Cateter Venoso Central
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- Sandra Gabeira
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1 QUEBRANDO A BANCA Cateter Venoso Central Prof. Jean Naves
2 Você Vai Aprender Nesse Módulo Cateter Venoso Central Indicações Principais cuidados
3 Anatomia...
4 Cateter Venoso Central O acesso venoso central consiste na inserção de um cateter cuja extremidade atinge a veia cava superior (VCS), o átrio direito ou a veia cava inferior (VCI). É obtido por meio de uma punção percutânea que pode ser realizada em diferentes sítios anatômicos através de veias centrais (jugular interna, subclávia ou femoral) ou periféricas. Os cateteres venosos centrais podem ser classificados de acordo com suas características em relação ao tempo de permanência (curta, média ou longa permanência), tipo de inserção (central ou periférica) e número de lúmens (simples, duplo ou triplo).
5 Locais de inserção Jugular Subclávia Femoral A Punção na veia femoral possui maior risco de TVP relacionada ao cateter e maior risco de infecção
6 Indicações Quando não é possível obter acesso periférico Quando há necessidade de administração de medicações vasoconstritoras, hiperosmolares ou com maior risco de causar flebites Administração de nutrição parenteral Realização de hemodiálise ou aféreses Monitorização hemodinâmica invasiva ou passagem de marca-passo transvenoso
7 Pressão Venosa Central Em termos fisiológicos, a mensuração da PVC é um métodos acurado da estimação da pressão de enchimento do ventrículo direito (VD),de grande relevância na interpretação de sua função. PVC ou pressão do átrio direito refere-se à pré-carga do ventrículo direito (VD), ou seja, a capacidade de enchimento do ventrículo direito ao final da diástole.
8 Pressão Venosa Central Segundo Araújo, os valores esperados da PVC, mensurada através da linha axilar média como zero de referência, estão entre 6 10 cm H2O (através da coluna d água) ou de 3 6 mmhg (através do transdutor eletrônico). Atenção Valores muito baixos podem indicar baixa volemia. Valores muito altos, sobrecarga hídrica. Normalmente a coluna d'água ou as curvas em monitor oscilam de acordo com a respiração do paciente.
9 Monitorização da Pressão Venosa Central (PVC) TRANSDUTOR DE PRESSÃO Material Cateterização de um acesso central Equipo de pressão não complacente + transdutor de pressão; Bolsa pressórica; Régua de nível Meio de registrar ou demonstrar as informações coletadas monitor multiparamétrico - cabo e módulo;
10 Monitorização da Pressão Venosa Central (PVC) Coluna de água Material 1 equipo de monitorização de PVC; 1 frasco de SF 0,9% (100 ou 250 ml); Fita adesiva; Régua de nível;
11 Zero hidrostático coluna de água Posicione o paciente em decúbito dorsal horizontal, encontre o cruzamento existente entre a linha axilar média e o 4º espaço intercostal; Com a régua de nível, delimite a linha zero, de referência, marcando no suporte de soro a altura encontrada
12 Principais cuidados na monitorização da PVC Procurar e reparar vazamentos ou bolhas; Posição supina; Observar conexões e extensões; Zerar o sistema em relação à pressão atmosférica POSICIONAMENTO DO PACIENTE!!!; Fixar adequadamente o cateter e o sistema; Rotular com clareza as infusões no cateter central; Usar uma quantidade mínima de torneiras;
13 Principais cuidados na monitorização da PVC Cateter central de vários lúmen - uma via exclusiva para PVC No momento da aferição, suspender infusão de outros líquidos no mesmo lúmen Observar rigorosamente o local de inserção do cateter venoso central
14 Cuidados com o cateter Deve-se usar gaze e fita adesiva estéril ou cobertura transparente semipermeável estéril para cobrir o sítio de inserção Em caso de sangramento ou diaforese excessivos, preferir gaze e fita adesiva estéril a coberturas transparentes Realizar a troca da cobertura com gaze e fita adesiva estéril a cada 48 horas e a troca com a cobertura estéril transparente a cada sete dias. Qualquer tipo de cobertura deve ser trocado imediatamente, independente do prazo, se estiver suja, solta ou úmida. As coberturas, cateteres e conexões devem ser protegidos com plástico ou outro material impermeável durante o banho Fonte: Medidas de Prevenção de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde 2017 CAB 4
15 Cuidados com o cateter Garantir número adequado da equipe assistencial, de acordo com o número e gravidade dos pacientes, e evitar a rotatividade da equipe assistencial Realizar desinfecção das conexões, conectores valvulados e ports de adição de medicamentos com solução antisséptica a base de álcool, com movimentos aplicados de forma a gerar fricção mecânica, de 5 a 15 segundos Avaliar no mínimo uma vez ao dia o sítio de inserção dos cateteres centrais, por inspeção visual e palpação sobre o curativo intacto Fonte: Medidas de Prevenção de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde 2017 CAB 4
16 Cateter de Shilley
17 Cateter de diálise de curta permanência O cateter de shilley consiste em um acesso venoso central de maior calibre utilizado para realização de diálise em situações de urgência e plasmaférese A técnica para passagem desse cateter e complicações relacionadas ao procedimento são semelhantes as mencionadas para o cateter venoso central O Shilley possui duas vias: uma vermelha, que apresenta o lúmen proximal e corresponde a via arterial por onde o sangue é retirado do organismo; e uma via azul, que apresenta o lúmen distal e corresponde a via venosa por onde o sangue retorna ao organismo após passar pela diálise ou plasmaférese. Alguns cateteres podem apresentar uma via acessória, por onde podem ser infundidas medicações com as mesmas indicações do CVC, evitando a necessidade de outros dispositivos centrais no paciente
18 Cateter de diálise de curta permanência O cateter de Shilley apresenta calibre maior que o CVC, aumentando o risco de complicações como sangramentos e hematomas; devido a isso, recomenda-se que a punção desse cateter seja realizada preferencialmente em um sítio compreensível e guiada por USG
19 Sítio de punção Essa ordem de escolha para o acesso leva em consideração o trajeto de cateter sendo que os trajetos mais retilíneos propiciam diálises mais eficientes 1 Sitio de escolha: 2 Sitio de escolha: 3 Sitio de escolha: 4 Sitio de escolha: Veia jugular interna direita Veia femoral direita Veia femoral esquerda Veia jugular interna esquerda Por se tratar de um sítio compreensível e com trajeto menos tortuoso, aumentando a chance de uma diálise mais eficiente
20 Sítio de punção Deve-se evitar a punção das veias subclávias para passagem de Shilley, pois por se tratar de cateteres mais calibrosos estão relacionados a maiores índices de estenose e trombose dos vasos, comprometendo a realização futura de fístulas arteriovenosas no membro para realização de diálise
21 QUESTÕES
22 1. (FUNDATEC 2018) Relacionando aos tipos de dietas, podemos afirmar que a dieta Nutrição Parenteral Total (NPT) por ser muito concentrada deve ser administrada por: (A) Jejunostomia. (B) Ileostomia. (C) Gastrostomia. (D) Cateter venoso periférico. (E) Cateter venoso central.
23 1. (FUNDATEC 2018) Relacionando aos tipos de dietas, podemos afirmar que a dieta Nutrição Parenteral Total (NPT) por ser muito concentrada deve ser administrada por: (A) Jejunostomia. (B) Ileostomia. (C) Gastrostomia. (D) Cateter venoso periférico. (E) Cateter venoso central.
24 2. (COVEST-COPSET 2019) As Infecções da Corrente Sanguínea (ICS) relacionadas a cateteres centrais (ICSRC) estão associadas a importantes desfechos desfavoráveis em saúde. Em nosso país, o estudo Brazilian SCOPE (Surveillance and Control of Pathogens of Epidemiological Importance) encontrou 40% de taxa de mortalidade entre pacientes com ICS. Sabendo-se ser uma infecção passível de prevenção, assinale a alternativa correta. (A) Na infecção da corrente sanguínea relacionada a cateter central, a colonização extraluminal predomina durante todo o período da sua utilização, pois as bactérias presentes na pele alcançam a corrente sanguínea após terem formado biofilmes na face interna do dispositivo. (B) Cateteres utilizados para a punção venosa central são considerados produtos pra saúde de reprocessamento proibido. Por essa razão, em casos de insucesso na primeira tentativa do procedimento, os cateteres só podem ser usados nas novas tentativas de punção se essas ocorrerem no mesmo paciente. (C) É recomendado não realizar punção de cateter central em veia femoral de rotina, pois a inserção nesse sítio está associada a maior risco de desenvolvimento de infecção da corrente sanguínea relacionada a cateter central. (D) O uso de cateteres centrais impregnados com minociclina/rifampicina ou clorexidina/ sulfadiazina de prata de segunda geração (CSII) é mandatório em pacientes adultos imunodeprimidos, internados em unidades de terapia intensiva. (E) O preparo da pele do paciente para a inserção do cateter deve ser feito com solução alcóolica de gliconato de clorexidina > 0,2%, respeitando o tempo de aplicação da clorexidina de 10 segundos, com movimentos circulares, enxugando o excesso após o procedimento.
25 2. (COVEST-COPSET 2019) As Infecções da Corrente Sanguínea (ICS) relacionadas a cateteres centrais (ICSRC) estão associadas a importantes desfechos desfavoráveis em saúde. Em nosso país, o estudo Brazilian SCOPE (Surveillance and Control of Pathogens of Epidemiological Importance) encontrou 40% de taxa de mortalidade entre pacientes com ICS. Sabendo-se ser uma infecção passível de prevenção, assinale a alternativa correta. (A) Na infecção da corrente sanguínea relacionada a cateter central, a colonização extraluminal predomina durante todo o período da sua utilização, pois as bactérias presentes na pele alcançam a corrente sanguínea após terem formado biofilmes na face interna do dispositivo. (B) Cateteres utilizados para a punção venosa central são considerados produtos pra saúde de reprocessamento proibido. Por essa razão, em casos de insucesso na primeira tentativa do procedimento, os cateteres só podem ser usados nas novas tentativas de punção se essas ocorrerem no mesmo paciente. (C) É recomendado não realizar punção de cateter central em veia femoral de rotina, pois a inserção nesse sítio está associada a maior risco de desenvolvimento de infecção da corrente sanguínea relacionada a cateter central. (D) O uso de cateteres centrais impregnados com minociclina/rifampicina ou clorexidina/ sulfadiazina de prata de segunda geração (CSII) é mandatório em pacientes adultos imunodeprimidos, internados em unidades de terapia intensiva. (E) O preparo da pele do paciente para a inserção do cateter deve ser feito com solução alcóolica de gliconato de clorexidina > 0,2%, respeitando o tempo de aplicação da clorexidina de 10 segundos, com movimentos circulares, enxugando o excesso após o procedimento.
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