Determinação dos Teores de Umidade, Cinzas e Proteínas na Anomalocardia brasiliana (Mexilhão), provenientes do Estuário Potengi/Jundiaí no RN.
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1 Determinação dos Teores de Umidade, Cinzas e Proteínas na Anomalocardia brasiliana (Mexilhão), provenientes do Estuário Potengi/Jundiaí no RN. *Janaína Monteiro de Souza 1, Denise Porfírio Emerenciano 1, Heloiza Fernanda Oliveira da Silva 1, Geovane Chacon de Carvalho 1, Ângela Maria Fagundes da Cruz 2, George Queiroz de Brito 2, Maria de Fátima Pereira Vieira 2, Maria de Fátima Vitória de Moura 3. 1 Iniciação Científica, 2 Pós-Graduação, 3 Pesquisadora. Departamento de Química, Universidade Federal do Rio Grande do Norte. II Congresso Norte-Nordeste de Química. João Pessoa-PB, 31 de março a 02 de abril de *janaina_monteiro@yahoo.com.br 1. INTRODUÇÃO Os moluscos são muitos explorados, principalmente nos países em que se impõe cada vez mais a procura de novas fontes de alimentação. Algumas espécies têm importância restrita em pequenas comunidades do litoral e interior, outras apresentam possibilidades de futura comercialização, enquanto outras ainda são encontradas nos mercados de grandes cidades (Boffi, 1979). A distribuição espacial de organismos bentônicos em ambientes inconsolidados tem sido associada a diversos fatores biológicos, tais como comportamento reprodutivo e disponibilidade de alimento, e também a fatores físico-químicos como hidrodinamismo, granulometria, quantidade de matéria orgânica e umidade da área (McLachlan, 1983), ou ainda a uma combinação dos mesmos. A espécie Anomalocardia brasiliana é um molusco bivalve lamelibrânquio da família Veneridae, bastante comum ao longo de todo litoral brasileiro (Rios, 1994). Possui sexos separados não apresenta dimorfismo sexual externo e, internamente, as gônadas são esbranquiçadas quando maduras em ambos os sexos (Narchi, 1974, 1976; Grotta & Lunetta, 1980). Caracteriza-se por ser euritérmica e eurihalina, apresentando grande resistência à deficiência de oxigênio (Schaeffer-Noveli,1976), sobrevivendo até 240 h em condições de anoxia (Hiroki, 1971) e temperatura limite de 42ºC (Read, 1964). A coleta de moluscos pode constituir-se também na principal fonte de renda familiar ou de complementação de renda oriunda de outras atividades assalariadas. As proteínas estão presentes em todas as estruturas celulares, desde a membrana até o núcleo, sendo também encontrada no meio intercelular. As proteínas são macromoléculas com unidades de interligação (ligação peptídica) denominadas aminoácidos. As proteínas
2 apresentam diversas funções relacionadas aos sistemas biológicos, tanto do ponto de vista estrutural quanto funcional. Dessa maneira, as proteínas são substâncias essenciais à manutenção dos organismos vivos. O presente trabalho teve como objetivo determinar os teores de umidade, cinzas e proteína na Anomalocardia brasiliana, em virtude de ser um alimento usualmente consumido no estado do Rio Grande do Norte, de importância nutricional destacável como fonte alimentar de proteína e de minerais. 2. MATERIAIS E MÉTODOS Método de Kjeldahl Digestão: Composição centesimal Umidade - determinada pela perda de peso em estufa regulada a 105 o C (Ministério da saúde, 2005). Cinzas - obtidas por incineração de uma quantidade conhecida da amostra, em mufla a 550 o C, até obtenção de peso constante (Ministério da saúde, 2005). Proteínas - dosada pelo método Kjedahl, é o mais comumente utilizado em laboratórios pelo mundo afora, utiliza um processo pelo qual a amostra é digerida, destilada e em seguida titulada, para que a quantidade de nitrogênio seja determinada, e assim a concentração protéica seja identificada a partir da concentração do nitrogênio. Para converter o resultado em proteína bruta foi utilizado o fator 6,25 (CHRISTIAN, 1986). Destilação: Titulação:
3 Materiais e equipamentos Destilador Tecnal TE-036/1, Estufa de secagem e esterilização Quimis com ventilação, Balança Tecnal com precisão 0,0001g, Bloco digestor para 40 tubos Tecnal, erlenmeyer de 125 ml, buretas e outras vidrarias comuns de laboratório. Reagentes e soluções Ácido sufúlrico P.A., sulfato de cobre P.A., sulfato de sódio P.A., solução de hidróxido de sódio a 40%, solução saturada de ácido bórico, solução indicadora (vermelho de metila 0,2% + azul de metileno 0,2%) 2:10, solução padrão de ácido clorídrico 0,0200M, carbonato de sódio P.A. Coleta das amostras A coleta das amostras foi realizada no ponto pré-estabelecido do Estuário Potengi/Jundiaí, em Setembro de Preparação das amostras As amostras foram previamente limpas em água corrente para retirada de resíduos não desejáveis (areia, restos de folhas, etc.). Utilizando-se para a pesquisa apenas a parte comestível. Sendo 30 g destinados à determinação de umidade, distribuídos em porções de 10 g cada. 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO Determinação de umidade Para a determinação de umidade seguiu-se o procedimento descrito pelo Ministério da Saúde/Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Pesou-se cerca de 10g de cada amostra em cápsula de porcelana, previamente limpas e tratadas, que foram levadas à estufa na temperatura de 105 C, mantidas por cerca de 30 horas e posteriormente transferida para
4 dessecador até alcançar a temperatura ambiente e pesada. As operações aquecimento/resfriamento foram repetidas até que se obtivesse peso constante. Na determinação de umidade os percentuais foram calculados obtendo-se a média das triplicatas. A determinação da umidade nas Anomalocardia foi de 80,63 (±0,27), obtido a 105 C). x± s (resíduo Determinação de Cinzas O teor de cinzas obtido na base seca foi de 8,93 (±0,00) e na base úmida 1,99 (±0,00). Determinação de Proteínas O valore de proteína (%) para as Anomalocardia foi: 6,66(+/- 0,66). O respectivo valor para a porcentagem da amostra in natura por 100g foi de: 1,14(+/- 0,12). Como mostra a Figura 1. 80,00 60,00 %Umidade %Cinza resíduo seco %Cinza in natura %Proteína %Proteína in natura 40,00 20,00 0,00 1 Figura1: Resultados dos teores de umidade, cinza e proteína na Anomalocardia brasiliana. Amostra Umidade Cinza Cinza %Proteína %Proteína (resíduo seco) (in natura) (in natura) Anomalocádia 80,63 (±0,27) 8,93 (±0,00) 1,99 (±0,00) 6,66 (±0,66) 1,14 (±0,12) Tabela1: Resultados dos teores de umidade, cinza e proteína na Anomalocardia brasiliana. 4. CONCLUSÕES Segundo a literatura os mexilhões apresentam altos teores de umidade variando de 76 a 88%; os teores de proteína variam de 11,7% +/- 0,21 (resíduo seco) e 12,67% +/- 0,12 (in
5 natura). Em comparação com os resultados obtidos o valor para a umidade está de acordo com a literatura (80,63% +/- 0,27), já para a proteína (resíduo seco) as amostras de Anomalocardia brasiliana apresentam uma média de 6,66 com variação de +/- 0,66; e para a amostra (in natura) 1,14 com variação de +/- 0,12. Dessa forma os valores encontrados estão abaixo dos níveis esperados. 5. AGRADECIMENTOS Os autores agradecem ao CNPq, CAPES e a UFRN, pelo apoio e suporte financeiro durante a realização desta pesquisa. 6. REFERÊNCIAS Brasil. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Métodos Físico- Químicos para Análise de Alimentos / Ministério da Saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Brasília: Ministério da saúde, CHRISTIAN, G. D. Analytical Chemistry, 5th edition, Washington, EVANGELISTA, J. Alimentos um estudo abrangente, Atheneu. São Paulo FRANCO, G. Tabela de Composição Química dos Alimentos, 9a ed., Atheneu. São Paulo PEDROSA, L. F. C.; COZZOLINO, S. M. F. COMPOSIÇÃO CENTESIMAL E DE MINERAIS DE MARISCOS CRUS E COZIDOS DA CIDADE DE NATAL/RN. Ciênc. Tecnol. Aliment., Campinas, maio-ago
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