Anotações de aula Aline Portelinha 2015

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1 Anotações de aula Aline Portelinha 2015 Aula 7 PLANEJAMENTO FAMILIAR Pontos relevantes Conjunto de ações de regulação da fecundidade que garanta direitos iguais de constituição, limitação ou aumento da prole pela mulher, pelo homem ou pelo casal. Serão oferecidos todos os métodos e técnicas de concepção e contracepção cientificamente aceitos e que não coloquem em risco a vida e a saúde das pessoas, garantida a liberdade de opção. A prescrição só poderá ocorrer mediante avaliação e acompanhamento clínico e com informação sobre os riscos, vantagens, desvantagens e eficácia. Esterilização voluntária Pontos relevantes É permitida somente em homens e mulheres com capacidade civil plena e maiores de 25 anos ou, pelo menos, com dois filhos vivos. Deverá ser observado o prazo mínimo de 60 dias entre a manifestação de vontade e o ato cirúrgico. Nesse período, será propiciado à pessoa interessada acesso a serviço de regulação da fecundidade, incluindo aconselhamento por equipe multidisciplinar, visando desencorajar a esterilização precoce. É necessária a expressa manifestação da vontade, após informação a respeito dos riscos da cirurgia, possíveis efeitos colaterais, dificuldades de sua reversão e opções de contracepção reversíveis existentes. Na vigência de sociedade conjugal, depende do consentimento expresso de ambos os cônjuges. É permitida ainda em caso de risco à vida ou à saúde da mulher ou do futuro concepto, testemunhado em relatório escrito e assinado por dois médicos. Somente será executada através da laqueadura tubária, da vasectomia ou de outro método cientificamente aceito, sendo vedada através da histerectomia e ooforectomia. O médico que se propõe a realizar um procedimento de esterilização masculina deve estar habilitado para proceder a sua reversão. É vedada a esterilização cirúrgica em mulheres durante os períodos de parto ou aborto, exceto nos casos de comprovada necessidade, por cesarianas excessivas anteriores. A esterilização cirúrgica de pessoas absolutamente incapazes somente poderá ocorrer mediante autorização judicial. É vedada a indução ou instigamento individual ou coletivo à prática da esterilização cirúrgica. É vedada a exigência de atestado de esterilização ou teste de gravidez para quaisquer fins. Toda esterilização cirúrgica será objeto de notificação compulsória à direção do SUS. Contracepção de emergência Contracepção post coitum/pílula do dia seguinte Procedimento que visa prevenir gestação inoportuna ou indesejável, após relação sexual desprotegida, indicado em falha conhecida ou presumida de contraceptivo regular e em caso de violência sexual

2 Métodos Método de Yuzpe (1974): levornogestrel, etinilestradiol, combinados. Método moderno: levornogestrel, isoladamente. 1,5mg, em dose única, por via oral, os mais breve possível após o coito, não ultrapassando 72 horas. MUITO MAIS EFICAZ! (até 24 hs, 95%). MS/Secretaria de Atenção à Saúde (2005): Não atua após a fecundação. Não impede a implantação de um possível embrião. Não apresenta efeito abortivo. Resolução CFM 1.811/06: É aceita com método alternativo para prevenção de gravidez, por não provocar danos nem interrupção da gravidez. Pode ser utilizada em todas as etapas da vida reprodutiva Orientação FEBRASGO (2010): Não há qualquer evidência científica de que exerça efeitos após a fecundação. Não há nenhuma sustentação de que resulte em aborto. Não deve ser usada para substituir o contraceptivo de uso regular. GRAVIDEZ, PARTO E PUERPÉRIO Ciclo gravídico-puerperal: 1. Concepção. 2. Gravidez: 38 semanas 3. Parto. 4. Puerpério: 6 a 8 semanas Infanticídio Art Matar, sob influência de estado puerperal, o próprio filho, durante o parto ou logo após: Pena - detenção, de 2 (dois) a 6 (seis) anos de prisão. Elementos do crime Ocisão do próprio filho Influência do estado puerperal (quadro relacional sui generis, de caráter agudo e transitório, não reconhecido como entidade psiquiátrica, que pode acometer a parturiente ou a puérpera mentalmente sã, afetando sua capacidade cognitiva e/ou volitiva). Condição temporal (durante ou logo após o parto). Dolo. Obs: Por "logo após" entende-se um ato contínuo em relação ao parto. Há caráter subjetivo.

3 Dolo x Culpa Diferenciação Dolo: vontade livre e consciente de gerar resultado criminoso. Culpa: conduta voluntária, caracterizada por imprudência, negligência ou imperícia, capaz de produzir resultado antijurídico não querido, porém previsível, que, com a devida atenção, poderia ser evitado. Crime doloso e crime culposo Art. 18. Diz-se do crime: I - doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo II - culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia. Parágrafo único. Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser punido por fato previsto como crime, senão quando o pratica dolosamente. Direitos da pessoa e do nascituro Art. 2º. A personalidade civil da pessoa começa do nascimento [teoria natalista] com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção [teoria concepcionista], os direitos do nascituro. ABORTO Aspectos médico-legais Conceito: interrupção da gravidez, com a morte do produto da concepção. Formas essenciais Aborto espontâneo Aborto provocado o Culposo o Doloso Elementos do crime Ação capaz de provocar (cateter de Foley, colocação de DIU com desconhecimento de gravidez) Interrupção da gravidez Morte do produto da concepção (intrauterina ou extrauterina) Dolo Tipos criminais Aborto provocado pela gestante em si mesma/consentimento para outrem provocar (Art. 124). Aborto provocado por terceiro (qualquer um menos a gestante) o Sem o consentimento da gestante (Art. 125), usando de violência, grave ameaça ou fraude. o Com o consentimento da gestante (Art. 126)

4 Forma qualificada. Art. 127 (consequência: lesão corporal grave ou morte; ex: sinéquias gerando infertilidade em corretagem abortiva, rotura uterina durante manobra abortiva). Aborto não punível. Art Não se pune o aborto praticado por médico: Aborto necessário I - se não há outro meio de salvar a vida da gestante (princípio Minoratio male). Aborto no caso de gravidez resultante de estupro II - se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido do consentimento da gestante ou, quando incapaz, de seu representante legal. Ex: hemorragia obstétrica incoercível, prenhez tubária, eclâmpsia. > O médico está obrigado a realizar o aborto? Sim, se não será omissão de socorro (inciso I). > E se a gestante não desejar; se decidir dispor da própria vida; se quiser assumir responsabilidade médica; se assinar um termo de consentimento? Não, nenhum desses legitima a não realização do aborto necessário. > O médico está obrigado a realizar o aborto em caso de gravidez resultante de estupro? Não, direito garantido: Direitos do médico Código de Ética Médica É direito ao médico: IX - Recusar-se a realizar atos médicos que, embora permitidos por lei, sejam contrários aos ditames de sua consciência. > A vítima está obrigada a fazer o registro policial de crime para conseguir o aborto no caso de gravidez resultante de estupro? Não, mas o médico pode solicitar se quiser se resguardar. Boletim de Ocorrência Policial Portaria GM-MS 1.506/05 Reconhece que as vitimas de estupro não estão obrigadas a apresentar o Boletim de Ocorrência para se submeterem ao procedimento de interrupção da gravidez em estabelecimentos do SUS. Aborto eugênico Eugenésico/profilático/preventivo/piedoso Aquele que, fundado na Eugenia, visa prevenir o nascimento de indivíduos anormais. Eugenia: Termo cunhado em 1883 por Francis Galton para significar bom nascimento; melhoramento genético de uma espécie. CRIMINOSO!! Feto anencéfalo STF, ADPF 54, 12/4/2012.

5 O STF, por maioria, julgou inconstitucional o entendimento de que a interrupção da gravidez de feto anencéfalo é conduta tipificada nos artigos 124, 126 e 128, incisos I e II, do. *Decidido por jurisprudência: não esta na lei, mas o judiciário entende como tal pelo forte apelo legal.

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