ALMANACK CORUMBAENSE: O DESUSO DAS CONSOANTES GEMINADAS NO PORTUGUÊS CONTEMPORÂNEO

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1 ALMANACK CORUMBAENSE: O DESUSO DAS CONSOANTES GEMINADAS NO PORTUGUÊS CONTEMPORÂNEO Hélio Yarzon Silva Júnior (UEMS) Eva Mara Caetano (UEMS) Nataniel dos Santos Gomes (UEMS) Resumo A língua portuguesa desde o século XVI quando se instalou no Brasil vem passando gradativamente por um processo de transformação. Sabe-se que vários foram os motivos que influenciaram estas mudanças na língua como a localização geográfica, questões culturais e sociais trazidas pelos imigrantes e também por influência da língua espanhola falada pelos países que estão próximos ao Brasil. Já no período moderno tivemos diversas reformas no idioma. As principais foram: em 1904, 1911, 1912, 1915 e 1943 com o Novo Sistema Ortográfico da Língua Portuguesa. Em 1959, com a Nomenclatura Gramatical Brasileira, em 1971 com a abolição do acento circunflexo diferencial na letra e e o, e em 1990 com o Novo acordo ortográfico que teve sua vigência obrigatória somente em Diante dessas mudanças e no desuso de algumas formas no decorrer da história da língua portuguesa, baseando-se em uma análise documental/bibliográfica da obra Almanaque Corumbaense de 1898, obra que trazia informações minuciosas e úteis da época apresentando em seu texto o uso de consoantes dobradas, o presente artigo tem o intuito de identificar o real motivo pelo qual as consoantes geminadas utilizadas na escrita da época e na obra Almanaque Corumbaense estão em desuso na língua portuguesa contemporânea, com base nas gramáticas de Said Ali (1921) e Coutinho (1976). Palavras-chave: Consoantes geminadas. Ortografia. Almanack Corumbaense. Introdução A língua portuguesa está ligada ao latim em sua origem. O latim era a língua falada pelo povo romano por volta do século III a.c quando conquistaram a Península Ibérica impondo os seus hábitos, culturas e a sua língua. O latim estava dividido em latim vulgar, falado pelas classes menos privilegiadas e no latim clássico que tinha como característica as produções textuais dos escritores, pois era uma língua rebuscada e utilizada somente pela elite da sociedade da época.

2 Algum tempo depois, o latim começou a predominar sobre as línguas faladas em várias regiões do mundo. A língua portuguesa, o italiano, o francês, o espanhol assim como várias outras línguas são derivadas do latim. Segundo Said Ali (2001, p.24): Transformou-se o latim em tantos idiomas novos, principalmente porque teve de se acomodar a antigos hábitos de pronúncia dos povos que o adotaram, hábitos em que os povos diferiam uns dos outros. E as modificações se davam não somente porque os órgãos de fonação, habituados aos sons indígenas, sentiam dificuldades em produzir sons estranhos, mas também porque o ouvido percebia mal certos sons que lhe não eram familiares. No século XVI, Portugal teve um papel importante quanto a história dos descobrimentos marítimos e das conquistas territoriais, isso fez com que a língua portuguesa passasse a ser utilizada em novas terras, continentes e ilhas já que o povo lusitano possuía colônias em todos os cinco continentes. No Brasil não foi diferente, a língua portuguesa adentrou-se e vem sofrendo alterações constantemente, tanto que o português que se fala hoje no Brasil é resultado de muitas transformações na fonologia, na sintática e que de uma forma geral distingue-se bastante da forma como se fala o português em Portugal. A miscigenação de vários povos e as suas tradições e culturas fizeram com que houvesse uma língua portuguesa no Brasil. Este trabalho investiga as consoantes geminadas utilizadas no sistema ortográfico do português brasileiro do século XVIII tendo como objetivo mostrar os motivos pelos quais a maioria das consoantes dobradas utilizadas no Almanack Corumbaense não são mais utilizadas no português atual. O Almanack foi escrito por 27 autores com 100 páginas que mostravam propagandas das riquezas naturais do estado e em especial a vida industrial e comercial da cidade de Corumbá. Nele podemos observar a utilização do sistema ortográfico e as suas peculiaridades sendo uma delas a utilização das consoantes geminadas assim como outras características como o conceito etimológico, analógico, pronúncia e o uso das palavras. Por uma questão de controle, diante das inúmeras modificações que a língua portuguesa vem sofrendo e que estão visíveis na obra Almanack Corumbaense, daremos ênfase neste artigo apenas nas

3 consoantes geminadas e o seu desuso no decorrer das mudanças ocorridas na língua. Vale frisar que os princípios norteadores deste artigo estão em ver os moldes da ortografia da época e analisar o motivo pelo qual houve a eliminação das consoantes geminadas que foram utilizadas no Almanack Corumbaense e que hoje estão em desuso no português. 2. A Ortografia Portuguesa simplificado. A ortografia portuguesa foi dividida em 3 grandes períodos: o fonético, o pseudo-etimológico e o De acordo com Coutinho (1974, p.71-72): PERÍODO FONÉTICO Começa este período com os primeiros documentos redigidos em português e se estende até o século XVI. Apesar de certa flutuação que se observa na grafia das palavras, a preocupação fonética transparece a cada momento. A língua era escrita para o ouvido. PERÍODO PSEUDO-ETIMOLÓGICO: Inicia-se no século XVI e vai até o ano de 1904, em que aparece a Ortografa Nacional de Gonçalves Viana. O que caracteriza êste período é o emprego de consoantes geminadas e insonoras, de grupos consonantais impropriamente chamados gregos, de letras como o y, k e w, sempre que ocorriam nas palavras originárias. PERÍODO SIMPLIFICADO. --- Principia com a publicação da Ortografia Nacional de Gonçalves Viana, em 1904, e chega até os nossos dias. De conformidade com os princípios por êle estabelecidos, há dois sistemas simplificados: o português e o luso-brasileiro. No período fonético o objetivo era facilitar a forma de leitura fazendo com que o leitor tivesse uma impressão exata da língua que estava sendo falada. No período Pseudo-Etimológico pretendia-se respeitar as letras originárias da palavra embora não representasse nenhum valor fonético. E no período Simplificado mostra o fato de nunca haver um consenso entre os nossos escritores quanto a um padrão uniforme de ortografia, ou seja, cada escritor tinha a sua própria forma de escrever e por este motivo era necessário realizar uma reforma para padronizar a ortografia. A mudança mais relevante aconteceu com Gonçalves Viana que publica a Ortografia Nacional, em 1904, onde estuda um grande número de vocábulos, cuja grafia tradicionalmente aceita se não podia justificar, e assenta os princípios em que se deve basear qualquer simplificação ortográfica Coutinho (1974,

4 p.78). Posteriormente dividiu-se em Sistema Simplificado Português e Sistema Simplificado Luso-Português até os dias de hoje. 3. Consoantes geminadas ou dobradas Segundo Carvalho e Nascimento (1977, p.59) a consoantes geminadas são classificadas como: Homogêneos formados por consoantes iguais ou geminadas. Ex.: stuppa, bucca, ille. Heterogêneos formados por consoantes diferentes. Ex.: persona,clave etc. Latinos que existiam em latim. Ex. persona, clave. Românicos que resultaram da síncope de uma vogal. Ex.: oculu>oclu, auricula>auricla. Próprios constituídos por uma oclusiva ou f mais uma líquida, l ou r. Ex.: placere, premere, flamma. Tanto no português arcaico como no português moderno as consoantes tinham o mesmo valor podendo estar no início, meio ou fim da palavra. Embora, de uma forma geral, as consoantes que apareciam geminadas ou dobradas tinham valores diferentes das consoantes simples. Conforme Coutinho (1974, p.75) Em geral, só se dobravam consoantes quando tinham valores diferentes das simples. Além do r e s, as outras que aparecem geminadas são f, l e m. Êste último só quando precedido de vogal nasal: emendar, emmigo. As consoantes geminadas têm a sua forma original do latim e nas transformações ocorridas na língua para o português reduziram-se para apenas uma consoante nas palavras com exceção das letras r e s geminadas que possuem valor diferente uma da outra e até hoje são utilizadas no português. Existem diversas opiniões sobre o uso das consoantes geminadas, sendo que algumas possuem definições específicas e fundamentadas por tradição da grafia latina. No português arcaico a geminação dessas consoantes era às vezes etimológica (cavalo < lat. caballum, hoje cavalo), mas em outra era arbitrária (palavra < lat. parabolam, hoje palavra).

5 Coutinho (1974, p. 74) ressalta: Geralmente, dobravam-se as consoantes apenas para diferenciá-las das consoantes simples. A letra l, por sua vez, apresentava-se geminada na posição final e quando posicionada no interior de alguns vocábulos. É comum estar geminado no meio e no fim da palavra: ella ou ela, castello ou castelo, mall, tall. O l dobrado em posição final era, provavelmente, usado para distinguir o l velar do alveolar; em posição medial, ocorria por influência do latim. Conforme Melo (1981, p ) afirma: A ortografia fonética corresponde à fase arcaica do idioma e caracteriza-se, de modo geral, pela preocupação de escrever as palavras em harmonia com a pronúncia. Existe assim uma apreciável coerência, ao menos de princípios, e bastante uniformidade. De regra, não se empregavam letras que não correspondessem a nenhum som, letras ditas mudas, e não se dobravam consoantes, à exceção do r, s, f, l e m. A geminação destas era bem arbitrária, de modo que se encontram nos velhos textos grafias como terrei (por terei), recorer, barete, coussas, leprosso, deffender e defender, fé e fé, mall, tall, etc. [...] A fase pseudoetimológica da ortografia portuguesa começa com o Renascimento e, portanto, com a intensificação da influência latino-clássica. A escrita latina passou a ser modelo da nossa, do mesmo modo que o vocabulário e a sintaxe da língua de Cícero se tornaram pauta dos nossos escritores. Daí resultou que se inseriram nos hábitos gráficos muitas inutilidades, tais como letras dobradas sem razão e os digramas rh, th, ph e ch com valor de k, por exemplo, charidade ou chaos. Em contrapartida encontramos outras definições que apontam para a utilização da grafia de consoantes dobradas sem nenhum critério formal no português arcaico. Os documentos antigos provindos da Gália e de Portugal apresentavam consoantes dobradas por influência da tradição da grafia latina não possuindo uma unidade de grafia padronizada e por muitas vezes valia-se apenas da vontade do autor como critério de utilização das consoantes geminadas. Alguns casos de geminação das consoantes como por exemplo ll nas palavras Paullo, capitullo, quall, geerall, etc. nota-se que não existe a necessidade de se utilizar consoantes geminadas pois não atendem a nenhum critério funcional de utilização imposto pela língua portuguesa. Com ênfase nos estudos voltados para as consoantes geminadas que aparecem na escrita do Almanack Corumbaense, elaborado na cidade de Corumbá, atualmente no estado de Mato Grosso do Sul, em

6 1898, por Ricardo D Elia, utilizaremos a Gramática Histórica de Ismael de Lima Coutinho (1976) e a Grammatica histórica da lingua portugueza de Manuel Said Ali Ida (1921). Embasado nestas gramáticas analisaremos o uso das consoantes geminadas no texto e o processo de evolução que levaram ao desuso na língua portuguesa, com exceção do rr e do ss. No Almanack Corumbaense as frases analisadas encontram-se na seção II, no início da obra, Vultos Mattogrossenses, Dr. Joaquim Duarte Murtinho onde na própria palavra Mattogrossenses (seção II, linha 01) já aparece o t dobrado. Na mesma seção, linha 13 aparece attestam-no ocorre o uso do t dobrado novamente. A consoante l aparece diversas vezes nessa seção, Illustre médico, (seção II, linha 17) e Illustre Dr. Manoel Victorino Pereira (seção II, linha 27) no qual a grafia da consoante l está dobrada. Em todas as seções do Almanack Corumbaense aparecem consoantes dobradas como por exemplo: perennes seção IV n dobrado, recommendam seção VIII m dobrado, soffrido seção X f dobrado, addicionadas seção XII d dobrado, etc. Foram separadas algumas ocorrências dos vocábulos grafados com algumas consoantes dobradas do manuscrito e a ocorrência de grafias diferentes destes mesmos vocábulos foram procuradas. Os vocábulos foram analisados de acordo com as propostas teóricas da historiografia linguística de Koerner (1996), sendo elas: contextualização, imanência e adequação. 4. O desuso da geminação das consoantes na língua portuguesa contemporânea O período pseudo-etimológico que teve como característica o emprego de consoantes geminadas e insonoras teve início no século XVI e incidia na ideia de que deveria conservar a origem etimológica da palavra, com o advento do período simplificado, tais concepções foram abandonadas. Diante disso Said Ali (1921, p.32) entende que: Fosse este o móvel ou outro qualquer, o certo é que deu por terra com tal systema orthographico a reacção do port. mod., firmando cada vez mais a doutrina de subordinar a representação das palavras do nosso idioma ao que estava estabelecido na língua de Cicero e Vergilio. E aonde não podiam chegar os conhecimentos etymologicos, suppria-se, em matéria de geminação, com a fantasia e o

7 capricho, preferindo muitas vezes o supérfluo ao estrictamente bastante, como chinello, panella, janella etc. Com base em tentativas no sentido de simplificar a escrita dentre os 3 períodos cruciais da história da ortografia portuguesa dentre eles, o fonético, o pseudo-etimologista e o simplificado, tomamos por base o período simplificado que iniciou com a publicação da Ortografia Nacional, em 1904 por Gonçalves Viana que tinha por finalidade buscar um equilíbrio entre o sistema fonético e a etimologia dando uniformidade e critérios de utilização da ortografia. Segundo Coutinho (1974, p. 77) podemos notar que: Nunca houve padrão uniforme de ortografia entre os nossos escritores, às vêzes de uma mesma época, nos últimos tempos o mal agravou-se de tal maneira que cada autor possuía uma escrita própria. Assim Garret não escrevia como Herculano, nem Latino como Camilo. Não era possível que esse estado de coisas pudesse continuar. Impunha-se a necessidade de uma reforma. A mudança por si só gera algum desconforto e relutância para a aceitação e com os princípios que foram adotados e estabelecidos por Gonçalves Viana não foi diferente, pois ocorreram divergências de opiniões dentre os foneticistas da época. Os princípios estabelecidos por Gonçalves segundo Coutinho (1974, p.78) são: 1. Proscrição absoluta e incondicional de todos os símbolos de etimologia grega, th, ph, ch (=k), rh e y. 2. Redução das consoantes dobradas a singelas, com exceção de rr e ss mediais, que têm valores peculiares. 3. Eliminação de consoantes nulas, quando não influam na pronúncia da vogal que as preceda. 4. regularização da acentuação gráfica. O l, uma das consoantes banidas no período simplificado, apresentou pontos discutíveis, algumas falhas e contribuiu muito para que a grafia da língua fosse simplificada deixando de ser geminada sendo que de uma forma geral as consoantes duplas oriundas do latim foram desaparecendo à medida que fomos adotando o português como ortografia. Segundo Pereira (1935, p. 83) diz:

8 (...) Os grupos homogeneos ou geminados bb, cc, dd, ff, gg, ll, mm, nn, pp, rr, ss, tt, simplificam-se em regra, deixando cahir o primeiro elemento, tornando-o insonoro. A conservação na escripta desse elemento insonoro obedece apenas aos preceitos da orthographia etymologica, p. ex.: sabbado, peccado, addição, affirmar, aggregar, collega, commodo, annexo, approvar, carro, fosse, attento. E o que melhor mostra a extinção das consoantes geminadas incidem na ideia de que no período pseudoetimológico havia a tentativa de manter a origem etimológica da palavra, com o advento do período simplificado estas concepções foram abandonadas, explica Coutinho (1976, p. 120). As consoantes geminadas latinas, no interior das palavras, reduzem-se a consoantes simples, em português. Esta simplificação, porém, já se havia operado no próprio latim vulgar. São frequentes, em inscrições, exemplos como mile, anus, eficax, sufragium, cotidie, ocidere, etc. Só não se simplificam rr- e -ss-, porque têm valor diferente. Os grupos consonantais homogêneos se reduziram a consoantes simples na formação do português: bb > b sabbatu > sábado cc > c bucca > boca dd > d additione > adição ff > f effectu > efeito gg > g aggravare > agravar ll > l illa > ela mm > m flamma > chama nn > n pannu > pano pp > p stuppa > estopa tt > t gutta > gota Com bases nos estudos dos períodos da ortografia aqui estudados podemos notar que o período simplificado com a publicação da Ortografia Nacional de Gonçalves Viana (1904) teve o objetivo de buscar um equilíbrio entre o sistema fonético e a etimologia, além da padronização da língua. Gonçalves Viana

9 estuda nesta Ortografia um grande número de vocábulos que não tinham a grafia justificada, simplificando palavras que estavam ornamentadas com letras que não influenciavam sua pronúncia e não se justificavam pela etimologia. As principais mudanças estabelecidas por Gonçalves Viana foram: banir o uso dos símbolos de etimologia grega; eliminar consoantes que não alterem a pronúncia das vogais que as precedam; regularizar a acentuação gráfica; e reduzir as consoantes dobradas a singelas, exceto rr, ss. Os grupos rr e ss, estes não podem ser simplificados na escrita sem ocasionar alteração na fonética dos vocábulos, carro não é a mesma coisa que caro foneticamente, assim como cassa e casa também não são. Considerações finais O presente trabalho tem o intuito de identificar o real motivo pelo qual as consoantes geminadas utilizadas na escrita da época e na obra Almanaque Corumbaense estão em desuso na língua portuguesa contemporânea. A análise dos fatos históricos da língua são discutidos pela historiografia linguística que torna-se uma ferramenta que tem o papel de relacionar os dados linguísticos inseridos em uma sociedade em determinadas épocas, analisando assim mudanças ocorridas na língua desde os primórdios até hoje em dia. O estudo dos processos de evolução de uma língua e as suas possíveis mudanças não são algo de fácil entendimento, dentro desta perspectiva torna-se importante relacionar e compreender os princípios da Contextualização, Imanência e Adequação nos limites da historiografia linguística nessa pesquisa, que teve como o seu aporte teórico os princípios metodológicos de Konrad Koerner (1996). Com base no que defende a historiografia linguística, podemos notar que o Almanack Corumbaense e a língua portuguesa utilizada naquele momento estão muito diferentes da língua portuguesa que utilizamos atualmente. As mudanças são visíveis e podemos notar que o objeto de estudo aqui analisado, as consoantes geminadas, passaram a não serem mais utilizadas na língua portuguesa contemporânea. Este processo iniciou-se na passagem do latim para o português. As consoantes geminadas ou consoantes dobradas

10 reduziram-se a consoantes simples, com exceção dos grupos formados por r ou s que possuem valores diferentes e por este motivo continuam até nos dias atuais a serem utilizadas na língua portuguesa. O grande motivo pelo qual as consoantes geminadas deixaram de serem utilizadas se dão ao fato dos princípios básicos que Gonçalves Viana estabelecera por meio da reforma ortográfica que se tornou obrigatória primeiramente por Portugal e seus domínios por portaria de 1 de Setembro de 1911, e alguns anos mais tarde valeria também para os países que falavam a língua portuguesa, inclusive o Brasil. A análise das consoantes geminadas encontradas no Almanack Corumbaense configura a evolução ocorrida na ortografia da língua portuguesa do século XVIII onde o resultado denota um processo gradativo de aprimoramentos linguísticos com o intuito de melhorar cada vez mais a pronúncia e a escrita da língua portuguesa no Brasil. Referências Bibliográficas BAGNO, Marcos. Nada na língua é por acaso: por uma pedagogia da variação linguística. Marcos Bagno. São Paulo: Parábola, CARVALHO, D. G. & NASCIMENTO, M. Gramática histórica. São Paulo, Ática, COUTINHO, Ismael de Lima. Pontos de gramática histórica. 6ª ed. Rio de Janeiro: Livraria Acadêmica, CUNHA, Celso, CARDOSO, Wilton. Estilística e gramática histórica. Português através do texto. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, IWASSA, Hiroco Luiza Fujii; ALMEIDA, Miguel Eugênio. Princípios Metodológicos da Historiografia Linguística: Uma Abordagem em Koerner (1996). Ave Palavra: Revista digital do curso de Letras - UNEMAT Campus de Alto Araguaia. Alto Araguaia, n. 14, p.1-8, 30 nov Semestral. KOERNER, Konrad. Questões que persistem em historiografia linguística. Trad.: Cristina Altman. Revista da ANPOLL, n. 2, 1996.

11 MELO, G. C. Iniciação à filologia e à linguística portuguesa. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1981, p PEREIRA, Eduardo Carlos. Grammatica histórica. 9. ed. São Paulo: Cia. Ed. Nacional, SAID ALI, M. Grammatica historica da lingua portugueza. 2. ed. melh. e aum. São Paulo: Melhoramentos, [1921].

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