Governança dos Recursos hídricos no Brasil
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- Raphaella Viveiros Aragão
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1 Governança dos Recursos hídricos no Brasil Gisela Forattini Diretora da Agência Nacional de Águas Balanço da Década da Água 15 de dezembro de 2015 Vitória/ES
2 SUMÁRIO A DÉCADA DA ÁGUA NO BRASIL GERENCIAMENTO DE RECURSOS HÍDRICOS NO BRASIL DISPONIBILIDADE HÍDRICA A CRISE HÍDRICA NO BRASIL LIÇÕES APRENDIDAS COM A CRISE HÍDRICA DESAFIOS DA GOVERNANÇA DOS RECURSOS HÍDRICOS OPORTUNIDADES: ALGUMAS INICIATIVAS DA ANA
3 A DÉCADA DA ÁGUA NO BRASIL
4 Antecedentes A Década Brasileira da Água foi instituída por meio do Decreto de 22 de março de reconhece a água como estratégica no cenário internacional visa promover a criação e a implementação de políticas voltadas ao gerenciamento e uso sustentável desse recurso natural. apóia a resolução das Nações Unidas que definiu o período como o Decênio Internacional para a Ação - Água, fonte de Vida. Atende sugestão do CNRH, demonstrando a disposição quanto à construção do Plano Nacional de Recursos Hídricos, fortalecendo a posição do país em nível global.
5 Decreto de 22 de março de Art. 2 o A Década Brasileira da Água terá como objetivos promover e intensificar a formulação e implementação de políticas, programas e projetos relativos ao gerenciamento e uso sustentável da água, em todos os níveis, assim como assegurar a ampla participação e cooperação das comunidades voltadas ao alcance dos objetivos contemplados na Política Nacional de Recursos Hídricos ou estabelecidos em convenções, acordos e resoluções, a que o Brasil tenha aderido.
6 Metas de Desenvolvimento Sustentável, ONU Objetivos de Desenvolvimento Sustentável 169 metas Objetivo 6. Assegurar a disponibilidade e gestão sustentável da água e saneamento para todos. Objetivo 11. Tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis até 2030, reduzir significativamente o número de mortes e o número de pessoas afetadas por catástrofes e diminuir substancialmente as perdas econômicas diretas causadas por elas em relação ao produto interno bruto global, incluindo os desastres relacionados à água, com o foco em proteger os pobres e as pessoas em situação de vulnerabilidade.
7 GERENCIAMENTO DE RECURSOS HÍDRICOS NO BRASIL
8 Código das Águas CONAMA 01/86 EPIA 20/86 - Enquadramento Constituição Federal Águas públicas, gerenciamento de recursos hídricos e critérios de outorga, dominialidade Dublin Conferência Internacional sobre Água e Meio Ambiente Lei Política Estadual de Recursos Hídricos SP Lei ANA Lei Política Nacional de Recursos Hídricos CNRH PNRH Revisão do PNRH
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10 Constituição Federal 1988 Art. 21. Compete à União: XIX - instituir sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos e definir critérios de outorga de direitos de seu uso. O Brasil possui mecanismos legais, técnicos e institucionais para o gerenciamento dos recursos hídricos Plano Nacional de Recursos Hídricos Produção do conhecimento; Fortalecimento da relação Institucional com os Estados e Comitês; Aprendizados com as crises.
11 Sistema de Gestão de Recursos Hídricos Princípios básicos Usos múltiplos Em condições de escassez, prioridade para uso humano e dessedentação animal A bacia como unidade de planejamento Gestão descentralizada e participativa Água, um recurso limitado, dotado de valor econômico Os instrumentos da gestão Os Planos de Recursos Hídricos das Bacias (a estratégia) A outorga de uso dos recursos hídricos (a segurança jurídica do usuário e a garantia do uso racional) O enquadramento (a compatibilização da qualidade com os usos preponderantes) O sistema de informações (dados públicos e uma linguagem comum) A cobrança (um instrumento econômico e pedagógico)
12 Constituição Federal de 1988 duplo domínio Art. 20. São bens da União: III - os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, ou que banhem mais de um Estado, sirvam de limites com outros países, ou se estendam a território estrangeiro ou dele provenham Domínio Estadual Domínio da União Art. 26. Incluem-se entre os bens dos Estados: I - as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da União;
13 Comitês Interestaduais no Brasil Paraíba do Sul São Francisco Piracicaba-Capivari- Jundiai - PCJ Doce Paranaíba Verde Grande Piancó-Piranhas-Açu Grande Paranapanema Uruguai (mobilização) Parnaíba (mobilização) Paraguai (GAP)
14 Comitês Interestaduais em funcionamento CBH INTERESTADUAL PLANO: STATUS PLANO: ANO CONCLUSÃO PLANO: HORIZONTE COBRANÇA AGENCIA / ED / SECEX DOCE APROVADO IMPLEMENTADA IBIO AGB DOCE GRANDE EM ELABORAÇÃO 2016* PARAIBA DO SUL EM REVISÃO IMPLEMENTADA AGEVAP PARANAIBA APROVADO EM DISCUSSÃO ABHA PARANAPANEMA EM ELABORAÇÃO 2016* PCJ APROVADO IMPLEMENTADA FUNDAÇÃO PCJ PIANCÓ-PIRANHAS- AÇU EM ELABORAÇÃO 2015 ADESE SÃO FRANCISCO EM REVISÃO IMPLEMENTADA ABG PEIXE VIVO VERDE GRANDE APROVADO APROVADA
15 COMITÊS NO BRASIL 34% do território 74% dos municípios 77% da população 63% com Planos elaborados ou em elaboração 22% com cobrança implementada ou aprovada
16 Estreita relação entre as áreas de baixa disponibilidade e alta demanda, com a instalação de comitês de bacia no processo de implementação da gestão descentralizada e participativa o comitê é a sociedade se organizando para lidar com seus atuais ou potenciais conflitos. Necessário fortalecer essa instância PROCOMITÊS Cerca de 77% da população do Brasil conta com Comitê de Bacia enorme potencial a ser explorado, se considerarmos a relevância intrínseca deste alcance populacional. 22% (quase ¼) dos CBHs já tem cobrança implementada ou ao menos aprovada e quase 2/3 já têm ou estão elaborando seus planos de bacia reflete a capacidade de organização dessas instâncias
17 PLANOS DE BACIA
18 DISPONIBILIDADE HÍDRICA
19 Disponibilidade Hídrica no Mundo ESCASSEZ / ONU m³/hab/ano AGRESTE DE PERNAMBUCO 819 m³/hab/ano PERNAMBUCO m³/hab/ano Brasil m 3 /hab/ano SITUAÇÃO MÉDIA
20 DISPONIBILIDADE HÍDRICA Embora o Brasil conte com 12 % do volume mundial de água doce, esta água não é igualmente distribuída. Alta disponibilidade Baixa demanda Baixa disponibilidade Alta demanda
21 68% de toda a água 7% da população Água concentrada na Bacia do rio Amazonas Novas Usinas Hidrelétricas REGIÃO NORTE
22 13% de toda a água 58% da população Poluição urbana e industrial nas regiões metropolitanas Crise hídrica agravada em 2014 SUL E SUDESTE
23 3% de toda a água 29% da população Escassez de Água convivência com a seca Região Nordeste e Norte de Minas Gerais baixos índices sociais REGIÃO NORDESTE
24 16% de toda a água 6% da população Nova fronteira agrícola agravando conflitos REGIÃO CENTRO-OESTE
25 Ampla variação da precipitação no território brasileiro: espacial e temporal Normais Climatológicas de 30 em 30 anos
26 Períodos de precipitação foco dos eventos críticos de cheias
27 A CRISE HÍDRICA NO BRASIL
28 ? semestre 2016 O maior El Niño do século Fonte: INMET
29 Anomalias de Precipitação em Jan/Fev 2014 Bacias PCJ Ocorrência de um sistema de bloqueio atmosférico, inibiu a formação de pancadas de chuvas típicas da estação e bloqueou a passagem de sistemas frontais e desenvolvimento das Zonas de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), responsáveis por grandes volumes de chuva não pode ser previsto com antecedência e a estação chuvosa foi perdida.
30 As condições climáticas severas dos últimos 4 anos trouxeram a gestão dos recursos hídricos para o centro do debate. Reservatório Jaguari/SP
31 Crise Hídrica no Brasil SUDESTE e NORDESTE ANA tem aumentado o número de campanhas de fiscalização de usos e medições com a finalidade de garantir que as restrições impostas em razão da seca estão sendo cumpridas pelos usuários e que, ainda que com baixa vazão, os rios e reservatórios possam garantir o abastecimento humano. Estudos e ações para promover monitoramento contínuo e ações interventivas devidamente articuladas entre as esferas federal e estadual, os setores usuários e os comitês de bacias.
32 Crise Hídrica no Nordeste A ANA, a partir dos seus estudos Atlas Nordeste de Abastecimento Urbano de Água (2005), Atlas Brasil de Abastecimento Urbano de Água (2010) e o Plano Emergencial de Segurança Hídrica no Semiárido com Foco no Atendimento de Sedes Urbanas Críticas (2013) vem, em estreita articulação com os Governos Estaduais, promovendo a alocação negociada de água em açudes, estabelecendo regras de restrição de uso da água para irrigação e aquicultura para garantir o abastecimento de cidades. Na região do Semiárido observam-se valores de precipitação média anual abaixo de 800 mm Escassez hídrica severa em praticamente todos os Estados.
33 Resolução Conjunta ANA, IGARN-RN e AESA-PB Nº 640, de 18 de Junho de 2015
34 Percentagem do Reservatório Equivalente 18,1% 19,7% 22,1% 16,6% 30,5% 30,0% 27,2% 26,1% 24,1% 35,2% 33,9% 33,4% 36,9% 42,7% 41,5% 44,3% 42,8% 39,2% 38,6% 40,0% 44,2% 47,7% 50,3% 54,5% 56,6% 62,1% 61,6% 64,7% Região Nordeste Evolução do Volume do Reservatório Equivalente 100% 90% 80% Evolução do Volume do Reservatório Equivalente* Agosto Agosto Agosto Agosto % 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% Bahia Ceará Paraíba Pernambuco Piauí Rio Grande do Norte Nordeste * Considerando reservatórios com capacidade acima de 10hm³ **Valores sujetios a posterior consolidação. *** A partir de fev-14 considera-se novo volume para os reservatórios Curema e Mãe D'Água na Paraíba devido a batimetria realizada pela ANA.
35 Reservatórios monitorados pela ANA (acima de 10 hm³) App Portal Hidrológico do Nordeste (500 reservatórios).
36 ABASTECIMENTO DA POPULAÇÃO RURAL DISPERSA CISTERNAS RURAIS CARROS PIPA SISTEMAS SIMPLIFICADOS DE ABASTECIMENTO
37 SECA Crise hídrica > gestão, planejamento, obras, conscientização da população CRISE HÍDRICA NO SUDESTE
38 Sistema Cantareira Na região Sudeste, em especial no Estado de São Paulo, o Sistema Cantareira, responsável pelo abastecimento de cerca de 9 milhões de pessoas na capital paulista e região metropolitana e pela regularização dos rios Jaguari, Cachoeira e Atibainha (na bacia do rio Piracicaba) com diversas captações para abastecimento urbano e industrial ainda experimenta uma situação de escassez nunca antes registrada.
39 Sistema Cantareira Grupo Técnico de Assessoramento para Gestão do Sistema Cantareira (GTAG- Cantareira) ANA, DAEE, Sabesp, Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (Comitê PCJ) e Comitê da Bacia Hidrográfica do Alto Tietê (CBH-AT). Objetivo do GTAG-Cantareira acompanhamento diário dos dados referentes aos reservatórios e estruturas componentes do Sistema expedindo relatórios semanais sobre armazenamento dos reservatórios e recomendando as vazões médias defluentes a serem praticadas decisões operacionais observassem os diferentes interesses e compromissos dos entes públicos e privados envolvidos. Em razão da criticidade climática que se observa na região, o processo de renovação da outorga das estruturas do sistema, iniciado em setembro de 2013, será concluído até maio 2017 ampliar o processo de discussão com a máxima qualidade técnica e convergência.
40 Bacia do Rio Paraíba do Sul A ANA, desde maio de 2014, tem editado Resoluções autorizando, temporariamente, a redução da vazão mínima afluente à barragem de Santa Cecília, assim como as defluências mínimas a outros reservatórios instalados na bacia preservar o estoque de águas disponíveis no Sistema Hidráulico Paraíba do Sul aumento da garantia do atendimento aos usos múltiplos na bacia, especialmente, o abastecimento humano. Resoluções levam em conta os encaminhamentos das reuniões do Grupo de Trabalho Permanente de Acompanhamento da Operação Hidráulica na Bacia do Rio Guandu GTAOH, do Comitê de Integração da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul CEIVAP, com representantes dos órgãos gestores de recursos hídricos dos estados de SP, RJ e MG, entre outros.
41 Bacia do Rio Paraíba do Sul Situações distintas: Crise hídrica na bacia do Paraíba do Sul Transposição para Cantareira Em 10/12/ Acordo assinado STF, ANA, Estados de MG, RJ e SP para aumentar segurança hídrica da bacia e autorizar transposição de 5,13 m³/s para o Sistema Cantareira e ampliação da ETA do Guandu em 24 m³/s estabelecidas vazões mínimas para os reservatórios e ainda uma mudança na prioridade do Rio, que passa a ser o abastecimento de água e não geração de energia elétrica. Resolução Conjunta ANA/DAEE/IGAM/INEA nº 1.382, de 07 de dezembro de 2015.
42 Bacia do Rio Doce Em 2015 a ANA intensificou suas ações junto aos Estados de MG e ES, no âmbito da crise hídrica instalada. Participação em reuniões dos Comitês de Crise instalados nos dois estados; Emissão de boletim semanal da Sala de Situação com as vazões observadas em pontos de controle e vazões afluentes, defluentes e níveis nos 6 reservatórios de UHE s da bacia; Emissão de boletins ANA/CPRM e IGAM Sistema de Alerta de Cheias/Secas; Ações de fiscalização na bacia do rio Doce, como a ocorrida no Rio Cricaré.
43 Bacia do Rio Doce Suporte à estruturação das Salas de Situação, com envio de equipamentos; Doação de equipamentos para a rede de monitoramento hidrometeorológico; Aplicação do Gerador de Reservatórios para os Estados, identificando possibilidade de reservação extra (Bacia de Santa Maria da Vitória/ES); Vídeoconferências ANA, ONS, Estados, Comitês e IBIO para discussão das regras operativas das UHE s da bacia X abastecimento (como as usinas de Aimorés e Mascarenhas - no caso de Colatina - e Baguari - no caso de Governador Valadares).
44 Bacia do Rio Doce Estruturação da página do Doce no sítio da ANA, com informações para a mídia; Reuniões para discussão das obras elencadas pelos estados para o Plano Nacional de Segurança Hídrica PNSH e Atlas de Despoluição de Bacias Hidrográficas, particularmente com COPASA e CESAN; Suporte na migração dos dados cadastro de usuários - CNARH 1 para o CNARH40, para melhor representar os usos múltiplos nos Estados e integrar ao sistema de cobrança pelo uso da água; Suporte ao Estado do ES junto ao ONS e à EDP para possibilitar que a PCH Rio Bonito, no rio Santa Maria, fosse utilizada como reservatório de usos múltiplos (reforço no abastecimento).
45 Bacia do Rio Doce Mais recentemente, face ao rompimento da barragem de rejeitos do Fundão, em Mariana, Minas Gerais, a ANA vem reforçando suas iniciativas de monitoramento, junto a parceiros estaduais e junto à CPRM, além de estar envolvida em grupos técnicos que buscam alternativas de abastecimento de água em toda a bacia. Reforçou, ainda, o repasse de recursos para a Agência de Bacia do Rio Doce (IBIO AGV Doce) para permitir detalhar as ações de recuperação que se farão necessárias para os próximos anos.
46 Bacia do Rio Doce AGRAVAMENTO DA CRISE HÍDRICA PELO ROMPIMENTO DA BARRAGEM DO FUNDÃO
47 A ÁREA DA BARRAGEM ROMPIDA Reservatório de Germano Reservatório de Fundão
48 RESERVATÓRIO DE SANTARÉM
49 CONDIÇÕES IMEDIATAMENTE A JUSANTE DAS BARRAGENS
50 CENAD/SEDEC: Coordenação da resposta do governo federal, em articulação com defesa civil estadual ATUAÇÃO DA ANA Segurança das barragens Articulação com Comitê de Bacia Alerta aos municípios sobre chegada da lama Alternativas de abastecimento de água Articulação ONS: operação de UHEs Monitorament o da qualidade da água ENTIDADES ENVOLVIDAS DNPM ANEEL ONS CPRM IBAMA IGAM CBH/DOCE
51 Alternativas de abastecimento de água Local UF População (2015) Demanda (L/s) Capacidade do Sistema (L/s) Dependência do Rio Doce como manancial de abastecimento Situação da captação em 11/11/15 (14h) Disponibilidade estimada (L/s) Alternativas de abastecimento Ipatinga MG Não. Poço de aluvião no rio Piracicaba. Normal 300 (já fornece água para GValadares) N/A Ipaba MG Não. Córrego Água Limpa. Normal 0 N/A Naque MG Não. Rio Santo Antonio. Normal 13 (já fornece para Alpercata e distritos) Periquito MG Não. Córrego Tavares. Normal 0 N/A Alpercata MG Total Paralisada N/A N/A Recebendo água de Naque (caminhãopipa) Gov. Valadares MG Total Paralisada N/A Documento anexo* Tumiritinga MG Total Galiléia MG Total Normalizada por meio de poço tubular profundo Ainda não impactada pela onda de lama Conselheiro Pena MG Não Normal 25 N/A Resplendor MG Total Itueta MG Total Expectativa de normalização por meio de poço tubular Expectativa de normalização por meio de poço tubular N/A N/A N/A N/A Poço tubular Caminhão-pipa Poço tubular Poço tubular Aimorés MG Parcial (apenas distritos) Normal para a sede, mas 6 distritos com captações paralisadas 6 (previsão de atendimento aos distritos impactados do município) N/A Baixo Guandu ES Total Ainda não impactada pela onda de lama N/A Caminhão-pipa Colatina ES Total Ainda não impactada pela onda de lama N/A 1. Caminhão-pipa água tratada e bruta (mananciais próximos com disponibilidade hídrica); 2. Adaptação da captação com poço no aluvião; 3. Rio Sta Maria do Doce, em caso de aumento da disponibilidade hídrica em função de chuvas previstas nos próximos dias Linhares ES Parcial (apenas distrito) Ainda não impactada pela onda de lama 71 N/A
52 Teleconferências diárias sobre a operação das usinas Informações sobre operação, segurança das barragens, vazões, passagem da pluma de sedimentos e qualidade da água Acompanhamento com ONS da operação das usinas hidrelétricas
53 Aporte financeiro para ações de gestão na Bacia Aditivo ao Contrato de Gestão entre ANA e Ibio AGB Doce, prevendo aporte de R$ 10.9 milhões, ainda em 2015 aprovado pela DIREC em 14/12/2015. As ações/estudos propostos servirão para orientar intervenções e investimentos de maior vulto, relacionados com os temas tratados Linhas principais de ação com os recursos repassados: GESTÃO DE RISCO: estudos para concepção de um sistema de previsão de eventos críticos na Bacia do rio Doce, contemplando a preocupação com a ocorrência de desastres. SEGURANÇA HÍDRICA: estudos de atualização do ATLAS Brasil Abastecimento Urbano de Água para a Bacia do rio Doce, visando conferir maior segurança hídrica aos sistemas de produção de água dos núcleos urbanos. MODELAGEM: elaboração de estudos modelagem hidrológica, hidráulica, hidrossedimentológica e de ruptura de barragem na bacia do rio Doce, considerando os impactos decorrentes do rompimento da barragem de rejeitos da Samarco, em Mariana/MG. PROGRAMAS DO PIRH: ampliação de programas já previstos no PIRH Doce e nos planos de ações de recursos hídricos PARHs, que contribuam para o enfrentamento dos impactos decorrentes do desastre.
54 LIÇÕES APRENDIDAS COM A CRISE HÍDRICA
55 Melhoria das previsões climáticas sistemas meteorológicos globais e regionais; Investimento em infraestruturas hídricas planejamento e redundância para demandas efetivas, sob critérios específicos; Investimento em projetos e programas de conservação de água e solo, especialmente nas bacias produtoras de água; Fortalecimento dos instrumentos de gestão que subsidiem os processos de alocação negociada de água de modo eficaz, especialmente em épocas de escassez hídrica Planos de Contingência e priorização de usos (consumo humano X consumo urbano);
56 Articulação interinstitucional e intergovernamental eficiente e constante; Articulação e envolvimento dos setores usuários resolução de conflitos; Estabelecimento de mecanismos que facilitem e agilizem a tomada de decisão em momentos de crise duplo domínio. Investimento em educação ambiental e em tecnologias de reuso; Melhorias nos sistemas de abastecimento urbano diminuir índices de perdas e ligações clandestinas; Mudanças nos padrões de consumo de água no Brasil, considerando os diversos setores usuários.
57 DESAFIOS DA GOVERNANÇA DOS RECURSOS HÍDRICOS
58 OCDE Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico Governança dos Recursos Hídricos no Brasil ) Análise do desempenho do sistema de governança multinível dos RH, em termos de coordenação estadual e federal das políticas e prioridades 2) Análise dos regimes atuais de alocação de água frente aos riscos
59 Recursos hídricos como política nacional - prioridade estratégica com benefícios econômicos, sociais e ambientais mais amplos. Fortalecer o poder, influência e efetividade dos conselhos Nacional e estaduais de RH para orientar decisões de mais alto nível. Reforçar a coordenação intersetorial para maior consistência política. Fortalecer os órgãos gestores estaduais pessoal, financiamento, acompanhamento e execução.
60 Fortalecer instituições em nível de bacia comitês e agências para engajamento de atores interessados voltados a resultados e à plena implementação dos planos de bacias hidrográficas. Incentivar a adoção de mecanismos econômicos incluindo a cobrança pelo uso da água para refletir custos de oportunidade dos usos alternativos dos RH. Promover a continuidade e a imparcialidade da política pública para uma visão de longo prazo direcionada à gestão sustentável dos recursos hídricos.
61 Promover a transparência e o compartilhamento regular de informações para criar mais confiança. Sensibilizar as partes interessadas sobre os riscos futuros e promover maior interação com os municípios em fóruns consultivos e deliberativos. Adotar uma abordagem consistente para definir o volume de recursos hídricos disponível para maximizar os benefícios, e facilitar a realocação, quando apropriado, para incentivar a eficiência hídrica.
62 Elaborar planos de recursos hídricos que orientem as decisões de alocação da água, e fazer o melhor uso de instrumentos econômicos para apoiar a sua implementação consequência regulatória e impacto orçamentário. Ampliar as oportunidades de compartilhamento de experiência entre os estados e as bacias para promover a aprendizagem através do diálogo entre pares.
63 OPORTUNIDADES: ALGUMAS INICIATIVAS DA ANA
64 Desde os primeiros meses de implementação, a ANA se pautou por oferecer à sociedade brasileira uma arquitetura institucional que respondesse às expectativas de implementação de um Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos à altura da importância do País nessa temática. Inicialmente, a estruturação da ANA foi pautada pela implementação dos instrumentos de gestão previstos na Lei das Águas e, paulatinamente, a agenda da ANA foi aumentando à medida em que surgiam desafios, criando um expressivo acervo de iniciativas que contribuíram para o enfrentamento dos problemas relacionados à gestão dos recursos hídricos.
65 PROGESTÃO Melhorar a integração da gestão dos gestão dos recursos hídricos entre os níveis estaduais e federal visando à superação de desafios comuns e à promoção do uso sustentável dos recursos hídricos no Brasil. Para tanto, são estabelecidas metas federativas e estaduais, pactuadas entre as partes, cujo alcance habilita o estado ao recebimento de recursos. Todos os estados e o Distrito Federal aderiram ao PROGESTÃO.
66 PLANO NACIONAL DE SEGURANÇA HÍDRICA - PNSH (ANA E MI) A partir de diretrizes, conceitos e critérios definidos, o PNSH selecionará e detalhará planos, projetos e obras de infraestrutura hídrica, estratégicos para o país, visando garantir oferta de água e reduzir os riscos associados a eventos críticos. garantir oferta de água para o abastecimento humano e para o uso em atividades produtivas; reduzir os riscos associados a eventos críticos (secas e inundações).
67 ABRANGÊNCIA NACIONAL COM FOCO EM ÁREAS CRÍTICAS Visão da bacia hidrográfica Nordeste Setentrional e Bacia do Parnaíba Região Sul Leste da BA e norte de MG SP/RJ Cheias Secas Usos múltiplos e regularização de vazões garantia da oferta de água e controle de cheias Intervenções de natureza estruturante com abrangência interestadual ou relevância regional Solução integrada entre propostas de intervenções e obras existentes
68 ATLAS BRASIL DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA SEGURANÇA HÍDRICA PARA ABASTECIMENTO URBANO DE TODOS OS MUNICÍPIOS DO PAÍS Avaliação dos mananciais atuais e futuros Investimentos em infraestrutura produção de água
69 ATLAS DE DESPOLUIÇÃO DE BACIAS HIDROGRÁFICAS Promover o diagnóstico das condições atuais de atendimento por coleta e tratamento de esgoto urbano das sedes municipais de todo o país e dos potenciais impactos nos corpos d água receptores Ambiental Subsidiar a análise de padrões de lançamento e vazões de referência Identificar alternativas técnicas para redução da carga proveniente dos esgotos urbanos, de forma a compatibilizar a qualidade da água dos corpos receptores com o abastecimento urbano e reservatórios para usos múltiplos Recursos financeiros Subsidiar a identificação e seleção de investimentos estratégicos (PLANSAB, PAC, etc.)
70 ABORDAGEM DIFERENCIADA POR GRUPO DE MUNICÍPIOS: GRUPO I (prestador estruturado ou sedes municipais acima de 50 mil habitantes) maior detalhe das informações para municípios/83% da população urbana GRUPO II (administração direta da prefeitura e sedes com menos de 50 mil hab.) dados secundários Não estruturado
71 MONITOR DE SECAS DO NORDESTE É uma ferramenta de suporte a decisão que permitirá definir gatilhos para disparar a uma escala macro - ações de caráter preparatório e emergencial de forma gradual, em função da severidade da seca, e com uma base de conhecimento única para a União e os Estados.
72 SEGURANÇA DE BARRAGENS Instituída pela Lei /2010, a Política Nacional de Segurança de Barragens atribui à Agência Nacional de Águas o papel de organizar, implantar e gerir o Sistema Nacional de Informações sobre Segurança de Barragens (SNISB), promover a articulação entre os órgãos fiscalizadores de barragens e coordenar a elaboração do Relatório de Segurança de Barragens.
73 SEGURANÇA DE BARRAGENS Fiscalização dos barramentos responsabilidade do órgão ao qual a atividade fim da barragem está relacionada. Quatro tipos: barragens para geração de energia fiscalizadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel); as de contenção de rejeitos minerais fiscalizadas pelo Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM); as de contenção de rejeitos industriais fiscalizadas pelo IBAMA ou pelos órgãos ambientais estaduais; e as de reservação de água para vários usos fiscalizadas pela ANA, se localizada em rio de domínio federal, ou pelos órgãos gestores estaduais de recursos hídricos, se localizada em rio de domínio estadual. Total de 44 agentes fiscalizadores
74 OUTRAS INICIATIVAS ( Modernização da Rede Hidrometeorológica Nacional; Apoio à implantação de Salas de Situação estaduais; Atlas de Vulnerabilidade a Inundações; Capacitação dos integrantes do SINGREH; Programa Nacional de Avaliação da Qualidade de Água PNQA; Estudos e diretrizes de atuação face à Mudança do Clima;
75 OUTRAS INICIATIVAS ( Programa de Despoluição de Bacias Hidrográficas PRODES; Programa Produtor de Água; Parcerias Internacionais: USACE (Controle de Cheias e Operação de Reservatórios), USGS (monitoramento hidrometeorológico, sistemas e qualidade de água), OCDE (governança), Banco Mundial (segurança de barragens); Relatório de Conjuntura dos Recursos Hídricos do Brasil.
76 Obrigada! Gisela Forattini Diretora da Agência Nacional de Águas - ANA gisela@ana.gov.br (+55) (61)
PNRH. Política Nacional de Recursos Hídricos Lei Nº 9.433/1997. II - recurso natural limitado, dotado de valor econômico;
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