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1 1 de :02 Acórdãos STA Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo Processo: 0355/16 Data do Acordão: Tribunal: 2 SECÇÃO Relator: FRANCISCO ROTHES Descritores: RECURSO JUDICIAL CONTAGEM DE PRAZO VALOR DA CAUSA Sumário: I - O prazo de 10 dias para interpor recurso judicial da decisão administrativa de fixação da matéria tributável por método indirecto ao abrigo do art. 89.º-A da LGT (n.º 2 do art. 146.º-B do CPPT, aplicável ex vi dos n.ºs 7 e 8 do art. 89.º-A da LGT), é um prazo de impugnação judicial [cfr. art. 97.º, n.º 1, alínea q)] que, por força do n.º 1 do art. 20.º do CPPT, se conta nos termos do Código Civil. II - Assim, porque se trata de um prazo substantivo, não lhe é aplicável a faculdade prevista no art. 139.º, n.ºs 4 e 5, do CPC, a qual está prevista exclusivamente para os prazos processuais ou judiciais. III - A dilação prevista art. 245.º, n.º 1, alínea b), do CPC, só é aplicável às situações de citação, tal como a define o n.º 2 do art. 35.º do CPPT. IV - Nos termos da alínea b) do n.º 1 do art. 97.º-A do CPPT, o valor a atender para a fixação do valor da causa, quando se impugne o acto de fixação da matéria colectável, é o valor contestado Nº Convencional: JSTA000P20362 Nº do Documento: SA Data de Entrada: Recorrente: A... E OUTRO Recorrido 1: AT-AUTORIDADE TRIBUTÁRIA E ADUANEIRA Votação: UNANIMIDADE Aditamento: Texto Integral Texto Integral: Recurso jurisdicional da sentença proferida no processo de recurso judicial da decisão de avaliação da matéria colectável por métodos indirectos com o n.º 2434/15.7BEPNF 1. RELATÓRIO 1.1 A. e marido, B.. (adiante Contribuintes ou Recorrentes), recorrem para o Supremo Tribunal Administrativo da sentença por que o Juiz do Tribunal Administrativo e Fiscal de Penafiel, julgando caducado o direito de acção, absolveu a AT do pedido no recurso judicial por aqueles interposto ao abrigo do disposto no art. 89.º-A, n.ºs 7 e 8, da Lei Geral Tributária (LGT), conjugado com o art. 146.º-B, n.º 2, do Código de Procedimento e de Processo Tributário (CPPT), contra a decisão do Director de Finanças do Porto que procedeu à fixação do rendimento tributável dos Contribuintes para efeitos de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRS), nos termos do referido art. 89.º-A da LGT, em ,00 e em ,41, relativamente aos anos de 2103 e 2014, respectivamente. 1.2 Os Contribuintes recorreram para este Supremo Tribunal Administrativo dessa sentença, apresentando com o requerimento de interposição do recurso a respectiva motivação, que resumiram em conclusões do seguinte teor: «I. A douta sentença proferida julgou procedente a invocada excepção peremptória de caducidade do direito de acção nos termos dos arts. 89.º-A n.ºs 7 e 8 da L.G.T., 146.º-B, n.º 2 do C.P.P.T., e 89.º n.ºs 1 e 3 do C.P.T.A. e em consequência absolve-se o recorrido (Fazenda Pública) do pedido. II. Não se conformando os recorrentes, levantam as seguintes questões: i) Se a sentença recorrida incorreu em erro de julgamento da matéria de facto por errada identificação da prova produzida e com a necessidade da sua ampliação; ii) Se a sentença recorrida, ao considerar que o prazo para intentar o recurso previsto nos arts. 89.º-A da LGT e 146.º-B, n.º 2, do C.P.P.T. tem natureza substantiva e assim julgar verificado a caducidade do direito de impugnar, incorreu em erro de julgamento designadamente por violação dos arts. 139.º, 142.º e 245.º do C.P.C., como do art. 13.º da C.R.P.; III. A douta sentença recorrida deu como provados os seguintes Factos com interesse para a decisão: PONTO A) Os recorrentes foram notificados da decisão de avaliação da matéria colectável por métodos indirectos e da decisão de fixação do rendimento colectável dos anos de 2013 e 2014 nos termos do artigo 89.º-A da L.G.T., em 27/11/2015 (fls. 69 a 76 dos autos); PONTO B) Os recorrentes apresentaram a petição inicial do recurso em 09/12/2015 (fls. 2 a 50); PONTO C) Dia 27/11/2015 foi sexta-feira, dia 07/12/2015 segunda-feira, dia 08/12/2015 foi feriado e 09/12/2015 quarta-feira. IV. Não foram consignados factos não provados. V. Não se conformando com a douta sentença recorrida, vai esta impugnada a decisão [sic] proferida sobre os factos dados como provados, por se entender que, entre a factualidade dada como provada, se impunha que o Tribunal também tivesse dado como provado que, estando o processo inspectivo a decorrer na Direcção de Finanças do Porto e os Sujeitos Passivos com domicílio em Penafiel - são Comarcas diferentes, artigos 138.º, 139.º e 245.º todos do CPC ex vi art. 2.º, al. e), e art. 281.º do C.P.P.T. VI. Mormente, quanto à natureza do processo a sentença considerou o prazo do recurso prazo substantivo pelo que, o artigo 139.º do C.P.C. aplica-se aos prazos processuais em curso, isto é, aos prazos dos processos judiciais. VII. Acrescenta ainda que, Na verdade, à semelhança de que sucede com o processo de impugnação judicial art. 102.º do C.P.P.T. ao prazo previsto nos arts. 89.º-A, n.ºs 7 e 8 da L.G.T. e 146.º-B, n.º 2 do C.P.P.T., não se aplica o art. 139.º n.ºs 5 e 6 do C.P.C. VIII. Por força do disposto no artigo 97.º do C.P.P.T. haverá de se reconhecer que a Impugnação Judicial e o recurso apresentado nos termos do artigo 89.º-A da L.G.T. terão de ser tratados de forma igual, sob pena de manifesta e evidente inconstitucionalidade. IX. Contudo, sendo um prazo substantivo, seria sempre depois da dedução a juízo do recurso, antes, não

2 2 de :02 tinha a natureza de processo urgente, entendimento que se extrai do sentença recorrida, no sentido de que são distintos os prazos para os sujeitos passivos acederem aos Processos Judiciais Tributários compreendidos no artigo 97.º do C.P.P.T. determina a inconstitucionalidade material, por violação dos artigos 13.º, n.º 1, 18.º, n.º 1 e 20.º n.º 1 da Constituição do República Portuguesa, que expressamente se invoca e se requer venha a ser reconhecido. X. Quanto à modalidade do prazo, donde resulta que, natureza [sic] processual do recurso contencioso, como, assim, sempre foi defendido pela doutrina e pela jurisprudência enquanto não vigorou o artigo 28.º da L.P.T.A. E, consequentemente, haverá de se firmar o entendimento que à impugnação é aplicável o disposto no art. 139.º do C.P.C. XI. Sem prescindir ainda, sempre se dirá que o recurso apresentado nos termos do disposto no artigo 89.º-A da LGT consiste, num recurso contencioso do que numa impugnação judicial [sic]. XII. E, por isso, o recurso em causa nos autos tem necessariamente de ser entendido como um recurso de natureza idêntica à apelação, assemelhando-se o acto administrativo recorrido a uma sentença judicial de 1.ª instância, até porque proferido no âmbito de um pedido formulado pelos recorrentes de Revisão do Matéria Tributável. XIII. Tal como assim se verifica com o recurso contencioso administrativo, também quanto a este recurso, por analogia, se haverá de concluir pela sua natureza processual e pela aplicação ao recurso apresentado nos termos do artigo 89.º-A da L.G.T., o disposto nos arts. 138.º e 139.º do C.P.C. XIV. Outra interpretação que seja feita violaria as mais basilares práticas forenses a que os advogados estão habituados, os usos e os costumes consagrados nesta matéria e configuraria ainda violação clara do disposto nos artigos 18.º, n.º 3 e 20.º da Constituição da República Portuguesa, que também nesta sede, se invoca e argui e se requer. XV. Com efeito, em recente douto Acórdão do S.T.A. concluiu-se, em caso semelhante ao presente, que (cfr. Ac. STA 0511/13 de ) Sumário I - Se as afirmações contidas nas conclusões da alegações do recurso jurisdicional em nado contrariam o probatório fixado na sentença e a materialidade ali invocada é, em abstracto, irrelevante paro a apreciação e decisão do objecto do recurso, não ocorre a incompetência do STA para o conhecimento do recurso. II - O prazo para apresentar reclamação de acto praticado pelo órgão da execução fiscal está sujeito às regras contidas nos arts. 144.º e 145.º do CPC (a que correspondem, de forma análoga, os arts. 138.º e 139.º do CPC após a reforma operada pela Lei n.º 41/2013, de 26.06), em conformidade com o disposto no art. 20.º, n.º 2, do CPPT. III - Essa reclamação só adquire o natureza de processo urgente após a sua introdução em juízo, pelo que a regra do continuidade da contagem do prazo previsto no n.º 5 do art. 144.º do CPC só se aplica aos prazos surgidos durante a tramitação judicial do processo de reclamação. IV - Tendo a petição inicial de reclamação sido apresentada no 3.º dia útil subsequente ao termo do prazo, o direito de a apresentar ficou dependente do pagamento da multa prevista na art. 145.º da CPC (art. 139.º do actual CPC). E uma vez que essa multa não foi paga de forma espontânea, impunha-se que a secretaria do tribunal a quo procedesse oficiosamente à notificação da reclamante para proceder ao seu pagamento, acrescida da penalização prevista n.º 6 do aludido preceito legal. V - Não tendo sida cumprida essa formalidade, há que revogar a sentença que julgou intempestiva a reclamação e mandar baixar as autos à 1.ª instância para que a secretaria proceda agora ao cumprimento da disposto no art. 139.º, n.º 6, do actual CPC, já aplicável a este processo por força da disposto nos arts. 2.º, 4.º e 8.º da Lei n.º 41/2013, de 26 de Junho, seguindo-se depois os ulteriores trâmites legais. XVI. Sucede que a douta sentença recorrida violou também o artigo 245.º, n.º 1 al. b) do C.P.C. XVII. Que, sobre a dilação da prazo está prevista sempre que o processo e a parte se encontrem em Comarcas diferentes. O que é o caso. XVIII. Sendo, o prazo para deduzir impugnação judicial é um prazo de caducidade e tem natureza substantiva e conforme se estabelece no art. 20.º do C.P.P.T., conta-se de acordo com o disposto no art. 279.º do C. Civil e se terminar em período de férias judiciais, o seu termo transfere-se para o primeiro dia útil subsequente a estas. XIX. Atentos a que o processo inspectivo se encontra na Direcção de Finanças do PORTO e os contribuintes foram citados no concelho de PENAFIEL, devia ter sido dado aos recorrentes o prazo de dilação do prazo de cinco dias. XX. Sendo o processo urgente o seu prazo substantivo com natureza judicial o presente processo equivalente ao processo de impugnação, motivo pelo qual, também se deva aplicar as regras do artigo 139.º do C.P.C. XXI. Como, atenta a natureza do prazo de 10 dias a contar da citação caso esta tenha sido efectuada fora da área da comarca em que se situa o serviço de finanças ou Direcção de Finanças, onde corre o processo inspectivo, há, designadamente, que lhe acrescer a dilação de 5 dias prevista na art. 245.º, n.º 1, alínea b), do C.P.C. XXII. Com efeito, em recente Acórdão do S.T.A. concluiu-se, em casa semelhante ao presente, que (cfr. Ac. STA 0261/12 de ) Sumário I - O prazo para reclamação de créditos previsto no n.º 1 do art. 240.º do CPPT é um prazo paro a prática de um acto no processo de execução fiscal, que tem natureza judicial (art. 103.º da LGT), motivo por que se lhe aplicam os regras previstos nos arts. 144.º e 145.º do CPC, como determina o art. 20.º, n.º 2, do CPPT. II - Atenta a natureza desse prazo, de 15 dias a contar da citação que alude o n.º 1 do art. 239.º do CPPT, caso esta tenha sido efectuada fora da área da comarca em que se situa o serviço de finanças onde corre o processo executivo, há, designadamente, que lhe acrescer a dilação de 5 dias prevista na art. 252.ºA, n.º 1, alínea b), do CPC. XXIII. Por fim, alegam os recorrentes que a sentença recorrida incorreu em erro de julgamento na fixação do valor da causa.

3 3 de :02 XXIV. No tese dos recorrentes, a utilidade económica e imediata do pedido que formularam no recurso que deu origem aos presentes autos corresponde à soma dos montantes respectivos de EUR ,00 e de EUR ,41, pelo que deverá atribuir-se à causa o valor do tributo que deve ser EUR ,14, contrariamente ao valor da causa fixado no sentença pelo Tribunal o quo de EUR ,41, por ser este o valor resultante do acto de fixação de rendimentos cuja anulação foi peticionada. XXV. Com efeito, nos termos do art. 296.º da CPC, a toda a causa corresponde um valor certo, expresso em moeda legal, que representa a utilidade económica do pedido, e ao qual se atende para determinar o forma de processo comum, a competência do tribunal e a relação da causa com o alçada do tribunal. TERMOS EM QUE Pelos fundamentos de Direito acima aduzidos quer nos alegações e suas conclusões, e por violação dos normativos legais e constitucionais expressamente indicados nos conclusões deste recurso, deverá o mesmo ser julgada procedente [ ]». 1.3 O recurso foi admitido a subir imediatamente, nos próprios autos e com efeito devolutivo. 1.4 O Director de Finanças do Porto contra-alegou, resumindo a sua posição em conclusões do seguinte teor: «i. A título de questão prévia, e nos precisos termos do n.º 1 do art. 280.º do CPPT, e porque as questões suscitadas não são exclusivamente de direito, deve o presente recurso ser dirigido ao Tribunal Central Administrativo. ii. O recurso não merece obter provimento, pois que no douto aresto se procedeu a uma perfeita apreciação da prova produzida e a uma correcta interpretação e aplicação da lei aos factos. iii. O recurso deve ser rejeitado por violação do art. 640.º do CPC, quanto ao fundamento enunciado em i): erro de julgamento da matéria de facto porquanto os recorrentes mais não fazem do que impugnar a matéria de facto, não cumprindo com o ónus de especificação que sobre eles impende, conforme imposto pelas alíneas a), b) e c) do n.º 1 daquela disposição legal. iv. Sem conceder, é totalmente despicienda e até despropositada a invocação, em sede de impugnação da matéria de facto, dos arts. 138.º, 139.º e 245.º do CPC, não se descortinando o intento dos autores na sua convocação para a impugnação da matéria de facto. v. Carecem igualmente de razão quanto ao fundamento enunciado em ii): a natureza substantiva do prazo para o exercício do direito de acção. Aliás, as alegações produzidas mostram-se destituídas de coerência. vi. O prazo para o exercício do direito de acção tem a natureza de prazo substantivo, não lhe sendo, portanto aplicável o art. 139.º do CPC. vii. É imperceptível e deverá ser devidamente avaliado por este tribunal o alegado em 3., 4. e 5., assim como o é o arrazoado que lhe segue, quiçá até por mero lapso formulado no âmbito dos presentes autos, que não correm sob a forma de qualquer impugnação judicial ou (anterior) recurso contencioso, ou (anterior) acção administrativa especial ou (actual) acção administrativa. viii. A fase que antecedeu a via contenciosa judicial não é, nem pode ser equiparada a qualquer meio judicial. ix. Os presentes autos foram deduzidos contra um acto tributário, sendo que do mesmo os A. não reagiram por qualquer via administrativa. Dele não reclamaram, nem recorreram hierarquicamente, nem fizeram uso de qualquer outro meio de reacção graciosa, prévia à acção judicial. x. É totalmente falso o alegado em 12 das alegações. xi. Jamais os recorrentes deduziram qualquer pedido de revisão da matéria tributável. Tal meio sempre estaria expressamente vedado no caso sub judice vide n.º 7 do art. 89.º-A da LGT. xii. O acto objecto dos autos consiste no despacho do Director de Finanças de Coimbra que fixou à recorrente, nos termos da alínea f) do art. 87.º e do n.º 5 do art. 89.º-A, ambos da Lei Geral Tributária (LGT), rendimento tributável em IRS relativo aos exercícios dos anos de 2013 e 2014, no valor, respectivamente, de ,00 e de ,41 acto que resultou de uma acção inspectiva. xiii. Donde, a notificação que lhe foi dirigida, daquele mesmo acto, insere-se no âmbito de um procedimento administrativo, não lhe sendo aplicáveis as regras do processo civil. xiv. O acto em causa é um acto puramente administrativo. xv. A tese defendida nos segmentos inicial e intermédio do mesmo parágrafo (ponto 12 das alegações) é, no mínimo, original. xvi. O acto administrativo de fixação da matéria tributária não é equiparável a uma sentença judicial de Primeira instância. xvii. E o meio processual previsto nos arts. 89.º-A, n.ºs 7 e 8 e 146.º-B do CPPT, deduzido junto do TAF de Penafiel não é equiparável, para nenhuns efeitos, a um recurso judicial de apelação xviii. Donde, é indefensável que o prazo para a propositura da acção não seja um prazo substantivo e contínuo. xix. Os prazos para a propositura de acções são prazos de natureza substantiva, de caducidade e peremptórios e contam-se, continuamente, nos termos do art. 279.º do CC, como dispõe o n.º 1 do art. 20.º do CPPT.

4 4 de :02 xx. Conclusão que decorre da letra da lei e é entendimento uniforme da jurisprudência. Confira-se, por todos, o Acórdão do STA de 22/05/2013, processo 0405/13: O prazo da impugnação judicial é de natureza substantiva e não um prazo judicial contando-se nos termos do art. 279.º do CC, como expressamente se refere no n.º 1 do ar. 20.º do CPPT correndo continuamente, sem qualquer interrupção ou suspensão - negrito e sublinhado nossos. xxi. E assim também o Acórdão do STA de 30/01/2013, processo 0951/12: Ao prazo de natureza substantiva estabelecido no art. 102.º, n.º 2, do CPPT para apresentação de impugnação judicial não se aplicam as disposições legais previstas no art. 145.º, 5 e 6, do CPC para o prazo processual judicial negrito nosso xxii. O mui douto Acórdão citado em 15 das alegações não é aplicável ao caso dos autos, porquanto, efectivamente, o meio processual de que nele se cuida, a reclamação do art. 276.º do CPPT é, já ela, inserida num processo de natureza judicial, o processo de execução fiscal art. 103.º da LGT, sendo como tal o prazo para a sua propositura um prazo processual. xxiii. O meio processual sub judice, ao invés, não se mostra inserido num processo judicial, é antes, uma, a primeira, reacção judicial a um procedimento administrativo, pelo que o prazo para a sua propositura é de natureza substantiva obedecendo a sua contagem às regras do art. 279.º do CC. xxiv. É mais uma vez ininteligível o alegado em 16 e ss. das alegações. Sendo totalmente destituída de fundamento legal, a pretensão ínsita em 18 das alegações. xxv. É totalmente inconsequente e até abusiva a pretensão de que as regras dos arts. 139.º e 245.º do CPC sejam aplicáveis às notificações efectuadas no âmbito dos procedimentos de inspecção tributária. xxvi. As notificações em apreço não beneficiam de qualquer dilação. Sendo-lhes aplicáveis as regras dos arts. 37.º a 43.º e 60.º e 62.º do RCPIT e, subsidiariamente, do CPPT. xxvii. De novo, a invocação da jurisprudência do STA se mostra a despropósito, porquanto nos autos objecto do recurso citado em 21 das alegações, e como resulta do própria citação, trata-se de um prazo para a prática de um acto no processo de execução fiscal, que tem natureza judicial (art. 103.º da LGT), motivo por que se lhe aplicam as regras previstas nos arts. 144.º e 145.º do CPC negrito nosso. xxviii. A indiciariamente aduzida inconstitucionalidade careceria de ser demonstrada, o que os recorrentes não fizeram, limitando-se a produzir meras enunciações, aliás eivadas de contradições, pelo que deverá ser julgada totalmente infundada e, como tal, improceder. xxix. Quanto ao valor fixado à causa pelo tribunal a quo, mostra-se inteiramente conforme com o preceituado na alínea b) do n.º 1 do art. 97.º-A do CPPT, disposição legal, de resto, invocada na sentença para a fixação do valor, Os valores atendíveis, para efeitos de custas ou outros previstos na lei para as acções que decorram nos tribunais tributários, são os seguintes: b) Quando se impugne o acto de fixação da matéria colectável, o valor contestado;. xxx. Nenhum reparo lhe podendo ser assacado, uma vez que o acto sindicado consiste na fixação de matéria colectável, em IRS, relativo aos exercícios dos anos de 2013 e 2014, no valor, respectivamente, de ,00 e de ,41. O que perfaz o valor de ,41 fixado à causa. xxxi. Falecem em toda a linha os argumentos dos recorrentes. xxxii. A decisão de mérito proferida em 1.ª instância configura, ao lado de uma acertada valoração da prova e acertado julgamento da matéria de facto, uma correcta interpretação e aplicação do direito vigente aos factos em apreciação. Termos em que, e com o mui douto suprimento de V. Exas., o presente recurso jurisdicional deve ser julgado improcedente e, em consequência, deve ser mantida a douta sentença recorrida». 1.5 Foi dada vista ao Ministério Público e o Procurador-Geral Adjunto neste Supremo Tribunal Administrativo emitiu parecer no sentido de que o recurso não merece provimento. Para tanto, após resumir a decisão recorrida e os fundamentos do recurso, considerou o seguinte: «[ ] 3. A Recorrente afirma nas conclusões do seu recurso que também impugna a decisão proferida sobre os factos dados como provados, por entender que se impunha dar como provado que estando o processo inspectivo a decorrer na Direcção de Finanças do Porto e os sujeitos passivos com domicílio em Penafiel - são comarcas diferentes para os efeitos do disposto nos artigos 138.º, 139.º e 145.º, todos do CPC - cfr. conclusão V. Afigura-se-nos, contudo, que não estamos perante uma verdadeira questão factual. O que a Recorrente pretende é invocar que para efeitos de aplicação da dilação prevista nos referidos normativos devemos ter em consideração que a decisão impugnada foi proferida por entidade domiciliada em comarca diversa da do seu domicílio. Mas estamos perante uma asserção que se extrai dos diversos elementos constantes do processo, sem necessidade de fixar outra prova. A questão que se coloca a este tribunal é a de saber se o recurso interposto da decisão de fixação dos rendimentos ao abrigo do disposto no artigo 89.º-A, n.º 7, da LGT, é ou não tempestivo. O n.º 8 do referido normativo manda aplicar, com as necessárias adaptações, a tramitação prevista no artigo 146.º-B do CPPT, o qual prevê no seu n.º 2 um prazo de 10 dias para a apresentação da petição, que se conta a partir da data da notificação da decisão impugnada. Estamos perante um meio processual acessório, cujo prazo de apresentação é de natureza substantiva e nessa medida mostra-se aplicável o disposto no artigo 279.º do Código Civil e não as normas do CPC referenciadas pela Recorrente (cfr., neste sentido, Jorge Lopes de Sousa, in CPPT anotado, vol. II, pág. 560, nota de rodapé 4). Atento que o referido prazo de 10 dias é contínuo e tendo a Recorrente sido notificada em 27/11/2015, o termo final ocorreu em 07/12/2015. Por estarmos perante a propositura de acção de impugnação não se mostra aplicável a invocada dilação prevista no artigo 245.º do CPC, a qual só é aplicável no caso de prazo judicial, como se infere da jurisprudência deste STA citada pela

5 5 de :02 Recorrente. Afigura-se-nos, assim, que é de confirmar a sentença recorrida, no sentido da extemporaneidade da acção, por aquando da apresentação da petição já ter decorrido o prazo consignado no n.º 2 do artigo 146.º-B do CPPT. 4. Na sentença recorrida fixou-se à acção o valor de ,41 euros, correspondente ao montante global dos rendimentos fixados nos anos de 2013 e 2014, ao abrigo do disposto na alínea b) do n.º 1 do artigo 97.º-A do CPPT. A Recorrente considera que esse valor não corresponde à utilidade económica do pedido, a qual deve ser aferida em função do imposto a pagar, que calcula no montante de ,14 euros. Atento que estamos perante a impugnação de acto de fixação da matéria tributável com a natureza de acto destacável, temos que atender à previsão da alínea b) do n.º 1 do artigo 97.º-A do CPPT, e não ao valor do imposto que for devido, pelo que nada há a censurar à sentença recorrida que assim o entendeu. Entendemos também nesta parte que a sentença recorrida deve ser confirmada». 1.6 Dispensaram-se os vistos dos Juízes Conselheiros adjuntos, atento o carácter urgente do processo. 1.7 As questões a apreciar e decidir são as de saber i) se este Supremo Tribunal Administrativo é competente em razão da hierarquia para apreciar o recurso (questão suscitada pelo Recorrido nas contraalegações) e se a sentença recorrida fez correcto julgamento ii) ao considerar caducado o direito de acção e iii) ao fixar o valor da causa em , FUNDAMENTAÇÃO 2.1 DE FACTO * * * A sentença recorrida efectuou o julgamento de facto nos seguintes termos: «Com relevância para a decisão da questão, o Tribunal julgou provado: A) Os recorrentes foram notificados da decisão de avaliação da matéria colectável por métodos indirectos e da decisão de fixação do rendimento colectável dos anos de 2013 e 2014, nos termos do artigo 89.º-A da LGT, em 27/ (fls. 69 a 76 verso 126 a 130). B) Os recorrentes apresentaram a petição inicial do recurso em 09/12/2015 (fls. 2 e 50). C) Dia 27/11/2015 foi sexta-feira, dia 07/12/2015 segunda-feira, dia 08/12/2015 foi feriado e 09/12/2015 quarta-feira. - Motivação. A matéria de facto provada resulta da análise crítica e conjugada do teor dos documentos juntos aos autos pela administração tributária, que não foram impugnados e estão identificados em cada um dos factos provados. Acresce que os recorrentes não impugnaram esses documentos e da conjugação desses documentos com o teor da petição inicial resulta que foram notificados da decisão recorrida no dia 27/11/2015, porquanto na petição inicial os recorrentes identificam a notificação da decisão recorrida como sendo a de fls. 69 a 76 verso, que corresponde ao comprovativo da notificação de fls. 128 a 130, que foi realizada por carta registada com aviso de recepção, tendo a notificação sido entregue à recorrente em 27/11/2015, data em que foi assinado aviso de recepção pela própria recorrente. Na alínea A) o Tribunal julgou provado que os recorrentes foram notificados no dia 27/11/2015, porquanto entende que esse é o facto essencial, já que as circunstâncias em que foi realizada a notificação (por carta registada com aviso de recepção assinada nesse dia pela recorrente mulher) são factos instrumentais e meios de prova do facto essencial: a data da notificação da decisão recorrida. A matéria de facto julgada provada na alínea B) resultou do facto dos documentos de fls. 2 e seguintes e 50, comprovarem que a petição inicial do recurso foi remetida por fax no dia 09/12/2015, facto que também é aceite pelas partes. Os factos da alínea C) são factos do conhecimento geral que não carecem de alegação e prova (art 412.º do CPC)». 2.2 DE DIREITO * AS QUESTÕES A APRECIAR E DECIDIR A sentença recorrida julgou caducado o direito de acção no presente recurso judicial deduzido ao abrigo do disposto no art. 89.º-A, n.ºs 7 e 8, da LGT, conjugado com o art. 146.º-B do CPPT, pelos Contribuintes acima identificados, a quem a AT fixou a matéria tributável para efeitos de IRS dos anos de 203 e 2014, pelo método indirecto previsto no art. 89.º-A da LGT, nos valores de ,00 e ,41, respectivamente. Para tanto, e em síntese, considerou que, porque os Contribuintes foram notificados da decisão de avaliação da matéria tributável por métodos indirectos e da decisão de fixação da matéria tributável em 27 de Novembro de 2015, quando apresentaram a petição inicial que deu origem ao recurso judicial, em 9 de Dezembro de 2016, estava já precludido o prazo legal para o efeito, que terminou no dia 7 deste último mês, atento o disposto no art. 146.º-B, n.º 4, do CPPT, que fixa o referido prazo em 10 dias. A final, o Juiz do Tribunal Administrativo e Fiscal de Penafiel fixou o valor da causa em ,41, invocando o disposto no ar. 97.º-A, n.º1, alínea b), do CPPT. Os Contribuintes, inconformados com a sentença proferida no recurso judicial, quer quanto ao julgamento de caducidade do direito de acção quer quanto ao valor fixado à causa, vêm agora recorrer para o Supremo Tribunal Administrativo. Se bem interpretamos as alegações de recurso e respectivas

6 6 de :02 conclusões, os Recorrentes consideram, quanto à caducidade do direito de impugnar, que há que aplicar ao prazo quer a possibilidade de apresentar a petição inicial nos 3 dias úteis seguintes ao termo do prazo, nos termos do disposto no art. 139.º, n.ºs 4 e 5, do Código de Processo Civil (CPC), quer a dilação de 5 dias prevista no art. 245.º, n.º 1, alínea b), do mesmo Código; quanto ao valor da causa, consideram que esta deve ser igual ao montante do imposto devido e não, como foi, no montante da matéria colectável fixada. Por seu turno, nas contra alegações a Recorrida veio arguir a incompetência deste Supremo Tribunal Administrativo em razão da hierarquia, sustentando que as questões suscitadas pelos Recorrentes não são exclusivamente de direito. Daí termos considerado como questões a apreciar e decidir as que enunciámos em DA COMPETÊNCIA EM RAZÃO DA HIERARQUIA Nas suas contra-alegações, o Director de Finanças do Porto suscitou, como questão prévia, a excepção de incompetência deste Supremo Tribunal Administrativo para conhecimento do objecto do recurso. Segundo alega, os Recorrentes «dirigem a este tribunal pedido de pronúncia sobre se a sentença recorrida incorreu em erro de julgamento da matéria de facto ( )» e, por isso, «nos precisos termos do n.º 1 do art. 280.º do CPPT, e porque as questões suscitadas não são exclusivamente de direito, deve o mesmo ser dirigido ao Tribunal Central Administrativo». É certo que os Recorrentes identificam como uma das questões que pretendem ver tratadas em sede de recurso a de saber «[s]e a sentença recorrida incorreu em erro de julgamento da matéria de facto por errada identificação da prova produzida e com a necessidade da sua ampliação» (cfr. conclusão II). Compulsadas as alegações, a única referência que aí lobrigamos como susceptível de integrar o invocado erro de julgamento quanto à matéria de facto é (a fls. 4 v.º da peça processual integrada pelo requerimento de recurso e respectiva motivação e nas conclusões V e XIX) a da omissão entre os factos provados das circunstâncias de «o processo inspectivo [estar] a decorrer na Direcção de Finanças do Porto» relativamente a «Sujeitos Passivos com domicílio em Penafiel». Dessa factualidade pretendem os Recorrentes extrair uma consequência jurídica, qual seja a de que, no prazo para interposição do recurso judicial da decisão administrativa em causa nos presentes autos, devem beneficiar da dilação de 5 dias prevista no art. 245.º. n.º 1, alínea b) («1. Ao prazo de defesa do citando acresce uma dilação de cinco dias quando: [ ] b) O réu tenha sido citado fora da área da comarca sede do tribunal onde pende a acção, [ ]».), do CPC, na redacção que lhe foi dada pela Lei n.º 41/2013, de 26 de Junho, rectificada pela Declaração de Rectificação n.º 36/2013, de 12 de Agosto (cf. conclusões XXI e XXII). No entanto, como bem salientou o Procurador-Geral Adjunto no seu parecer, não estamos perante uma verdadeira questão factual, ou melhor, a questão factual em causa não se encontra fora do âmbito dos poderes de apreciação deste Supremo Tribunal Administrativo. É que resulta da mera consulta dos autos que a entidade que proferiu a decisão impugnada a Direcção de Finanças do Porto, através do seu Director não está sedeada na comarca onde os Recorrentes têm domicílio, que é Penafiel. Ora, como este Supremo Tribunal Administrativo tem vindo a dizer, apesar de os seus poderes em sede de recurso de decisões dos tribunais tributários de 1.ª instância estarem restringidos a matéria de direito [cfr. art. 280.º, n.º 1, do CPPT e arts. 26.º, alínea b), e 38.º, alínea a), do Estatuto dos Tribunais Administrativos e Fiscais], nada obsta a que conheça, mesmo que oficiosamente, dos actos do próprio processo judicial (Neste sentido, JORGE LOPES DE SOUSA, Código de Procedimento e de Processo Tributário anotado e comentado, Áreas Editora, 6.ª edição, volume I, nota 10 ao art. 16.º, pág. 225 e volume IV, anotação 23 h) ao art. 279.º, pág. 369.). Consideramos, pois, tal como o Procurador-Geral Adjunto, que a asserção de que os Recorrentes pretendem extrair consequência jurídica que a entidade que proferiu a decisão administrativa de que recorreram judicialmente está sedeada numa comarca diferente daquela em que têm residência resulta da mera consulta dos autos, não podendo, por isso, considerar-se como uma questão de facto em ordem a excluir a competência deste Supremo Tribunal Administrativo em razão da hierarquia para conhecer do presente recurso jurisdicional. Improcede, pois, a alegada excepção de incompetência, havendo que conhecer do mérito do recurso DA NATUREZA DO PRAZO DO RECURSO JUDICIAL E RESPECTIVO MODO DE CONTAGEM Os Recorrentes não discutem que o prazo para a interposição do recurso judicial seja de 10 dias após a notificação da decisão, como decorre do disposto no n.º 2 do art. 146.º-B do CPPT, aplicável ex vi dos n.ºs 7 e 8 do art. 89.º-A da LGT. No entanto, sustentam que a sentença recorrida fez errado julgamento na medida em que, a seu ver, o prazo para interpor recurso judicial da decisão tem natureza processual e não substantiva. Por isso, entendem que devia aplicar-se ao prazo o disposto nos arts. 138.º e 139.º do CPC, designadamente na parte em que se permite a prática do acto nos 3 dias úteis seguintes ao termo do prazo mediante o pagamento de multa. Ademais, sustentam ainda que deviam usufruir da dilação de 5 dias prevista no art. 245.º, n.º 2, alínea b), do CPC. É manifesta a falta de razão dos Recorrentes. Desde logo, porque na contagem do prazo são de observar as regras do art. 279.º do Código Civil (CC), como o impõe o n.º 1 do art. 20.º do CPPT, pois trata-se, inequivocamente, de um prazo de impugnação judicial, como resulta do disposto no art. 97.º, n.º 1, alínea q), do CPPT. É inviável a pretensão de contagem do prazo nos termos do CPC, prevista no n.º 2 do mesmo art. 20.º, uma vez que não estamos perante «a prática de actos no processo judicial»; o processo judicial apenas se inicia com o recebimento da petição inicial. Ora, o critério para determinar se o prazo peremptório tem natureza judicial ou substantiva é o de saber se ele se refere ao período dentro qual há-de ser praticado um acto no processo judicial ou se ele se refere ao período para a prática de um acto fora do processo (designadamente, por não existir, ou não existir ainda, qualquer processo judicial). Assim, a tese dos Recorrentes apenas poderia ser bem sucedida caso o recurso pudesse ser considerado como um acto a praticar no processo judicial, caso em que ao respectivo prazo seriam de aplicar as regras de contagem do CPC, por força do disposto no n.º 2 do art. 20.º do CPPT. Mas não é assim. Nos termos do disposto no artigo 89.º-A da LGT, a decisão de avaliação indirecta da matéria tributável apresenta-se como um acto praticado no âmbito de um procedimento administrativo, se bem que destacável para efeitos de impugnação contenciosa (O que significa que é passível de recurso directo

7 7 de :02 e imediato, não lhe sendo aplicável, como expressamente decorre do n.º 7 do art. 89.º-A da LGT, o procedimento de revisão da matéria tributável previsto no arts. 91.º e segs. da mesma Lei (cf. neste sentido DIOGO LEITE DE CAMPOS, BENJAMIM SILVA RODRIGUES e JORGE LOPES DE SOUSA, Lei Geral Tributária Anotada e Comentada, Encontro da Escrita, 4.ª edição, anotação 9 ao art. 89.º-A, págs. 780/781).). O prazo em causa é, pois, um prazo substantivo, de caducidade, pois que integra a própria relação jurídica material controvertida e visa determinar o período para o exercício de um direito, sendo que o seu decurso extingue o direito (Cf. MANUEL DE ANDRADE, Teoria Geral da Relação Jurídica, volume II, 1987, págs. 463/464, MOTA PINTO, Teoria Geral de Direito Civil, 2.ª edição, n.º 93, págs. 370 a 375, PIRES DE LIMA e ANTUNES VARELA, Código Civil Anotado, volume I, 4ª edição, págs. 272/273.). Salvo o devido respeito, não faz sentido o paralelismo que os Recorrentes pretendem estabelecer entre o recurso apresentado nos termos do n.º 8 do art. 89.º-A da LGT e a apelação em processo civil, esgrimindo argumentação que, aliás, está em contradição com a anterior alegação. Num caso estamos perante a reacção contenciosa, ou seja, para um tribunal de uma decisão administrativa, no outro perante reacção de uma decisão proferida por um tribunal para um outro tribunal, situado superiormente na hierarquia jurisdicional. Pelas mesmas razões, e sempre salvo o devido respeito, não se compreende como a interpretação que o Tribunal Administrativo e Fiscal de Penafiel efectuou das normas em causa possa configurar-se como violadora de quaisquer normas ou princípios constitucionais, designadamente os invocados, nem os Recorrentes esclarecem em que consiste e como se concretiza essa violação, que se limitaram a enunciar. O acórdão deste Supremo Tribunal Administrativo que invocam em abono da sua tese (O acórdão de 25 de Setembro de 2013, proferido no processo n.º 511/13, publicado no Apêndice ao Diário da República de 26 de Maio de 2014 ( págs a 3535, também disponível em refere-se a uma situação que nada tem a ver com a sub judice: aí estava em causa o prazo para a reclamação judicial (prevista no art. 276.º e segs. do CPPT) de uma decisão proferida em sede de execução fiscal (que é um processo judicial, como resulta do disposto no art. 103.º da LGT), ou seja, um prazo processual, um prazo para a prática de um acto no âmbito de um processo judicial; enquanto aqui se discute o prazo para a interposição de recurso judicial, para a impugnação judicial de uma decisão administrativa. Sustentam ainda os Contribuintes que devem beneficiar da dilação prevista no art. 245.º, n.º 1, alínea b), do CPC. Mas também quanto a esse fundamento do recurso os Recorrentes não têm razão: a dilação prevista naquele preceito refere-se exclusivamente à defesa na sequência de citação, como resulta do teor do preceito. Ora, a situação dos autos não é de citação em processo de execução fiscal que, nos termos do n.º 2 do art. 35.º do CPPT, «é o acto destinado a dar conhecimento ao executado de que foi proposta contra ele determinada execução ou a chamar a esta, pela primeira vez, pessoa interessada» mas de notificação de um acto tributário de fixação da matéria colectável. Ademais, esta notificação tem lugar no âmbito de um procedimento em que o notificando já está presente, pelo que não se verificam os motivos que determinaram o legislador a fixar aquela dilação no caso da citação (cessant ratione legis cessat eius dispositio). Na verdade, a notificação ocorre no final de um procedimento no âmbito do qual lhe é assegurado o direito de participação (Neste sentido, o seguinte acórdão da Secção de Contencioso Tributário do Supremo Tribunal Administrativo: - de 21 de Março de 2012, proferido no processo n.º 1129/11, publicado no Apêndice ao Diário da República de 18 de Abril de 2013 ( págs. 847 a 851, também disponível em Também aqui, o acórdão que citam em favor da sua tese (O acórdão de 28 de Março de 2012, proferido no processo n.º 261/12, publicado no Apêndice ao Diário da República de 18 de Abril de 2013 ( /2012/32210.pdf), págs. 870 a 876, também disponível em não se refere a situação idêntica à dos autos, motivo por que a doutrina que nesse aresto foi aplicada não logra aplicação no caso sub judice: aí estávamos perante um acto de citação, destinado a chamar ao processo de execução fiscal um credor com garantia real sobre o bem penhorado, enquanto aqui estamos perante a comunicação aos ora Recorrentes (notificação) da decisão de avaliação da matéria colectável pelo método indirecto previsto no art. 89.º-A da LGT. Pelo exposto se conclui que o recurso não merece provimento no segmento em que ataca a decisão de caducidade do direito de acção, sendo de confirmar nessa parte a sentença recorrida que fez correcto julgamento DO VALOR DA CAUSA Os Recorrentes sustentam também que errou a sentença na fixação do valor da causa. A seu ver, o valor a fixar à causa deverá ser «o valor do tributo» e não o «valor resultante do acto de fixação de rendimenos cuja anulação foi peticionada», por ser aquele o que corresponde à utilidade económica do pedido, em conformidade com o disposto no art. 296.º do CPC. Salvo o devido respeito, também quanto a este fundamento não têm razão. Diz o art. 97.º-A do CPPT: «1. Os valores atendíveis, para efeitos de custas ou outros previstos na lei, para as acções que decorram nos tribunais tributários, são os seguintes: [ ] b) Quando se impugne o acto de fixação da matéria colectável, o valor contestado; [ ]». Poderá a opção legislativa ser criticável (Dando conta da inadequação dos critérios utilizados para a fixação do valor nos casos de impugnação de actos de fixação de valores, vide JORGE LOPES DE SOUSA, Código de Procedimento e de Processo Tributário anotado e comentado, Áreas Editora, 6.ª edição, volume II, anotação 5 ao art. 97.º-A, págs. 73/74. ), mas é inequívoca e afigura-se-nos ainda dentro da liberdade de conformação de que goza o legislador sem que ponha em causa direitos ou princípios constitucionalmente protegidos. No caso está em causa a fixação da matéria tributável dos anos de 2013 e 2014 nos valores de, respectivamente, ,00 e ,41, pelo que, não merecendo censura a fixação do valor da causa no valor global de ,41 (Vide, em situações semelhantes, se bem que referidas à fixação de valores patrimoniais, os seguintes acórdãos desta Secção de Contencioso Tributário do Supremo Tribunal Administrativo: - de 14 de Setembro de 2011, proferido no processo n.º 255/11, publicado no Apêndice ao Diário da República de 22 de Março de 2012 ( págs a 1480, também disponível em - de 3 de Fevereiro de 2016, proferido no processo n.º 1146/15, ainda não publicado no jornal oficial, disponível em o recurso também não pode ser provido nesta parte.

8 8 de : CONCLUSÕES Preparando a decisão, formulamos as seguintes conclusões: I - O prazo de 10 dias para interpor recurso judicial da decisão administrativa de fixação da matéria tributável por método indirecto ao abrigo do art. 89.º-A da LGT (n.º 2 do art. 146.º-B do CPPT, aplicável ex vi dos n.ºs 7 e 8 do art. 89.º-A da LGT), é um prazo de impugnação judicial [cfr. art. 97.º, n.º 1, alínea q)] que, por força do n.º 1 do art. 20.º do CPPT, se conta nos termos do Código Civil. II - Assim, porque se trata de um prazo substantivo, não lhe é aplicável a faculdade prevista no art. 139.º, n.ºs 4 e 5, do CPC, a qual está prevista exclusivamente para os prazos processuais ou judiciais. III - A dilação prevista art. 245.º, n.º 1, alínea b), do CPC, só é aplicável às situações de citação, tal como a define o n.º 2 do art. 35.º do CPPT. IV - Nos termos da alínea b) do n.º 1 do art. 97.º-A do CPPT, o valor a atender para a fixação do valor da causa, quando se impugne o acto de fixação da matéria colectável, é o valor contestado. 3. DECISÃO Face ao exposto, os juízes da Secção do Contencioso Tributário deste Supremo Tribunal Administrativo acordam, em conferência, negar provimento ao recurso jurisdicional. Custas pelos Recorrentes. * * * * Lisboa, 13 de Abril de Francisco Rothes (relator) - Aragão Seia - Casimiro Gonçalves.

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