Estudo de caso AT em frigorífico
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- Renato Cesário Gomes
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1 Estudo de caso AT em frigorífico Renata Wey Berti Mendes Psicóloga e Ergonomista CEREST - Piracicaba
2 O porco vem pendurado pelo pé amarrado em correntes Um operador mata o porco com uma punhalada na garganta atingindo artéria. Após esse procedimento ele empurra o porco pela talha elétrica.
3 Enquanto a talha corre pelos trilhos, o porco está morrendo e o sangue sendo jorrado. Ao final da talha, o porco deve ser direcionado para um tacho que água a 60ºC. Nesse trecho a movimentação do animal é feita por trilho, cujo deslocamento é feito manualmente - a talha não é mais elétrica - e o porco precisa ser puxado pelo operador.
4 Para isso ele utiliza um gancho de ponta afiada, ficando-o na pele do animal. Em geral, nesse momento o animal ainda não está totalmente morto ainda está se debatendo. Neste momento o operador deve esperar até que ele pare de se mexer para então jogá-lo no tacho, pois se cair ainda se mexendo espirraria água sobre os operadores que ficam trabalhando nas proximidades do tacho.
5 Sem contar o tempo de espera até o porco parar de se debater, o ciclo de movimentos de fincar e puxar dura 2 segundos. Realiza 4 movimentos de força principais, com ciclos de 2 a 15 segundos
6 A meta de produção é de 400 bois de manhã e 300 porcos à tarde. Nesse posto de trabalho específico é feito um rodízio diário de funcionários, pois este é considerado um posto que exige muito esforço físico do trabalhador. No dia do acidente era outro funcionário que estava escalado para esse posto, no entanto ele pediu ao colega que o substituísse porque ele estava com dores fortes nos ombros e não conseguiria realizar a tarefa com a força que é necessária
7 O AT ocorreu quase no final da matança dos porcos, 8h14min após o início da jornada de trabalho. No momento do acidente, faltavam apenas cinco leitoas grandes para acabar a produção do dia, que tinha sido de 300 porcos. Essas leitoas eram maiores e mais pesadas do que o restante. Ao fincar o gancho na pele do animal, o gancho não entrou na pele e voltou contra o antebraço do trabalhador cortando-o.
8 Verifica-se que o acidente ocorre durante o modo operatório habitual, onde não são constatadas mudanças significativas na situação de trabalho. Observa- se ainda que não existem barreiras de proteção para evitar a ação dos ganchos sobre partes do corpo do operador.
9 Medidas a serem Adotadas: A movimentação manual dos animais ainda com movimentos vitais, sugere a importância de instalação de sistema de talha elétrica para evitar os acidentes e o desgaste físico dos trabalhadores. Sentido que vem o porco choque
10 Caso 2 AT na matança de bovino O boi passa pelo primeiro posto onde o operador atinge a cabeça do boi com uma pistola pneumática provocando seu atordoamento ou sua morte, em seguida outro operador pendura o boi pelas patas traseiras na nória. O Boi vem pendurado na nória pela pata traseira a uma velocidade de 10m/min.
11 Caso 2 AT na matança de bovino Utiliza a faca e o fuzil para amolar a faca. Para fazer o corte das patas o operador usa a mão direita para manusear a faca. Pode acontecer de o boi chegar ao terceiro posto sem estar totalmente morto, ainda tendo espasmos, e como o corte pega o nervo principal da pata, ela se mexe dando trancos na mão do operador.
12 Caso 2 AT na matança de bovino Conclusão: O AT ocorreu devido à precariedade da ferramenta pistola pneumática para matar o boi. Ela somente provoca um atordoamento do boi não o matando imediatamente. Dessa forma, é o operador do posto de sangria quem termina de matá-lo. Com o boi ainda vivo, há o risco de os operadores desse posto e do posto anterior se acidentarem durante o manuseio da faca próxima ao corpo ainda em movimento do boi.
13 Caso 2 AT na matança de bovino Medidas a serem Adotadas: A aquisição de pistola pneumática que penetra no crânio abrindo um orifício e injetando ar dentro dele provoca a morte instantânea e diminui o risco de acidente devido a movimentação do animal ainda vivo.
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