O MODERNISMO COM VILLA LOBOS. Obra: Bachianas Brasileiras No. 4

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Afonso Lima Cabral
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1 O MODERNISMO COM VILLA LOBOS Obra: Bachianas Brasileiras No. 4

2 O INÍCIO Começou aos seis anos, tocando um pequeno violoncelo (uma viola adaptada para este fim). Aos 11 anos aprendeu com o pai a tocar clarinete. A paixão pela música popular levou-o a aperfeiçoar-se no violão e a estudar com afinco o saxofone e o clarinete, sempre por contra própria.

3 VILLA LOBOS Villa-Lobos seguiu simultaneamente carreiras de sucesso como violoncelista, maestro, educador e compositor. Sua importância reside, entre outros aspectos, no fato de ter reformulado o conceito brasileiro de nacionalismo musical: "Irei aos Estados Unidos somente quando os americanos quiserem me receber como eles recebem a um artista europeu, isto é, em razão das minhas próprias qualidades e não por considerações políticas...".

4 Apesar da escrita europeia, fundia sua obra com aspectos da música realizada no Brasil. Utilizava sons da mata, eventos indígenas, africanos, cantigas de roda, choros, sambas e outros gêneros utilizados no país. CARACTERÍSTICAS E INFLUÊNCIAS

5 1905, aos 18 anos, resolveu viajar para o Nordeste. Extasiou-se com tanta riqueza de folclore. O NORDESTE Conheceu as canções dos vaqueiros, os instrumentos primitivos do sertão. No ano seguinte embrenhoemu-se pelo Sul.

6 SEMANA DE ARTE MODERNA Como todos os participantes, o mestre foi vaiado. Teve como principal propósito renovar, transformar o contexto artístico e cultural urbano, tanto na literatura, quanto nas artes plásticas, na arquitetura e na música. Criar uma arte essencialmente brasileira. Padrões europeus Arte essencialmente brasileira.

7 Uma música em que a fronteira entre o erudito e o popular foi sendo cada vez mais fluida até chegarmos a uma música popular brasileira com nomes como Tom Jobim ou Egberto Gismonti, cuja obra pode ser localizada tanto no âmbito do consumo cultural de massas como no universo da música de orquestra. Renovação de certas ideias relativas à incorporação de elementos ligados à cultura folclórica. O diálogo da música erudita de matriz europeia com a música popular feita nos centros urbanos, como o Choro e o Samba. SEMANA DE ARTE MODERNA

8 ECOS DO MODERNISMO REPERCUTIDOS NA MÚSICA BRASILEIRA Em linhas gerais, os modernistas consideravam artificial toda produção cultural do país que não tivesse elementos nacionais.

9 PECULIARIDADES O maior representante dessa orientação musical foi Heitor Villa-Lobos devido à sua projeção internacional. O modernismo se preocupou em consolidar o caráter nacional da arte. Buscou formar um estilo brasileiro a partir de diversos elementos da cultura do país.

10 O desafio dos compositores modernistas era fazer música ao mesmo tempo inovadora e comprometida em manifestar a identidade do Brasil. Músicos como Tom Jobim, Chico Buarque e Caetano Veloso executaram o modernismo musical com mais sucesso do que Villa- Lobos. A autora (Santuza Cambraia Naves) afirma que, ao contrário dos artistas da MPB, o compositor não se aproximou do público urbano. Ao exaltarem a essência da nação, segundo ela, os primeiros músicos modernistas valorizaram muito o excessivo, o grandiloquente, o sublime e a monumentalidade.

11 MPB E TROPICÁLIA Para os modernistas, a arte não era somente uma produção estética: ela deveria assumir o compromisso ético de encarar os problemas do seu tempo. Segundo a autora, tanto as críticas da MPB ao regime militar quanto o caráter de contracultura da Tropicália mostram que os músicos participaram dos grandes debates do momento.

12 PROJETO EDUCACIONAL Em 1930, Heitor regressou ao Brasil, já tendo conquistado Paris Concretizou seu projeto de introduzir a disciplina CANTO ORFEÔNICO (Coral à capela) nas escolas do ensino médio. Meio eficaz de educação das massas, pois integrava a sociedade num sentimento coletivo e disciplinado de amor à pátria. Apoiado por Getúlio Vargas.

13 O CANTO ORFEÔNICO Criação das chamadas Exortações Cívicas Villa-Lobos, espetáculos que chegaram a reunir até 42 mil vozes, como o realizado no campo do Vasco da Gama, para cantar o Hino Nacional e outras peças cívicas.

14 ADEUS VILLA LOBOS Em 1948 foi atingido pôr um câncer que lhe consumiu a próstata, a bexiga e o rim, mas não o poder criativo. Foi para os Estados Unidos para tratar-se, mas morreu, aos 72 anos, em 17 de novembro de 1959, no Brasil, país que nunca deixou de amar, mesmo quando nele não foi compreendido.

15 VILLA LOBOS E BACH Se deu ainda na infância. Amigos de seu pai - tocavam em sua casa. Se escondia embaixo da escada para escutar BACH. Considero minhas obras como cartas que escrevi à posteridade, sem esperar resposta.

16 BACHIANAS BRASILEIRAS É uma série de nove composições de Heitor Villa- Lobos escritas entre 1930 e Nesse conjunto, escrito para formações diversas, Villa- Lobos fundiu material folclórico brasileiro (em especial a música caipira) às formas pré-clássicas no estilo de Bach.

17 BACHIANAS BRASILEIRAS NO Prelude (Introdução)- PAS 02. Chorale (Canto do Sertão) 03. Aria (Cantiga) - PAS 04. Dance (Miudinho)

18 "Sim, sou brasileiro e bem brasileiro. Na minha música eu deixo cantar os rios e os mares deste grande Brasil. Eu não ponho mordaça na exuberância tropical de nossas florestas e dos nossos céus, que eu transponho instintivamente para tudo que escrevo".

19 PAS: ÁRIA (CANTIGA) Melodia: É a ária Cantiga, melodia resgatada do folclore nordestino. O mana deixa eu ir, o mana eu vou só O mana deixa eu ir, para o sertão de caicó O mana deixa eu ir, o mana eu vou só O mana deixa eu ir, para o sertão de Caicó

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