PROJETO DE ESTRADAS Pr P of o. D r D. An A d n e d r e so s n o n Man a zo n l zo i
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- Wagner Delgado Ferrão
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1 PROJETO DE ESTRADAS Prof. Dr. Anderson Manzoli
2 Introdução: CONCEITOS: Projeto de Engenharia: disposição quantitativa e qualitativa dos atributos técnicos, econômicos e financeiros de um empreendimento. Baseado em dados, elementos, informações, estudos, especificações, normas, desenhos, cálculos e disposições especiais. Projetos de estradas: existe uma série de estudos e projetos específicos, que devem ser efetuadas. 2
3 Introdução: ESTUDOS PARA UM PROJETO RODOVIÁRIO: Estudo de viabilidade técnica econômica financeira; Estudostopográficos; Estudos de tráfego; Estudos geológicos e geotécnicos; Estudoshidrológicos; Estudosambientais. 3
4 Introdução: PROJETOS NECESSÁRIOS PARA A CONSTRUÇÃO DE UMA RODOVIA: Projetogeométrico; Projeto de terraplanagem; Projetodrenagem; Projeto de obras de arte correntes e especiais; Projeto de pavimentação; Projeto de integração ao meio ambiente e paisagismo; Projeto de intersecções,(trevos, rotatórias...) Projeto de desapropriação; 4
5 Introdução: RELATÓRIO FINAL: Orçamento da obra; Plano de execução Plano de manutenção da via; Assim,oprojetogeométricodeumarodovia,éoestudo dos elementos de planta, perfil longitudinal e seção transversal de uma via, fundamentado na mecânica e em experiências realizadas, objetivando fornecer aos veículos condições de operações compatíveis no que se refere à segurança, conforto e economia. 5
6 Introdução: ORGANIZAÇÃO SISTÊMICA: Após o fim da Segunda Guerra Mundial, com a instituição do Decreto-Lei n 8.463, de 27 dez (Lei Joppert) surge o setor de transporte rodoviário no Brasil com suporte legal, institucional e financeiro. Reorganizou o Departamento Nacional de Estradas de Rodagem DNER (órgão responsável pelo setor rodoviário, criado em 1937), dando-lhe a forma de Autarquia, com estrutura técnica e administrativa adequada. Essa Lei foi base jurídica que fundamentou a organização da administração pública do setor rodoviário nos Estados e Territórios, no Distrito 6 Federal e nos Municípios do Brasil.
7 Introdução: ORGANIZAÇÃO SISTÊMICA: Lei Joppert criou o Fundo Rodoviário Nacional(FRN) Constituição Federal de vedou expressamente a vinculação de receitas de impostos a órgão, fundo ou despesa(exceto para a educação). Formas alternativas de financiamento do setor têm sido buscadas. De 1975 a gastos anuais do setor público no segmento de transportes - US$ 2,63 e US$ 2,41 bilhões (US$ de 1990). De 1988 a US$ 0,24 bilhão em 1992(CNT, 2008). Os investimentos do Governo Federal em rodovias têm sido recuperados 7
8 Introdução: ORGANIZAÇÃO SISTÊMICA: As concessões começaram a ser implantadas com a licitação dos cinco trechos que haviam sido pedagiados sob a responsabilidade do Ministério dos Transportes, numa extensão total de 850,6 km, em As estatísticas oficiais: (1998) o modo rodoviário foi responsável por 62,60 % da quantidade de carga transportada no Brasil, (ton/km) e por 96,02 % do número de passageiros-quilômetro transportados no país(geipot, 1999, p ). 8
9 Introdução: ORGANIZAÇÃO SISTÊMICA: Até 2006, foram gastos cerca de R$ 1,3 bilhões em serviços operacionais, correspondentes à conservação rotineira, atendimentos médicos e mecânicos ao usuário, controle de tráfego, comunicação, monitoramento das condições de operação da rodovia e sistemas de cobrança de pedágio. 9
10 Introdução: ORGANIZAÇÃO SISTÊMICA: Agência Nacional de Transportes Terrestres ANTT - qualidade de órgão regulador e fiscalizador das atividades de prestação de serviços públicos e de exploração da infra-estrutura de transportes terrestres, exercida por terceiros. É uma entidade da Administração Federal Indireta, vinculada ao Ministério dos Transportes. Assegurar o cumprimento dos contratos de concessão, harmonizando e preservando os interesses: do usuário (contribuinte); do Governo Federal (poder concedente e dono do patrimônio); e dos operadores (investidor e administrador 10 temporário do patrimônio).
11 Rodovia: CLASSIFICAÇÃO QUANTO A POSIÇÃO GEOGRÁFICA: 11
12 Rodovia: Rodovias Radiais: uma extremidade em Brasília outra no ponto importante do país; Rodovias Longitudinais: rodovias cujos traçados se desenvolvem segundo a direção geralnorte Sul; Rodovias Transversais: rodovias cujos traçados se desenvolvem segundo a direção geral Leste Oeste; Rodovias Diagonais: rodovias cujos traçados se desenvolvem segundo as direções gerais Noroeste Sudeste(chamadas de Rodovias Diagonais Pares) e Nordeste Sudoeste (chamadas de Rodovias Diagonais Ímpares); Rodovias de Ligação: incorpora as rodovias que não se enquadram nas categorias 12 anteriores.
13 Rodovia: CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL DE RODOVIAS Sistema Arterial- as rodovias cuja função principal é a de propiciar mobilidade; Sistema Coletor - as rodovias que proporcionam um misto de funções de mobilidade e de acesso; Sistema Local- abrangendo as rodovias cuja função principal é a de oferecer oportunidades de acesso. 13
14 Rodovia: CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL DE RODOVIAS O conceito de extensão de viagem - viagens longas - associadas a níveis crescentes de mobilidade e a menores possibilidades de acesso. Demanda rodovias do Sistema Arterial, que oferecem grande mobilidade. A maioria das viagens curtas demanda rodovias do Sistema Local, de baixa mobilidade, mas com elevadas possibilidades de acesso. O conceito de rendimentos decrescentes - as maiores quantidades desses fluxos ocorrem em uma parcela pequena da extensãodarede,aopassoqueumagrande parte da extensão física da rede atende a fluxos muito pequenos. 14
15 Rodovia: 15
16 Rodovia: CLASSIFICAÇÃO QUANTO A JURISDIÇÃO ADMINISTRATIVA 16
17 Rodovia: 17
18 NÍVEIS DE SERVIÇOS Rodovia: Nível A: escoamento livre, acompanhada por baixos volumes e altas velocidades. Densidade do tráfego é baixa, com velocidade controlada pelo motorista dentro dos limites de velocidade e condições físicas da via. Não há restrições devido a presença de outros veículos 18
19 NÍVEIS DE SERVIÇOS Rodovia: Nível B: Fluxo estável, com velocidades de operação a serem restringidas pelas condições de tráfego. Os motoristas possuem razoável liberdade de escolha da velocidade e ainda têm condições de ultrapassagem. 19
20 NÍVEIS DE SERVIÇOS Rodovia: Nível C: Fluxo ainda estável, porém as velocidades e as ultrapassagens já são controladas pelo alto volume de tráfego. Portanto, muitos dos motoristas não têm liberdade de escolher faixa e velocidade. 20
21 NÍVEIS DE SERVIÇOS Rodovia: Nível D: Próximo à zona de fluxo instável, com velocidades de operação toleráveis, mas consideravelmente afetadas pelas condições de operação, cujas flutuações no volume e as restrições temporárias podem causar quedas substanciais na velocidade de operação. 21
22 Rodovia: NÍVEIS DE SERVIÇOS Nível E: É denominado também de Nível de Capacidade. A via trabalha a plena carga e o fluxo é instável, sem condições de ultrapassagem. 22
23 NÍVEIS DE SERVIÇOS Rodovia: Nível F: Descreve o escoamento forçado, com velocidades baixas e com volumes abaixo da capacidade da via. Formam-se extensas filas que impossibilitam a manobra. Em situações extremas, velocidade e fluxo podem reduzir-se a zero. 23
24 Rodovia: ELEMENTOS GEOMÉTRICOS DECOMPOSTOS SEGUNDO 3 DIMENSÕES Projeto em planta - dimensionando-se os elementos geométricos da rodovia projetados em um plano horizontal. O objetivo principal é definir a geometria da linha que representa a rodovia, denominada de eixo da rodovia. 24
25 Rodovia: Planta 25
26 Rodovia: ELEMENTOS GEOMÉTRICOS DECOMPOSTOS SEGUNDO 3 DIMENSÕES Projeto em perfil - com o dimensionamento dos elementos geométricos da rodovia segundo um plano vertical. O objetivo principal é definir a geometria da linha que corresponde ao eixo da rodovia representado no plano vertical, linha esta que é denominada greide da rodovia (ou grade, do original em inglês). 26
27 Perfil Longitudinal Rodovia: 27
28 Rodovia: ELEMENTOS GEOMÉTRICOS DECOMPOSTOS SEGUNDO 3 DIMENSÕES Elementos de seção transversal, com a caracterização da geometria dos componentes da rodovia segundo planos verticais perpendiculares ao eixo da rodovia. 28
29 Seção Transversal Rodovia: 29
30 Estudo do traçado de uma estrada: 30
31 Estudo do traçado de uma estrada: Fatores que influem na escolha do traçado Topografia da região Podem acarretar grandes movimentos de terra e consequentemente altos custos para a execução da infra-estrutura da estrada. O projeto deve ter parâmetros mínimos que devem ser respeitados. Classificadas em 3 grupos: 31
32 Estudo do traçado de uma estrada: Terreno plano - as distâncias de visibilidade permitidas longas. Sem dificuldades construtivas ou custos mais elevados; exceção áreas alagadas. 32
33 Estudo do traçado de uma estrada: Relevo ondulado: cortes e aterros para a conformação do perfil da rodovia ocasionais inclinações mais acentuadas - restrição ao desenvolvimento dos alinhamentos horizontais e verticais; 33
34 Estudo do traçado de uma estrada: Relevo montanhoso: mudanças abruptas de elevações entre o terreno natural e a plataforma da rodovia, tanto longitudinal quanto transversalmente, demandando freqüentes aterros e cortes nas encostas para se conformar a geometria horizontal e vertical da rodovia. 34
35 Estudo do traçado de uma estrada: Condições geológicas e geotécnicas locais: necessidade de obras adicionais de estabilização de cortes e aterros executados em terrenos desfavoráveis podem representar custos adicionais. Hidrologia da região: a escolha de um traçado ruim acarreta na necessidade de obras de arte e obras de drenagem a um custo elevado. Existência de benfeitorias no local escolhido: problema devido ao aumento dos custos de desapropriação da faixa para a construção da estrada (escolher terrenos de baixo valor). Interferências no ecossistema: pode dividir duas regiões em áreas isoladas. 35
36 Anteprojeto: É a primeira fase da escolha do traçado de uma estrada. Objetivo principal - levantamento e a análise de dados da região necessários à definição dos possíveis locais por onde a estrada possa passar. Nesta fase são detectados os principais obstáculos topográficos, geológicos, hidrológicos e escolhidos locais para o lançamento de anteprojetos. Nessa etapa deve-se estabelecer uma diretriz geral, ou seja, uma reta que liga os pontos extremos do traçado, escolhidos geralmente em função do planejamento. 36
37 Anteprojeto: ELEMENTOS NECESSÁRIOS PARA A FASE DE RECONHECIMENTO Classificação orográfica da região (plana, ondulada, montanhosa); Uso do solo, incluindo ocupações urbanas, instalações, áreas de reservas; Acidentes geográficos, rios, lagoas, quedas d água; Tipos de solos, ocorrências de materiais, cobertura vegetal. 37
38 Anteprojeto: ELEMENTOS NECESSÁRIOS PARA A FASE DE RECONHECIMENTO Pontos obrigados de condição: são pontos de passagem obrigatório (existência de cidades, portos etc.). Pontos obrigados de passagem: são pontos de passagem mais favoráveis, definidos pela existência de obstáculos entre os extremos. 38
39 Pontos obrigados Anteprojeto: Garganta Espigão 39
40 Passos: Anteprojeto: a) Localização dos pontos inicial e final da estrada; b) Indicação dos pontos obrigatórios de passagem; c) Retas que ligam os pontos obrigatórios de passagem. c 1 ) Diretriz Geral: É a reta que liga os pontos extremos da estrada, representando a solução de menor distância para realizar a ligação entre os pontos extremos. c 2 ) Diretriz Parcial: É cada uma das retas que liga dois pontos obrigatórios intermediários. Do estudo de todas as diretrizes parciais resulta a escolha das diretrizes que fornecerão o traçado final da estrada. 40
41 Anteprojeto: TIPOS DE RECONHECIMENTO: É o primeiro levantamento indicado para projetos de rodovias: (planialtimétrico) parte de um planejamento realizado numa faixa variando de 200 à 2.000m, onde passa abranger os estudos de vários traçados, com a escolha do melhor deles, que será detalhado na fase posterior. Coleta de dados sobre a região (mapas, cartas, fotos aéreas, topografia, dados sócio-econômicos, tráfego, estudos geológicos e hidrológicos existentes, etc); Observação do terreno dentro do qual se situam os pontos obrigatórios de passagem de condição (no campo, em cartas ou em fotografias aéreas); 41
42 Anteprojeto: TIPOS DE RECONHECIMENTO: Reconhecimento aerofotográfico: Utiliza fotos aéreas (não restituídas) e as medidas da topografia convencional. Reconhecimento terrestre: utilização dos métodos e técnicos da topografia convencional. Reconhecimento com cartas. 42
43 Anteprojeto: TIPOS DE RECONHECIMENTO: Reconhecimento aerofotogramétrico: Utilização de vôos para gerar fotografias aéreas na escala 1:4.000 e restituição na escala 1:1000 em casos especiais podem fazer vôos em escalas para 1:2000 e restituição de 1:500. Plantas planialtimétrica na escala de 1:1000 e com curvas de nível de 1 em 1 metros; Menor custo; Menor tempo; Menor precisão. Sensoriamento remoto x SIG 43
44 SIG e Sensoriamento remoto Anteprojeto: 44
45 SIG e Sensoriamento remoto Anteprojeto: 45
46 Anteprojeto: LANÇAMENTO DO EIXO DA POLIGONAL: A poligonal será a linha de apoio para os demais serviços topográficos, com o objetivo de colher elementos que possibilitem a representação gráfica do relevo do terreno ao longo da faixa. O lançamento da poligonal de exploração deverá ser feito com base em medidas lineares (distâncias horizontais) e angulares (azimutes e deflexões) dos alinhamentos. Cada trecho a ser levantado deve ter suas extremidades localizadas em pontos obrigatórios de passagem, para que se possa garantir a continuidade do eixo de exploração. 46
47 Anteprojeto: LANÇAMENTO DO EIXO DA POLIGONAL: 47
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