VI Seminário de Pós-Graduação em Filosofia da UFSCar 20 a 24 de setembro de 2010 Frege contra os formalistas: infinito atual x infinito potencial

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "VI Seminário de Pós-Graduação em Filosofia da UFSCar 20 a 24 de setembro de 2010 Frege contra os formalistas: infinito atual x infinito potencial"

Transcrição

1 Frege contra os formalistas: infinito atual x infinito potencial Anderson Luis Nakano UFSCar/Mestrado Resumo: Na obra Grundgesetze der Arithmetik, Frege critica a tentativa dos formalistas de fundar uma aritmética segundo a qual o número é o próprio signo numérico e as leis da aritmética são tão-somente regras para manipulação destes signos. Uma parte da crítica envolve a noção de sequências infinitas, imprescindíveis para construir os números reais a partir de sequências de Cauchy. Neste contexto, o objetivo deste trabalho é apresentar este comentário crítico de Frege no que tange à tentativa dos formalistas de construção de sequências infinitas baseada em séries formais, isto é, séries que apelam para o conceito de infinito potencial, utilizando-se de uma regra para a construção de novos termos da série. Palavras Chave: formalismo, sequências infinitas, análise real, infinito atual e potencial. Introdução A parte III dos Grundgesetze der Arithmetik (Gg) de Frege é destinado à construção dos números reais utilizando-se do aparato lógico desenvolvido, em sua maioria, na primeira parte do livro. Ela é dividida em duas Seções: a primeira (parágrafos 55 a 164) é correspondente ao que chamaríamos hoje de revisão bibliográfica das teorias anteriores, sendo que no final dela já temos os elementos para pensar como Frege desenvolve, na Seção seguinte (parágrafos 165 em diante), sua própria teoria formal dos números reais. Nos parágrafos 89 a 136, que correspondem à subseção (c) da primeira Seção, Frege oferece uma análise minuciosa da posição formalista a respeito da matemática em geral, segundo a qual os signos tangíveis dos quais a aritmética se utiliza para expressar as suas proposições (operadores, números, variáveis, et cetera) não são signos de nada, isto é, não possuem referência, mas são tão-somente objetos de manuseio. Os signos da aritmética, segundo os formalistas J. Thomae e E. Heine, não são apenas ferramentas de pesquisa dos números e operações da aritmética, mas são os próprios objetos dos quais a aritmética trata. Nesse sentido, a aritmética, pelo menos no que tange a sua parte pura, isto é, não aplicada, consiste apenas na introdução de certas figuras tangíveis e nas regras para a 140 Pode-se considerar esta primeira Seção da terceira parte dos Gg como algo semelhante mutatis mutandis à crítica das teorias de construção dos números naturais feita na obra Grundlagen der Arithmetik, só que agora tomando em consideração as diversas teses que Frege pinçou na literatura sobre a fundação dos números reais. ISSN PPG-Fil - UFSCar

2 manipulação destas figuras. Do ponto de vista formal, portanto, a aritmética não difere em nada de um jogo como o xadrez. É claro que a aritmética visa ser uma ferramenta para as ciências naturais, mas este contraste aparece apenas no momento de sua aplicação. Quando nos detemos nos limites formais da aritmética, não precisamos justificar nenhuma construção; apenas estipulamos certas figuras e regras para a manipulação delas e utilizamos estas regras para gerar novas configurações de figuras. De acordo com Frege (1903, p. 99, tradução nossa): (...) este contraste somente aparece quando a aplicação da aritmética está em questão, isto é, quando deixamos os domínios da aritmética formal. Se nos mantivermos dentro de seus limites, suas regras parecem ser tão arbitrárias quanto às do xadrez. Esta aplicabilidade não pode ser um acidente mas na aritmética formal nós nos abstemos da necessidade de explicar a preferência por uma regra ao invés de outra. Portanto, a diferença entre a aritmética e o xadrez reside fora dos domínios da aritmética, e não é tarefa do matemático prover os fundamentos, baseado na aplicação da aritmética, das escolhas das regras dentro do jogo. Além de se isentar da explicação sobre as regras escolhidas, a posição formalista tem mais um atrativo: a existência dos números é evidente, já que eles são certos signos tangíveis que obedecem a certas regras. No parágrafo 87, Frege (1903, p. 97, tradução nossa) cita a seguinte passagem de Heine: Eu me coloco na definição do ponto de vista puramente formal, na qual eu denomino número certos signos tangíveis, de modo que a existência de tais números está fora de questão. Já Thomae desqualifica a própria pergunta O que é o número?, defendendo que o que importa para a aritmética não é o significado do número, mas o seu comportamento dentro do jogo regido por regras do cálculo. Frege considera de pouca importância esta diferença entre as teorias de Heine e Thomae, o que realmente importa para Frege é que a aritmética formalista se ocupa dos signos eles próprios, e não da possível referência de tais signos. Ocupando-se apenas dos signos aritméticos, os formalistas procuram afastar a aritmética de tudo que lhe é alheio, como, e. g., da física e da geometria, procurando fundamentar a aritmética apenas na lógica. Assim, o objetivo dos formalistas coincide com o de Frege, exceto que, para Frege, a lógica possui conteúdo, isto é, as proposições da lógica expressam um pensamento verdadeiro, enquanto que, para os formalistas, a ISSN PPG-Fil - UFSCar

3 lógica não se preocupa com o conteúdo, mas apenas com o aspecto formal de uma composição de signos. Depois de apresentar as teorias formalistas, Frege vai atacá-las em três frentes: i) nos parágrafos 89-92, Frege objeta que os formalistas não explicam a aplicabilidade da aritmética; ii) nos parágrafos Frege acusará os formalistas de confundirem uma teoria formal (jogo) com sua metateoria (teoria do jogo); iii) finalmente, nos parágrafos Frege explicitará os motivos pelos quais a teoria formalista não pode dar conta de sequências infinitas, necessárias para a fundação dos números reais por meio de sequências de Cauchy. Nesse contexto, nos focaremos, neste trabalho, na terceira das críticas de Frege, expondo a critica de Frege da noção de infinito potencial presente no seio das tentativas formalistas de fundação dos números reais. Apresentação da crítica de Frege: infinito atual x infinito potencial Os números reais são construídos pelos formalistas do mesmo modo que por Cantor: utilizando sequências infinitas que obedecem o critério de convergência de Cauchy. Os termos destas sequências infinitas são números racionais, e a existência de tais números é garantido pelos formalistas pelo fato deles serem signos tangíveis. Mas, como bem observa Frege, eu precisaria de infinitas figuras para garantir a existência da sequência infinita. Deste modo, para garantir a existência atual de tais sequências, eu teria que utilizar uma lousa infinita, uma quantidade de giz infinito e um tempo igualmente infinito. As sequências infinitas são figuras numéricas delimitadas, de acordo com Heine, por colchetes. Assim, a sequência que consiste nos termos 1, 1, 2, 3, 5, 8 e 13 é simplesmente a figura [1, 1, 2, 3, 5, 8, 13]. No caso finito, não há muitos problemas em explicitar a sequência (principalmente quando o número de termos não é muito grande), mas no caso infinito isto é absolutamente impossível. Assim, antes de mais nada, como diz Frege, Heine deve nos ensinar a arte de colocar infinitas figuras entre colchetes. Heine também não pode apelar para figuras do tipo..., etc., pois quais seriam, no vocabulário formalista, as regras para a manipulação destas figuras? Elas poderiam dizer que eu posso adicionar figuras à sequência de acordo com uma prescrição. Mas uma figura possível não é uma figura, eu já não poderia mais apelar para seu aspecto tangível para garantir sua existência. Portanto, não há meios de ISSN PPG-Fil - UFSCar

4 simbolizar a infinitude das figuras, pois isto estaria aniquilando o próprio formalismo, cujo objetivo filosófico é dispensar toda a tralha metafísica e trabalhar apenas com figuras tangíveis. Ao aceitar que há certos objetos possíveis, mas não atuais, eu estaria reintroduzindo a distinção entre objetos físicos e objetos abstratos, isto é, eu estaria desistindo da posição formalista como originalmente concebida por Heine. Para esclarecer o assunto, Frege utiliza a analogia de uma sequência de casas. E a analogia é interessante, pois ela livra-nos da ilusão de que, na aritmética formalista estaríamos trabalhando com signos. Um número, segundo a posição formalista, é um objeto tangível assim como uma casa e não tem referência nenhuma: não é signo de nada, ou pelo menos se ele é signo de algo, isto é totalmente irrelevante para a aritmética, assim como é totalmente irrelevante para o xadrez o fato de eu utilizar bispos e cavalos ao invés de atiradores de elite e tanques blindados. A analogia procura definir uma série infinita (série formal) de casas por meio da noção de possibilidade ou de infinito potencial. Segundo Frege (1903, p. 129, tradução nossa), poderíamos construir a seguinte definição: uma série de casas é dita ser infinita se nenhuma casa é a última, de modo que, de acordo com uma dada prescrição, sempre pode-se construir novas e novas casas. Ora, tal definição não fará de uma série de casas finitas (um quarteirão, por exemplo), com o acréscimo de uma regra de construção (uma prescrição) de mais casas, uma série de casas infinitas. Portanto, o uso de séries formais, isto é, séries que apelam para o conceito de infinito potencial, utilizando-se de uma regra para a construção de novos termos da série, não é de grande utilidade para o sucesso do empreendimento formalista, que exige que o número seja algo atualmente tangível (e não apenas potencialmente tangível, isto é, tangível caso eu o construa). Além disso, se interpretarmos ao pé da letra a palavra sempre da nossa definição, nunca poderíamos fornecer uma regra para a construção de novos e novos termos, pois uma hora os recursos materiais inevitavelmente acabariam. O mesmo ocorre no caso das sequências infinitas que são necessárias para a fundação da análise real: eu não consigo obter uma regra de construção dos termos, pois em um certo momento a quantidade de giz acabaria, ou o espaço da lousa acabaria, entre outras coisas. Deste modo, uma sequência infinita, se o ponto de vista dos formalistas é levado às suas últimas consequências, tem a peculiar propriedade de ser constituída por três tipos de figuras diferentes: 141 Se isso acontecesse seria muito simples acabar com o problema dos sem-teto. ISSN PPG-Fil - UFSCar

5 figuras que já foram construídas; figuras que ainda não foram construídas, mas que podem ser construídas; figuras que ainda não foram construídas, e nem podem ser construídas. Os dois últimos tipos de figuras não são figuras tangíveis nem capazes de manipulação (não posso manipular um signo que ainda não foi escrito): não são, portanto, figuras. Ainda que pudéssemos, ex hipothesis, escrever todas as figuras possíveis de acordo com uma regra, ainda sim só poderíamos concluir algo delas após tê-las escrito. Falar sobre as propriedades de um objeto que ainda não existe e nem sabemos se virá a existir é transformar a ciência em fábulas. Nas palavras de Frege (1903, p. 130, tradução nossa): (...) não poderíamos falar do -ésimo termo da sequência S adicionando 'caso ele venha a existir'? Sim, assim como do velho homem que mora na latitude de cem graus para o norte, caso ele exista. Pode-se produzir fábulas interessantíssimas sobre ele, mas elas não pertenceriam à ciência. Dado que um condicional é sempre verdadeiro se o antecedente nunca é realizado, pode-se afirmar qualquer coisa como consequente. Do mesmo modo que poderíamos afirmar Se o enésimo termo desta série fosse escrito, ele teria tais e tais propriedades, poder-se-ia afirmar, com o mesmo direito, Se Aristóteles fosse pai de Platão, então 2+2=5. Deste modo, se os números são, de acordo com os formalistas, figuras tangíveis, e se necessitamos de infinitas figuras para construir os números reais, então só podemos ter certeza das propriedades de um número real particular após ter construídos todos os membros da série que constitui aquele número. Caso contrário, nunca teríamos certeza se as suas propriedades realmente são válidas. Conclusão A aritmética formalista falha na sua tentativa de fornecer uma explicação plausível para sequências infinitas, fundamentais para construir os números reais a partir de sequências de Cauchy. Isto é inevitável, já que as sequências infinitas possuem ISSN PPG-Fil - UFSCar

6 infinitos termos, enquanto que a aritmética formalista só dispõe de um número finito de figuras à sua disposição. Frege acusa os matemáticos formalistas de utilizarem estas teses apenas quando ameaçados por alguma pergunta metafísica ou epistemológica, do tipo: O que é o número, A matemática trabalha com objetos abstratos? ou Como os objetos abstratos da matemática podem ser aplicados ao mundo concreto? Afastadas tais questões, os formalistas acabam pressupondo a matemática significativa (inhaltliche), já que ela é essencial para trabalhar com coleções infinitas. É claro que uma versão mais sofisticada de formalismo poderia recusar que os números são objetos tangíveis, e afirmar que a matemática trabalha com signos para objetos abstratos criados pela mente humana e que obedecem regras arbitrariamente escolhidas. O conceito obscuro de existência seria substituído, como quis Hilbert, pelo conceito logicamente claro de não contradição. Os ataques de Frege e também de Russell contra este outro tipo de formalismo ( postulacionismo ) são outros, porém este assunto está fora do escopo do presente trabalho. Referências bibliográficas FREGE, Gottlob. Grundgesetze der Arithmetik. Primeira edição. Jena: Verlag Hermann Pohle, Band I (1893); Band II (1903). RUSSELL, Bertrand. Introduction to Mathematical Philosophy. Primeira edição. London: George Allen & Unwin, Vale a pena lembrar a célebre frase de Russell (1919, p. 71) contra este tipo de formalismo: The method of 'postulating' what we want has many advantages; they are the same as the advantages of theft over honest toil. ISSN PPG-Fil - UFSCar

Lógica e Raciocínio. Introdução. Universidade da Madeira.

Lógica e Raciocínio. Introdução. Universidade da Madeira. Lógica e Raciocínio Universidade da Madeira http://dme.uma.pt/edu/ler/ Introdução 1 Lógica... é a ciência que estuda os princípios e aproximações para estabelecer a validez da inferência e demonstração:

Leia mais

4.3 A solução de problemas segundo Pozo

4.3 A solução de problemas segundo Pozo 39 4.3 A solução de problemas segundo Pozo Na década de noventa, a publicação organizada por Pozo [19] nos dá uma visão mais atual da resolução de problemas. A obra sai um pouco do universo Matemático

Leia mais

Obviamente não poderíamos ter um número negativo de livros. Também não poderíamos imaginar alguém falando: Tenho 3,4231 livros na minha estante.

Obviamente não poderíamos ter um número negativo de livros. Também não poderíamos imaginar alguém falando: Tenho 3,4231 livros na minha estante. Conjunto dos Números Naturais A noção de um número natural surge com a pura contagem de objetos. Ao contar, por exemplo, os livros de uma estante, temos como resultado um número do tipo: N = {0,1,2,3 }

Leia mais

O que é a Teoria em Ciência da Computação. Introdução à Ciência da Computação Mário S. Alvim

O que é a Teoria em Ciência da Computação. Introdução à Ciência da Computação Mário S. Alvim O que é a Teoria em Ciência da Computação Introdução à Ciência da Computação Mário S. Alvim 2018-10-05 1 O que é computação? Algumas tentativas de definir o que é computação : É o ato de raciocinar seguindo

Leia mais

Os Teoremas da Incompletude de Gödel Uma Introdução Informal

Os Teoremas da Incompletude de Gödel Uma Introdução Informal Os Teoremas da Incompletude de Gödel Uma Introdução Informal Daniel Durante Pereira Alves Os Teoremas de Gödel Qualquer formalização da aritmética de primeira ordem (de Peano - AP) através de qualquer

Leia mais

XII Encontro Gaúcho de Educação Matemática Inovar a prática valorizando o Professor Porto Alegre, RS 10 a 12 de setembro de 2015

XII Encontro Gaúcho de Educação Matemática Inovar a prática valorizando o Professor Porto Alegre, RS 10 a 12 de setembro de 2015 Inovar a prática valorizando o Professor REPRESENTAÇÕES SEMIÓTICAS E O CONCEITO DE NÚMEROS REAIS Janice Rachelli Universidade Federal de Santa Maria - UFSM Centro Universitário Franciscano - UNIFRA janicerachelli@gmail.com

Leia mais

Lógica Computacional. Métodos de Inferência. Passos de Inferência. Raciocínio por Casos. Raciocínio por Absurdo. 1 Outubro 2015 Lógica Computacional 1

Lógica Computacional. Métodos de Inferência. Passos de Inferência. Raciocínio por Casos. Raciocínio por Absurdo. 1 Outubro 2015 Lógica Computacional 1 Lógica Computacional Métodos de Inferência Passos de Inferência Raciocínio por Casos Raciocínio por Absurdo 1 Outubro 2015 Lógica Computacional 1 Inferência e Passos de Inferência - A partir de um conjunto

Leia mais

INE Programação Funcional - Transparência Resolução de alguns problemas de redução:

INE Programação Funcional - Transparência Resolução de alguns problemas de redução: INE 5363 - Programação Funcional - Transparência 47 2.4.4. Resolução de alguns problemas de redução: 1. Redução direta: (λx.x(xy))n-> N(Ny) aqui N é substituído nos dois x, pois x está livre na subespressão

Leia mais

Concurso Público Conteúdo

Concurso Público Conteúdo Concurso Público 2016 Conteúdo 1ª parte Números inteiros e racionais: operações (adição, subtração, multiplicação, divisão, potenciação); expressões numéricas; múltiplos e divisores de números naturais;

Leia mais

Lógica e Computação. Uma Perspectiva Histórica

Lógica e Computação. Uma Perspectiva Histórica Lógica e Computação Uma Perspectiva Histórica Alfio Martini Facin - PUCRS A Lógica na Cultura Helênica A Lógica foi considerada na cultura clássica e medieval como um instrumento indispensável ao pensamento

Leia mais

Expandindo o Vocabulário. Tópicos Adicionais. Autor: Prof. Francisco Bruno Holanda Revisor: Prof. Antônio Caminha Muniz Neto. 12 de junho de 2019

Expandindo o Vocabulário. Tópicos Adicionais. Autor: Prof. Francisco Bruno Holanda Revisor: Prof. Antônio Caminha Muniz Neto. 12 de junho de 2019 Material Teórico - Módulo de INTRODUÇÃO À LÓGICA MATEMÁTICA Expandindo o Vocabulário Tópicos Adicionais Autor: Prof. Francisco Bruno Holanda Revisor: Prof. Antônio Caminha Muniz Neto 12 de junho de 2019

Leia mais

Lógica Proposicional Parte 2

Lógica Proposicional Parte 2 Lógica Proposicional Parte 2 Como vimos na aula passada, podemos usar os operadores lógicos para combinar afirmações criando, assim, novas afirmações. Com o que vimos, já podemos combinar afirmações conhecidas

Leia mais

CAPÍTULO 4 - OPERADORES E EXPRESSÕES

CAPÍTULO 4 - OPERADORES E EXPRESSÕES CAPÍTULO 4 - OPERADORES E EXPRESSÕES 4.1 - OPERADORES ARITMÉTICOS Os operadores aritméticos nos permitem fazer as operações matemáticas básicas, usadas no cálculo de expressões aritméticas. A notação usada

Leia mais

CONCEITOS DE ALGORITMOS

CONCEITOS DE ALGORITMOS CONCEITOS DE ALGORITMOS Fundamentos da Programação de Computadores - 3ª Ed. 2012 Editora Prentice Hall ISBN 9788564574168 Ana Fernanda Gomes Ascênsio Edilene Aparecida Veneruchi de Campos Algoritmos são

Leia mais

Veja exemplos de sequências finitas e infinitas: Sequência finita: (5, 7, 9, 11, 13, 15, 17, 19) Sequência infinita (3, 5, 7, 11, 13, 17,...

Veja exemplos de sequências finitas e infinitas: Sequência finita: (5, 7, 9, 11, 13, 15, 17, 19) Sequência infinita (3, 5, 7, 11, 13, 17,... SEQUÊNCIAS NUMÉRICAS Sequência numérica é uma sequência ou sucessão que tem como contradomínio (conjunto de chegada) o conjunto dos números reais. As sequências numéricas podem ser finitas, quando é possível

Leia mais

Conceitos e Princípios Gerais

Conceitos e Princípios Gerais Conceitos e Princípios Gerais Conceitos e Princípios Gerais Fases na resolução de problemas físicos Resolução do Modelo Matemático Conceitos Básicos de Cálculo Numérico Erros em Processos Numéricos Fases

Leia mais

Unidade III ESTATÍSTICA. Prof. Fernando Rodrigues

Unidade III ESTATÍSTICA. Prof. Fernando Rodrigues Unidade III ESTATÍSTICA Prof. Fernando Rodrigues Medidas de dispersão Estudamos na unidade anterior as medidas de tendência central, que fornecem importantes informações sobre uma sequência numérica. Entretanto,

Leia mais

LÓGICA, MATEMÁTICA E INFERÊNCIA NO TRACTATUS

LÓGICA, MATEMÁTICA E INFERÊNCIA NO TRACTATUS 14 LÓGICA, MATEMÁTICA E INFERÊNCIA NO TRACTATUS Anderson Luis Nakano 1 O Tractatus Logico-Philosophicus 2 é uma obra sobre a fundamentação da lógica. Em geral, a tarefa filosófica de fundamentação de uma

Leia mais

FILOSOFIA - ENADE 2005 PADRÃO DE RESPOSTAS QUESTÕES DISCURSIVAS

FILOSOFIA - ENADE 2005 PADRÃO DE RESPOSTAS QUESTÕES DISCURSIVAS FILOSOFIA - ENADE 2005 PADRÃO DE RESPOSTAS QUESTÕES DISCURSIVAS QUESTÃO - 36 Esperava-se que o estudante estabelecesse a distinção entre verdade e validade e descrevesse suas respectivas aplicações. Item

Leia mais

As subordinações das causas em Aristóteles

As subordinações das causas em Aristóteles Em curso, v. 4, 2017, ISSN 2359-5841 http://dx.doi.org/10.4322/2359-5841.20170403 ARTIGO As subordinações das causas em Aristóteles The subordination of causes in Aristotle Thayrine Vilas Boas Graduação

Leia mais

Estrutura de um Algoritmo, Variáveis, Comandos de Entrada e Saída e Expressões Aritméticas

Estrutura de um Algoritmo, Variáveis, Comandos de Entrada e Saída e Expressões Aritméticas Estrutura de um Algoritmo, Variáveis, Comandos de Entrada e Saída e Expressões Aritméticas Estrutura de um Programa em Linguagem Algorítmica Nesse curso nós vamos utilizar a linguagem algorítmica para

Leia mais

Paradigmas de Programação

Paradigmas de Programação Paradigmas de Programação Sintaxe e semântica Aula 4 Prof.: Edilberto M. Silva http://www.edilms.eti.br Prof. Edilberto Silva / edilms.eti.br Sintaxe A sintaxe de uma linguagem de programação é a forma

Leia mais

A ilusão transcendental da Crítica da razão pura e os princípios P1 e P2: uma contraposição de interpretações

A ilusão transcendental da Crítica da razão pura e os princípios P1 e P2: uma contraposição de interpretações A ilusão transcendental da Crítica da razão pura e os princípios P1 e P2: uma contraposição de interpretações Marcio Tadeu Girotti * RESUMO Nosso objetivo consiste em apresentar a interpretação de Michelle

Leia mais

LÓGICA I. André Pontes

LÓGICA I. André Pontes LÓGICA I André Pontes 1. Conceitos fundamentais O que é a Lógica? A LÓGICA ENQUANTO DISCIPLINA Estudo das leis de preservação da verdade. [Frege; O Pensamento] Estudo das formas válidas de argumentos.

Leia mais

Teoremas de Incompletude de Gödel e os Fundamentos da Matemática

Teoremas de Incompletude de Gödel e os Fundamentos da Matemática Teoremas de Incompletude de Gödel e os Fundamentos da Matemática Rogério Augusto dos Santos Fajardo MAT554 - Panorama de Matemática 6 e 8 de agosto de 2018 Lógica e Teoria dos Conjuntos servem como: Lógica

Leia mais

Calculo - Aula 1. Artur Soares

Calculo - Aula 1. Artur Soares Calculo - Aula 1 Artur Soares Irei resumir este curso em uma palavra: Praticidade. Iremos abordar tal assunto de forma que o aluno saia deste curso sabendo aplicar cálculo a uma questão e entender o que

Leia mais

Duas teorias realistas para a interpretação da semântica dos mundos possíveis

Duas teorias realistas para a interpretação da semântica dos mundos possíveis 77 Duas teorias realistas para a interpretação da semântica dos mundos possíveis Renato Mendes Rocha 1 mendesrocha@gmail.com Resumo: O discurso a respeito dos Mundos Possíveis pode ser uma ferramenta bastante

Leia mais

Cálculo Diferencial e Integral III

Cálculo Diferencial e Integral III Cálculo Diferencial e Integral III Profª Ma. Polyanna Possani da Costa Petry Sequências e Séries Breve contextualização Para x R, podemos em geral, obter sen x, e x, ln x, arctg x e valores de outras funções

Leia mais

fragmentos dos diálogos categorias e obras da exortativas interpretação aristóteles introdução, tradução e notas ricardo santos tradução ( universidad

fragmentos dos diálogos categorias e obras da exortativas interpretação aristóteles introdução, tradução e notas ricardo santos tradução ( universidad fragmentos dos diálogos categorias e obras da exortativas interpretação aristóteles introdução, tradução e notas ricardo santos tradução ( universidade e textos introdutórios de lisboa) antónio de castro

Leia mais

A LINGUAGEM DO DISCURSO MATEMÁTICO E SUA LÓGICA

A LINGUAGEM DO DISCURSO MATEMÁTICO E SUA LÓGICA MAT1513 - Laboratório de Matemática - Diurno Professor David Pires Dias - 2017 Texto sobre Lógica (de autoria da Professora Iole de Freitas Druck) A LINGUAGEM DO DISCURSO MATEMÁTICO E SUA LÓGICA Iniciemos

Leia mais

Produtos de potências racionais. números primos.

Produtos de potências racionais. números primos. MATEMÁTICA UNIVERSITÁRIA n o 4 Dezembro/2006 pp. 23 3 Produtos de potências racionais de números primos Mário B. Matos e Mário C. Matos INTRODUÇÃO Um dos conceitos mais simples é o de número natural e

Leia mais

Seja S = {2, 5, 17, 27}. Quais da sentenças a seguir são verdadeiras? 3. Quantos conjuntos diferentes são descritos abaixo? Quais são eles?

Seja S = {2, 5, 17, 27}. Quais da sentenças a seguir são verdadeiras? 3. Quantos conjuntos diferentes são descritos abaixo? Quais são eles? Seção 3.1 Conjuntos 113 Existem identidades básicas (em pares duais) e elas podem ser usadas para provarem identidades de conjuntos; uma vez que uma identidade seja provada desta maneira, sua dual também

Leia mais

Inteligência Artificial. Aula 2

Inteligência Artificial. Aula 2 Inteligência Artificial Aula 2 Retomada da aula passada O que é Inteligência Artificial Inteligência Artificial é o estudo de como fazer os computadores realizarem coisas que, no momento, as pessoas fazem

Leia mais

5 Processo de Reificação e de Desenvolvimento com ACCA

5 Processo de Reificação e de Desenvolvimento com ACCA Uma Arquitetura para a Coordenação e a Composição de Artefatos de Software 53 5 Processo de Reificação e de Desenvolvimento com ACCA Resumo Este capítulo visa esclarecer e descrever atividades existentes

Leia mais

Equações de Dyson-Schwinger e identidades de Ward

Equações de Dyson-Schwinger e identidades de Ward Teoria Quântica de Campos I 168 Que, em diagramas fica: consigo gerar qualquer diagrama em árvore, mas nunca um loop Isso quer dizer que os diagramas em nível árvore são clássicos (no sentido mais geral

Leia mais

Livro didático do 8º ano: conversões, tratamentos e equações

Livro didático do 8º ano: conversões, tratamentos e equações Livro didático do 8º ano: conversões, tratamentos e equações Wagner Rodrigues Costa Universidade Federal de Pernambuco Brasil profwagnercosta@gmail.com Resumo O presente trabalho se propõe a investigar

Leia mais

O Infinito. Thiago de Paiva Campos

O Infinito. Thiago de Paiva Campos O Infinito Thiago de Paiva Campos É atribuído a Cantor: O infinito sempre surge em três contextos: primeiro quando ele se apresenta em sua forma mais completa, em uma entidade sobrenatural completamente

Leia mais

7 AULA. Teoria de Cantor e Teoria de Zermelo -Fraenkel LIVRO

7 AULA. Teoria de Cantor e Teoria de Zermelo -Fraenkel LIVRO 1 LIVRO Teoria de Cantor e Teoria de Zermelo -Fraenkel META: Apresentar conjuntos segundo a ótica da teoria de Georg Cantor e da teoria de Zermelo-Fraenkel. OBJETIVOS: Ao fim da aula os alunos deverão

Leia mais

Versão integral disponível em digitalis.uc.pt

Versão integral disponível em digitalis.uc.pt TEODORICO DE FREIBERG TRATADO SOBRE A ORIGEM DAS COISAS CATEGORIAIS LUÍS M. AUGUSTO * Introdução 1 3. Introdução Analítica às Diferentes Partes do Tratado 3.6. Capítulo 5 Após as longas digressões metafísicas

Leia mais

Diagnóstico PPA (Perfil e Potencial de Aprendizagem): como ler e interpretar o relatório do(a) seu(sua) filho(a)

Diagnóstico PPA (Perfil e Potencial de Aprendizagem): como ler e interpretar o relatório do(a) seu(sua) filho(a) Diagnóstico PPA (Perfil e Potencial de Aprendizagem): como ler e interpretar o relatório do(a) seu(sua) filho(a) Como parte integrante das ferramentas de gestão pedagógica disponibilizadas pelo sistema

Leia mais

Tec. Prog. Internet II ADVANCEPG Prof. Andrea Garcia

Tec. Prog. Internet II ADVANCEPG Prof. Andrea Garcia Laços de Repetição for, as estruturas de controle alinhadas, o break e o continue no PHP Vamos continuar com o mesmo problema para quem não se lembra: Bart Simpson ficou novamente na detenção no final

Leia mais

Sobre a noção de número real

Sobre a noção de número real Sobre a noção de número real Um devaneio (meta)matemático Sílvia Cavadas Orientado por Eduardo Rêgo Seminário Diagonal 30/05/13 Uma pergunta (quase) inevitável... f ( x) N Qual o significado do que andamos

Leia mais

A DEFINIÇÃO AXIOMÁTICA DO CONJUNTO DOS NÚMEROS NATURAIS.

A DEFINIÇÃO AXIOMÁTICA DO CONJUNTO DOS NÚMEROS NATURAIS. A DEFINIÇÃO AXIOMÁTICA DO CONJUNTO DOS NÚMEROS NATURAIS. SANDRO MARCOS GUZZO RESUMO. A construção dos conjuntos numéricos é um assunto clássico na matemática, bem como o estudo das propriedades das operações

Leia mais

26. (Analista Judiciário TRF 3ª Região 2016/FCC) Considere verdadeiras as afirmações abaixo.

26. (Analista Judiciário TRF 3ª Região 2016/FCC) Considere verdadeiras as afirmações abaixo. 26. (Analista Judiciário TRF 3ª Região 2016/FCC) Considere verdadeiras as afirmações abaixo. Ou Bruno é médico, ou Carlos não é engenheiro. Se Durval é administrador, então Eliane não é secretária. Se

Leia mais

INE5403 FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA DISCRETA

INE5403 FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA DISCRETA INE5403 FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA DISCRETA PARA A COMPUTAÇÃO PROF. DANIEL S. FREITAS UFSC - CTC - INE Prof. Daniel S. Freitas - UFSC/CTC/INE/2007 p.1/26 3 - INDUÇÃO E RECURSÃO 3.1) Indução Matemática 3.2)

Leia mais

A REVOLUÇÃO CARTESIANA. Apresentação baseada principalmente em Friedrick Copleston: History of Philosophy, vol. IV.

A REVOLUÇÃO CARTESIANA. Apresentação baseada principalmente em Friedrick Copleston: History of Philosophy, vol. IV. A REVOLUÇÃO CARTESIANA Apresentação baseada principalmente em Friedrick Copleston: History of Philosophy, vol. IV. Descartes (1596-1650) foi educado por jesuítas. Ele iniciou a filosofia moderna com um

Leia mais

Lecionação da Filosofia da Religião a partir da Lógica, Metafísica e Epistemologia

Lecionação da Filosofia da Religião a partir da Lógica, Metafísica e Epistemologia Lecionação da Filosofia da Religião a partir da Lógica, Metafísica e Epistemologia Domingos Faria Colégio Pedro Arrupe v180713 Domingos Faria Colégio Pedro Arrupe 1/23 Plano 1 Introdução 2 Problema de

Leia mais

O caráter não-ontológico do eu na Crítica da Razão Pura

O caráter não-ontológico do eu na Crítica da Razão Pura O caráter não-ontológico do eu na Crítica da Razão Pura Adriano Bueno Kurle 1 1.Introdução A questão a tratar aqui é a do conceito de eu na filosofia teórica de Kant, mais especificamente na Crítica da

Leia mais

CONSIDERAÇÕES ACERCA DO DISCURSO COTIDIANO NO PENSAMENTO DE MARTIN HEIDEGGER

CONSIDERAÇÕES ACERCA DO DISCURSO COTIDIANO NO PENSAMENTO DE MARTIN HEIDEGGER CONSIDERAÇÕES ACERCA DO DISCURSO COTIDIANO NO PENSAMENTO DE MARTIN HEIDEGGER Marcos Paulo A. de Jesus Bolsista PET - Filosofia / UFSJ (MEC/SESu/DEPEM) Orientadora: Profa. Dra. Glória Maria Ferreira Ribeiro

Leia mais

Técnicas de Programação

Técnicas de Programação Técnicas de Programação Algoritmos Anderson Gomes Eleutério Lógica A lógica de programação é necessária para pessoas que desejam trabalhar com desenvolvimento de sistemas e programas, ela permite definir

Leia mais

Bases Matemáticas. Como o Conhecimento Matemático é Construído. Aula 2 Métodos de Demonstração. Rodrigo Hausen. Definições Axiomas.

Bases Matemáticas. Como o Conhecimento Matemático é Construído. Aula 2 Métodos de Demonstração. Rodrigo Hausen. Definições Axiomas. 1 Bases Matemáticas Aula 2 Métodos de Demonstração Rodrigo Hausen v. 2012-9-21 1/15 Como o Conhecimento Matemático é Construído 2 Definições Axiomas Demonstrações Teoremas Demonstração: prova de que um

Leia mais

1 TEORIA DOS CONJUNTOS

1 TEORIA DOS CONJUNTOS 1 TEORIA DOS CONJUNTOS Definição de Conjunto: um conjunto é uma coleção de zero ou mais objetos distintos, chamados elementos do conjunto, os quais não possuem qualquer ordem associada. Em outras palavras,

Leia mais

UMA ANÁLISE DA HISTÓRIA DA TRIGONOMETRIA EM ALGUNS LIVROS DIDÁTICOS DE MATEMÁTICA DO 9º ANO AVALIADOS PELO PNLD

UMA ANÁLISE DA HISTÓRIA DA TRIGONOMETRIA EM ALGUNS LIVROS DIDÁTICOS DE MATEMÁTICA DO 9º ANO AVALIADOS PELO PNLD UMA ANÁLISE DA HISTÓRIA DA TRIGONOMETRIA EM ALGUNS LIVROS DIDÁTICOS DE MATEMÁTICA DO 9º ANO AVALIADOS PELO PNLD Saul Martins Lopes de Amorim - Ana Carolina Costa Pereira smlamorim@hotmail.com- carolinawx@gmail.com

Leia mais

ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA DE TOMAR DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA INFORMÁTICA 2006/2007

ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA DE TOMAR DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA INFORMÁTICA 2006/2007 ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA DE TOMAR DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA INFORMÁTICA INTRODUÇÃO À PROGRAMAÇÃO (ENG. INFORMÁTICA) COMPUTADORES E PROGRAMAÇÃO I (ENG. ELECTROTÉCNICA) 2006/2007 TRABALHO PRÁTICO Nº

Leia mais

ARISTÓTELES ( )

ARISTÓTELES ( ) ARISTÓTELES (384 322) Nascido em Estagira; Juntamente com seu mestre Platão, é considerado um dos fundadores da filosofia ocidental; Professor de Alexandre O Grande. METAFÍSICA Uma das principais obras

Leia mais

Introdução ao pensamento matemático

Introdução ao pensamento matemático Introdução ao pensamento matemático Lisandra Sauer Geometria Euclidiana UFPel Uma das principais características da Matemática é o uso de demonstrações (provas) para justificar a veracidade das afirmações.

Leia mais

8 A L B E R T E I N S T E I N

8 A L B E R T E I N S T E I N 7 PREFÁCIO Este livro pretende dar uma idéia, a mais exata possível, da Teoria da Relatividade àqueles que, de um ponto de vista geral científico e filosófico, se interessam pela teoria mas não dominam

Leia mais

Mercados de Emparelhamento

Mercados de Emparelhamento Mercados de Emparelhamento Redes Sociais e Econômicas Prof. André Vignatti Mercados de Emparelhamento Mercados - interação econômica entre pessoas numa rede estruturada Mercados de Emparelhamento modelam:

Leia mais

Fundamentos 1. Lógica de Predicados

Fundamentos 1. Lógica de Predicados Fundamentos 1 Lógica de Predicados Predicados e Quantificadores Estudamos até agora a lógica proposicional Predicados e Quantificadores Estudamos até agora a lógica proposicional A lógica proposicional

Leia mais

PANACCIO, C. Qu est-ce qu un concept. Paris: Vrin, 2011, 124 p. (Coleção Chemins Philosophiques).

PANACCIO, C. Qu est-ce qu un concept. Paris: Vrin, 2011, 124 p. (Coleção Chemins Philosophiques). PANACCIO, C. Qu est-ce qu un concept. Paris: Vrin, 2011, 124 p. (Coleção Chemins Philosophiques). Júlia Rodrigues Molinari* O livro de Claude Panaccio faz parte da coleção Chemins Philosophiques da Editora

Leia mais

O PAPEL E A IMPORTÂNCIA DO LIVRO DIDÁTICO NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM

O PAPEL E A IMPORTÂNCIA DO LIVRO DIDÁTICO NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM O PAPEL E A IMPORTÂNCIA DO LIVRO DIDÁTICO NO PROCESSO Introdução DE ENSINO APRENDIZAGEM Jefferson Dagmar Pessoa Brandão UEPB jeffdagmar@oi.com.br Parece ser consenso da importância do livro didático no

Leia mais

O que é o conhecimento?

O que é o conhecimento? Disciplina: Filosofia Ano: 11º Ano letivo: 2012/2013 O que é o conhecimento? Texto de Apoio 1. Tipos de Conhecimento No quotidiano falamos de conhecimento, de crenças que estão fortemente apoiadas por

Leia mais

O Princípio de Hume é um princípio de abstração e os princípios de abstração têm a seguinte forma:

O Princípio de Hume é um princípio de abstração e os princípios de abstração têm a seguinte forma: 1 - INTRODUÇÃO O objeto de análise e discussão da presente dissertação é o agora conhecido Princípio de Hume. Talvez, o leitor não esteja familiarizado com tal nomenclatura filosófica, mas certamente,

Leia mais

CAPÍTULO 5 LINGUAGEM LEGAL E EXTENSÕES PROPOSTAS

CAPÍTULO 5 LINGUAGEM LEGAL E EXTENSÕES PROPOSTAS CAPÍTULO 5 LINGUAGEM LEGAL E EXTENSÕES PROPOSTAS Os operadores de manipulação de campos geográficos implementados neste trabalho tiveram como ambiente de desenvolvimento a Linguagem Espacial para Geoprocessamento

Leia mais

LÓGICA I ANDRÉ PONTES

LÓGICA I ANDRÉ PONTES LÓGICA I ANDRÉ PONTES 3. Introdução à Teoria dos Conjuntos Um conjunto é uma coleção ou um agregado de objetos. Introduzindo Conjuntos Ex.: O conjunto das vogais; O conjuntos de pessoas na sala; O conjunto

Leia mais

Matemática Discreta - 05

Matemática Discreta - 05 Universidade Federal do Vale do São Francisco Curso de Engenharia da Computação Matemática Discreta - 05 Prof. Jorge Cavalcanti jorge.cavalcanti@univasf.edu.br www.univasf.edu.br/~jorge.cavalcanti www.twitter.com/jorgecav

Leia mais

i : V W V W é o produto tensorial de V e W se, ao considerarmos um outro espaço vetorial U sobre o mesmo corpo K e B também uma aplicação bilinear:

i : V W V W é o produto tensorial de V e W se, ao considerarmos um outro espaço vetorial U sobre o mesmo corpo K e B também uma aplicação bilinear: 3 Produto Tensorial Sistemas quânticos individuais podem interagir para formarem sistemas quânticos compostos. Existe um postulado em Mecânica Quântica que descreve como o espaço de estados do sistema

Leia mais

Um pouco de história. Ariane Piovezan Entringer. Geometria Euclidiana Plana - Introdução

Um pouco de história. Ariane Piovezan Entringer. Geometria Euclidiana Plana - Introdução Geometria Euclidiana Plana - Um pouco de história Prof a. Introdução Daremos início ao estudo axiomático da geometria estudada no ensino fundamental e médio, a Geometria Euclidiana Plana. Faremos uso do

Leia mais

Um alfabeto é um conjunto de símbolos indivisíveis de qualquer natureza. Um alfabeto é geralmente denotado pela letra grega Σ.

Um alfabeto é um conjunto de símbolos indivisíveis de qualquer natureza. Um alfabeto é geralmente denotado pela letra grega Σ. Linguagens O conceito de linguagem engloba uma variedade de categorias distintas de linguagens: linguagens naturais, linguagens de programação, linguagens matemáticas, etc. Uma definição geral de linguagem

Leia mais

Indução. Método de Prova por Indução. Jon Barwise e John Etchemendy, Capítulo: 16

Indução. Método de Prova por Indução. Jon Barwise e John Etchemendy, Capítulo: 16 Indução Método de Prova por Indução Referência: Capítulo: 16 Language, Proof and Logic Jon Barwise e John Etchemendy, 2008 1 Indução Métodos de prova já vistos relacionam-se diretamente com as propriedades

Leia mais

Lógica Proposicional. 1- O que é o Modus Ponens?

Lógica Proposicional. 1- O que é o Modus Ponens? 1- O que é o Modus Ponens? Lógica Proposicional R: é uma forma de inferência válida a partir de duas premissas, na qual se se afirma o antecedente do condicional da 1ª premissa, pode-se concluir o seu

Leia mais

IBM1088 Linguagens Formais e Teoria da Computação

IBM1088 Linguagens Formais e Teoria da Computação IBM1088 Linguagens Formais e Teoria da Computação Apresentação da disciplina Evandro Eduardo Seron Ruiz evandro@usp.br Universidade de São Paulo E.E.S. Ruiz (USP) LFA 1 / 16 IBM1088 Objetivos Fornecer

Leia mais

Linguagem Universal. assim como a entrada ser processada por a. (b) A segunda fita de representa a fita de

Linguagem Universal. assim como a entrada ser processada por a. (b) A segunda fita de representa a fita de Linguagem Universal 1. Uma máquina de Turing representa um PC? Ou representa um possível problema que um PC pode resolver? 2. Uma máquina de Turing pode ser utilizada para simular uma de Turing máquina.

Leia mais

MATRIZES - PARTE Definição e Manipulação de Matrizes AULA 21

MATRIZES - PARTE Definição e Manipulação de Matrizes AULA 21 AULA 21 MATRIZES - PARTE 1 21.1 Definição e Manipulação de Matrizes Sabemos como definir variáveis de um novo tipo de dados, denominado vetor, que representam seqüências de valores de um mesmo tipo. Por

Leia mais

Enumerabilidade. Capítulo 6

Enumerabilidade. Capítulo 6 Capítulo 6 Enumerabilidade No capítulo anterior, vimos uma propriedade que distingue o corpo ordenado dos números racionais do corpo ordenado dos números reais: R é completo, enquanto Q não é. Neste novo

Leia mais

A METAFÍSICA E A TEORIA DAS QUATRO CAUSAS

A METAFÍSICA E A TEORIA DAS QUATRO CAUSAS A METAFÍSICA E A TEORIA DAS QUATRO CAUSAS O que é a metafísica? É a investigação das causas primeiras de todas as coisas existentes e estuda o ser enquanto ser. É a ciência que serve de fundamento para

Leia mais

Cálculo da Informação Acessível

Cálculo da Informação Acessível Cálculo da Informação Acessível Michael Souza (LNCC) Renato Portugal (LNCC) Carlile Lavor (IME-UNICAMP) Este trabalho tem suporte financeiro das agências FAPERJ e CNPQ. Tópicos Abordagem pragmática da

Leia mais

CIÊNCIA, TECNOLOGIA E SOCIEDADE. O que é Ciência?

CIÊNCIA, TECNOLOGIA E SOCIEDADE. O que é Ciência? CIÊNCIA, TECNOLOGIA E SOCIEDADE O que é Ciência? O QUE É CIÊNCIA? 1 Conhecimento sistematizado como campo de estudo. 2 Observação e classificação dos fatos inerentes a um determinado grupo de fenômenos

Leia mais

Vamos revisar alguns fatos básicos a respeito de séries de potências

Vamos revisar alguns fatos básicos a respeito de séries de potências Seção 4 Revisão sobre séries de potências Vamos revisar alguns fatos básicos a respeito de séries de potências a n (x x ) n, que serão úteis no estudo de suas aplicações à resolução de equações diferenciais

Leia mais

AT1-3 Introdução à Matemática Discreta

AT1-3 Introdução à Matemática Discreta BACHARELADO EM SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EaD UAB/UFSCar Matemática Discreta Profa. Dra. Heloisa de Arruda Camargo AT1-3 Introdução à Matemática Discreta Nesta unidade, após uma breve explicação geral sobre

Leia mais

Prova TCE/SP Resolvida Raciocínio Lógico e Matemático Agente da Fiscalização - Administração. Prof. Thiago Cardoso. Olá, Alunos, tudo bem?

Prova TCE/SP Resolvida Raciocínio Lógico e Matemático Agente da Fiscalização - Administração. Prof. Thiago Cardoso. Olá, Alunos, tudo bem? Olá, Alunos, tudo bem? A prova do TCE/SP 2017 foi dentro do esperado, um pouco acima do nível de dificuldade padrão da Vunesp, porém, nada do outro mundo. Nesse arquivo, estamos corrigindo a prova de.

Leia mais

I - CONCEITOS INICIAIS

I - CONCEITOS INICIAIS Sumário I - CONCEITOS INICIAIS... 2 Lógica de programação... 2 Algoritmo... 2 Instrução... 3 Programa de Computador... 3 Fases... 4 Diagrama de Blocos... 4 II - VARIÁVEIS... 5 Numéricas... 5 Cadeia ou

Leia mais

Fazer errado pode ser pior do que não fazer nada. Há muito perigo em incorporar maus hábitos

Fazer errado pode ser pior do que não fazer nada. Há muito perigo em incorporar maus hábitos Fazer errado pode ser pior do que não fazer nada. Há muito perigo em incorporar maus hábitos George V. Hulme, CSO/EUA Não confunda gestão de riscos com gerenciamento de risco de segurança. O objetivo do

Leia mais

Computação Eletrônica. Vetores e Matrizes. Prof: Luciano Barbosa. CIn.ufpe.br

Computação Eletrônica. Vetores e Matrizes. Prof: Luciano Barbosa. CIn.ufpe.br Computação Eletrônica Vetores e Matrizes Prof: Luciano Barbosa Recapitulando: Funções 2 Recapitulando: Função Void 3 Recapitulando: Escopo das Variáveis Referência à variável global A variável de escopo

Leia mais

ENTREVISTA COM A PROFESSORA ITALA MARIA LOFFREDO D OTTAVIANO: UMA INTRODUÇÃO À LÓGICA, ÀS LÓGICAS NÃO CLÁSSICAS E À TEORIA DE SISTEMAS

ENTREVISTA COM A PROFESSORA ITALA MARIA LOFFREDO D OTTAVIANO: UMA INTRODUÇÃO À LÓGICA, ÀS LÓGICAS NÃO CLÁSSICAS E À TEORIA DE SISTEMAS COM A PROFESSORA ITALA MARIA LOFFREDO D OTTAVIANO: UMA INTRODUÇÃO À LÓGICA, ÀS LÓGICAS NÃO CLÁSSICAS E À TEORIA DE SISTEMAS Professora do Departamento de Filosofia da Universidade Estadual de Campinas

Leia mais

UMA PROPOSTA DIDÁTICA DO USO DO GEOGEBRA NAS AULAS DE GEOMETRIA

UMA PROPOSTA DIDÁTICA DO USO DO GEOGEBRA NAS AULAS DE GEOMETRIA UMA PROPOSTA DIDÁTICA DO USO DO GEOGEBRA NAS AULAS DE GEOMETRIA José Hélio Henrique de Lacerda (PIBIC/MATEMÁTICA/UEPB) heliohlacerda@gmail.com Helder Flaubert Lopes de Macêdo (MATEMÁTICA/UEPB) helderflm@gmail.com

Leia mais

CONTANDO RELAÇÕES E FUNÇÕES

CONTANDO RELAÇÕES E FUNÇÕES CONTANDO RELAÇÕES E FUNÇÕES Heitor Achilles Dutra da Rosa 1 Resumo: O processo de ensino e aprendizagem da Matemática inclui necessariamente a resolução de problemas. Esse trabalho tem como objetivo utilizar

Leia mais

MODULARIZAÇÃO - PARTE 1

MODULARIZAÇÃO - PARTE 1 AULA 27 MODULARIZAÇÃO - PARTE 1 Os algoritmos que temos construído até então são muito simples, pois resolvem problemas simples e apresentam apenas os componentes mais elementares dos algoritmos: constantes,

Leia mais

Informática I. Aula Aula 11-01/10/2007 1

Informática I. Aula Aula 11-01/10/2007 1 Informática I Aula 11 http://www.ic.uff.br/~bianca/informatica1/ Aula 11-01/10/2007 1 Ementa Noções Básicas de Computação (Hardware, Software e Internet) HTML e Páginas Web Internet e a Web Javascript

Leia mais

TCC. Evandro Deliberal

TCC. Evandro Deliberal TCC Evandro Deliberal evandro@deljoe.com.br https://www.linkedin.com/in/evandrodeliberal I. O que é o TCC II. Estrutura III. Tema IV. Tipo V. Principais aspectos VI. Referência VII. Objetivo VIII. Dicas

Leia mais

Matemática Discreta - 01

Matemática Discreta - 01 Universidade Federal do Vale do São Francisco Curso de Engenharia da Computação Matemática Discreta - 01 Prof. Jorge Cavalcanti jorge.cavalcanti@univasf.edu.br www.univasf.edu.br/~jorge.cavalcanti www.twitter.com/jorgecav

Leia mais

Paradigma Simbólico. Sistemas de Informação UNISUL Aran Bey Tcholakian Morales, Dr. Eng. (Apostila 2)

Paradigma Simbólico. Sistemas de Informação UNISUL Aran Bey Tcholakian Morales, Dr. Eng. (Apostila 2) Paradigma Simbólico Sistemas de Informação UNISUL Aran Bey Tcholakian Morales, Dr. Eng. (Apostila 2) Revisão da aula anterior: definição de IA Podemos associar o termo IA com: Parte da ciência da computação

Leia mais

Capítulo 9. Conclusão 184

Capítulo 9. Conclusão 184 9 Conclusão Esperamos com este trabalho ter demonstrado que a lógica Game Analysis Logic GAL, que é uma lógica modal de primeira-ordem baseada na lógica Computation Tree Logic, pode ser usada para representar

Leia mais

Matemática para Ciência de Computadores

Matemática para Ciência de Computadores Matemática para Ciência de Computadores 1 o Ano - LCC & ERSI Luís Antunes lfa@ncc.up.pt DCC-FCUP Complexidade 2002/03 1 Teoria de Conjuntos Um conjunto é uma colecção de objectos/elementos/membros. (Cantor

Leia mais

NÚMEROS TRANSREAIS E LÓGICA EM DISCIPLINA OPTATIVA NA LICENCIATURA EM MATEMÁTICA

NÚMEROS TRANSREAIS E LÓGICA EM DISCIPLINA OPTATIVA NA LICENCIATURA EM MATEMÁTICA NÚMEROS TRANSREAIS E LÓGICA EM DISCIPLINA OPTATIVA NA LICENCIATURA EM MATEMÁTICA Autor: Caio Julio de Almeida Instituto Federal do Rio de Janeiro, campus Volta Redonda, caio.julio.de.almeida@gmail.com

Leia mais

PROFICIÊNCIA EM MATEMÁTICA Conjuntos Numéricos, Potenciação e Radiciação

PROFICIÊNCIA EM MATEMÁTICA Conjuntos Numéricos, Potenciação e Radiciação PROFICIÊNCIA EM MATEMÁTICA Conjuntos Numéricos, Potenciação e Radiciação Professor Alexandre M. M. P. Ferreira Sumário Definição dos conjuntos numéricos... 3 Operações com números relativos: adição, subtração,

Leia mais

Prof. Jorge Cavalcanti

Prof. Jorge Cavalcanti Universidade Federal do Vale do São Francisco Curso de Engenharia da Computação Matemática Discreta - 01 Prof. Jorge Cavalcanti jorge.cavalcanti@univasf.edu.br www.univasf.edu.br/~jorge.cavalcanti www.twitter.com/jorgecav

Leia mais