Pedro (Espírito) Psicofonia compilada por Maria José Gontijo Revisão: Filipe Alex da Silva

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1 O Dimensões da Evolução Pedro (Espírito) Psicofonia compilada por Maria José Gontijo Revisão: Filipe Alex da Silva Resumo: Estuda-se as dimensões da evolução espiritual: intelectual, moral e sensitiva. Na dimensão intelectiva expande-se o conceito de inteligência para além da racionalidade, conceituando-se inteligência comunicacional, emocional, sinestésica, gravitacional, personímica, entre outras. Conceitua-se a dimensão sensitiva dividindo em sensibilidade anímica, personímica, mediúnica, entre outras. Responde questões a respeito da evolução, especificamente sobre o início da inteligência, da individualidade, do pensamento contínuo, do livre arbítrio, do pensamento, da diferenciação da alma grupal e ovoide, sobre os seres elementais, de como desenvolver estas dimensões da inteligência e da relação dela com a moral. Palavras chaves: evolução espiritual, intelecto, moral, sensibilidade, inteligência, racionalidade, inteligência comunicacional, emocional, sinestésica, gravitacional, personímica, sensibilidade anímica, personímica, evolução, individualidade, pensamento contínuo, livre arbítrio, pensamento, percepção, alma grupal, ser ovoide, elementais, moral. Que a paz do mestre Jesus esteja esta noite conosco para que mais uma vez, neste intercâmbio espiritual, possamos juntos, aprender em direção ao crescimento e ao amor. Continuando a nossa série de estudos vamos debater hoje as dimensões da evolução espiritual. A primeira dimensão da evolução é a intelectual ou intelectiva. Para entender o que seja esta dimensão, que é a inteligência do Espírito, temos que entender um pouco mais sobre o conceito de inteligência e temos que desconstruir aquilo que acreditamos que ela seja. Vulgarmente a inteligência é a capacidade do raciocínio de uma pessoa, simplificado para o raciocínio matemático e lógico. Porém a inteligência é muito mais abrangente do que esta de racionalidade lógico matemática. Aquele teste famoso de QI (quociente intelectual) mede o que seria uma pequena parte da inteligência espiritual, apenas um aspecto dessa racionalidade lógico matemática. Inteligência não é só isso, é muito mais. Para tentar entender o que ela seja, voltemos a um período um pouco anterior à humanidade, à fase dos nossos irmãos animais. Apesar deles não possuírem inteligência lógico matemática, isto é, nenhum animal é capaz de fazer contas, resolver equações, operar com figuras geométricas, e por isto não são inteligentes? Não possuem inteligência? Podemos perceber nos seus instintos uma espécie de inteligência, nos seus movimentos uma ordem e sentido que denotam inteligência; também percebemos intencionalidade nos seus relacionamentos e até mesmo aspectos 1

2 da inteligência lógico matemática primitiva e também uma inteligência comunicativa especial existente entre eles. Poderíamos dizer que as plantas são inteligentes? A planta não procura o sol, não tem mecanismos inteligentes de sobrevivência? Não está escrito no código genético de determinada espécie, qual a forma do seu tronco, dos seus frutos; até mesmo o sabor? Então, elas seguem uma trajetória preestabelecida, uma ordem, logo até mesmo as plantas são de certa forma, inteligentes. Será que o reino mineral é inteligente? Será que podemos encontrar rudimentos de inteligência no reino mineral? Vamos parar por aqui, mas reflitam: o reino mineral também possui ordem regida por leis químicas e físicas que permitem o universo ser compreensível. A inteligência se inicia desde o mais simples reino mecânico, atravessando o reino vegetal, o biológico animal até chegar ao pensamento contínuo e alcançar o hominal. Existem inteligências de todos os matizes. Há uma intelectualidade sinestésica que é uma inteligência corporal. Ou vocês acham que os grandes artistas, os bailarinos, os grandes desportistas do vôlei, do basquetebol não têm uma inteligência corporal mais elaborada que lhes permitem fazer coisas que as pessoas comuns não conseguiriam. É uma inteligência própria, manifestação do espírito. Uma inteligência emocional que é uma capacidade do espírito, encarnado ou não, de lidar com as próprias emoções. Há uma inteligência gravitacional que é a forma que o espírito lida com as forças gravitacionais, que enquanto encarnado o torna capaz de fazer com que ele tenha equilíbrio e que se movimente adequadamente, que quando desencarnado lhe permite a levitação. Há uma inteligência, extracorpórea, além das já descobertas pela ciência dos homens, materialista, uma inteligência personímica, que é a que permite o espírito trabalhar com as várias personalidades que teve durante as diversas reencarnações. Com a evolução dessa inteligência ele toma consciência de suas várias vidas e é capaz de lidar com elas de uma forma pacífica e harmoniosa. Existe uma inteligência comunicacional que é a capacidade do Espírito de se relacionar com os outros espíritos sejam encarnados ou desencarnados, de lidar com o outro e com a diferença. Também em nível espiritual, existe a inteligência vibracional, que é a capacidade do espírito de lidar com as vibrações que a todo o momento ele recebe, seja benéfica ou maléfica. Observem, nestes exemplos, o quanto o conceito de inteligência se amplia para um conceito de inteligência racional, emocional, sinestésica, gravitacional, personímica e vibracional. A evolução espiritual da inteligência tem que se processar em todos estes sentidos. Não adianta eu ser um gênio da matemática, mas incapaz de me comunicar, de permutar as emoções, sentimentos e pensamentos com o outro e ao mesmo tempo, de ser incapaz compreender os outros, que chegam a mim, através das palavras e vibrações. 2

3 Não queira, portanto, desenvolver só a racionalidade, mas também a capacidade de comunicar com o outro, desenvolver a inteligência vibracional, capaz de lidar com as vibrações que todo momento recebemos, tanto as boas quanto as ruins. Devemos desenvolver todas as outras, como a personímica, porque as várias reencarnações voltam no meu ser atual, na forma de tendências persistentes. Devemos desenvolver inteligência emocional, para lidar com a raiva, com as emoções que irrompem e que são capazes de tirar o espírito do seu caminho reto. Só na dimensão intelectiva, quantas inteligências existem a se desenvolver e poderíamos, aqui, desdobrar mais tipos ainda. Lembramos que todas estas divisões são didáticas, para entendermos melhor o que é dimensão intelectiva da evolução. Temos que desenvolver todos os aspectos da inteligência. P1: Todos estes aspectos são do mundo material necessariamente? R1: Não. A maioria está nas realidades conscienciais do espírito. Algumas têm uma dimensão mais forte na matéria, são visíveis nela e algumas são, digamos assim, diminuídas a sua presença pela matéria, como por exemplo, a vibracional. A matéria a filtra. Na realidade consciencial ela é mais forte. Porém na realidade material ela acontece também. A segunda dimensão da evolução é a dimensão moral. A essência da evolução espiritual é intelectiva e moral. Moral está muito ligado a ações. Então a moral, já que é ação, só pode ser feita enquanto o espírito está encarnado. Porque o espírito não tem uma ação material. Mas a ação do espírito é o pensamento, toda ação começa no espírito. Pensamento é o espírito no Universo. O pensamento é a manifestação do espírito que começa nele mesmo e que se expande ao Universo. A moral tem a ver com o conteúdo das ações e a moral do espírito com o conteúdo de seu pensamento. Toda ação se inicia no pensamento. Este origina as ações. A moral é o efeito da inteligência. A inteligência está com o espírito desde os seus primórdios. O espírito só alcança a moral quando ele alcança o livre arbítrio, que é a capacidade de decidir por si mesmo, porque se olhar os reinos anteriores ao hominal mineral, vegetal e animal, eles são orientados por determinismo divino. A consciência divina se manifesta na forma de instintos, de prioridades genéticas, onde os conteúdos das ações são predeterminados. Então não existe livre arbítrio. A moral surge quando surge o livre arbítrio, o pensamento contínuo e a individualidade. Quanto mais evoluído intelectivamente, consequentemente, maior o entendimento das melhores ações a serem realizadas, melhor é a ação moral do espírito. Porém, muitas vezes a evolução moral não segue imediatamente a evolução intelectiva. E é o que acontece, atualmente no planeta Terra. 3

4 Evoluiu-se muito, intelectivamente em alguns aspectos, principalmente nos aspectos tecnológicos, mas a moral ainda não alcançou a evolução intelectiva, a não ser em poucos missionários que reencarnaram na Terra e que mostraram a essência da moral equivalente à evolução intelectual, que o planeta já alcançou. As leis divinas, na sua perfeição e sabedoria; a consciência divina na qual estamos de alguma forma inseridos, indica o caminho da ação moral correta e aqueles que não quiserem se adequar a ela, buscarem a evolução moral, a própria consciência divina, através de suas leis, os encaminharão à evolução necessária. Todos, mais cedo ou mais tarde, equilibrarão a moral à evolução intelectual. Até neste momento trouxe poucas novidades para vocês. A novidade, talvez venha agora, quando vou apresentar a terceira dimensão da evolução espiritual, que tem sido muito esquecida, até mesmo pelos espíritas, que procuram desenvolvê-la muito pouco. É a dimensão sensitiva, a dimensão da sensibilidade, porque o espírito também evolui a sensibilidade. Se olharmos os vegetais perceberemos que começam a ser sensíveis ao toque, à destruição do seu próprio corpo, à luz, ao calor e ao próprio corpo; os animais começam a desenvolver a percepção do campo eletromagnético através das suas vibrações sonoras e luminosas desenvolvendo a visão e audição. Neles há o desenvolvimento da sensibilidade química e física através do olfato e da gustação. No homem á o desenvolvimento da percepção espacial e temporal, a percepção do presente, passado e do futuro e a percepção do espaço em que está. Então o espírito na sua jornada milenar evolutiva vai também ampliando a sua sensibilidade, porque outro atributo essencial do espírito é a percepção. Se o pensamento é o espírito que se manifesta no Universo, a percepção é condição pelo qual o universo se manifesta ao espírito, é a capacidade do espírito perceber o universo em que ele está. Então, na evolução, temos que também aumentar essa sensibilidade. Para além destas sensibilidades materiais do corpo físico, há a necessidade de melhorar nossa percepção vibracional, que é a mediunidade. A evolução mediúnica é uma face da evolução da sensibilidade. Com o desenvolvimento da sensibilidade mediúnica, temos que desenvolver a inteligência vibracional. Porque abrir os canais perceptivos da mediunidade e não desenvolver a inteligência vibracional, faz com que ela ao invés de ser um bem se torne uma fonte de tormentos. Seria como se colocasse comida, com doce e outras iguarias a um bebê que não desenvolveu o estômago para digerir estes alimentos, que acabariam fazendo mal para ele, pois não teria capacidade de digerir aquele alimento, não teria como trabalhar aqueles nutrientes adequadamente. Da mesma forma, se desenvolvermos a sensibilidade mediúnica sem trabalharmos a inteligência vibracional, ou a de lidar com as vibrações que a percepção mediúnica nos possibilita, seríamos como o estômago, incapaz de digerir aquele alimento. 4

5 Da mesma forma temos que desenvolver a percepção do outro, enxergar o outro. Como temos que ser capazes de desenvolver a inteligência de lidar com ou outro. Devemos desenvolver a percepção das nossas vidas passadas, também chamada percepção anímica, quando nossas próprias personalidades de vidas passadas, ressurgem na nossa consciência presente, de forma que possamos elaborá-las. Mas lembrem-se, da mesma forma, só devo desenvolver essa percepção se desenvolver a inteligência personímica suficiente para lidar com todas as personalidades que eu relembrar. Porque o esquecimento delas é benéfico para aqueles que não desenvolveram esta inteligência, própria para lidar com elas. O esquecimento é natural. Para que o relembrar seja natural também, é necessário que desenvolvamos essa inteligência de lidar com nossas vidas passadas. Em resumo, em questão de evolução espiritual, temos que sempre pensar na evolução da sensibilidade, conjuntamente com a evolução da inteligência, para lidar com a sensibilidade desenvolvida e, sobretudo, para poder refletir nas ações, de forma a agir cada vez melhor. Buscando soluções cada vez mais amplas, mais coerentes com a consciência divina, que nos levarão cada vez mais próximos a verdadeira felicidade. P.2) O amigo Paulo Neto nos envia uma pergunta que eu resumo assim: Aonde se inicia o princípio inteligente? A inteligência se iniciou no reino mineral ou vegetal? R.2) A resposta é sim e não ou se preferirem, depende. Na verdade, essa pergunta não vai ser respondida hoje, agora e aqui, porque ela se refere à origem do espírito. E essa origem é enigmática, inclusive para a realidade consciencial em que eu me encontro. Não temos a resposta definitiva para esta questão. Porém acredito que algumas reflexões vão ajudar ao companheiro Paulo Neto e a vocês entenderem melhor a questão. Há uma dubiedade de conceitos que sempre é prejudicial para o esclarecimento de questões. A dubiedade se refere ao uso de uma palavra para duas coisas diferentes. Kardec criou a palavra Espiritismo para diferenciar do Espiritualismo, porque percebeu que a palavra espiritualismo não seria suficiente para descrever o espiritualismo específico que ele estava codificando. Como aquela doutrina era específica, ele entendeu que ela deveria ter uma denominação diferenciada, embora o Espiritismo seja também espiritualismo, mas não o contrário. E a dubiedade da palavra alma, Kardec solucionou fazendo um estudo sobre suas diferenciações: alma vital, alma efeito da matéria e alma como princípio inteligente, no início da introdução do Livro dos Espíritos. Ele resolveu o problema para o conceito de alma, mas essa dificuldade permaneceu a respeito da palavra espírito. Tem-se Espírito com E maiúsculo, que é o princípio inteligente individualizado do Universo. Este tem atributos que são essenciais, senão não seria Espírito: inteligência, pensamento, percepção, individualidade e da perfectibilidade que implica numa imortalidade. Existe mais um atributo que é a 5

6 imaterialidade. O Espírito em essência não é material, se fosse não seria Espírito. O espírito com letra e minúscula é o princípio imaterial do Universo. Quando Kardec, nas suas pesquisas pergunta, no Livro dos Espíritos, sobre os princípios do Universo, os Espíritos superiores explicam que existe um princípio material e um espiritual. Estes são os constituintes do Universo: material aquele que possui massa, logo ocupa um lugar no espaço, que gera a gravidade, aquilo que é ponderável e o Espírito que é imponderável, incorpóreo, não têm massa e não ocupa lugar no espaço, porém existe. Então espírito, com letra e minúscula, com certeza existe no reino mineral, é espírito princípio imaterial do Universo. Porque a matéria em si não existiria da forma que a percebemos organizada, se por trás dela não existisse o princípio imaterial que a ordena. Os físicos, os químicos estudam este princípio imaterial e nomeiam suas manifestações de leis físicas e químicas, isto é, que é aquilo que dá ordem a matéria conhecida. Não posso dizer que o Espírito que possui individualidade, perfectibilidade, pensamento, percepção, existe no reino mineral, porque este Espírito, com E maiúsculo, vamos encontrá-lo, com rudimentos destas características, talvez no reino vegetal e mais propriamente no reino animal. Este Espírito, com todas estas características seria encontrado do reino animal adiante. Em algum momento do reino animal, por exemplo, é que ele vai adquirir individualidade e com ela a perfectibilidade e imortalidade, antes não. Porém a característica de imaterialidade, pertence aos dois princípios: ao Espírito, princípio inteligente universal e ao espírito, princípio imaterial do Universo. São duas coisas diferentes que têm o mesmo nome. Todo Espírito é espírito, mas não o contrário. P.3: Não existe individualidade no reino mineral e vegetal? R.3: Não existe individualidade nestes reinos. Não posso afirmar: eu fui uma pedra ou um vegetal. O sentido do ser não existia antes da individualidade. Seria como se eu dissesse: eu fui o primeiro ano do segundo grau. Ser é diferente, é individual. Estava lá em princípio, mas não era eu, pois o eu não existia ainda. Aqui há o enigma: aonde nós podemos chamar de inteligência individualizada? A individualidade nos reinos mineral e vegetal não faz sentido, somente fará sentido após a construção das condições para que a individualidade se desenvolva num futuro. O enigma da questão da origem do Espírito com E maiúsculo é que se perde neste processo. P.4: O Espírito surge com o pensamento contínuo? R.4: O princípio inteligente com e minúsculo é universal e está presente sempre. O princípio com E maiúsculo é no animal, porque as características de individualidade, pensamento, percepção, perfectibilidade, que são atributos do Espírito, com E maiúsculo só começam no reino animal que tem rudimentos de pensamento. Eu não estou dizendo que o atributo pensamento é sempre contínuo. Mesmo no ser rudimentar onde predomina o instinto existe o pensamento, pois os animais têm flashes de pensamentos. 6

7 P.5: Seria correto dizer que a partir daquele momento, que surge o pensamento contínuo que nasce o livre arbítrio? R.5: Não. Inicia-se antes, na forma de rudimentos de livre-arbítrio. Se formos olhar a curva evolutiva: aqui está o determinismo, ele começa máximo e vai baixando e aqui o livre arbítrio, ele começa em zero e vai aumentando. Chega um ponto em que ele é maior que o determinismo. Então em nós, quanto mais evoluímos, mais o livre arbítrio vai se aprimorando. P.6: O raciocínio nasce junto com o pensamento contínuo? R.6: O raciocínio lógico e matemático vem depois do pensamento. P.7: Os animais não tem pensamento? R.7: Têm rudimentos. Não há como se não tenham pensamento nenhum e de repente passam a ter pensamento contínuo. Observem seus animais domesticados, como eles têm momentos de realmente pensar, agir inteligentes. Na verdade eles têm flashes, mas não conseguem mantê-los sempre, como o ser humano que não consegue mais parar de pensar. P.8: Quando começa a reencarnação? O animal reencarna? R.8: Desde o começo. O animal reencarna automaticamente e hoje, auxiliado por nós seres inteligentes. Então nós fazemos a reencarnação dos animais, porque eles não conseguem manter a forma perispiritual, sem a nossa ajuda. Hoje, eles mantêm a forma perispiritual, mas sem nossa ajuda, vão se tornando ovoides e ficam aguardando a próxima reencarnação. Mas os animais superiores já têm a individualidade. Não têm a autoconsciência, que é um passo superior, mas a consciência individualizada eles já têm. P.9: O ovoide é uma alma grupal? R.9: Não, o ovoide não é uma alma grupal. Ele só não consegue se manifestar no mundo espiritual sem a nossa ajuda, por isso ele precisa reencarnar o mais rápido possível para continuar a sua evolução. P.10: Enquanto espera ele fica onde? R.10: Aguardando a próxima reencarnação. Fica ali perto onde nasceu, morreu pelas próprias leis de atração natural. Sem a nossa interferência continuariam reencarnando no processo evolutivo próprio. P.11(B.I.D): Existem seres elementais para lidar com eles? R.11: Seres elementais, esta é outra palavra que se usa para tudo. O quer dizer seres elementais? Tem pelo menos dois significados diferentes. Vou explicar de forma resumida. Quando se fala em seres elementais, existem duas concepções: seres elementais: dos elementos da natureza. Porque nas crenças anímicas, e quando digo das religiões ou crenças anímicas, não estou querendo dizer do anímico no sentido que tem no Espiritismo ou mediunidade, de animismo. As religiões anímicas são aquelas que denominam um espírito ou alma anima para fenômenos da natureza. Por exemplo: espírito do vento, da 7

8 chuva, das árvores. E eles chamam estes espíritos de elementais, ou seja, os espíritos que controlariam os ventos, as águas etc. Na verdade isso é um mito, que é uma explicação do funcionamento natureza, de uma cultura onde não havia ainda a racionalidade desenvolvida, porque o homem primitivo, quando via o vento, água e chuva percebia que por atrás disso, havia um sentido, uma ordem. Não era uma coisa caótica, mas regida por uma lei. O vento voltava sempre nas estações corretas, as águas seguiam os ciclos da natureza, os rios também. Então eles achavam que havia espíritos que os controlavam. E realmente há. Um espírito com letra e minúscula, que são os princípios em que a consciência divina manifesta-se, em todos os reinos. O Universo não é um caos, é uma ordem manifestada pela consciência divina. Existe um espírito do vento? Existe. Mas é este espírito que é determinado direto pela ordem divina. Os Espíritos superiores podem controlar o vento? Podem. Mas aí é outra explicação e outra aula. Mas de outra forma. É usando as próprias leis naturais, a própria liberdade que a consciência divina dá de ação dos Espíritos conscientes superiores, no uso da sua consciência. Mas é muito complexo para gente estudar, na aula de hoje. Outro sentido de elementais é o elo perdido entre o Espírito do animal e o Espírito do hominal. Isso é claro que existe, pois não existe salto na evolução. Leiam e estudem as experiências realizadas no mundo material com os mamíferos superiores, especialmente os hominídeos: orangotangos, chimpanzés e bonobos e vocês se surpreenderão. Leiam algumas pesquisas de biólogos que vivem com estes animais no zoológico e na natureza. A presença do ser humano no planeta Terra com suas vibrações, pensamentos e ações tem acelerado de forma espetacular a evolução destes nossos irmãos inferiores. P.12: Como trabalhar as inteligências no sentido que estão sendo colocadas. R.12: Uma das formas é exercitando. Da mesma forma que um dia você exercitou as operações básicas, a inteligência vai se aprimorando. É como exercitar um músculo. Você vai fazendo ginástica, se exercitando e aquele músculo se expande e se aperfeiçoa. E quando você não usa, ele atrofia. O que nós devemos buscar conscientemente é melhorar as nossas inteligências em todos estes aspectos pela ação consciente, determinada pelo livre arbítrio. Se souber que posso desenvolver a minha capacidade de lidar com o outro, vou conscientemente buscar isso. Vou exercitar. Começo com aquele mais fácil de lidar e vou indo para outro, mais difícil, vou avançando nesta capacidade, porque uma das definições de inteligência é exatamente a nossa capacidade de lidar e resolver as dificuldades. Quanto mais difícil o problema matemático-lógico, maior a inteligência necessária para resolvê-lo, quanto mais difícil a pessoa é, maior a inteligência emocional para lidar com ela. Se for capaz de lidar com aquela pessoa ranzinza, mal educada, se sei trabalhar com ela, sem me afetar, significa que minha inteligência 8

9 comunicacional é boa. Se for capaz de lidar com minhas emoções: raiva, angustia, ansiedade e outras, sem que me afetem, minha inteligência emocional é boa. Não tentem lidar com as emoções com a racionalidade senão vão ter procurar depois o psicológico, porque as emoções só podem ser trabalhadas com a inteligência emocional. Quando a racionalidade tenta resolver uma dificuldade da emoção, reprimindo-a ou qualquer coisa parecida, como racionalizar a emoção, ela torna-se um problema. Você tem que aprender a lidar com as emoções com a inteligência emocional e não com a racionalidade. P.13: Tem como a moral estar acima da inteligência? R.13: Não. Porque a moral é ação consciente, se alguém age sem ser por si, o ato não é verdadeiramente moral. Se você faz muitos atos bons, é considerado um santo na terra, mas se você não faz por você mesmo, por livre arbítrio, faz por outros motivos, mesmo que as pessoas digam: ele é um santo. Não é ainda ação moral, se não vem de uma determinação interior, livre arbítrio, de uma sensibilidade e de uma inteligência já desenvolvida. Então o correto e o desejável é que a inteligência e a moral caminhem juntas. Mas não se enganem, a moral fica sempre um pouco mais abaixo da inteligência e da sensibilidade, porque ainda não somos capazes de uma coerência plena, de uma inteligência e sensibilidade moralizada. P.14: Chico não tinha uma moral acima da Inteligência? R.14: Sua informação está equivocada. Ele tinha uma inteligência e uma sensibilidade evoluidíssimas. Todas suas ações eram conscientes e a leitura atenta de sua biografia demonstrará isto. Vejam apenas o exemplo de sua sensibilidade anímica e sua inteligência personímica. O Chico Xavier conhecia várias vidas passadas dele e lidava com elas de uma forma muito tranquila. A assexualidade aparente que ele tinha, era justamente essa condição de lidar com as várias sexualidades, que ele teve nas suas várias vidas. Provavelmente vocês não teriam atualmente a capacidade de lidar com emoções diferenciadas, de cada vida. Lidar com isso não é uma coisa fácil. Por isso Jesus é sempre o Mestre dos Mestres, quando, há dois mil anos atrás já deu o ensinamento que nós ainda não entendemos a profundidade que é: não julgueis para que não sejais julgados. Porque quando eu julgo o outro, eu me julgo com a mesma veemência. Da mesma forma que julgo o outro eu me julgo. Pelo contrário, se não julgo o outro e se o respeito sou capaz também de não me julgar e me respeitar. Aí sou capaz de lidar com aquilo que existe dentro de mim e que ainda nem mesmo sou capaz de reconhecer, pelos preconceitos e pelas atitudes que tenho. Outra forma de desenvolver a inteligência é o exercício das nossas ações em relação aos outros. Jesus vem nos ensinar que agíssemos com próximo com o máximo de amor possível, da mesma forma que agiríamos conosco mesmo, de forma que possamos cada vez mais ampliar a nossa sensibilidade, inteligência e consequentemente a nossa moral. 9