PONTO 1: AÇÃO PENAL CONTINUAÇÃO... PONTO A) PRINCÍPIOS PONTO B) ESPÉCIES DE AÇÃO PENAL
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- Joaquim Conceição Bugalho
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1 1 PROC. PENAL PONTO 1: AÇÃO PENAL CONTINUAÇÃO... PONTO A) PRINCÍPIOS PONTO B) ESPÉCIES DE AÇÃO PENAL 6. AÇÃO PENAL PÚBLICA D) PRINCÍPIOS D.1) OBRIGATORIEDADE (NECESSIDADE OU LEGALIDADE PROCESSUAL) estando diante de um crime o MP é obrigado a intentar com ação penal. EXCEÇÕES: OBRIGATORIEDADE MITIGADA, ABRANDADA, SUAVIZADA, RELATIVIZADA. - TRANSAÇÃO PENAL: (ART. 98, INC. I 1, CF, C/C ART. 76 2, L 9099/95) 2) ACORDO DE LENIÊNCIA LEI /11 3) T.A.C 1 Art. 98. A União, no Distrito Federal e nos Territórios, e os Estados criarão: I - juizados especiais, providos por juízes togados, ou togados e leigos, competentes para a conciliação, o julgamento e a execução de causas cíveis de menor complexidade e infrações penais de menor potencial ofensivo, mediante os procedimentos oral e sumariíssimo, permitidos, nas hipóteses previstas em lei, a transação e o julgamento de recursos por turmas de juízes de primeiro grau; 2 Art. 76. Havendo representação ou tratando-se de crime de ação penal pública incondicionada, não sendo caso de arquivamento, o Ministério Público poderá propor a aplicação imediata de pena restritiva de direitos ou multas, a ser especificada na proposta. 1º Nas hipóteses de ser a pena de multa a única aplicável, o Juiz poderá reduzi-la até a metade. 2º Não se admitirá a proposta se ficar comprovado: I - ter sido o autor da infração condenado, pela prática de crime, à pena privativa de liberdade, por sentença definitiva; II - ter sido o agente beneficiado anteriormente, no prazo de cinco anos, pela aplicação de pena restritiva ou multa, nos termos deste artigo; III - não indicarem os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias, ser necessária e suficiente a adoção da medida. 3º Aceita a proposta pelo autor da infração e seu defensor, será submetida à apreciação do Juiz. 4º Acolhendo a proposta do Ministério Público aceita pelo autor da infração, o Juiz aplicará a pena restritiva de direitos ou multa, que não importará em reincidência, sendo registrada apenas para impedir novamente o mesmo benefício no prazo de cinco anos. 5º Da sentença prevista no parágrafo anterior caberá a apelação referida no art. 82 desta Lei. 6º A imposição da sanção de que trata o 4º deste artigo não constará de certidão de antecedentes criminais, salvo para os fins previstos no mesmo dispositivo, e não terá efeitos civis, cabendo aos interessados propor ação cabível no juízo cível.
2 2 4) PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA atipificante. D.2) INDISPONIBILIDADE (art e CPP): o MP não pode desistir do curso da ação penal e do recurso interposto. EXCEÇÕES DISPONILIDADE REGRADA (MITIGADA, ABRANDADA...) 1) A SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO. Art LEI 9099/95 2) TRANSAÇÃO PENAL (ART. 79 6, L 9099/95). D.3) (IN) DIVISIBILIDADE: para o MP indivisibilidade. Para tese defensiva ou para juiz divisibilidade. - DOUTRINA TRADICIONAL: indivisibilidade (CAPEZ, TOURINHO F.) - DOUTRINA MODERNA: divisibilidade (AVENA, BONFIM, MIRABETE) - STJ, HC 35084, S.T., REL. MIN. LAURITA VAZ, , P Art. 42. O Ministério Público não poderá desistir da ação penal. 4 Art O Ministério Público não poderá desistir de recurso que haja interposto. 5 Art. 89. Nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior a um ano, abrangidas ou não por esta Lei, o Ministério Público, ao oferecer a denúncia, poderá propor a suspensão do processo, por dois a quatro anos, desde que o acusado não esteja sendo processado ou não tenha sido condenado por outro crime, presentes os demais requisitos que autorizariam a suspensão condicional da pena (art. 77 do Código Penal). 1º Aceita a proposta pelo acusado e seu defensor, na presença do Juiz, este, recebendo a denúncia, poderá suspender o processo, submetendo o acusado a período de prova, sob as seguintes condições: I - reparação do dano, salvo impossibilidade de fazê-lo; II - proibição de freqüentar determinados lugares; III - proibição de ausentar-se da comarca onde reside, sem autorização do Juiz; IV - comparecimento pessoal e obrigatório a juízo, mensalmente, para informar e justificar suas atividades. 2º O Juiz poderá especificar outras condições a que fica subordinada a suspensão, desde que adequadas ao fato e à situação pessoal do acusado. 3º A suspensão será revogada se, no curso do prazo, o beneficiário vier a ser processado por outro crime ou não efetuar, sem motivo justificado, a reparação do dano. 4º A suspensão poderá ser revogada se o acusado vier a ser processado, no curso do prazo, por contravenção, ou descumprir qualquer outra condição imposta. 5º Expirado o prazo sem revogação, o Juiz declarará extinta a punibilidade. 6º Não correrá a prescrição durante o prazo de suspensão do processo. 7º Se o acusado não aceitar a proposta prevista neste artigo, o processo prosseguirá em seus ulteriores termos. 6 Art. 79. No dia e hora designados para a audiência de instrução e julgamento, se na fase preliminar não tiver havido possibilidade de tentativa de conciliação e de oferecimento de proposta pelo Ministério Público, proceder-se-á nos termos dos arts. 72, 73, 74 e 75 desta Lei.
3 3 D.4) INTRANSCENDÊNCIA (INCONTAGIABILIDADE OU INTRASMISSIBILIDADE): Corolário do PRINCÍPIO DA PESSOALIDADE DA PENA este postulado limita a acusação ao verdadeiro autor do crime. Guarda relação ainda, com o PRINCÍPIO DA RESPONSABILIDADE PENAL SUBJETIVA _ NULLA POENA SINE CULPA. D.5) PRINCÍPIO DA OFICIALIDADE: na ação penal pública a acusação é promovida exclusivamente pelo MP, órgão oficial do Estado. Deste princípio decorrem os seguintes reflexos: - art CPP este artigo contém a previsão da AÇÃO PENAL EX OFÍCIO ou PROCESSO JUDICIALIFORME não foi recepcionado pela constituição da república. Art. 129, inc. I 8 CF. - EXTINÇÃO DA FIGURA DO PROMOTOR AD HOC (para isso, para o ato). - Discute-se a constitucionalidade do assistente de acusação. O tema não ganhou relevo nos tribunais e alheio à discussão o legislador conferiu a ele as postulações atinentes ao cenário das prisões provisórias (Lei 12403/11) D.6) AUTORITARIEDADE: em face de suas funções constitucionais e institucionais MP pode realizar diversos atos independentemente da chancela do juiz. 6.1) AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA: (TÍPICA, AUTÊNTICA, GENUÍNA, PROP. PÚBLICA): é a regra no processo penal e assim denominada por que o seu exercício independe do pedido de qualquer pessoa. Identifica-se pelo silencio da lei, ou seja, pela ausência de referência às expressões queixa e representação. 6.2) AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA À REPRESENTAÇÃO DO OFENDIDO: A) CONCEITO, FINALIDADE E FORMA: é uma manifestação de vontade que funciona como autorização para o início do I.P (art. 5º, 4º 9 do CPP) e da AÇÃO PENAL. Pode ser oferecida verbalmente (reduzida a termo), por escrito (com firma reconhecida) ou por procuração (com poderes especiais). 7 Art.26.A ação penal, nas contravenções, será iniciada com o auto de prisão em flagrante ou por meio de portaria expedida pela autoridade judiciária ou policial. 8 Art São funções institucionais do Ministério Público: I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei; 9 Art.5 o Nos crimes de ação pública o inquérito policial será iniciado: II-mediante requisição da autoridade judiciária ou do Ministério Público, ou a requerimento do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo. 4 o O inquérito, nos crimes em que a ação pública depender de representação, não poderá sem ela ser iniciado.
4 4 B) MODO DE IDENTIFICAR/LOCALIZAÇÃO: - SOMENTE SE PROCEDE MEDIANTE REP... - AGREGADA AO TIPO: ART. 147, Ú 10, CP. - DISPOSIÇÕES GERAIS OU FINAIS: ARTS E , CP. - LEGISLAÇÃO EXTRAVAGANTE: ART , L 9099/95. C) EFICÁCIA OBJETIVA EXTENSÃO OU ALCANCE DA REPRESENTAÇÃO: discute-se a possibilidade de o MP denunciar à todos os autores do crime na hipótese em que a vítima só representa em relação a um deles. Há dois posicionamentos: Nº 1) A REPRESENTAÇÃO VINCULA A ATUAÇÃO DO MP. Nº 2) A REPRESENTAÇÃO DIZ RESPEITO AO FATO DELITUOSO autorizando assim, o MP a denunciar a tantos quantos forem os seus autores. D) DESTINATÁRIOS (ART CPP) 10 Art Ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou qualquer outro meio simbólico, de causar-lhe mal injusto e grave: Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. Parágrafo único - Somente se procede mediante representação. 11 Art Somente se procede mediante representação, se o crime previsto neste título é cometido em prejuízo: (Vide Lei nº , de 2003) I - do cônjuge desquitado ou judicialmente separado; II - de irmão, legítimo ou ilegítimo; III - de tio ou sobrinho, com quem o agente coabita. 12 Art Nos crimes definidos nos Capítulos I e II deste Título, procede-se mediante ação penal pública condicionada à representação. (Redação dada pela Lei nº , de 2009) Parágrafo único. Procede-se, entretanto, mediante ação penal pública incondicionada se a vítima é menor de 18 (dezoito) anos ou pessoa vulnerável. (Incluído pela Lei nº , de 2009) 13 Art. 88. Além das hipóteses do Código Penal e da legislação especial, dependerá de representação a ação penal relativa aos crimes de lesões corporais leves e lesões culposas. 14 Art.39.O direito de representação poderá ser exercido, pessoalmente ou por procurador com poderes especiais, mediante declaração, escrita ou oral, feita ao juiz, ao órgão do Ministério Público, ou à autoridade policial. 1 o A representação feita oralmente ou por escrito, sem assinatura devidamente autenticada do ofendido, de seu representante legal ou procurador, será reduzida a termo, perante o juiz ou autoridade policial, presente o órgão do Ministério Público, quando a este houver sido dirigida. 2 o A representação conterá todas as informações que possam servir à apuração do fato e da autoria. 3 o Oferecida ou reduzida a termo a representação, a autoridade policial procederá a inquérito, ou, não sendo competente, remetê-lo-á à autoridade que o for. 4 o A representação, quando feita ao juiz ou perante este reduzida a termo, será remetida à autoridade policial para que esta proceda a inquérito.
5 5 - JUIZ - MP - AUTORIDADE POL. E) PRAZO P/ REPRESENTAR (ART CPP) 6 meses do conhecimento da autoria. F) RETRATAÇÃO - REGRA (ART CPP): até o oferecimento da denúncia - V.D.F.M (ART , L 11340/06): até o recebimento da denúncia (audiência) G) RETRATAÇÃO DA RETRATAÇÃO: (REVOGAÇÃO DA RETRATAÇÃO OU RENOVAÇÃO DA REPRESENTAÇÃO) prevalece na doutrina que sim, quantas vezes quiser. Prevalece que é possível enquanto não operada a decadência. H) RENÚNCIA À REPRESENTAÇÃO: LEI 9099/95 a homologação da composição dos danos civis acarreta renúncia ao direito de queixa ou representação. L 11340/06 até o recebimento da denúncia em audiência. I) LEGITIMADOS A REPRESENTAR: - REGRA: ofendido maior de 18 anos e capaz mental. - MENOR OU ENFERMIDADE MENTAL: REPRESENTANTE LEGAL. - MENOR OU ENFERMO MENTAL S/ REP. LEGAL OU COLIDÊNCIA ENTRE ofendido e seu representante legal: CURADOR ESPECIAL. - MORTE OU DECLARAÇÃO JUDICIAL DE AUSÊNCIA DO OFENDIDO: C.C.A.D.I (ART CPP) - PESSOA JURÍDICA (ART CPP): - CONTRATO/ESTATUTO DIRETOR(ES) OU SÓCIO(S) 5 o O órgão do Ministério Público dispensará o inquérito, se com a representação forem oferecidos elementos que o habilitem a promover a ação penal, e, neste caso, oferecerá a denúncia no prazo de quinze dias. 15 Art.38.Salvo disposição em contrário, o ofendido, ou seu representante legal, decairá no direito de queixa ou de representação, se não o exercer dentro do prazo de seis meses, contado do dia em que vier a saber quem é o autor do crime, ou, no caso do art. 29, do dia em que se esgotar o prazo para o oferecimento da denúncia. Parágrafo único.verificar-se-á a decadência do direito de queixa ou representação, dentro do mesmo prazo, nos casos dos arts. 24, parágrafo único, e Art.25.A representação será irretratável, depois de oferecida a denúncia. 17 Art. 16.Nas ações penais públicas condicionadas à representação da ofendida de que trata esta Lei, só será admitida a renúncia à representação perante o juiz, em audiência especialmente designada com tal finalidade, antes do recebimento da denúncia e ouvido o Ministério Público. 18 Art.31.No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão judicial, o direito de oferecer queixa ou prosseguir na ação passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão. 19 Art.37.As fundações, associações ou sociedades legalmente constituídas poderão exercer a ação penal, devendo ser representadas por quem os respectivos contratos ou estatutos designarem ou, no silêncio destes, pelos seus diretores ou sóciosgerentes.
6 6 6.3) AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA À REQUISIÇÃO DO MINISTRO DA JUSTIÇA A) HIPÓTESES: crime praticado por estrangeiro contra brasileiro no exterior. (PRINCÍPIO DA EXTRATERRITORIALIDADE CONDICIONADA) _ ART. 7º, 3º, B 20, CP. - CRIME CONTRA HONRA DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA OU CHEFE DE GOVERNO ESTRANGEIRO (art. 141, inc I 21. c/c 145, ú 22 CP). B) PRAZO: como não há previsão legal prevalece que é possível enquanto não operada a prescrição. C) RETRATAÇÃO: a doutrina diverge. Parte entende que não é possível a retratação por ausência de previsão legal e por se tratar de ato revestido de seriedade. Prevalece, entretanto, que é possível por analogia ao art CPP, e por se tratar de ato administrativo que pode ser revisto pela autoridade que o editou. D) VINCULAÇÃO DO MP: em face do PRINCÍPIO DA INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL (art CF) o MP não é obrigado a oferecer a denúncia. Podendo até mesmo requerer o arquivamento das peças de informação. 20 Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro: 3º - A lei brasileira aplica-se também ao crime cometido por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil, se, reunidas as condições previstas no parágrafo anterior: (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) a) não foi pedida ou foi negada a extradição; b) houve requisição do Ministro da Justiça. 21 Art As penas cominadas neste Capítulo aumentam-se de um terço, se qualquer dos crimes é cometido: I - contra o Presidente da República, ou contra chefe de governo estrangeiro; 22 Art Nos crimes previstos neste Capítulo somente se procede mediante queixa, salvo quando, no caso do art. 140, 2º, da violência resulta lesão corporal. Parágrafo único. Procede-se mediante requisição do Ministro da Justiça, no caso do inciso I do caput do art. 141 deste Código, e mediante representação do ofendido, no caso do inciso II do mesmo artigo, bem como no caso do 3 o do art. 140 deste Código. (Redação dada pela Lei nº de 2009) 23 Art.25.A representação será irretratável, depois de oferecida a denúncia. 24 Art O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis. 1º - São princípios institucionais do Ministério Público a unidade, a indivisibilidade e a independência funcional. 2º Ao Ministério Público é assegurada autonomia funcional e administrativa, podendo, observado o disposto no art. 169, propor ao Poder Legislativo a criação e extinção de seus cargos e serviços auxiliares, provendo-os por concurso público de provas ou de provas e títulos, a política remuneratória e os planos de carreira; a lei disporá sobre sua organização e funcionamento. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
7 7 7) AÇÃO PENAL (DE INICIATIVA) PRIVADA: A) TITULAR: DOMINUS LITIS : ofendido A.1) PAPEL DO MP CUSTUS LEGIS (ART. 257, INC. II 25, CPP). A.2) OBJETO DE TRANSFERÊNCIA RAZÃO DE SER: o jus puniendi (direito de punir) continua do Estado. - jus acusationis ou jus persequendi in juditio (direito de entrar com ação penal ao ofendido) para evitar o streptus judicii ou streptus fori (desgaste, constrangimento com o processo). B) A PEÇA ACUSATÓRIA: queixa-crime. B.1) ART CPP B.2) REJEIÇÃO: ART CPP - VER ITEM 6.C - EXIGE PROCURAÇÃO COM PODERES ESPECIAIS (ART CPP) C) PRINCÍPIOS: 3º - O Ministério Público elaborará sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias. 4º Se o Ministério Público não encaminhar a respectiva proposta orçamentária dentro do prazo estabelecido na lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo considerará, para fins de consolidação da proposta orçamentária anual, os valores aprovados na lei orçamentária vigente, ajustados de acordo com os limites estipulados na forma do 3º. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 5º Se a proposta orçamentária de que trata este artigo for encaminhada em desacordo com os limites estipulados na forma do 3º, o Poder Executivo procederá aos ajustes necessários para fins de consolidação da proposta orçamentária anual. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 6º Durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a realização de despesas ou a assunção de obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, exceto se previamente autorizadas, mediante a abertura de créditos suplementares ou especiais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 25 Art Ao Ministério Público cabe: (Redação dada pela Lei nº , de 2008). II - fiscalizar a execução da lei. (Incluído pela Lei nº , de 2008). 26 Art.41.A denúncia ou queixa conterá a exposição do fato criminoso, com todas as suas circunstâncias, a qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa identificá-lo, a classificação do crime e, quando necessário, o rol das testemunhas. 27 Art A denúncia ou queixa será rejeitada quando: (Redação dada pela Lei nº , de 2008). I - for manifestamente inepta; (Incluído pela Lei nº , de 2008). II - faltar pressuposto processual ou condição para o exercício da ação penal; ou (Incluído pela Lei nº , de 2008). III - faltar justa causa para o exercício da ação penal. (Incluído pela Lei nº , de 2008). Parágrafo único. (Revogado). (Incluído pela Lei nº , de 2008). 28 Art.44.A queixa poderá ser dada por procurador com poderes especiais, devendo constar do instrumento do mandato o nome do querelante e a menção do fato criminoso, salvo quando tais esclarecimentos dependerem de diligências que devem ser previamente requeridas no juízo criminal.
8 8 C.1) OPORTUNIDADE (CONVENIÊNCIA): a vítima goza de mera faculdade de propor a ação penal. Este princípio justifica os institutos da decadência e da renúncia. C.2) DISPONIBILIDADE: o querelante pode desistir do curso da ação e do recurso interposto. Este princípio justifica os institutos do perdão do ofendido e da perempção. C.3) INDIVISIBILIDADE (ART CPP): em caso de concurso de pessoas, todos devem figurar na queixa. Cabendo ao MP fiscalizar. Em caso de deliberada omissão da vítima em relação a um dos autores do crime há 3 orientações: 1) O MP adita a queixa para incluí-lo 2) O juiz interpreta a hipótese como renúncia tácita declarando extinta a punibilidade de todos. Posição do STF informativo ) O juiz provoca a manifestação do ofendido e persistindo a omissão adota a solução do item anterior. C.4) INTRANSCENDÊNCIA (VER ITEM 6.D.4): D) DENOMINAÇÃO DAS PARTES: - QUERELANTE: autor da ação - QUERELADO: autor do crime E) PRAZO: QUEIXA-CRIME (ART. 38 CPP): 6 meses a contar do conhecimento da autoria. F) LEGITIMADOS A OFERECER A QUEIXA: ver item 6.2.I. 7.1) AÇÃO PENAL PRIVADA PERSONALÍSSIMA A) HIPÓTESE: ART CP B) CONDIÇÃO: trânsito em julgado da sentença. Anulatória do casamento (art. 236 único, CP) C) PRAZO: 6 MESES... D) MORTE DA VÍTIMA: 29 Art.48.A queixa contra qualquer dos autores do crime obrigará ao processo de todos, e o Ministério Público velará pela sua indivisibilidade. 30 Art Contrair casamento, induzindo em erro essencial o outro contraente, ou ocultando-lhe impedimento que não seja casamento anterior: Pena - detenção, de seis meses a dois anos. Parágrafo único - A ação penal depende de queixa do contraente enganado e não pode ser intentada senão depois de transitar em julgado a sentença que, por motivo de erro ou impedimento, anule o casamento.
9 9 7.2) AÇÃO PENAL PRIVADA SUBSIDIÁRIA (SUPLETIVA) DA PÚBLICA A) PREVISÃO CF: ART. 5º, LIX 31, CF. B) PREVISÃO LEGAL: ART CPP, 100, 3º 33 CP, ART , L 8078/90, C) CABIMENTO: em caso de inércia do MP, ou seja, quando o MP não intenta com ação penal, pede arquivamento, ou novas diligências no prazo legal. (Ver item 14 da aula de IP). D) PRAZO: 6 MESES do término do prazo do MP. Obs: neste período a legitimidade é concorrente entre o MP e a vítima. E) INCOMPATIBILIDADE: os crimes vagos, assim entendidos, aqueles em que o sujeito passivo é indeterminado, são incompatíveis com esta modalidade de ação, salvo quando a lei apontar quem é/são o(s) legitimado(s), como é o caso, por exemplo, do art. 80 CDC. F) ATRIBUIÇÕES/POSSIBILIDADES DO M.P: F.1) ANTES DO INÍCIO DA AÇÃO PENAL (ART. 29, CPP): - Aditar a queixa: para incluir pessoas ou fatos não aventados. - Repudiar a queixa: quando não configurada a inércia. - Oferecer denúncia substitutiva: quando verificar que a queixa contém defeito que fatalmente à levaria a rejeição. F.2) NO CURSO DA AÇÃO: o MP não fica alijado (impedido) de suas funções institucionais, podendo praticar todo e qualquer ato necessário ao desenvolvimento do processo. F.3) POSIÇÃO ESPECÍFICA DO MP: Interveniente adesivo obrigatório. 8) OUTRAS CLASSIFICAÇÕES DE AÇÃO PENAL: A) AÇÃO PENAL SEMPRE PÚBLICA art. 24, 2º 35, CPP PATRIMÔNIO OU INTERESSA U,E,M. 31 LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal; 32 Art.29.Será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal, cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva, intervir em todos os termos do processo, fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no caso de negligência do querelante, retomar a ação como parte principal. 33 Art A ação penal é pública, salvo quando a lei expressamente a declara privativa do ofendido. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de ) 3º - A ação de iniciativa privada pode intentar-se nos crimes de ação pública, se o Ministério Público não oferece denúncia no prazo legal. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de ) 34 Art. 80. No processo penal atinente aos crimes previstos neste código, bem como a outros crimes e contravenções que envolvam relações de consumo, poderão intervir, como assistentes do Ministério Público, os legitimados indicados no art. 82, inciso III e IV, aos quais também é facultado propor ação penal subsidiária, se a denúncia não for oferecida no prazo legal. 35 Art.24.Nos crimes de ação pública, esta será promovida por denúncia do Ministério Público, mas dependerá, quando a lei o exigir, de requisição do Ministro da Justiça, ou de representação do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo.
10 1 B) AÇÃO PENAL ADESIVA é assim denominada a ação penal privada que pelas regras de conexão e continência é processada em conjunto com a ação penal pública, estabelecendo-se uma espécie de litisconsórcio ativo-facultativo. C) AÇÃO PENAL SECUNDÁRIA: é assim chamada quando se verifica determinada circunstância que altera a natureza originária da ação penal. Ex: nos crimes contra honra a ação penal é de regra privada, mas em caso de injúria qualificada, por exemplo, é pública incondicionada. D) AÇÃO PENAL EX OFFICIO : APF, MP, JUIZ. E) AÇÃO PENAL PÚBLICA SUBSIDIÁRIA DA PÚBLICA: ART. 2º, 2º 36, DL 201/67, ART. 357, 3º E 4º 37, CÓD. ELEITORAL. F) AÇÃO PENAL DE PREVENÇÃO (AÇÃO DE PREVENÇÃO PENAL): é assim denominada a ação que tem como sujeito passivo o doente mental. G) AÇÃO PARA APURAR CRIME DE RESPONSABILIDADE LEI 1079/50 G.1) OBJETO CRIME DE RESPONSABILIDADE G.2) PROVOCAÇÃO DENÚNCIA DE QUALQUER CIDADÃO G.3) NATUREZA JURÍDICA: prevalece na doutrina que a ação tem natureza políticoadministrativa. 9) NATUREZA DA AÇÃO PENAL EM DIVERSAS INFRAÇÕES PENAIS: 9.1) CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL A) REGRA: PÚB. COND. A REPRESENTAÇÃO. (ART , CAPUT CP) 2 o Seja qual for o crime, quando praticado em detrimento do patrimônio ou interesse da União, Estado e Município, a ação penal será pública. (Incluído pela Lei nº 8.699, de ) 36 Art. 2º O processo dos crimes definidos no artigo anterior é o comum do juízo singular, estabelecido pelo Código de Processo Penal, com as seguintes modificações: 2º Se as previdências para a abertura do inquérito policial ou instauração da ação penal não forem atendidas pela autoridade policial ou pelo Ministério Público estadual, poderão ser requeridas ao Procurador-Geral da República. 37 Art Verificada a infração penal, o Ministério Público oferecerá a denúncia dentro do prazo de 10 (dez) dias. 3º Se o órgão do Ministério Público não oferecer a denúncia no prazo legal representará contra êle a autoridade judiciária, sem prejuízo da apuração da responsabilidade penal. 4º Ocorrendo a hipótese prevista no parágrafo anterior o juiz solicitará ao Procurador Regional a designação de outro promotor, que, no mesmo prazo, oferecerá a denúncia. 38 Art Nos crimes definidos nos Capítulos I e II deste Título, procede-se mediante ação penal pública condicionada à representação. (Redação dada pela Lei nº , de 2009) Parágrafo único. Procede-se, entretanto, mediante ação penal pública incondicionada se a vítima é menor de 18 (dezoito) anos ou pessoa vulnerável. (Incluído pela Lei nº , de 2009)
11 1 B) PÚB. INCONDICIONADA: MENOR DE 18 ANOS OU VULNERÁVEL (ART. 225, Ú, CP) 9.2) LESÃO CORPORAL A) LEVE DOLOSA OU CULPOSA: PÚB. COND. À REP (ART. 88, L 9099/95) B) CULPOSA DE TRÂNSITO (ART CTB) B.1)REGRA: PÚBL COND. À REP (ITEM A) B.2) PÚB. INCON EMBRIAGUEZ, RACHA, VELOC. 50KM/H ACIMA DA MÁX PERMITIDA. C) DOLOSA OU CULPOSA C/ V.D.F.M - PÚB. INCONDICIONADA ART L 11340/06 ADI 4424 E ADC ) CRIMES CONTRA A HONRA A) REGRA: PRIVADA (ART , CAPUT, CP). B) PÚB. COND. À REP. MIN. JUSTIÇA: honra pres. Rep. ou chefe de estrangeiro (art. 145, ú 42, CP) C) PÚB. COND. À REP. OU PRIVADA: honra de func. Pub. (súm STF) D) PÚB. COND. À REP: injúria qualificada (art. 140, 3º 44, CP) 39 Art Praticar lesão corporal culposa na direção de veículo automotor: Penas - detenção, de seis meses a dois anos e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor. Parágrafo único. Aumenta-se a pena de um terço à metade, se ocorrer qualquer das hipóteses do parágrafo único do artigo anterior. 40 Art. 41. Aos crimes praticados com violência doméstica e familiar contra a mulher, independentemente da pena prevista, não se aplica a Lei n o 9.099, de 26 de setembro de Art Nos crimes previstos neste Capítulo somente se procede mediante queixa, salvo quando, no caso do art. 140, 2º, da violência resulta lesão corporal. 42 Parágrafo único. Procede-se mediante requisição do Ministro da Justiça, no caso do inciso I do caput do art. 141 deste Código, e mediante representação do ofendido, no caso do inciso II do mesmo artigo, bem como no caso do 3 o do art. 140 deste Código. (Redação dada pela Lei nº de 2009) 43 SÚMULA Nº 714 É CONCORRENTE A LEGITIMIDADE DO OFENDIDO, MEDIANTE QUEIXA, E DO MINISTÉRIO PÚBLICO, CONDICIONADA À REPRESENTAÇÃO DO OFENDIDO, PARA A AÇÃO PENAL POR CRIME CONTRA A HONRA DE SERVIDOR PÚBLICO EM RAZÃO DO EXERCÍCIO DE SUAS FUNÇÕES. 44 Art Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro: Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. 3 o Se a injúria consiste na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião, origem ou a condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência: (Redação dada pela Lei nº , de 2003) Pena - reclusão de um a três anos e multa. (Incluído pela Lei nº 9.459, de 1997)
12 1 E) PÚB. INCOND: INJÚRIA REAL (ART. 140, 2º 45, C/C ART , CP) * DIVERGÊNCIA. 9.4) CONTRAVENÇÃO DE VIAS DE FATO ART , DL 3688/41 - NUCCI, CAPEZ, DAMÁSIO... E ENUNCIADO FONAGE Nº 76 (PÚB. COND. À REP) - GRINOVER, FLÁVIO GOMES, FAGUNDES: PÚB. INCONDICIONADA ART , L.C.P (STF, HC 80617) 9.5) ABUSO DE AUTORIDADE L 4898/65. -AÇÃO PENAL PÚB. INCONDICIONADA. 9.6) CRIMES DO ESTATUTO DO IDOSO ART L 10741/03 - PÚB. INCONDICIONADA 9.7) CRIMES DE SONEGAÇÃO FISCAL L 8137/90 - PÚB. INCONDICIONADA, MAS EXIGE-SE ESGOTAMENTO DA VIA ADM. 45 Art Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro: Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. II - no caso de retorsão imediata, que consista em outra injúria. 2º - Se a injúria consiste em violência ou vias de fato, que, por sua natureza ou pelo meio empregado, se considerem aviltantes: Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa, além da pena correspondente à violência. 46 Art Quando a lei considera como elemento ou circunstâncias do tipo legal fatos que, por si mesmos, constituem crimes, cabe ação pública em relação àquele, desde que, em relação a qualquer destes, se deva proceder por iniciativa do Ministério Público. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de ) 47 Art.21.A incomunicabilidade do indiciado dependerá sempre de despacho nos autos e somente será permitida quando o interesse da sociedade ou a conveniência da investigação o exigir. Parágrafo único. A incomunicabilidade, que não excederá de três dias, será decretada por despacho fundamentado do Juiz, a requerimento da autoridade policial, ou do órgão do Ministério Público, respeitado, em qualquer hipótese, o disposto no artigo 89, inciso III, do Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil (Lei n , de 27 de abril de 1963) (Redação dada pela Lei nº 5.010, de ) 48 Art. 17. A ação penal é pública, devendo a autoridade proceder de ofício. 49 Art. 95.Os crimes definidos nesta Lei são de ação penal pública incondicionada, não se lhes aplicando os arts. 181 e 182 do Código Penal.
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