GESTÃO DA QUALIDADE Complexidades e paradigmas
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- Milena do Amaral Gil
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3 Será a acreditação o melhor remédio? Motivadores para os hospitais buscarem a acreditação: 1.Melhoria dos processos; 2.Reconhecimento do hospital (imagem); 3.Avaliação mais objetiva da qualidade; 4.Pressões competitivas.
4 Em relação à melhoria de processos: a acreditação pode gerar uma padronização benéfica dos processos, tornando-os mais ágeis, reduzindo o retrabalho e os custos das operações como um todo. Provocando mudança na cultura da empresa. A acreditação representa, ainda, um selo de qualidade. Possibilita a comparação com seus pares.
5 Os hospitais podem ainda buscar a acreditação por pressões competitivas do tipo todos os meus concorrentes estão buscando. Apesar dos benefícios potenciais, em muitos hospitais a acreditação é vista como um processo muito burocrático e ineficiente, incapaz de melhorar os indicadores de qualidade dos hospitais.
6 Em 2010, Instituto Coppead de Administração, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, realizou uma pesquisa junto a 101 hospitais no Brasil, com o objetivo de identificar os principais motivadores para buscar a acreditação.
7 Qualidade em foco: entender e aplicar Numa escala de 1 a 5, em que 1 significava discordo totalmente e 5 concordo plenamente, os resultados indicaram que aumentar a segurança do paciente é o principal motivador dos hospitais que buscam a acreditação
8 Relevante também observar que a acreditação representa para os hospitais pesquisados uma forma de estimular a cultura da qualidade. Será, então, que a acreditação é o melhor remédio para os sintomas apresentados pelos hospitais? Será que a acreditação não é uma medicação muito pesada para o estado atual dos hospitais? Talvez por isso alguns hospitais a enxerguem como um processo burocrático e ineficiente, porque não deram ainda os primeiros passos em gestão da qualidade e depositam na certificação esperanças irreais para a melhoria de seus problemas. Vale a pena esta reflexão
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10 Dar entrada em um hospital é muito mais arriscado do que fazer uma viagem de avião. De acordo com dados da Organização de Mundial de Saúde (OMS)
11 IOM,1999 To err is human a mortes por ano nos EUA 275 vidas perdidas/dia Erros preveníveis
12 ERROS DE MEDICAÇÃO Brasil Alguns dados de pesquisas Erros de prescrição: 7148 prescrições com medicamentos potencialmente perigosos: 56% com erros (Rosa MB, 2009) Erros de dispensação: 34% de erros em hospital público (Azevedo TA 2003), 2,4% hospital particular (Neiva, HM.2007) Erros de administração: 33% de erros e em 75% das doses administradas as mãos não foram lavadas (Costa L, 2005)
13 INCIDÊNCIA (incidente que não atingiu o paciente) (incidente que atingiu o paciente e causou dano) (circunstância com potencial expressivo para causar dano) OMS, 2009;2011 (incidente que atingiu o paciente mas não lhe causou dano)
14 MEDO CULPA VERGONHA PUNIÇÃO
15 Cultura de segurança Organizações com cultura de segurança são caracterizadas por boa comunicação entre profissionais, confiança mútua e percepções comuns sobre a importância de segurança e ações preventivas Comitê Internacional de Segurança Nuclear, 1988
16 NÃO SE MUDA CULTURA SE NÃO MUDAR A COMUNICAÇÃO DA EMPRESA.
17 Em 2005 a Joint Commission International traçou seis metas para a segurança do paciente, que são: 1. Identificação Correta do Paciente. 2. Comunicação Efetiva. 3. Uso Seguro de Medicamentos. 4. Cirurgia Segura. 5. Prevenção do Risco de Infecções. 6. Prevenção do Risco de Queda.
18 Comunicação efetiva Muitos estudos apontam que a maioria dos conflitos que ocorrem em qualquer organização são decorrentes de comunicação ineficaz. Em relação aos erros, a comunicação ineficaz também é uma das maiores responsáveis. APARTAMENTOS 201 A 215 APARTAMENTOS 216 A 230
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20 Em pelo menos um estudo, 88% dos erros humanos foram devido a problemas com consciência situacional. Isto é, na maioria dos casos as pessoas não tomaram decisões ruins ou executaram suas ações pobremente; elas simplesmente não entenderam as situações nas quais estavam envolvidas. (Fonte Airbus 2000-adaptado de Endsley, 2003)
21 A QUALIDADE É O NOVO PARADIGMA? O paradigma é todo modelo de compreensão pessoal dos fatos que criam limites ao nosso comportamento e à nossa análise, muitas vezes sem que saibamos por que o utilizamos. Existe um lado bom do paradigma, pois ele estabelece limites para as pessoas, entretanto algumas vezes se caracteriza por atitudes e comportamentos arraigados em nós, que prejudicam tanto o nosso desempenho como os nossos relacionamentos, não apenas no local de trabalho, mas também em nossa vida pessoal.
22 "O avião é um invento interessante, mas não vejo nele qualquer utilidade militar".mal Ferdinand Foch -Titular de Estratégia -ESG/Fr "A televisão não dará certo. As pessoas terão de ficar olhando sua tela, e a família americana média não tem tempo para isso".the New York Times -18 de abril de 1939 Certamente a maior barreira para a implantação das mudanças, tão necessárias nas organizações modernas na busca da Qualidade, são os Paradigmas. Muitos são capazes de enxergar os problemas; alguns podem estabelecer, uma solução, baseados na experiência pessoal; poucos são aqueles que acreditam precisar realmente de uma abordagem científica, sistemática, planejada e direcionada, para solucionar de forma permanente seus problemas.
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24 Será que aquilo que quer é porque quer, ou porque todos querem? Fazer diferente e quebrar algo repetitivo é não ser igual, é ter poder de mudar. Errar é humano Acertar é humano Como poderemos saber se estamos certos ou errados? Talvez seja melhor pensar como todo mundo, fazer o que todos fazem, afinal é mais seguro.
25 Nós contribuímos para a segurança do paciente, nós queremos fazer o melhor e juntos nós podemos ser melhores!!!
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27 Obrigada! (31) (31)
Ana Fernanda Yamazaki Centrone Enfermeira Centro de Oncologia e Hematologia Hospital Albert Einstein
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