PARADIGMA DE COMUNICAÇÃO
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- Bruno Carvalho Pinhal
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1 A HIPERMÍDIA É UM NOVO A HIPERMÍDIA É UM NOVO PARADIGMA DE COMUNICAÇÃO
2 O texto identifica e organiza os elementos constitutivos da roteirização de produções audiovisuais como o cinema ou a televisão, e de produções para sistemas hipermídia e seus recursos específicos, como a interatividade, i id d navegação não-linear e autoração. Produz um Modelo de Análise do Roteiro de Hipermídia. Hoje as histórias são contadas de maneira a complexa, isto é, graças aos recursos das novas mídias, podem ser apresentadas por diversos pontos de vista, com histórias paralelas, com possibilidades de interferência na narrativa, com opções de continuidade ou descontinuidade id d da narrativa e muito mais. E não há mais condição de chamar simplesmente de leitor aquele que tem contato com uma história estruturada pelas novas mídias.
3 Conceito de usuário interator - seria aquele que improvisa os caminhos determinados pelo autor e pelas obras das novas mídias. O conceito de Novas Mídias será empregado quando a discussão se der em um universo maior e Hipermídia nas análises mais específicas, voltadas para a questão do seu roteiro e da sua linguagem. Uma história em hipermídia apresenta uma narrativa audiovisual não-linear e interativa.
4 Audiovisual é um conceito importante para a compreensão do processo de roteirização de hipermídia. A hipermídia é vista como um meio, uma linguagem e o audiovisual é visto com um produto, o que significa que a concepção da matriz da hipermídia é o audiovisual e não o hipertexto, apesar de desenvolver a lógica criada nesse meio. Segundo, Gianfranco Bettetini, o audiovisual é um produto, isto é um objeto ou processo que tem como propósito a troca de informação comunicacional, trabalha com os estímulos sensoriais da audição e da visão. Os canais de comunicação aumentaram com o crescente número de possibilidade de hibridização dos estímulos: paladar, olfato, tato e o sentido do corpo, agora praticamente juntos.
5 Toda obra é um processo. Elas definem estruturas t sintáticas, elementos significantes ifi e contextuais relativos à época em que são concebidas. Definem métodos, sistemas e modelos que podem ser subdivididos em etapas quando são planejadas e elaboradas. Q d i ti i li l i t d l ti Quando esse processo criativo implica no envolvimento de coletivos ou no desenvolvimento de produções de porte e de grande complexidade, a necessidade de planificação estruturada e acessível fica evidente, apesar de encontrarmos essas necessidades também em obras de menor escopo.
6 Roteiros cinematográficos e peças teatrais não existem apenas como forma de esquematizar requisitos de produção, mas sim como formas de estruturar o pensamento e dar corpo ao conteúdo concebido em uma etapa em que a obra ainda não foi realizada em sua forma final. Assim, estabelecem-se como documentos de processo, ou seja, estão presentes na elaboração da obra com o propósito de permitir ao produtor uma interação mais palpável l com a obra em seus estágios iniciais. A hipermídia que surge com a convergência digital i de diversos suportes, meios e linguagens traz, em sua gênese, um grande potencial de complexidade ao ser produzida.
7 As possibilidades de interação, autoria, narratividade e convergência de meios exigem novos modelos para seu planejamento e pré-produção, produção, assim como diversos e diferentes tipos de documentos de processo. É necessário desvencilhar a hipermídia de modelos de pré-produção produção e roteirização originais de meios historicamente anteriores, pois esses não são capazes de lidar completamente com as características desse novo meio. O processo de criação é em rede, rizomático, e em constante evolução e iteração e o processo de roteirização i de hipermídia deve ser visto como a construção de uma estrutura de significados que pode organizar-se de diversas maneiras. (Salles,( Redes da Criação, 2006)
8 Eixos Conceituais: Convergência dos Meios; Autoria; Interatividade; Dinâmica Estrutural; Redes; Topologia; Multimodalidade;
9 Características de um Sistema Hipermídia: Aspectos Sintáticos Multiplicidade de conexão Mobilidade de Centros Aspectos Semânticos Tipo de Hipermídia Metamorfose no Produto Final Sobreposição de Conteúdos Tipo de Roteiro Estruturação Espacial Modelo Comunicacional Estruturação t Temporal Repetição Dinamicidade Narrativa Metáfora Aspectos Pragmáticos Relação com Contexto Externo Heterogeneidade de Conteúdo
10 Comunicação como um processo constituído pelo relacionamento entre emissor e receptor que em muitas situações trocam de papel, definindo-se como parceiros de um processo comunicacional e pelo que também se encontra fora do relacionamento direto entre esses dois ou mais parceiros. A hipermídia é uma obra ou o objeto que se materializa e se organiza pelo uso que fazemos dela, por intermédio de seu usuário, agente importante e imprescindível para o seu desenvolvimento. A hipermídia é um processo comunicacional que depende do relacionamento entre seus diversos conteúdos e seu usuário.
11 Em vista da emergente convergência das tecnologias digitais, estamos abertos a novos dados e conceitos que surgem a cada dia, não se fechando, portanto, para as modificações que, constantemente, incidem sobre essa área. Os critérios de análise para o roteiro de hipermídia são definidos para as especificidades do roteiro em primeiro tratamento e do roteiro final. Seqüência de telas, ou cenas: a) planificação: determina o tamanho e a localização na tela das imagens, sons e textos; b) movimentação: define o movimento da câmera e o movimento das imagens, sons e textos; c) transição: o link determina algumas as maneiras as de realizar a a passagem de uma tela para outra.
12 O Link: a) comportamento: tipos de links definidos por sua ação em relação ao conteúdo, em função da maneira pela qual comunica a presença de outro conteúdo; b) estruturação: links que definem para o conteúdo em qual localização e em qual momento do seu desenvolvimento se faz a sua apresentação ao usuário; c) repetição: o quanto e como os links se repetem, constituindo um certo ritmo, construindo a unicidade, tornando a obra hipermidiática una. O roteiro de hipermídia in estigado neste estudo é a representação de O roteiro de hipermídia investigado neste estudo é a representação de uma estrutura de conjuntos de conteúdos e seus respectivos conjuntos de links e as possibilidades de trajetória do usuário.
13 Tipos de hipermídia: a) instrucionais: voltados para a solução de problemas; b) ficcionais: incorporam a interatividade na escritura ficcional; c) artísticos: produção e transmissão de atividades criativas para a sensibilidade; bld d d) conceituais: produção e transmissão de conhecimentos d) conceituais: produção e transmissão de conhecimentos teórico-cognitivos.
14 Quanto às etapas da roteirização das obras indicadas: A storyline, o conflito central, entre dois pólos principais, também chamada de espinha dorsal dramática da narrativa; O conflito, onde se define a força dramática da obra em hipermídia; são pequenas ações de conflito, de modo a desafiar o espectador a acompanhar o transcorrer da obra até o seu desfecho; O argumento, como se dá o desenvolvimento dos fatos e do caráter dos personagens e as características ambientais; Os personagens, o detalhamento das características dos participantes da história, mesmo que não seja uma ficção; O enredo, a organização e a estruturação das cenas seqüenciadas pelas alterações do espaço e do tempo determinadas no argumento; O tratamento pelo tempo dramático, pela duração de cada cena, pela definição de diálogos e pelo clima para cada cena. O desenvolvimento do roteiro com esses itens serve para prever a continuidade das obras ; O roteiro final, o que se vê é que a unicidade resulta da intensidade com que se dedica a determinado tipo de conteúdo desenvolvido no todo da obra, sendo que a sonoridade é um dos elementos investidos por todas elas.
O conceito de interatividade é bastante antigo e, pelo menos metaforicamente, toda obra de arte de qualidade, traz em si o
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