CENTRO DE AVALIAÇÕES DO EXÉRCITO TESTANDO EQUIPAMENTOS PARA A FORÇA DO SÉCULO XXI
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- Laís Azeredo Cordeiro
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1 CENTRO DE AVALIAÇÕES DO EXÉRCITO TESTANDO EQUIPAMENTOS PARA A FORÇA DO SÉCULO XXI Fruto da reestruturação do Sistema de Ciência e Tecnologia do Exército, em 1984, o CAEx (Centro de Avaliações do Exército) criado em 1985, no Rio de Janeiro, tem como missão planejar, orientar, coordenar, controlar e executar as avaliações técnicooperacionais de Materiais de Emprego Militar (MEM) levantando as influências de seu desempenho operacional na doutrina, no pessoal e na logística, estando subordinado à Secretaria de Ciência e Tecnologia. O Estado Maior do Exército em Brasília, emite o ROB (Requisitos Operacionais Básicos) que são os itens que se desejam de determinados materiais para emprego militar, este é enviado ao CTEx (Centro Tecnológico do Exército) no Rio de Janeiro, que o transforma em RTB (Requisitos Técnicos Básicos) onde se integram itens importantes para procederem à Avaliação Técnica Operacional (AVALOP) do item a ser analisado. Em seguida, se tudo conforme, este é enviado ao CAEx para que ele proceda a avaliação operacional do referido item, que pode ser desde um a máscara contra gases até um carro de combate. Esta AVALOP é realizada com operadores, tripulações, guarnições ou unidades, sob condições semelhantes à realidade de combate, com a finalidade de verificar o desempenho operacional de um material de emprego militar, com vistas à sua utilização em campanha. Para esta fase de execução dos testes, o CAEx se vale de diferentes Organizações Militares de corpo de tropa do Exército Brasileiro levando em conta a função e a natureza do material de emprego militar a ser avaliado. Esta avaliação possui uma metodologia dividida em sete fases a saber: 1ª FASE: Análise preliminar Seu objetivo consiste em levantar as necessidades operacionais e logísticas, os custos e as ligações técnicas;
2 2ª FASE: Elaboração do CADOMEM - Caderno de desempenho operacional do material de emprego militar. Consiste no desdobramento do ROB em fatores a observar, definição dos testes operacionais a realizar, definição das condições e dos critérios para teste dos parâmetros de confiabilidade, disponibilidade e manutenibilidade, estabelecimento de condições ambientais para os testes de configuração do material de emprego militar e contatos com as organizações militares para apoio; 3º FASE: Planejamento operacional Visa planejar a avaliação operacional (AVALOP), definindo a execução de estágios e cronogramas, montagem do kit avalop, entrega do material de emprego militar e o referido kit às organizações militares de apoio, permitindo assim que o CAEx possa acompanhar e orientar a avaliação; 4ª FASE Execução de testes operacionais O objetivo é registrar os dados e informações de desempenho operacional do material de emprego militar com o apoio da organização a que ele foi destinado; 5ª FASE Análise dos resultados - Aqui se define a conformidade do material de emprego militar quanto ao emprego operacional no Exército Brasileiro; 6ª FASE Elaboração do Relatório Técnico Operacional e Resultado de Avaliação Operacional (RETOP/RAO) - Nesta etapa de elaboração são definidos a conformidade ou não do material de emprego militar aos ROB, as ressalvas, correções e aperfeiçoamentos, quando for o caso. 7ª FASE: - Homologação de RETOP/RAO Esta última etapa realiza a análise do RETOP/RAO pela Secretaria de Ciência e Tecnologia, no Rio de Janeiro, onde se dá a homologação. Mais de cem itens já foram avaliados pelo CAEx desde a sua criação, sendo que a primeira avaliação operacional realizada foi a do M-113B, modernizado pela Motopeças Transmissões e Engrenagens S/A, a qual foi concluída em agosto de Após, todos os M-113 sofreram modificações e estão em plena atividade em diversas unidades do Exército, estando em estudo no momento uma nova revitalização deles, de forma a mantê-los ainda atuante por mais um longo período.
3 Em 1995, o CAEx consolidou seu processo dinâmico de avaliação, adotando procedimentos científicos modernos, que incluem dentre outros, cálculos matemáticos que permitem avaliar requisitos de confiabilidade, disponibilidade e manutenibilidade, com o mínimo grau de incerteza possível. O objetivo da AVALIAÇÃO OPERACIONAL é verificar o desempenho operacional de um material de emprego militar, com vistas à sua utilização pelo Exército, realizada o mais próximo possível às condições semelhantes à realidade das operações militares, com operadores, tripulações, guarnições e Unidades, visando: a) Determinar o desempenho operacional de sistemas; b) Desenvolver métodos de processos para o emprego ótimo de novos sistemas ou para estabelecer novos usos de sistemas antigos; c) Definir características, capacitações e limitações de um sistema novo, visando melhor integrá-lo às estruturas organizacional e logística; d) Finalmente obter subsídios para o desenvolvimento de novos sistemas. Estas avaliações incluem também a de PROTÓTIPOS, cujo objetivo é verificar em que medida ele responde às exigências operacionais pré-fixadas nos Requisitos Operacionais Básicos. Também se avalia LOTE-PILOTO para verificar se as características operacionais comprovadas no protótipo foram adequadamente reproduzidas nos exemplares de material de emprego militar obtidos por processo industrial. Os requisitos operacionais básicos na avaliação tem como meta verificar se o material de emprego militar atende adequadamente ao conjunto de requisitos elaborados com base em condicionantes doutrinárias e operacionais, que deve possuir o referido material, a fim de satisfazer as exigências do emprego em operações militares.
4 Estes requisitos operacionais básicos são constituídos de VALORES ABSOLUTOS, DESEJÁVEIS e COMPLEMENTARES. Seu material humano é composto de oficiais de armas (Cavalaria, Artilharia e Engenharia) e quadro diversos (QEMA, QEM, QSG e QCO), com formação nas áreas de Engenharia em Informática, Mecânica de Automóveis, Eletrônica, Fortificações e Construção, Cartografia e praças e servidores civis, sendo uma OM (Organização Militar) altamente especializada. Cel. Art. ABNER Diretor Internino do CAEx - Equipe CAEx Da esquerda para a direita: Cap.QCO/ Informática NÓBREGA (Chefe Sub-seção informática), Major QEM/Mecânico e de Automóveis DIAS, Cap. QEM/Mecânico e de Automóveis MEYER, Cap. Cav. ROMAGUERA, Cel. QEM/Eletrônica GONÇALVES, (todos Seção de Avaliação) e Ten.Cel QEM/Fortificação e Construção CARLOS ALVES (Chefe da Seção Apoio). O Chefe da Seção de Avaliação) é o Cel. QEM/Cartografia TALLES que não está na foto. Motoristas de testes do AVALOP no CAEx. Da esquerda para a direita Cabos DO NASCIMNTO (1º Esq.Cav.Paraquedista), DAMIÃO (REsc), AMORIM, PONTES (15º R.C.Mec) e WASHINGTON (CIBld). No momento o CAEx está avaliando vinte e um novos itens e destes, seis são veículos militares como os Jeeps TROLLER M-4, MARRUÁ (ver artigo e CROSSLANDER CL-
5 244, a VTL (Viatura Tática Leve) SAICÃ (ver artigo a VBL (Viatura Blindada Leve) GUARÁ (ver artigo e o veículo blindado 4x4 RG-32M de origem sul-africana, hoje produzido pela Alvis inglesa. Marruá, Troller M-4 e Crosslander CL-244 em testes. Alvis RG-32M chegando para testes. VTL Saicã pronta para os testes. AV-VBL Guará em testes. Mas, o mais importante de tudo isto, é que desta forma está sendo montado um excelente banco de dados sobre os mais variados itens de emprego militar, que podem nos ajudar em muito no futuro, servindo de base e experiência que nos possibilitem desenvolver, modificar e comparar uma arma, um veículo, um sistemas de comunicações, etc., além de permitir a este grupo e a algumas unidades o contato com tecnologias bem mais avançadas e modernas, de difícil acesso se não através destas avaliações práticas em situações extremas que possibilitam um aprendizado inigualável. Na seqüência fotográfica alguns dos mais de 100 itens já avaliados ou em avaliação pelo CAEx de 1985 até novembro de 2003:
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