Isso é suportado pelo fato de que os trabalhos iniciais foram desenvolvidos através do mapeamento regional de fácies no Paleozóico do Estado de Montana (EUA), e que, portanto, as particularidades tectono-estratigráficas daquela bacia, diferem essencialmente das bacias da margem continental brasileira (vistos os controles eustáticos, subsidência, aporte sedimentar, clima). Além disso, o Brasil se revelou um país de grande potencial energético, e a prospecção de hidrocarbonetos exige cada vez mais alta resolução sísmica para suportar as atualizações do modelo proposto inicialmente. A análise da taxa de variação relativa do nível do mar sobre a ótica dos fatores controladores da arquitetura deposicional na conjuntura da plataforma continental brasileira de ser continuamente estudada com o objetivo de combater o delay de informações, e dessa forma, consolidar o Brasil como destaque na prospecção de hidrocarbonetos em águas profundas e ultraprofundas Histórico A estratigrafia de seqüências é um tratamento estratigráfico que deriva basicamente da sismoestratigrafia. Esta última surgiu na década de 1960, com o desenvolvimento da sísmica digital multicanal, que teve contribuição de equipamentos eletrônicos durante a fase de aquisição de dados e o posterior processamento das informações, contribuindo para a interpretação das atuais seções geológicas. 6
7 O centro de pesquisa de Houston, Texas, com destaque a Peter R.Vail e Robert Mitchum III, apresentaram trabalhos de grande difusão, provocando uma revolução científica conhecida como Estratigrafia de seqüências, esse grupo ficou conhecido como Exxon. Inicialmente, uma série de coincidências na variação do onlap costeiro chamou sua atenção, o que deu origem à proposta da variação do nível do mar como causa principal. Em 1977, no best seller da AAPG Memoir 26, a apresentação dessas teorias despertou interesse das indústrias petrolíferas. O modelo, basicamente, infere litologias associadas às variações eustáticas, consideradas globais e assim correlacionáveis. Dessa forma, em tempos de rebaixamento eustático, formar-se-iam os leques submarinos (rocha reservatório para hidrocarbonetos). Por outro lado, as fases de expansão eustática positiva, correspondendo à superfície de inundação máxima, haveria a formação de rochas geradoras. No mesmo evento Louis Frank Brown e William Fisher discordaram da opinião do grupo da Exxon. Estudos atuais do Pleistoceno indicam que os leques submarinos foram formados durante rebaixamento relativo do nível do mar. Esses modelos sofreram críticas e posteriores modificações, e atualmente Henry Posamentier, tem se destacado, propondo suas idéias através de método de trabalho ao invés de modelos, afastando a estratigrafia de seqüências de seus aspectos polêmicos. Sérgio Cainelli (1993) faz uma atualização de conceitos fundamentais que regem a estratigrafia de seqüências abordando concepções contraditórias com a determinação de superfícies limítrofes das seqüências e as discordâncias tipo 1 e tipo 2. Joel Carneiro de Castro (1999) analisa a estratigrafia de seqüências nos últimos 35 anos, enfatizando pormenores da evolução da sedimentologia de processos à estratigrafia de seqüências. Destaca a conotação litoestratigráfica (rocha pela rocha sem compromisso com o tempo) que foi dada aos sistemas, apesar do próprio termo ter uma conotação holística (partes de um todo) e, portanto cronoestrátigrafica (este tratamento veio mais tarde, com a estratigrafia de seqüências e seus tratos de sistemas). Apresentam ainda a evolução do conhecimento de alguns modelos deposicionais (delta, barra de plataforma e leque submarino), principalmente face os conceitos estratigráficos modernos. 7
8 No Brasil o avanço da estratigrafia foi influenciado fortemente pela Petrobrás, como reflexo, o aporte de publicações em português teve contribuições de grande importância no ano de Helio J.P. Severiano Ribeiro em Estratigrafia de Seqüências Fundamentos e aplicações, borda o tema com muita propriedade em todos os seus aspectos, apresentando novidades como a aplicação da micropaleontologia. Jorge C. Della Fávera em Fundamentos de Estratigrafia Moderna confronta o uniformitarismo à estratigrafia de eventos, com visão holística enfatiza o catastrofismo como base científica da sedimentação episódica. Nos últimos anos, praticamente todas as bacias brasileiras foram estudadas em termos de estratigrafia de seqüências. A pesquisa brasileira nessa área fornece grande utilidade no contingente dos trabalhos internacionais, onde tem se destacado em águas profundas e ultra-profundas. 1.4 Conceitos: Sismoestratigrafia: é um método estratigráfico de interpretação de dados sísmicos, o qual permite uma melhor compreensão da evolução tectonosedimentar de uma bacia. (Severiano Ribeiro, 2001) Eustasia: é o movimento de elevação ou queda global das águas oceânicas. Segundo Kendall & Lerche (1988), não é possível medir-se a eustasia, a menos que o nível d água fosse aferido num poste fincado no centro da Terra. Entretanto, movimentos eustáticos são reais e podem ser inferidos a partir de vários métodos. (Della Fávera). Subsidência: é o movimento de natureza tectônica que afeta o substrato das bacias. Variação relativa do nível do mar: é a combinação entre a eustasia e a subsidência tectônica. Mais modernamente, Posamentier et al. (1988) introduzem a chamada taxa de variação relativa do nível do mar, que combina a taxa de variação eustática e a taxa de subsidência. 8
9 Acomodação: é o espaço disponível para a acumulação de sedimentos. Embora a subsidência seja a maior responsável por esta acumulação, esta ficaria modulada pela variação eustática. A disposição geométrica de uma seqüência dependerá da distribuição da acomodação no espaço e no tempo. (Della Fávera, 2001). Posamentier & Allen (1999) consideram inválida a discussão de ser a eustasia ou a tectônica o fator mais importante da acomodação, já que os sedimentos não sabem a diferença entre esses dois fatores. Discordância: é uma superfície que separa estratos mais novos de mais antigos, ao longo da qual há evidência de truncamento erosivo subaério (em alguns lugares, erosão submarina correlata) ou então de uma exposição subaérea, com a indicação de um hiato significante. (Escola da Exxon, 1988). Conformidade: é uma superfície de acamamento que separa estratos mais jovens de estratos antigos, ao longo da qual não há evidência de erosão (tanto subaérea como submarina) ou não deposição e onde não haja qualquer hiato significativo. (Della Fávera,2001) Parasseqüência e conjunto de parasseqüências: é uma sucessão concordante de camadas ou conjunto de camadas geneticamente relacionadas, limitada pó superfícies de inundação marinhas e suas superfícies correlatas. (Della Fávera, 2001). Tratos de sistema: é uma associação de sistemas deposicionais contemporâneos (Brown & Fisher, 1997). Por sua vez, sistema deposicional foi definido por Fisher & McGowen (1967) como os depósitos inter-relacionados de um determinado ambiente deposicional, vistos em três dimensões. Toplap: as reflexões/estratos terminam lateralmente, diminuindo gradualmente de espessura mergulho acima e ascendendo ao limite superior assintoticamente. O toplap evidencia um hiato não-deposicional e ocorre 9
10 quando o nível de base é muito baixo, a ponto de impedir a continuidade da deposição mergulho acima de um estrato. (Severiano,2001). Onlap: quando uma reflexão/estrato, inicialmente horizontal, termina deposicionalmente contra uma superfície inicialmente inclinada ou quando uma reflexão/estrato com certa inclinação termina deposicionalmente mergulho acima contra uma superfície de maior inclinação. (modif..,severiano,2001). Downlap: ocorre quando reflexão/estrato inclinado termina, mergulho abaixo, contra uma superfície horizontal ou inclinada. 1.5 Seqüência: unidade fundamental A abordagem da Estratigrafia de Seqüências em termos de interpretações de seções sísmicas baseia-se basicamente na identificação das terminações das reflexões/estratos e a sua posterior interpretação. O modelo interpretativo da Exxon passou, ao longo dos últimos 35 anos, por reajustes motivados pela melhora na resolução das seções sísmicas e pesquisas pelas indústrias petrolíferas devido ao aumento da demanda energética. Contudo, o referido método de análise estratigráfica mostrou-se próspero. A primeira referência ao termo seqüência ocorreu através do mapeamento regional de fácies no Paleozóico do Estado de Montana (Estados Unidos da América) desenvolvido por trabalhos de Sloss et al. (1949). Portanto, a identificação e delimitação de uma unidade fundamental sempre persistiram na sismoestratigrafia, por vezes em controvérsias. Nesse sentido, destaca-se a Seqüência estratigráfica genética (Galloway) e a Seqüência deposicional (Exxon). A grande divergência estaria na seleção dos limites e nos objetivos de interpretação. O grupo da Exxon usa essencialmente dados sísmicos, enquanto que a de Galloway enfatiza a sedimentologia, interpretando ambientes pelas feições internas e geometrias de fácies. Várias diferenças essenciais distinguem a seqüência estratigráfica genética da seqüência deposicional baseada em sísmica, particularmente porque esta última tem sido primariamente interpretada como refletindo um controle eustático ubíquio sobre 10
11 o preenchimento da bacia. Galloway admite a ação dos três controles em conjunto. Explicação: Fácies litorânea Limite de seqüência estratigráfica genética e concordância correlativa Discordância limite da seqüência deposicional e concordância relativa Superfícies deposicionais 2 Sistemas deposicionais costeiros sucessivos Seqüência estratigráfica genética (Galloway) Seqüência deposicional (Exxon) Figura 01 - A seqüência genética de Galloway e a sua comparação com a seqüência da Exxon (Galloway, 1989). A arquitetura estratigráfica repetitiva é o produto da interação ativa entre o suprimento sedimentar, subsidência (e soerguimentos) da bacia e variação eustática do nível do mar. Cada uma dessas três variáveis pode dominar a evolução deposicional: além do mais, a arquitetura estratigráfica resultante vai ter o mesmo aspecto, qualquer que seja o controle dominante. (Della Fávera,2001). 11
12 A denominação seqüência, antes seqüência deposicional, esta inserida no contexto da Estratigrafia de Eventos formando depósitos de Sedimentação Episódica (Della Fávera, 2001). Os depósitos de tempestitos, turbiditos, inunditos e sismitos podem ser interpretados como processos catastróficos ocorridos em curtos espaços de tempo, intercalados por longos períodos de Bom Tempo. Uma seqüência constitui um ciclo transgressivo-regressivo de 3ª ordem, composto de diversos tratos de sistemas deposicionais. Um trato de sistemas deposicionais foi definido inicialmente como um conjunto natural de sistemas deposicionais contemporâneos e interligados (Brown & Fisher, 1977 apud Severiano Ribeiro, 2001). Vail et al. (1977) definiu uma seqüência como uma unidade estratigráfica composta de uma sucessão relativamente concordante de estratos geneticamente relacionados e limitada, no topo e na base, por discordâncias ou suas conformidades correlatas. Vail et al. (1991), estudando as assinaturas estratigráficas da tectônica, da eustasia e da sedimentologia, estabeleceram as seguintes magnitudes para seqüências ou ciclos sedimentares: 1ª ordem - > 50 Ma 2ª ordem 3 50 Ma 3ª ordem 0,5 3 Ma 4ª ordem 0,08 0,5 Ma 5ª ordem 0,03 0,08 Ma 6ª ordem 0,01 0,03 Ma A ordem de grandeza de uma seqüência pode ser controlada durante um ciclo de Wilson, caracterizando seqüências de 1ª ordem, passando aos superciclos e superseqüências (2ª ordem) até as seqüências de 5ª e 6ª ordens, caracterizadas, atualmente, por ciclos sedimentares, por vezes consideradas como controladas pela excentricidade orbital da Terra. Nesse caso, refere-se às variações de Milankovitch. 12
13 CAPÍTULO 2 SISMOESTRATIGRAFIA 2.1 Visão Geral A influência da tecnologia computacional nos processos de aquisição, processamento e interpretação de dados sísmicos são notáveis, tendo em vista ao aumento na resolução das seções sísmicas possibilitando uma maior capacidade de inferência de tratos de sistemas e de seqüências. As reflexões sísmicas são os registros do tempo de percurso (ida e volta) de ondas sísmicas geradas artificialmente na superfície e refletidas em interfaces físicas das rochas. Essas interfaces demarcam o contraste de impedância acústica entre dois pacotes rochosos contíguos. A impedância acústica define-se como o produto da velocidade sísmica de um intervalo de rochas pela sua densidade. (Severiano, 2001). A interpretação sismoestratigráfica é realizada, basicamente por geólogos e geofísicos, no entanto, o objetivo fundamental é determinar o paleoambiente deposicional baseado nas terminações dos refletores. (Fig.03) Essa ferramenta provocou uma nova forma de visualização da arquitetura deposicional, tendo uma preocupação de delimitar as seqüências cronoestratigraficamente. Isso é possível através da concepção dos processos deposicionais serem calcados em estratigrafia de eventos. Em virtude da magnitude dos investimentos das companhias petrolíferas na aquisição de dados geológicos e geofísicos, a estratigrafia de seqüências consolida-se como um método exploratório de ideal aplicação em áreas marinhas profundas e destituídas de dados de poços e, por conseguinte uma incapacidade de realizar correlações. Nesse sentido, a inferência das litofácies e, portanto do paleoambiente deposicional, onde estes estão associados a determinados tratos de sistemas, fornece um arcabouço de grande valor na indústria do petróleo, pois o conhecimento preciso de ambientes e litofácies deposicionais torna possíveis predições mais refinadas de rochas reservatório, fonte e selos, além dos caminhos para a migração dos hidrocarbonetos. 13
14 2.2 Interpretação Sismoestratigráfica A sismoestratigrafia ou estratigrafia de seqüências, representada por frentes como a Escola da Exxon, especula os fatores determinantes para a configuração da arquitetura deposicional, pois as seções sísmicas nos fornecem a conjuntura atual das bacias sedimentares. No entanto, o entendimento da dinâmica da bacia, considerando os fatores tectônicos associados aos processos de sedimentação marinha, exposição e possível erosão, correntes marinhas profundas e correntes de marés, a ação do clima determinando o tipo de sedimentação, fatores estruturais determinando aumento no espaço de acomodação, além dos fatores clássicos como subsidência e taxa de variação relativa do nível do mar são fundamentais. Contudo, existe uma preocupação na inferência desses fatores, de modo a não haver precipitação e forçar uma concepção do modelo, justificando litofácies deposicionais por conta de eventos, por vezes não totalmente associáveis. Os trabalhos clássicos apresentados por Vail, Wagoner, Posamentier, Allen, Mitchum e demais pesquisadores sofreram ao longo dos últimos 30 anos aperfeiçoamentos por parte dos mesmos autores e também oriundas de outras escolas e cientistas. As mais importantes abordam os aspectos de delimitação das seqüências, como por exemplo, a definição do conceito de discordância, atualmente com uma relação estratigráfica envolvendo truncamento erosional. A figura 02 mostra as diferenças de inconformidades com aspectos de limites litoestratigráficos, por quanto, as figuras 05 e 06 delimitam as seqüências cronoestratigraficamente com caráter calcado na variação relativa do nível do mar. 14
15 Figura 02 Discordâncias (Boggs.,2001). A determinação dos limites de seqüências do tipo 1 ou tipo 2, devem ser, na medida do possível suportadas por dados das mais variadas fontes de informações para se obter uma maior precisão na inferência da delimitação. Atualmente, a micropaleontologia presta grande auxílio na caracterização das seqüências, seus limites, suas superfícies mais importantes e seus tratos de sistemas. Com o mesmo intuito, a análise da petrografia orgânica nos estudos de estratigrafia de seqüências tem demonstrado relações interessantes, com possíveis inferências. 15
16 A interpretação sísmica é facilitada quando, com o objetivo de determinar os padrões geométricos, se procuram locais onde dois ou mais refletores convirjam. A convergência é demarcada por setas apontando a terminação dos refletores, desta forma em escala de seqüência é possível visualizar as relações de estratos. Os principais tipos de terminações de estratos são descritos como toplap, onlap, truncamento, dowlap e offlap (Fig.03). Atualmente, esses termos têm sido incorporados na estratigrafia de seqüências a fim de configurar os modelos de empilhamento, dessa forma, inferindo as seqüências e tratos de sistemas. Figura 03 Geometrias estratais e terminações de refletores. Os padrões de empilhamentos podem ser relacionados com a curva eustática, esta deve ser compreendida em termos de seus pontos de inflexão, e das variações das taxas de variações relativas do nível do mar. O modelo considera a subsidência com constante intensidade, dessa forma, seguindo o onset da queda do nível de base, representada na figura 04, ocorre um aumento da queda eustática até atingir o ponto de inflexão F, (intersecção da curva com a reta do tempo). Após o ponto de inflexão, a queda eustática diminui a velocidade, se a taxa de subsidência for maior do que do que a queda eustática ocorre uma elevação da taxa relativa do nível do mar. Esse raciocínio nos leva a interpretação de que mesmo com a queda eustática, a taxa de variação relativa do nível do mar, ou seja, a taxa de acomodação pode ser positiva. Partindo do princípio de que a variação relativa do nível do mar é fator determinante na deposição sedimentar, a compreensão da oscilação eustática, 16
17 subsidência, aporte sedimentar e taxa de variação relativa do mar é fundamental para determinação dos processos relevantes durante a deposição. 2.3 Curva eustática e a arquitetura deposicional Figura 04 Estágios da curva eustática. As geometrias estratais estão associadas a momentos específicos das relações dos fatores deposicionais, da mesma forma, as fácies símicas, através do reconhecimento dos padrões de reflexões sísmicas e suas interrelações dentro das unidades sísmicas ou seqüências, possibilitam inferir seu posicionamento dentro de uma seqüência. (modif., Embry, 2007). (Fig.05). Figura 05 Modelos de fácies sísmica básicos. (Mitchum et al.,1997). 17
18 A complexidade das relações discutidas acima, em termos de discordâncias, geometrias estratais, fácies sísmicas, com um acompanhamento representativo da curva eustática pode ser visualizado na figura 06, através de uma seqüência sísmica hipotética. Figura 06 Modelos de terminações de refletores em seqüência hipotética. (Vail et al.,1987). 18
19 CAPÍTULO 3 ESTRATIGRAFIA DE SEQÜÊNCIAS 3.1 Introdução Estratigrafia de Seqüências é o estudo de relações de rochas sedimentares dentro de um arcabouço cronoestratigráfico de estratos relacionados geneticamente, o qual é limitado por superfícies de erosão ou não-deposição, ou por suas concordâncias relativas. Superfícies de exposição ou de não deposição como indicadoras de discordâncias têm sido repensadas na atualidade. (Della Fávera, 2001). Posamentier e Allen (1999) não as consideram como discordâncias. O conceito de episódios deposicionais e a metodologia de análise de bacias em sistemas deposicionais foram desenvolvidos na região da costa do Golfo como um meio de analisar e interpretar a imensa espessura de sedimentos Mesozóico-Cenozóico ricos em óleo e gás. Os sistemas deposicionais e os tratos de sistemas são definidos, objetivamente, pelas geometrias dos estratos nas superfícies limítrofes, posição dentro de uma seqüência, e modelos internos de empilhamento de paraseqüências. Cada um é interpretado como um segmento da curva eustática. Vail e seus seguidores buscaram uma forma objetiva de derivar uma curva eustática a partir da curva global de deslocamento do onlap costeiro. Essa derivação teria que partir do melhor entendimento das relações dos fatores que controlam a arquitetura deposicional. A análise de bacias em termos de arquitetura deposicional, interpretada na curva eustática, evidencia uma interação entre taxas de eustasia, subsidência e aporte sedimentar, cujo resultado será a geração de uma seqüência com suas componentes internas. 19
20 3.2 Acomodação Na interpretação sismoestratigráfica busca-se desvendar de que forma os fatores controladores da arquitetura deposicional interagem para dar origem ao padrão estratal e a distribuição espacial de fácies. Nesse sentido, Posamentier et al. (1988), admitem ser importante dois fatores: a quantidade de espaço em disponibilidade para a deposição sedimentar e a taxa de variação de novos espaços adicionados. O primeiro fator é definido por Jervey (1988) apud Mail (1997) como acomodação, a qual se refere a todo espaço colocado em disponibilidade para potencial acumulação de sedimentos. A acomodação é função das flutuações eustáticas e da subsidência. (Figura 07). Figura 07 Espaço disponível para potencial deposição: Acomodação. (The open University). O segundo fator, novos espaços adicionados, também denominados de taxa de acomodação, refere-se ao espaço que foi criado durante um determinado tempo, ou seja, uma taxa de variação espacial. A variação relativa do nível do mar é a alteração na distância vertical entre a posição da superfície do mar e um datum situado no fundo do mar ou próximo dele, como, por exemplo, o embasamento (Fig. 08). A variação relativa do nível do mar é independente da acumulação de sedimentos acima do datum, bem como, é o mais efetivo controle das variações na acomodação, mais do que a própria eustasia. 20
21 Segundo Kenall & Lerche (1988) apud Mail (1977), não é possível medirse a eustasia, a menos que o nível d água fosse aferido num poste fincado no centro da Terra. Entretanto, movimentos eustáticos são reais e podem ser inferidos a partir de vários métodos. 3.3 Eustasia A visualização da arquitetura deposicional pode ser acompanhada pela interpretação da curva eustática, onde seus dois pontos de inflexão, caracterizados pela queda eustática (fall) e subida eustática (rise) denunciam um estágio de máxima intensidade. Além disso, o comportamento da subsidência em termos interpretativos é constante, no entanto, torna-se maior à medida que avança para o centro da bacia, caracterizando a linha de charneira. Figura 08 Eustasia e batimetria (Posamentier et al., 1988). 21
22 Della Fávera ressalta a importância da subsidência na sedimentação, enfatizando as falhas contemporâneas à sedimentação, como por exemplo, falhas de crescimento. A inter-relação entre eustasia e a subsidência gerando a acomodação, pode ser caracterizada pela taxa de variação relativa do nível do mar. Considera-se que a taxa de variação eustática é negativa num ponto de inflexão F (fall) da curva eustática e positiva num ponto R (rise) enquanto que a taxa de subsidência é sempre negativa.(fig. 09) Figura 09 Curva Eustática. Dessa forma, a taxa de variação relativa do nível do mar será a taxa de variação eustática (positiva ou negativa) subtraída da taxa de subsidência (negativa) (fig.10). Por conseguinte, sempre que o valor absoluto da taxa de queda eustática for menor que a taxa subsidência, novos espaços estão sendo adicionados, ou seja, a taxa de acomodação será positiva, portanto ocorrerá uma subida relativa do nível do mar. Na situação inversa, quando o valor absoluto da taxa de queda eustática for maior do que a taxa de subsidência, haverá uma queda relativa do nível do mar, com exposição subaérea dessa parte da bacia. 3.4 Taxa de variação relativa do nível do mar Segundo Vail (1987), a chave para o entendimento da estratigrafia é a perfeita compreensão das variações relativas do nível do mar (combinação da eustasia com a subsidência). A variação relativa do nível do mar cria 22
23 acomodação, ou seja, espaço disponível para o preenchimento sedimentar. Assim, para Vail (1987), a eustasia é o principal controle da variação relativa do nível do mar, a qual determina o padrão estratal de deposição de deposição e a distribuição de litofácies, enquanto que a subsidência tectônica controla principalmente a espessura dos sedimentos. Figura 10 Variação relativa do nível do mar (Posamentier et al., 1988). 3.5 Parasseqüências e conjunto de parasseqüências Uma seqüência é considerada em ralação a um conjunto de unidades menores, onde aparece o conceito de parasseqüência. Van Wogoner et al. (1988) consideram a parasseqüência e o conjunto de parasseqüência as 23
24 unidades como uma sucessão de camadas ou conjuntos de camadas relativamente concordantes, geneticamente relacionados, limitadas por superfícies de inundação marinha ou superfícies correlatas. Uma superfície de inundação marinha separa estratos mais antigos de amais jovens, na qual existem evidências de um abrupto aumento na profundidade da água. As parasseqüências, em geral, estão abaixo da resolução sísmica, sendo identificadas em perfis, testemunhos e afloramentos. (Severiano, 2001). Figura 11 Conjunto de parasseqüências (Posamentier & Allen1999). Um conjunto de paraseqüências é definido como uma sucessão de parasseqüêcias geneticamente relacionadas, formando um padrão de empilhamento peculiar e limitado por maiores superfícies de inundação marinha ou suas correlatas. O padrão de empilhamento das parasseqüências dentro de um conjunto de parasseqüências pode ser progradacional, 24
25 retrogradacional e agradacional, dependedo da razão entre a taxa de deposição e a taxa de acomodação. (Fig. 11) 3.6 Limite de seqüência Na conceituação atual da estratigrafia de seqüências são propostos dois tipos de discordâncias: Tipo 1 e Tipo 2 (Vail & Toodd,1981 e Vail et al., 1984). A discordância do Tipo 1 é uma superfície regional caracterizada por exposição subaérea e concomitante erosão subaérea, associada com rejuvenescimento de correntes, as quais escavam vales e canais na plataforma. Além disso, ocorre o deslocamento para baixo do onlap costeiro e onlap dos estratos subjacentes (Van Wogoner et al.,1987). Uma discordância do Tipo 1 ocorre quando a taxa de queda eustática excede a taxa de subsidência no limite deposicional da linha do mar de costa (depositional shoreline break), resultando numa quebra relativa do nível do mar nessa posição. (Severiano, 2001) (Fig. 12 e 14). Figura 12 Limite de seqüência Tipo 1. (Posamentier et al., 1988). 25
26 A discordância Tipo 2 é uma superfície regional marcada por uma exposição subaérea e deslocamento para baixo da onlap costeiro para uma posição que não chega atingir o limite deposicional da linha de costa. Essa discordância é mais sutil e não apresenta rejuvenescimento de correntes. Ocorre uma lenta e ampla erosão subaérea, provocando uma gradual degradação da fisiografia. Esse tipo de discordância é caracterizado, principalmente, pela interrupção da sedimentação fluvial, sobre a qual depositam-se sedimentos de planície costeira.(severiano 2001) (Fig. 13 e 15). Figura 13 Limite de seqüência Tipo 2 (Posamentier et al., 1988). O limite de seqüência considerado refere-se ao limite inferior, portanto, o limite de seqüência Tipo 1, correspondente à seqüência Tipo 1, pode apresentar limite superior Tipo 1 ou Tipo 2. Da mesma forma, o limite de seqüência Tipo 2, correspondente à seqüência Tipo 2, pode apresentar limite superior Tipo 1 ou Tipo 2. 26
27 Figura 14 Limite de seqüência Tipo 1 em plataforma carbonática.(doyle et al., 1998) Figura 15 Limite de seqüência Tipo 2 em plataforma carbonática. (Doyle et al.,1998). 27
28 Vail et al., (1987) desenvolveram uma forma diagramática de representar as relações entre esses dois tipos de seqüências, com os tratos de sistemas e o timing de cada um deles em relação à curva eustática. (Fig.16). Figura 16 Seqüências e modelos de tratos de sistemas deposicionais (Vail., 1987). 28
29 3.7 Tratos de sistemas Uma seqüência compõe-se por uma sucessão de tratos de sistemas deposicionais e estes, por sua vez, constituem-se por sistemas deposicionais contemporâneos. O modelo da Exxon contém quatro tratos de sistemas básicos. Posamentier et al. (1988) e Posamentier e Vail (1988) desenvolveram blocos diagramas de margens continentais extencionais, baseado em simulação computacional de Jervey (1988). Devido à variabilidade dos controles da formação das seqüências, sua ocorrência, em caráter fiel ao modelo proposto é de difícil observação, no entanto, a sucessão de tratos pode estar incompleta ou ter uma geometria diferente da ilustrada pelo modelo. (modif. Della Fávera,2001). Nesse sentido Vail e seus seguidores sempre enfatizam que esses modelos têm uma aplicação geral e que devem ser modificados e ajustados para levar em consideração fatores locais de uma determinada bacia, tais como: suprimento sedimentar variável, clima, tectônica, etc. Ainda sobre a concepção do mesmo cientista, o padrão estratal de deposição e a distribuição de litofácies são controlados, ultimamente, pelas variações eustáticas. Assim, baseando-se nesse conceito, cada trato de sistema vincula-se a um determinado segmento da curva eustática, ressalvando que o momento exato de cada trato de sistemas numa determinada bacia depende da subsidência e do suprimento sedimentar locais Trato de sistema de mar baixo (Lowstand system tract LST) O trato de sistema de mar baixo (Lowstand system tract LST) divide-se em dois membros não contemporâneos: leques de mar baixo (lowstand fans) e cunha de mar baixo (lowstand wedge). 29
30 Trato de sistema de mar baixo inicial (early lowstand) O trato de sistema de mar baixo inicial (early lowstand) ocorre quando o rebaixamento do nível relativo do mar resulta numa incisão fluvial marcando a instalação da discordância que constitui o limite de seqüência. (Fig. 17). Os leques de mar baixo ou sistemas turbidíticos são característicos de fisiografias com acentuadas quebras plataforma/talude e caracterizam a deposição durante o ponto de inflexão de uma rápida queda eustática. A plataforma ficando exposta à erosão da origem ao by-pass, região da plataforma que permite o transpasse de sedimentos através de vales dissecados na plataforma exposta, depositando diretamente no sopé do talude e fundo da bacia, caracterizando os leques de assoalho de bacia (basin floor fan). (modif. Severiano, 2001). Figura 17 Trato de sistemas de mar baixo inicial. (Posamentier et al.,1988). À medida que ocorre a queda relativa do nível do mar, nesse trato de sistema, o aumento do aporte sedimentar sendo maior do que a taxa de acomodação causa a migração da linha de praia bacia adentro, caracterizando uma regressão normal. Por outro lado, quando o nível do mar cai e a regressão 30
31 continua se realizando, independentemente do aporte sedimentar, ocorre uma regressão forçada. (modif. Embry et al., 2007). (Fig.18). O trato de mar baixo pode ser acompanhado na curva eustática, com seu posicionamento situado sobre o ponto de inflexão de queda eustática (F). Arenitos do leque de assoalho da bacia, em forma de mound, como alguns turbiditos da Bacia de Campos, embora próximos do talude, constituem excelentes reservatórios de formam muitos campos gigantes. Essas areias em função de serem depositadas por correntes de turbidez, fluindo em direção às áreas baixas da bacia, adelgaçar-se-ão por sobre os altos contemporâneos, formando as trapas. (modif.della Fávera,2001). Figura 18 Origem do limite de seqüência e formação de regressão forçada pela queda contínua do nível do mar (Posamentier & Allen, 1999) 31
32 Trato de sistema de mar baixo tardio (late lowstand) O trato de sistema de mar baixo tardio (late lowstand) ocorre quando o nível relativo do mar atinge sua posição mais baixa, em situação de mar estacionário, cessando a incisão e recomeçando a deposição fluvial. Nessa fase ocorre a cunha de mar baixo (lowstand wedge), caracterizada por um padrão de empilhamento progradacional de parasseqüências e formando onlap na direção do continente.(fig.19). Figura 19 Trato de sistemas de nível baixo tardio (Posamentier et al.,1988). Acima do trato de sistema de mar baixo (limite superior), observa-se uma superfície de inundação marinha denominada por Superfície Transgressiva ST (transgressive surface), posicionada no ponto de inflexão de subida eustática (R). 32
33 3.7.2 Trato de sistemas transgressivo (transgressive system tract TST) O trato de sistemas transgressivo, marcado seu início pela superfície transgressiva é caracterizado por uma sucessão de parasseqüências retrogradacionais (Fig.11). Com o desenvolvimento da transgressão, os vales incisos são transformados em estuários, cessando a sedimentação fluvial. Ocorre depósitos residuais provenientes do retrabalhamento por ondas que podem cobrir a superfície de erosão transgressiva, gerando uma superfície de ravinamento. (Della Fávera) (Fig.20). Figura 20 Superfície de ravinamento (Posamentier et al.,1988). 33
34 Nessa fase desenvolvem-se as superfícies de inundação máxima, separando o trato de sistemas transgressivo do trato de sistemas de mar alto. Ocorre máxima deposição de sedimentos continente adentro, por outro lado a região bacia adentro terá uma baixa taxa de sedimentação, caracterizando a denominada seção condensada, rica em depósitos hemipelágicos. Esses sedimentos são oriundos do processo de ressurgência marinha (upwelling), que provocam uma alta produtividade orgânica. (Fig.21). Figura 21 Trato de sistemas transgressivo (Posamentier et al.,1988). A baixa taxa de deposição no talude e/ou sopé continental pode ser caracterizada por um hiato marinho, rico em estruturas de bioturbação, denunciando um caráter de vida marinha profunda, possibilitando a deposição de microfósseis e matéria orgânica. Dessa forma, verificam-se nessa fase os principais geradores de hidrocarbonetos. (modif. Embry et al., 2007). 34
35 3.7.3 Trato de sistema de mar alto (highstand system tract) O trato de sistema de mar alto (highstand) é caracterizado por um conjunto de parasseqüências progradantes. (Fig.11). Na parte final deste trato, a taxa de subida do nível do mar reduz-se a zero ou mesmo pode cair lentamente, e a agradação dos sedimentos marinhos passa à progradação. (Fig. 22). Figura 22 Trato de sistemas de nível alto (Posamentier et al.,1988). Seu estágio inicial é marcado inicialmente por depósitos durante um intervalo de subida lenta do nível do mar. Dessa forma as seções apresentamse progressivamente mais finas. (modif. Embry et al., 2007). Através da interpretação da curva eustática, pode se verificar uma diminuição progressiva da taxa de subida do nível relativo do mar, e esta última é menor do que a taxa de influxo sedimentar, denunciando um padrão progradacional. (Fig.11). Após essa fase, ocorre novamente, um trato de sistemas de nível baixo. Verifica-se um rebaixamento do nível do mar, por conseguinte, destruição do espaço de acomodação. O nível do mar cai para a quebra da plataforma com exposição e erosão da plataforma e formam-se os vales incisos, na região do talude e elevação continental ocorre à deposição de leques de assoalho de bacia. (Fig.23). 35
36 Figura 23 Formação de limite de seqüência e novo desenvolvimento de trato de sistemas de nível baixo. (Posamentier.,1988). 3.8 Tratos de sistemas e plays A porção faminta dos tratos de sistema transgressivo e da parte mais velha de mar alto caracteriza a ocorrência dos melhores geradores mundiais depositados em ambiente marinho. Alguns dos melhores reservatórios em areias costeiras se formam quando a taxa de acomodação aumenta rapidamente. O trato de sistema transgressivo, a fase inicial do trato de nível de mar alto e o de margem de plataforma apresentam altas taxas de acomodação, desenvolvendo por isso excelentes reservatórios, principalmente em trapas estruturais. Trapas estratigráficas podem se formar quando existem selos da parte superior do trato de sistemas transgressivo u da parte inferior do trato de nível alto que recobrem mounds de beach-ridges, areias onlapantes e truncamentos de sistema de nível de mar alto produzem comumente maus reservatórios. (modif. Della Fávera, 2001). 36
37 CAPÍTULO 4 CONCLUSÕES As seqüências deposicionais correlacionam-se através das bacias sedimentares e provavelmente, segundo a escola da Exxon, correlacionam-se também globalmente. Determinados conjuntos de processos deposicionais e, por conseguinte certos ambientes e litofácies deposicionais estão associados com determinados tratos de sistema. Destarte, a identificação de tratos de sistema em dados sísmicos fornece um arcabouço para a predição mais adequada de ambientes e litofácies deposicionais. Isto é extremamente importante na indústria do petróleo, pois o conhecimento preciso de ambientes e litofácies deposicionais torna possíveis predições mais refinadas de rochas reservatório, fonte e selos, além de caminhos para a migração dos hidrocarbonetos. A compreensão da gênese de litofácies geradoras de petróleo, sob as condições de taxa variação relativa do nível do mar, controlados basicamente pela subsidência, aporte sedimentar, oscilação eustática contribui substancialmente com informações aplicáveis, com a devida cautela, nas bacias brasileiras. Exemplo desse ambiente é a seção condensada conhecida como marco azul na Bacia de Campos (Oligoceno Inferior). Também na Bacia de Campos ocorrem campos gigantes, constituídos de excelentes reservatórios, os arenitos do leque de assoalho da bacia, em forma de mound, caracterizados por trato de sistema de mar baixo, basicamente, pela queda eustática associado à subsidência, exposição da quebra da plataforma e ocorrência dos leques submarinos. O aumento da taxa de acomodação proporciona alguns dos melhores reservatórios em areias costeiras. Isso pode ser conseguido durante trato de sistema transgressivo e fase inicial do trato de nível de mar alto. A curva eustática mostrou ser um fiel auxiliar no acompanhamento dos raciocínios em termos de taxa de variação relativa do nível do mar. 37
38 CAPÍTULO 5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BROWN, L. F. & FISHER, W.L. Seismic-stratigraphic interpretacion of depositional systems: examples from Brazil rift and pull-apart basins. In: Payton, C. E., org.: Seismic Stratigraphy Aplications to Hydrocarbon Exploration, AAPG Mem. 26, pp , CAINELLI, C. Introdução a Estratigrafia de Seqüências. Apostila de curso durante III Simpósio de Geologia do Sudeste. Rio de Janeiro.:1993. CASTRO, J. C. Progressos em Geologia Sedimentar: da Sedimentologia de Processos à Estratigrafia de Eventos. REM: R. Esc. Minas, Ouro Preto, 52 (3): , jul. set DELLA FÁVERA, J. C. Fundamentos de Estratigrafia Moderna. Ed. UERJ,. Rio de Janeiro., 264 pg DELLA FÁVERA, J. C. Reconhecimento de novas fácies e ambientes deposicionais na Bacia do Parnaíba. Anais do XXXI Cong. Bras. De Geologia, Camburiú, Seção de Breves Comunicações,1980. DELLA FÁVERA, J. C. & POSSATO, S. The use of deposicional sequencesas a tool for oil exploration in Brazilian Sedimentary Basins. Proc. 2 nd. Geological Congress on Middle East (Geocome III), Baghdad, 1984, pp EMBRY, A. Sequence Stratigraphy as a Concrete Stratigraphic Discipline. Report of the ISSC Task Group on Sequences Stratigraphy. 104 pg, GALLOWAY, W. E. Genetic stratigraphic sequences in basin analysis I: Architetcture and genesis of flooding-suface bounded depositional units. AAPG Bull., v. 73, pp , JERVEY, M.T. Quantitative geological modeling of siliciclastic rock sequences and their seismic expression. In Wilgus, C. K et al., orgs.: Sea-Level Change an Integrated approach. SEPM, Spec. Publ.42, pp ,1988. MIALL, D. A. The Geology of Stratigraphic Sequences. Ed. Springer. University of Toronto. Canadá. 435 pg
39 MILANI, E. J. Aspectos da evolução das bacias do Recôncavo e Tucano Sul, Bahia, Brasil. PETROBRAS, CENPES, Séc. Exploração de Petróleo, n 18, 61 p., Rio de janeiro, MITCHUM, R. M. Seismic Stratigraphy and Global Changes of Sea Level. Part 1: In: Payton, C. E., ed.: Seismic Stratigraphy Applications to Hydrocarbon Exploration. AAPG, Memoir 26, pp , POSAMENTIER, H. W., ALLEN, G. P., JAMES, D. P., & TESSON, M. Forced regressions in a sequence stratigraphic framework: concepts, examples, and exploration significance. AAPG Bull., v. 76. pp , POSAMENTIER, H. W & ALLEN, G.P. Siliciclastic sequence stratigraphy: concepts and applications. SEPM Concepts in Sedimentology and Paleontology, SLOSS, L.L. Comparative anatomy of cratonic uncorformities. In: Schlee, J.S.org.: Interregional Unconfomities and Hydrocarbon Accumulation. AAPG Mem.36, pp. 1-6, VAIL, P.R. Seismic stratigraphy interpretation using sequence stratigraphy. Part 1: seismic stratigraphy interpretation procedure. In: Bally, W. A., org.: Atlas of Seismic Stratigraphy, v. 1, AAPG Studies in Geology n 27, pp. 1-10, VAN WAGONER, J.C., MITCHUM,R.M.Jr., CAMPION, K.M. & RAHAMANIAN, V.D. Siliciclastic sequence stratigraphy inwelllogs, core and outcrops: concepts for high-resolution correlation of time and facies.aapg, Methods in Exploration series, n 7, 55 p., SEVERIANO, S.P.J.H. Estratigrafia de Seqüências: Fundamentos e aplicações. Ed. Unisinos. 428 pg
5 Exemplos. 5.1 Exemplo 1
96 5 Exemplos Neste capítulo serão mostrados alguns exemplos que foram simulados com o STENO. Primeiramente será mostrada a simulação da formação das parasseqüências. Depois, será mostra uma simulação
Leia maisPrática da Estratigrafia de Sequências: Interpretação Sísmica, Afloramentos e Testemunhos
Prática da Estratigrafia de Sequências: Interpretação Sísmica, Afloramentos e Testemunhos Sismoestratigrafia: conceitos básicos Definição - Sismoestratigrafia, ou estratigrafia sísmica, é o estudo de sucessões
Leia maisGSA0621-Princípios de Geologia Sedimentar. Introdução à Estratigrafia de Sequências: o modelo da Exxon
Introdução à Estratigrafia de Sequências: o modelo da Exxon Estilos de preenchimento de bacias sedimentares - Controles na arquitetura de posicional de grande escala: - Aporte sedimentar - Espaço de acomodação
Leia maisMAPEAMENTO ESTRATIGRÁFICO DE BACIAS RIFTE A PARTIR DE PADRÕES DE EMPILHAMENTO E SEUS SIGNIFICADOS GENÉTICOS
4 o PDPETRO, Campinas, SP 1.1.0097-1 1 MAPEAMENTO ESTRATIGRÁFICO DE BACIAS RIFTE A PARTIR DE PADRÕES DE EMPILHAMENTO E SEUS SIGNIFICADOS GENÉTICOS Juliano Kuchle (UFRGS/ANP-PRH12), Michael Holz (IG-UFRGS),
Leia maisEDITAL DE SELEÇÃO 003/2018 GABARITO DA PROVA DE CONHECIMENTOS Data: 21/11/2018 ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: ESTRATIGRAFIA
EDITAL DE SELEÇÃO 003/2018 GABARITO DA PROVA DE CONHECIMENTOS Data: 21/11/2018 ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: ESTRATIGRAFIA 1. De acordo com Miall (1999), a magnetoestratigrafia consiste em um dos métodos de cronoestratigrafia
Leia maisESTRATIGRAFIA DE SEQÜÊNCIAS UM RESUMÃO
ESTRATIGRAFIA DE SEQÜÊNCIAS UM RESUMÃO (PRA ESTUDAR PRA PROVA...) VERSÃO 3.0 SETEMBRO DE 2013 (11 Figs, 2 Tabs) Michael Holz IGEO-UFBA 1. INTRODUÇÃO Desde o abandono da concepção gradualista na geologia
Leia mais20/04/2011 USO ESTRATIGRÁFICO DOS FÓSSEIS E O TEMPO GEOLÓGICO
USO ESTRATIGRÁFICO DOS FÓSSEIS E O TEMPO GEOLÓGICO 1 A GEOLOGIA HISTÓRICA Definição: Ramo da Geologia dedicado a reconstrução da história evolutiva da Terra, com foco nas mudanças continuas do planeta
Leia maisNATUREZA E EVOLUÇÃO DE SISTEMAS DE CANAIS SUBMARINOS
NATUREZA E EVOLUÇÃO DE SISTEMAS DE CANAIS SUBMARINOS DEFINIÇÃO: Canyons são vales erosivos que formam parte do sistema de transporte sedimentar do continente para o oceano, podendo atingir uma extensão
Leia maisGEOLOGIA DO QUATERNÁRIO
GEOLOGIA DO QUATERNÁRIO Terça 14 às 18h IC3 sala 16 Variação do nível do mar e suas evidências Turma: 2015/2 Prof as. Jacqueline Albino e Larissa Bertoldi larabertoldi@gmail.com GLACIAÇÕES QUATERNÁRIAS
Leia mais2 Processos Geológicos Utilizados na Simulação
33 2 Processos Geológicos Utilizados na Simulação Para o desenvolvimento do STENO foram feitos estudos sobre os principais processos que controlam os padrões de estratos e distribuições litofácies nas
Leia maisANÁLISE ESTRATIGRÁFICA DE BACIAS RIFT UMA ABORDAGEM GENÉTICA NA BACIA DE CAMAMU-ALMADA, BRASIL
Copyright 2004, Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás - IBP Este Trabalho Técnico Científico foi preparado para apresentação no 3 Congresso Brasileiro de P&D em Petróleo e Gás, a ser realizado no período
Leia maisEDITAL DE SELEÇÃO 001/2017. PROVA DE CONHECIMENTOS Data: 07/12/2017 ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: ESTRATIGRAFIA
EDITAL DE SELEÇÃO 001/2017 PROVA DE CONHECIMENTOS Data: 07/12/2017 ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: ESTRATIGRAFIA NOME DO CANDIDATO (LEGÍVEL): NÚMERO DE INSCRIÇÃO: Instruções gerais: - A prova tem duração máxima
Leia maisGEOLOGIA GERAL CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
GEOLOGIA GERAL CIÊNCIAS BIOLÓGICAS Quarta 14 às 18h museu IC II Aula 13 Variação do nível do mar Turma: 2015/1 Profª. Larissa Bertoldi larabertoldi@gmail.com Variação do nível do mar Porque o nível do
Leia maisFÁCIES SEDIMENTARES DA SUPERSEQUÊNCIA GONDWANA I NA BORDA LESTE DA BACIA DO PARANÁ, REGIÃO DE ALFREDO WAGNER/SC
Grupo de Análise de Bacias - UFSC FÁCIES SEDIMENTARES DA SUPERSEQUÊNCIA GONDWANA I NA BORDA LESTE DA BACIA DO PARANÁ, REGIÃO DE ALFREDO WAGNER/SC Zielinski, J. P. T.1; Nascimento, M. S.1 1Universidade
Leia maisANÁLISE ESTRATIGRÁFICA E ESTRUTURAL DO INTERVALO CARBONOSO PORTADOR DE CBM EO-PERMIANO DA BACIA DO PARANÁ
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS PROGRAMA DE GEOLOGIA DO PETRÓLEO CONVÊNIO UFRGS/ANP ANÁLISE ESTRATIGRÁFICA E ESTRUTURAL DO INTERVALO CARBONOSO PORTADOR DE CBM EO-PERMIANO
Leia maisCARACTERÍSTICAS DOS RESERVATÓRIOS
Escola Politécnica da Universidade de São Paulo Departamento de Engenharia de Minas e de Petróleo CARACTERÍSTICAS DOS RESERVATÓRIOS PMI 1673 - Mecânica de Fluidos Aplicada a Reservatórios Prof. Eduardo
Leia mais-- Sedimentologia -- DISCIPLINA: SEDIMENTOLOGIA CÓDIGO: Carga horária
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DEPARTAMENTO DE RECURSOS MINERAIS DRM CURSO DE GEOLOGIA Rochas sedimentares1 Jackson D. S. da Paz -- Sedimentologia -- Ma1o - 2013 DISCIPLINA: SEDIMENTOLOGIA CÓDIGO:
Leia maisECTS: 6 Carga horária: T: 2:00 h; TP: 2:00 h; OT: 1:00 h; Área Científica: Geologia;
Geologia do Petróleo Código: 53237 Ano Letivo: 2015/16 Departamento: Geologia ECTS: 6 Carga horária: T: 2:00 h; TP: 2:00 h; OT: 1:00 h; Área Científica: Geologia; Objetivos da Unidade Curricular A disciplina
Leia maisPALEOAMBIENTE DEPOSICIONAL DA FORMAÇÃO BARREIRAS NA PORÇÃO CENTRO-SUL DA ÁREA EMERSA DA BACIA DE CAMPOS (RIO DE JANEIRO)
PALEOAMBIENTE DEPOSICIONAL DA FORMAÇÃO BARREIRAS NA PORÇÃO CENTRO-SUL DA ÁREA EMERSA DA BACIA DE CAMPOS (RIO DE JANEIRO) Thaís Coelho BRÊDA 1 ; Claudio Limeira MELLO 1 ; Bruno Lopes GOMES 1 thaisbreda@geologia.ufrj.br
Leia maisESTRATIGRAFIA DE SEQÜÊNCIAS E HETEROGENEIDADE DOS RESERVATÓRIOS FLÚVIO-DELTAICOS DA FORMAÇÃO SÃO SEBASTIÃO, BACIA DO RECÔNCAVO.
ESTRATIGRAFIA DE SEQÜÊNCIAS E HETEROGENEIDADE DOS RESERVATÓRIOS FLÚVIO-DELTAICOS DA FORMAÇÃO SÃO SEBASTIÃO, BACIA DO RECÔNCAVO. Daniela Elias Bongiolo 1, Claiton Marlon dos Santos Scherer 2 1 UFRGS, IG,
Leia maisCORRELAÇÃO SISMOESTRATIGRÁFICA ENTRE AS BACIAS DO RECÔNCAVO E DE CAMAMU
CORRELAÇÃO SISMOESTRATIGRÁFICA ENTRE AS BACIAS DO RECÔNCAVO E DE CAMAMU SEISMOSTRATIGRAPHYC CORRELATION BETWEEN RECÔNCAVO AND CAMAMU BASINS Daniel Bono Ribeiro VILAS BOAS 1, Paulo Augusto Vidigal Duarte
Leia maisFósseis e estratigrafia: conceitos e princípios da estratigrafia, litoestratigrafia, bioestratigrafia e cronoestratigrafia
Universidade Regional do Cariri URCA Centro de Ciências Biológicas Fósseis e estratigrafia: conceitos e princípios da estratigrafia, litoestratigrafia, bioestratigrafia e cronoestratigrafia Flaviana Lima
Leia maisESTRATIGRAFIA DO QUATERNÁRIO DA PLANÍCIE DELTAICA AO SUL DO RIO PARAÍBA DO SUL, RJ
ESTRATIGRAFIA DO QUATERNÁRIO DA PLANÍCIE DELTAICA AO SUL DO RIO PARAÍBA DO SUL, RJ Anderson Gomes de Almeida 1 ; Alberto Garcia de Figueiredo Jr. 2 ; Gilberto Pessanha Ribeiro 3 ; 4 Cleverson Guizan Silva;
Leia maisBACIA DO PARNAÍBA: EVOLUÇÃO PALEOZÓICA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS FACULDADE DE GEOLOGIA PRÁTICA DE CAMPO EM GEOLOGIA GERAL DOCENTE DR. FRANCISCO DE ASSIS MATOS DE ABREU DISCENTE RAFAELA MARITHA ARAÚJO PARAENSE - 201608540013
Leia maisESTUÁRIOS. - quando os rios encontram o mar...
ESTUÁRIOS - quando os rios encontram o mar... I. INTRODUÇÃO - DAS MONTANHAS ATÉ AO LITORAL 1. A PRODUÇÃO DE SEDIMENTOS 2. O TRANSPORTE E SEDIMENTAÇÃO FLUVIAIS 3. A ÁGUA E OS SEDIMENTOS QUE OS RIOS LANÇAM
Leia maisPROCESSOS OCEÂNICOS E A FISIOGRAFIA DOS FUNDOS MARINHOS
PROCESSOS OCEÂNICOS E A FISIOGRAFIA DOS FUNDOS MARINHOS O RELEVO DOS OCEANOS # Estima-se que a área da crosta terrestre recoberta pelos oceanos represente cerca de 70% da superfície total. 1. Oceano pacífico
Leia maisEvolução da estratigrafia e unidades estratigráficas
Evolução da estratigrafia e unidades estratigráficas Estratigrafia: Estudo das sucessões (de camadas) de rochas e das correlação de eventos e processos geológicos no tempo e no espaço. Estudo das camadas
Leia maisna faixa de 3,5-12 khz e outra de 0,5-12 khz). O presente estudo utiliza também os resultados obtidos com a datação ( C AMS) e bioestratigrafia de
Detalhamento arquitetural do arcabouço estratigráfico Quaternário da plataforma sul fluminense, Bacia de Santos Tardin, R.G.C.P., LAGEMAR-UFF; Reis, A.T., FAOC-UERJ; Silva, C.G., LAGEMAR-UFF Copyright
Leia maisPara entender a Terra
Frank Press Raymond Siever John Grotzinger Thomas H. Jordan Para entender a Terra Terra sob os oceanos Oceano é uma palavra usada para designar um corpo único de água conectada. O oceano pode ser dividido
Leia maisImportância dos oceanos
AMBIENTE MARINHO Importância dos oceanos Os oceanos cobrem 70% da superfície da Terra. Figuram entre os maiores transpor-tadores tadores de calor do planeta, controlando o clima e seus efeitos. Constituem
Leia maisFalhas sísmicas podem ser definidas como uma quebra na continuidade original dos horizontes. São fraturas que causam um deslocamento relativo das
11 1 Introdução A descoberta de novas jazidas de petróleo envolve longa análise dos dados geofísicos e geológicos da área sendo estudada. Somente depois que boas estimativas do comportamento geológico
Leia maisNorma A. Hernández-Bernal 1 Alessandra Mendes Carvalho Vasconcelos 2 Otávio Borges Nunes 3 Simone Garabini Lages 2 Roberto Célio Valadão 4
IDENTIFICAÇÃO DAS ALOFORMAÇÕES ESTRATIGRÁFICAS EM DUAS VERTENTES DO CÓRREGO DO QUEBRA, GOUVEIA/MG Norma A. Hernández-Bernal 1 Alessandra Mendes Carvalho Vasconcelos 2 Otávio Borges Nunes 3 Simone Garabini
Leia maisBASE DO TALUDE NA REGIÃO DO CONE DO AMAZONAS
BASE DO TALUDE NA REGIÃO DO CONE DO AMAZONAS Jeck, I.K 1.; Alberoni, A.A.L 1 ; Torres, L.C. 1 ; Gorini, M.A 2 1 Centro de Hidrografia da Marinha (CHM) Marinha do Brasil Rua Barão de Jaceguai s/n - Ponta
Leia maisCONSIDERAÇÕES A RESPEITO DA IDADE DO SISTEMA DE LAGOS DO BAIXO CURSO DO RIO DOCE (LINHARES, ES)
CONSIDERAÇÕES A RESPEITO DA IDADE DO SISTEMA DE LAGOS DO BAIXO CURSO DO RIO DOCE (LINHARES, ES) Claudio Limeira Mello 1 ; Fernanda Franco Ventura Santos 1 ; Raphael Siston Hatushika 2 ; Cleverson Guizan
Leia maisFuncionamento de um reservatório de petróleo visando introduzir a criação de uma maquete funcional de óleo
Funcionamento de um reservatório de petróleo visando introduzir a criação de uma maquete funcional de óleo Elaborado por: Arthur Faerman Arthurfaerman@hotmail.com Paula Camargos Paulacamargos@id.uff.br
Leia maisAnálise sismoestratigráfica da seção rifte da Bacia de Santos, Brasil
Pesquisas em Geociências, 42 (3): 263-280, set./dez. 2015 Instituto de Geociências, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil ISSN 1518-2398 E-ISSN 1807-9806 Análise sismoestratigráfica
Leia maisOCORRÊNCIA DE CO 2 EM CAMPOS PETROLÍFEROS NA MARGEM LESTE BRASILEIRA Rio de Janeiro Agosto 2018
OCORRÊNCIA DE CO 2 EM CAMPOS PETROLÍFEROS NA MARGEM LESTE BRASILEIRA Rio de Janeiro Agosto 2018 OCORRÊNCIA DE CO2 EM CAMPOS PETROLÍFEROS NA MARGEM LESTE BRASILEIRA Katia S. d Almeida 1 ; Pâmela C.Vilela
Leia maisEstruturas geológicas e formas do relevo Brasileiro. Professora: Jordana Costa
Estruturas geológicas e formas do relevo Brasileiro Professora: Jordana Costa As marcas do tempo geológico A litosfera não é contínua, ela é formada por imensos blocos rochosos: - Placas tectônicas. -
Leia maisANÁLISE TECTONO-ESTRATIGRÁFICA DO MEMBRO MUCURI NO CUBO SÍSMICO 3D FAZENDA CEDRO SUL, APTIANO DA BACIA DO ESPÍRITO SANTO
ANÁLISE TECTONO-ESTRATIGRÁFICA DO MEMBRO MUCURI NO CUBO SÍSMICO 3D FAZENDA CEDRO SUL, APTIANO DA BACIA DO ESPÍRITO SANTO Porto Alegre, 2016 I FERNANDO RUBBO TRAMONTINA ANÁLISE TECTONO-ESTRATIGRÁFICA DO
Leia maisAplicação do método de continuação de velocidade na análise da velocidade de migração Fernando A. S. Cezar 1 & Reynam C. Pestana 2
Aplicação do método de continuação de velocidade na análise da velocidade de migração Fernando A. S. Cezar 1 & Reynam C. Pestana 2 (1) fasc@cpgg.ufba.br (2) reynam@cpgg.ufba.br Centro de Pesquisa em Geofísica
Leia maisManifestações magmáticas na parte sul da Bacia de Campos (Área de Cabo Frio) e na Bacia de Jequitinhonha
Manifestações magmáticas na parte sul da Bacia de Campos (Área de Cabo Frio) e na Bacia de Jequitinhonha Magmatic occurrences in the southern part of the Campos Basin (Cabo Frio Area) and in the Jequitinhonha
Leia maisPRINCÍPIOS DE ESTRATIGRAFIA
PRINCÍPIOS DE ESTRATIGRAFIA Datação relativa de sequências sedimentares Prof. Ana Rita Rainho Estratigrafia Ramo da Geologia que se ocupa do estudo, descrição, correlação de idades e classificação das
Leia maisAula 10 OS DELTAS - quando os rios depositam mar-adentro
Aula 10 OS DELTAS - quando os rios depositam mar-adentro Há vários tipos de Leques deltaicos, continentais e marinhos. Vamos tratar apenas dos Deltas s s., fluviais, costeiros. Os Deltas costeiros traduzem
Leia mais2 o CONGRESSO BRASILEIRO DE P&D EM PETRÓLEO & GÁS
2 o CONGRESSO BRASILEIRO DE P&D EM PETRÓLEO & GÁS ARCABOUÇO ESTRATIGRÁFICO DO GRUPO GUATÁ NO LESTE PARANAENSE Francisco Manoel Wohnrath Tognoli 1, Rosemarie Rohn 2, Joel Carneiro de Castro 2 1 UNESP, Curso
Leia maisA TECTÔNICA DE SAL E A DEPOSIÇÃO DE SEDIMENTOS EM ÁGUAS PROFUNDAS NA REGIÃO SUL DA BACIA DE SANTOS
Copyright 2004, Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás - IBP Este Trabalho Técnico Científico foi preparado para apresentação no 3 Congresso Brasileiro de P&D em Petróleo e Gás, a ser realizado no período
Leia maisINSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS Edital ATAC nº 18/2018, de 17/05/2018 (Publicado no DOE de 18/05/2018, vol. 128, nº 91, págs. 284 e 285)
INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS Edital ATAC nº 18/2018, de 17/05/2018 (Publicado no DOE de 18/05/2018, vol. 128, nº 91, págs. 284 e 285) ABERTURA DE INSCRIÇÕES AO CONCURSO DE TÍTULOS E PROVAS VISANDO O PROVIMENTO
Leia maisGEOMORFOLOGIA DO QUATERNÁRIO
GEOMORFOLOGIA DO QUATERNÁRIO Quaternário: corresponde ao período mais recente da história da Terra, também conhecido como Idade do Gelo pela influência sobre o meio ambiente das diversas glaciações
Leia mais6 Exemplo de Aplicação
6 Exemplo de Aplicação A aplicação do programa CarbSM foi feita com base em um modelo conceitual (Figura 6.1.) idealizado de um atol durante o período de um ciclo de nível do mar de terceira ordem descrito
Leia maisReyes-Pérez, Y.A. Tese de Doutorado 51
Reyes-Pérez, Y.A. Tese de Doutorado 51 4.3.1- MODELO ESTÁTICO 3D Nesta etapa foi empregado o software Gocad em sua versão 2.1 para integrar, modelar e visualizar tridimensionalmente os dados geológicos
Leia maisEVOLUÇÃO E PALEONTOLOGIA: UMA RELAÇÃO DE RECIPROCIDADE
EVOLUÇÃO E PALEONTOLOGIA: UMA RELAÇÃO DE RECIPROCIDADE (Carlos Eduardo Lucas Vieira i ) Pense em um armário qualquer que tenha dez gavetas. Algumas vezes, quando precisamos fazer uma mudança, ou uma limpeza
Leia maisMODELAGEM DE RESERVATÓRIOS
Reyes-Pérez, Y.A. Tese de Doutorado 72 MODELAGEM DE RESERVATÓRIOS 5.1- INTRODUÇÃO De ciência eminentemente descritiva em suas origens, a Geologia transita por novos caminhos que demandam do profissional
Leia maisPetróleo Prof. Philipe Laboissière
Petróleo Prof. Philipe Laboissière Cap. 2-Prospecção de Petróleo Finalidade e métodos de prospecção Finalidade da prospecção de petróleo Visa fundamentalmente a dois objetivos: Localizar dentro de uma
Leia maisGeologia para Ciências Biológicas
UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI URCA PRÓ-REITORIA DE ENSINO DE GRADUAÇÃO PROGRAD Centro de Ciências Biológicas e da Saúde CCBS Departamento de Ciências Biológicas DCBio Geologia para Ciências Biológicas
Leia mais4 Sistema Computacional
78 4 Sistema Computacional Este trabalho está inserido na linha de Pesquisa Computação Gráfica Aplicada do Departamento de Engenharia Civil da PUC-Rio e do laboratório Tecgraf (Grupo de Tecnologia em Computação
Leia maisA SEQÜÊNCIA HOLOCÊNICA DA PLATAFORMA CONTINENTAL CENTRAL DO ESTADO DA BAHIA (COSTA DO CACAU)
Universidade Federal da Bahia Instituto de Geociências Curso de Pós-Graduação em Geologia Área de Concentração em Geologia Marinha, Costeira e Sedimentar. DISSERTAÇÃO DE MESTRADO: A SEQÜÊNCIA HOLOCÊNICA
Leia maisPotencial do Pré-Sal. Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis Magda Chambriard
Potencial do Pré-Sal Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis Magda Chambriard O Pré-Sal como o novo paradigma Evoluçã ção o Institucional Constituição de 1934 O Regime de concessões
Leia maisUNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E NATURAIS DEPARTAMENTO DE OCEANOGRAFIA E ECOLOGIA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E NATURAIS DEPARTAMENTO DE OCEANOGRAFIA E ECOLOGIA CURSO DE GRADUAÇÃO EM OCEANOGRAFIA ANÁLISE SISMOESTRATIGRÁFICA DA BAÍA DO ESPÍRITO SANTO
Leia mais3 Caracterização do Sítio Experimental
Caracterização do Sítio Experimental 3 Caracterização do Sítio Experimental 3.1 Localização Os trabalhos de campo foram realizados no município de São Sebastião do Passé, a nordeste do estado da Bahia,
Leia maisGEOLOGIA GERAL PROF. ROCHA
GEOLOGIA GERAL PROF. ROCHA video1 CAMADAS DA TERRA CAMADAS DA TERRA Video 2 Video 3 A crosta e as rochas A crosta é formada por rochas e minerais. As rochas são agrupamentos de minerais: Minerais são
Leia maisPerceber o significado de escalas de tempo geológico, reconhecendo que estas representam uma sequência de divisões da história da Terra, em M.a.
Perceber o significado de escalas de tempo geológico, reconhecendo que estas representam uma sequência de divisões da história da Terra, em M.a. Compreender que a datação relativa depende de informações
Leia mais1 Introdução Relevância e Motivação do estudo
28 1 Introdução 1.1. Relevância e Motivação do estudo A partir da exploração de petróleo em águas profundas, a indústria do petróleo tem descoberto diferentes campos de petróleo em águas profundas, e ultra-profundas,
Leia maisBACIA DO RECÔNCAVO. Paulo de Tarso Araripe Superintendência de Definição de Blocos
Paulo de Tarso Araripe Superintendência de Definição de Blocos Localização Bacia do Tucano Bacia do Recôncavo Generalidades Área: 10.200 km 2 Origem: Relacionada a esforços distensivos que atuaram no Gondwana
Leia maisCapítulo 3 Morfologia de uma bacia de drenagem. Introdução a Hidrologia de Florestas
INPE eprint: sid.inpe.br/eprint@80/006/08.04..54 v 006-08-05 Introdução a Hidrologia de Florestas Setembro 004 João Vianei Soares Capítulo 3 Morfologia de uma bacia de drenagem Introdução a Hidrologia
Leia maisRECONSTRUÇÃO DO PALEOAMBIENTE DEPOSICIONAL DE POÇOS SITUADOS NA BACIA POTIGUAR COM BASE EM AMOSTRAS DE CALHA
RECONSTRUÇÃO DO PALEOAMBIENTE DEPOSICIONAL DE POÇOS SITUADOS NA BACIA POTIGUAR COM BASE EM AMOSTRAS DE CALHA Beatriz Dionizio Gomes¹; Jairo Rodrigues de Souza²; Rosiney Araújo Martins³ ¹ Instituto Federal
Leia mais1 Introdução. Conceitual: teórico, baseado em premissas e descrições qualitativas; Figura 1.1 Tipos de modelos geológicos e processos envolvidos.
1 Introdução A geologia sedimentar (Sedimentologia e Estratigrafia) é o estudo dos produtos dos processos físicos, químicos e biológicos atuantes na superfície da Terra não só no presente como também ao
Leia maisGEOGRAFIA PROF. CARLOS 1ª SÉRIE ENSINO MÉDIO
GEOGRAFIA PROF. CARLOS 1ª SÉRIE ENSINO MÉDIO A ESTRUTURA INTERNA DA TERRA E AS PLACAS TECTÔNICAS A ESTRUTURA INTERNA DA TERRA O MOVIMENTO DE CONVECÇÃO DO MAGMA NO MANTO AS PLACAS TECTÔNICAS O MOVIMENTO
Leia maisBacia do Paraná. Rodrigo Fernandez
Bacia do Paraná Rodrigo Fernandez Roteiro Localização Infraestrutura e Condições Operacionais Histórico Exploratório Evolução Tectonoestratigráfica Sistemas Petrolíferos Plays Área em Oferta Considerações
Leia maisUNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOCIÊNCIAS
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOCIÊNCIAS ANÁLISE SISMO-ESTRATIGRÁFICA NA SEÇÃO RIFTE DA BACIA DE SANTOS ANDREA FABIOLA ARIAS RAMIREZ ORIENTADOR
Leia maisGEOLOGIA GERAL PROF. ROCHA
GEOLOGIA GERAL PROF. ROCHA CAMADAS DA TERRA CAMADAS DA TERRA A crosta e as rochas A crosta é formada por rochas e minerais. As rochas são agrupamentos de minerais: Minerais são elementos ou compostos
Leia maisANEXO REGULAMENTO TÉCNICO DO PLANO DE AVALIAÇÃO DE DESCOBERTAS DE PETRÓLEO OU GÁS NATURAL E DO RESPECTIVO RELATÓRIO FINAL
ANEXO REGULAMENTO TÉCNICO DO PLANO DE AVALIAÇÃO DE DESCOBERTAS DE PETRÓLEO OU GÁS NATURAL E DO RESPECTIVO RELATÓRIO FINAL 1. OBJETIVO 1.1 O presente Regulamento define o objetivo, especifica o conteúdo
Leia maisESTUDO DAS GEOPRESSÕES APLICADAS AO ASSENTAMENTO DAS SAPATAS DE REVESTIMENTO NA BACIA DO SOLIMÕES
ESTUDO DAS GEOPRESSÕES APLICADAS AO ASSENTAMENTO DAS SAPATAS DE REVESTIMENTO NA BACIA DO SOLIMÕES R.P.CONTE¹, C.A.S PINTO² e S.R.M SARKIS³ 1 Universidade Federal do Amazonas, Faculdade de Tecnologia, Departamento
Leia maisGEOLOGIA E GEOMORFOLOGIA:ESTRUTURA GEOLÓGICA, TIPOS DE ROCHAS E RECURSOS MINERAIS. MÓDULO 04 GEOGRAFIA I
GEOLOGIA E GEOMORFOLOGIA:ESTRUTURA GEOLÓGICA, TIPOS DE ROCHAS E RECURSOS MINERAIS. MÓDULO 04 GEOGRAFIA I COMPOSIÇÃO INTERNA DO PLANETA COMPOSIÇÃO INTERNA DO PLANETA NÚCLEO temperaturas que ultrapassam
Leia maisPaisagem Costeira e seus matizes
1 Universidade Federal da Paraíba Centro de Ciências Exatas e da Natureza Departamento de Geociências Laboratório de Geografia Aplicada Paisagem Costeira e seus matizes Prof. Paulo Roberto de Oliveira
Leia maisINF Fundamentos da Computação Gráfica Professor: Marcelo Gattass Aluno: Rogério Pinheiro de Souza
INF2608 - Fundamentos da Computação Gráfica Professor: Marcelo Gattass Aluno: Rogério Pinheiro de Souza Trabalho 02 Visualização de Imagens Sísmicas e Detecção Automática de Horizonte Resumo Este trabalho
Leia maisProjeto Bacia de Santos Atividades Exploratórias da Karoon
Projeto Bacia de Santos Atividades Exploratórias da Karoon Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina Comitê de Petróleo e Gás Florianópolis, SC 11 de Abril 2014 Australia Brasil Peru Karoon
Leia maisCARACTERIZAÇÃO DE ZONAS PRODUTIVAS E CORRELAÇÃO DE POÇOS A PARTIR DA INTERPRETAÇÃO DE PERFIS ELÉTRICOS
CARACTERIZAÇÃO DE ZONAS PRODUTIVAS E CORRELAÇÃO DE POÇOS A PARTIR DA INTERPRETAÇÃO DE PERFIS ELÉTRICOS Marcus Vinícius Nunes Lima Rocha; Larissa Rafaella Barbosa de Araújo; Fabrícia Medeiros Santandrea;
Leia maisO REGISTRO HOLOCÊNICO EM SUBSUPERFÍCIE DA PORÇÃO SUL DA ILHA DE SÃO FRANCISCO DO SUL (SC), BRASIL
O REGISTRO HOLOCÊNICO EM SUBSUPERFÍCIE DA PORÇÃO SUL DA ILHA DE SÃO FRANCISCO DO SUL (SC), BRASIL Eduardo Guimarães Barboza 1 ; Rodolfo José Angulo 2 ; Maria Cristina de Souza 2 ; Maria Luiza Correa da
Leia maisESTRUTURA INTERNA DA TERRA CROSTA
Dinâmica da terra ESTRUTURA INTERNA DA TERRA CROSTA MANTO NÚCLEO EXTERNO NÚCLEO INTERNO CROSTA OU LITOSFERA: é a fina camada exterior que envolve o planeta. Tem consistência sólida e flutua sobre um material
Leia maisUNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA SEDIMENTAR E AMBIENTAL GEOMORFOLOGIA E FOTOGEOLOGIA FORMAS DE RELEVO
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA SEDIMENTAR E AMBIENTAL GEOMORFOLOGIA E FOTOGEOLOGIA FORMAS DE RELEVO morfoestruturas Prof.: André Negrão Classificação das formas
Leia maisé a herança para os nossos filhos e netos com a sua atmosfera rica em oxigénio, permite-nos respirar com a camada de ozono, protege-nos das radiações
é a herança para os nossos filhos e netos com a sua atmosfera rica em oxigénio, permite-nos respirar com a camada de ozono, protege-nos das radiações ultravioletas com a água evita a desidratação com as
Leia maisO PAPEL DA DINÂMICA COSTEIRA NO CONTRÔLE DOS CAMPOS DE DUNAS EÓLICAS DO SETOR LESTE DA PLANÍCIE COSTEIRA DO MARANHÃO - BR LENÇÓIS MARANHENSES
O PAPEL DA DINÂMICA COSTEIRA NO CONTRÔLE DOS CAMPOS DE DUNAS EÓLICAS DO SETOR LESTE DA PLANÍCIE COSTEIRA DO MARANHÃO - BR LENÇÓIS MARANHENSES Ronaldo Antonio Gonçalves Geologia/UFRJ; Jorge Hamilton Souza
Leia maisSUMÁRIO. Capítulo 6 - Vulcanismo Os vulcões como geossistemas Os depósitos vulcânicos Os estilos de erupção e as formas de relevo vulcânico
SUMÁRIO Capítulo 1 - Estruturando um planeta O método científico As teorias e as práticas modernas da Geologia A origem de nosso sistema planetário A Terra primitiva: formação de um planeta em camadas
Leia maisDifratometria por raios X
57 A amostra 06 foi coletada no fundo de um anfiteatro (Figura 23), em uma feição residual de um degrau no interior da voçoroca, este material, aparentemente mais coeso, também consiste em areia muito
Leia maisANÁLISE ESTRATIGRÁFICA DA SEQUÊNCIA MESODEVONIANA- EOCARBONÍFERA DA BACIA DO PARNAÍBA, NORDESTE DO BRASIL
ANÁLISE ESTRATIGRÁFICA DA SEQUÊNCIA MESODEVONIANA- EOCARBONÍFERA DA BACIA DO PARNAÍBA, NORDESTE DO BRASIL Nadja Cruz FERRAZ 1, Valéria Centurion CÓRDOBA 2, Debora do Carmo SOUSA 3 (1) Programa de Pós-Graduação
Leia maisBRASIL: RELEVO, HIDROGRAFIA E LITORAL
BRASIL: RELEVO, HIDROGRAFIA E LITORAL Estrutura geológica Geomorfologia: ciência que estuda as formas de relevo. Relevo condiciona o processo de produção e organização do espaço geográfico. (...) a maior
Leia maisCAPÍTULO IV - Metodologia Utilizada CAPÍTULO IV METODOLOGIA UTILIZADA
CAPÍTULO IV METODOLOGIA UTILIZADA 67 68 IV.1. INTRODUÇÃO Face ao tipo de dados existentes, constituídos por linhas sísmicas, sondagens e cores, previamente descritos no capítulo precedente, a escolha da
Leia maisAgentes Externos ou Exógenos
RELEVO Relevo Terrestre Agentes Internos Agentes Externos Tectonismo Vulcanismo Abalos Sísmicos Intemperismo Erosão Agentes Externos ou Exógenos Em síntese, pode-se afirmar que os agentes exógenos realizam
Leia maisTerra: origem e formação
Terra: origem e formação Big Bang : formação do universo E:\Documentos\Aulas\Terra origem e formação\animação IBGE- NOSSO LUGAR NO UNIVERSO\nossolugaranouniverso (1).swf Origem da Terra Escala do tempo
Leia maisUNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
1 UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA GEOLOGIA PAULO ROBERTO RODRIGUES BENEVIDES FILHO ESTRATIGRAFIA DE SEQUÊNCIAS DE BACIAS RIFTE: APLICAÇÃO DE UMA NOVA METODOLOGIA DE PESQUISA NA INTERPRETAÇÃO TECTÔNO-ESTRATIGRÁFICA
Leia maisEvolução complexa de um meio-gráben: seção rifte da Bacia de Campos baseada em análise sismoestratigráfica
Pesquisas em Geociências, 42 (1): 45-60, jan./abr. 2015 Instituto de Geociências, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil ISSN 1518-2398 E-ISSN 1807-9806 Evolução complexa de
Leia maisEscola Portuguesa do Lubango Hélder Giroto Paiva. Rochas sedimentares, arquivos históricos da Terra
Escola Portuguesa do Lubango Hélder Giroto Paiva Rochas sedimentares, arquivos históricos da Terra O que nos contam as rochas sedimentares sobre o passado da Terra? http://aegsrv2.esci.keele.ac.uk/earthlearningidea/flash/ee_sr.html
Leia maisComplexo deltaico do rio Paraíba do Sul: caracterização geomorfológica do ambiente e sua dinâmica recente
Complexo deltaico do rio Paraíba do Sul: caracterização geomorfológica do ambiente e sua dinâmica recente Gilberto Pessanha Ribeiro 1,2 1 Universidade do Estado do Rio de Janeiro Faculdade de Engenharia
Leia maisO que é hidrografia? É o ciclo da água proveniente tanto da atmosfera como do subsolo.
O que é hidrografia? É o ciclo da água proveniente tanto da atmosfera como do subsolo. Rios São cursos d água com leito ou canal bem definidos. São formados pelo encontro das águas do escoamento superficial
Leia maisMapeamento Geológico
«Métodos de Campo em Geofísica» Geologia estrutural Mapeamento Geológico Informações: font_eric@hotmail.com Prefácio O mapeamento geológico representa uma ferramenta indispensável para qualquer investigação
Leia maisCARACTERIZAÇÃO SISMOESTRATIGÁFICA E EVOLUÇÃO DO CÂNION ALMIRANTE CÂMARA, BACIA DE CAMPOS.
CARACTERIZAÇÃO SISMOESTRATIGÁFICA E EVOLUÇÃO DO CÂNION ALMIRANTE CÂMARA, BACIA DE CAMPOS. Marcela Marques Pellizzon 1 ; Alberto Garcia de Figueiredo Jr. 1 1 Departamento de Geologia / LAGEMAR, UFF (marcela@igeo.uff.br)
Leia maisMESTRADO EM ENG. GEOLÓGICA E DE MINAS GEOLOGIA DE SISTEMAS PETROLÍFEROS
MESTRADO EM ENG. GEOLÓGICA E DE MINAS GEOLOGIA DE SISTEMAS PETROLÍFEROS Actualização 30/9/2009 ANO LECTIVO 2009/2010 DESCRIÇÃO GERAL DA APRESENTAÇÃO Discute-se o conceito de sistema petrolífero e a respectiva
Leia mais1 INTRODUÇÃO 1.1. Motivação
1 INTRODUÇÃO 1.1. Motivação Entre as regiões afastadas da costa, as Bacias de Campos e de Santos (localizadas no Sudeste do Brasil) vêm recebendo uma considerável atenção pela indústria do petróleo por
Leia maisEstrutura Geológica e o Relevo Brasileiro
Estrutura Geológica e o Relevo Brasileiro 1. (ENEM-2010) TEIXEIRA, W. et. al. (Orgs.) Decifrando a Terra. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2009 O esquema mostra depósitos em que aparecem fósseis
Leia maisUNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR DE CIÊNCIAS DA TERRA DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA GEOMORFOLOGIA BÁSICA E ESTRUTURAL - GB 128 TEMA 1
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR DE CIÊNCIAS DA TERRA DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA GEOMORFOLOGIA BÁSICA E ESTRUTURAL - GB 128 TEMA 1 Professor: Fabiano A. Oliveira 2017 Afinal, o que é Geomorfologia?
Leia mais