HIDRÁULICA E TÉCNICAS DE COMANDO

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1 HIDRÁULICA E TÉCNICAS DE COMANDO

2 José Fernando Xavier Faraco Presidente da FIESC Sérgio Roberto Arruda Diretor Regional do SENAI/SC Antônio José Carradore Diretor de Educação e Tecnologia do SENAI/SC Marco Antônio Dociatti Diretor de Desenvolvimento Organizacional do SENAI/SC

3 HIDRÁULICA E TÉCNICAS DE COMANDO Florianópolis 2004

4 É autorizada reprodução total ou parcial deste material por qualquer meio ou sistema desde que a fonte seja citada Equipe Técnica: Organizadores: Adagir Saggin Adalberto Silveira Guilherme de Oliveira Camargo Irineu Parolin Natalino Uggioni Sandro Feltrin Vilmo Loshstein Projeto Gráfico: Rafael Viana Silva Capa: Rafael Viana Silva Samay Milet Freitas Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial Departamento Regional de Santa Catarina Rodovia Admar Gonzaga, 2765 Itacorubi. CEP Florianópolis - SC Fone: (048) Fax: (048) Este material faz parte do Programa SENAI SC de Recursos Didáticos

5 LISTA DE TABELAS 1 Introdução à Hidráulica Tabela de velocidades Comprimentos equivalentes a perdas localizadas (em polegadas de canalização retilínia) Unidades Fundamentais do Sistema Internacional Unidades fundamentais do Sistema Internacional Conversão das principais unidades de pressão Unidades de pressão mais utilizadas em sistemas hidráulicos Principais unidades de capacidade ou volume Principais unidades de força Principais unidades de vazão Simbologia / Resumo Linhas de fluxo Simbolos funcionais Fontes de energia Válvulas direcionais Métodos de acionamento Válvulas controladoras de vazão Válvula de retenção Válvula reguladora de pressão Reservatório Bombas Motores Cilindros Instrumentos e acessórios Válvulas Direcionais Solenóides em eletroválvulas Fluidos Hidráulicos Tabela de conversão de viscosidade Comparação entre dois índices de viscosidade diferentes

6 LISTA DE FIGURAS 1 Introdução à Hidráulica Lei de Pascal Princípio de compensação de energia Vazão Coluna de fluido Fluxo lamiar e fluxo turbulento Fatores Resultantes da Pressão num Sistema Carga sobre o atuador: sistema sem vazamento Carga sobre o atuador: sistema com vazamento Restrição na tubulação Composição dos Sistemas Hidráulicos Posição do reservatório em relação à bomba Bombas Hidráulicas Bombas hidráulicas: bombas de fluxo radiais ou centrífugas Bombas hidráulicas: bombas de fluxo radiais ou centrífugas Bombas hidráulicas: bombas de fluxo axial Bombas de engrenagens Bombas de engrenagens internas Bombas de engrenagens espinha de peixe Bombas de vazão fixa Bombas de vazão variável com compensação de pressão Bombas de vazão variável com compensação de pressão Bombas de vazão variável com compensação de pressão Bombas de pistões axiais de eixo inclinado ou desalinhado Bombas de pistões radiais Bombas de pistões axiais de placa ou disco inclinado Bombas em série Bombas em paralelo Exemplo de aplicação de bombas de pistões radiais Válvulas Direcionais Válvula carretel Válvula direcional com êmbolo deslizante Válvula direcional com assento esférico Sobreposição positiva Sobreposição negativa Esquema de solenóide Válvula de duplo acionamento Válvula direcional 4/3 vias, pré-acionadaspor solenóides, acionada por presão hidráulica centrada por mola; de piloto e dreno interior

7 8 Registros Registros: Esfera Registros: Agulha Registros: Globo Registros: Gaveta Atuadores Lineares Componentes do cilindro Amortecimento: Recuando ainda sem amortecimento Amortecimento: Amortecendo Anéis tipo copo Anéis tipo O Anéis tipo lábio de dupla ação Atuadores Rotativos Comparação entre uma bomba e um motor de engrenagem Pinhão cremadeira Motores oscilantes ou osciladores Osciladores com cilindro Osciladores com rosca sem-fim Osciladores de palheta Válvula de Bloqueio Válvula de retenção simples Válvula de retenção pilotada geminada Válvula de retenção pilotada Válvula de preenchimento ou de sucção Reservatório Componente do reservatório Altura para montagem da linha de sucção Bocal de enchimento com filtro Chicana horizontal Chicana vertical Fluidos Hidráulicos Fluidos hidráulicos transmitindo energia Fluido hidráulico como lubrificante das partes móveis A troca de calor através do fluido hidráulico Viscosímetro de Saybolt Filtros Filtro de sucção Filtro de pressão Filtro de retorno Filtro de retorno com indicador óptico (mecânico) de saturação Filtro de retorno com indicador eletro-óptico de saturação Exemplo de materiais filtrantes Válvulas Controladoras de Vazão (Fluxo) Orifícios para regulagem de vazão Válvulas reguladoras de vazão bidirecional

8 15.3 Válvula reguladora de vazão unidirecional Válvulas reguladoras de vazão unidirecional, montagem em bloco e em linha Construção do tipo A estreitamento antes do compensador Construção do tipo B estreitamento depois do compensador Método de controle de fluxo: na entrada, na saída e em desvio Exemplo de circuito com duas velocidades de avanço rápido e lento Exemplo de circuito com três velocidades de avanço Válvulas Reguladoras de Pressão Princípio de funcionamento das válvulas reguladoras de pressão Válvula de alívio Válvula de descarga Exemplo de circuito com duas velocidades, utilizando duas bombas em paralelo Exemplo de circuito utilizando bomba de pistões radiais Princípio de funcionamento e válvula de seqüência Circuito hidráulico seqüêncial Circuito regenerativo seqüêncial Válvula redutora de pressão Válvula redutora de pressão de operação direta Válvula reguladora de pressão com válvula para ventagem acoplada Controle de pressão remoto. Posição central da válvula direcional Controle de pressão remoto, solenóide b energizado Controle de pressão remoto, solenóide a energizado Elemento Lógico Princípio de funcionamento do elemento lógico Retenção de A para B Retenção de B para A Possibilidade de comando por B Possibilidade de comando por A Possibilidade de comando por A e B Válvula de retenção pilotada Integração entre válvula direcional e valvula de retenção Retenção em uma direção e controle de fluxo no sentido contrário Integração entre válvula direcional e reguladora de vazão Dupla retenção Válvula limitadora de pressão Exemplo de circuito com aplicação de elementos lógicos Trocador de Calor Trocador de calor a ar Trocador de calor a água Acumuladores Tipos construtivos de acumuladores Seqüência de funcionamento de um acumulador de membrana Seqüência de funcionamento de um acumulador de bexiga Circuito hidráulico industrial com aplicação de acumulador de bexiga Intensificadores de Pressão - Boosters Princípio de funcionamento de multiplicador hidráulico

9 21 Instrumentos de Medição Princípio de funcionamento do manômentro de bourdon Manômentro com limites de pressão máximo e mínimo Válvula isoladora de manômetro Pressostato de êmbolo Pressostato tipo bourbon Elementos de Interligação, Conexão e Vedações Exemplos de mangueiras hidráulicas industriais Esquema interno de um bloco manifold Exemplo de conexões industriais

10 SUMÁRIO Apresentação Introdução à Hidráulica Histórico Princípio de Pascal Transmissão de Força Hidráulica Leis da Vazão (Hidrodinâmica e Mecânica dos Fluidos) Conservação da Energia Perdas de Energia por Atrito Regimes de Fluxos Número de Reynolds [Re] Resistência à passagem de fluido Dimensionamento de tubos em função da velocidade Dimensionamento em função da perda de carga Vantagens e Desvantagens dos Sistemas Hidráulicos Vantagens: Desvantagens: Potência Potência Hidráulica Fatores Resultantes da Pressão num Sistema Tipos de pressão, unidades de pressão e outras grandezas: Unidades fundamentais do Sistema Internacional Conversão das Principais Unidades de Pressão Unidades de Pressão mais Utilizadas em Sistemas Hidráulicos: Principais unidades de capacidade ou volume Principais unidades de força Principais unidades de vazão Composição dos Sistemas Hidráulicos Posição do reservatório Simbologia / Resumo Bombas Hidráulicas Tipos Bomba de deslocamento não positivo Bomba de deslocamento positivo Bombas de Palhetas Bombas de Pistões Montagem e Instalação de Bombas Cuidados na instalação de bombas Cavitação Aeração

11 7 Válvulas Direcionais Sobreposição das Válvulas Direcionais Tipos construtivos para válvulas Tipos de solenóides Válvulas direcionais pré-operadas (sanduíche de válvulas) Registros Tipos de registros Atuadores Lineares Amortecimento do fim de curso nos cilindros hidráulicos Vedações para cilindros e demais componentes Atuadores Rotativos Válvula de Bloqueio Válvula de pré-enchimento ou de sucção Reservatório Componentes do reservatório Montagem das linhas Chicanas Fluidos Hidráulicos Principais Fluidos Hidráulicos Propriedades do Fluido Importância do controle da viscosidade Métodos para definição da viscosidade Filtros Tipos de filtros quanto à posição de montagem: Materiais dos elementos filtrantes Válvulas Controladoras de Vazão (Fluxo) Controlar velocidade dos atuadores Exemplo de circuito hidráulico industrial com duas velocidades de avanço Exemplo de circuito hidráulico industrial com três velocidades de avanço Válvulas Reguladoras de Pressão Princípio básico de funcionamento das válvulas reguladoras de pressão Válvula de seqüência de ação direta Válvula Redutora de Pressão Válvula Redutora de Pressão de Operação Direta Ventagem e Controle Remoto

12 17 Elemento Lógico Alguns Exemplos de Aplicação Trocador de Calor Trocador de calor a ar Trocador de calor a água Acumuladores Comentário sobre acumuladores Intensificadores de Pressão - Boosters Instrumentos de Medição Manômetro com sinal elétrico Termômetros Elementos de interligação, conexão e vedações Tubos Mangueiras Placas de ligação e blocos manifold Elementos de conexão Conexões por roscas Referências Bibliográficas

13 APRESENTAÇÃO AÇÃO A finalidade deste material é proporcionar aos interessados, uma visão do mundo da hidráulica. As experiências têm revelado, que atualmente a hidráulica é indispensável como um método moderno de transmissão de energia. O termo hidráulica é uma palavra que deriva da raiz grega HIDRO que significa água. Hoje, entende-se por hidráulica a transmissão, controle de forças e movimentos por meio de fluidos líquidos (óleos minerais e sintéticos). Fluido é toda a substância que flui e toma a forma do recipiente no qual está confinado. Com a automatização os acionamentos e comandos hidráulicos ganharam importância através do tempo. Grande parte das modernas e mais produtivas máquinas e instalações são hoje parcial ou totalmente comandadas por sistemas hidráulicos. Apesar da multiplicidade dos campos de aplicação da hidráulica, o conhecimento dessa matéria ainda não está totalmente difundido. Como resultado disso, a aplicação do sistema hidráulico tem sido restrita. O conteúdo inclui a descrição de sistemas hidráulicos para a transferência de forças ou movimentos, seus princípios de funcionamento, detalhes construtivos dos componentes e a montagem de comandos hidráulicos na bancada, fazendo com que haja um relacionamento entre teoria e prática. 13

14 1.1 Histórico SÉRIE RECURSOS DIDÁTICOS CAPÍTULO1 INTRODUÇÃO À HIDRÁULICA Existem apenas três métodos de transmissão de energia na esfera comercial: A elétrica, a mecânica e a fluídica (hidráulica e a pneumática). Naturalmente a mecânica é a mais antiga de todas, por conseguinte é a mais conhecida. Hoje utilizada de muitos outros artifícios mais apurados como engrenagens, cames, polias e outros. A elétrica, que usa geradores, motores elétricos, condutores e uma gama muito grande de outros componentes, é um método desenvolvido nos tempos modernos. É o único meio de transmissão de energia que pode ser transportado a grandes distâncias. A força fluídica tem origem, por incrível que pareça, a milhares de anos. O marco inicial que se tem conhecimento é a utilização da roda d água, que emprega a energia potencial da água armazenada a uma certa altura, para a geração de energia mecânica. O uso do fluido sob pressão, como meio de transmissão de potência, já é mais recente, sendo que o seu desenvolvimento ocorreu, mais precisamente, após a primeira grande guerra mundial. Os fatos mais marcantes da história da energia fluídica poderiam ser relacionados como os seguintes: Em 1795, um mecânico inglês, Joseph Bramah, construiu a primeira prensa hidráulica, usando como meio de transmissão a água; Em 1850, Armstrong desenvolveu o primeiro guindaste hidráulico, e para fazê-lo, também desenvolveu o, primeiro acumulador hidráulico; Em 1900, a construção da primeira bomba de pistões axiais nos Estados Unidos, ocorreu aqui à substituição da água por óleo mineral, com muitas vantagens. Atualmente, com o desenvolvimento de novos metais e fluidos obtidos sinteticamente, a versatilidade e a dependência do uso da transmissão de força hidráulica ou pneumática torna-se evidente, desde o seu uso para um simples sistema de frenagem em veículos até a sua utilização para complexos sistemas das eclusas, aeronaves e mísseis. Vamos pensar um pouco, sem a energia fluídica, a tecnologia moderna seria capaz de uma potência para elevar um container de grande tonelagem, ou potência suficientemente pequena para prender um ovo sem quebrar a casca? 14

15 1.2 Princípio de Pascal Blaise Pascal, em 1648 enunciou a lei que rege os princípios hidráulicos: A pressão exercida em um ponto qualquer de um líquido estático é a mesma em todas as direções, exercendo forças iguais em áreas iguais e sempre perpendiculares à superfície do recipiente. Figura 1.1: Lei de Pascal Fonte: RANCINE, a ed. p. 13 Caso uma força F atue sobre uma área A sobre um fluido confinado, ocorrerá nesse fluido uma pressão P. Pressão, conceitualmente é a força exercida por unidade de área. 1.3 Transmissão de Força Hidráulica Em 1795 Joseph Bramah criou a 1 a prensa hidráulica manual aplicando o princípio de Pascal. Figura 1.2: Princípio de compensação de energia Fonte: RANCINE, a ed. p. 14 Como a pressão se distribui uniformemente em todas as direções e agem com a mesma intensidade em todos os pontos. Portanto, podemos afirmar que a pressão nas áreas A e B do sistema são iguais. 15

16 Portanto, podemos afirmar: Além da possibilidade de calcular as forças ou áreas que envolvem o sistema, também é possível calcular o deslocamento S dos êmbolos Leis da Vazão (Hidrodinâmica e Mecânica dos Fluidos) Se um fluido flui por um tubo com vários diâmetros, o volume que passa em uma unidade de tempo é o mesmo independente da seção. A velocidade do fluxo varia. Figura 1.3: Vazão Fonte: REXROTH, 1994 p.31 Vazão: ; Substituindo-se: V = A. s Onde: Q = Vazão em litros por minutos V = Volume em litros ou dm 3 A = Área da seção transversal S = Curso ou comprimento. O curso S na unidade de tempo t é: Velocidade ; de onde podemos ter, com Q = A. v Equação da continuidade Q 1 = Q 2 A 1. v 1 = A 2. v 2 16

17 1.3.2 Conservação da Energia A Lei da conservação da energia nos diz que em um fluxo a energia permanece constante, enquanto não houver troca de energia com o exterior. Podemos dividir a energia total desta forma: Energia de posição (energia potencial) que esta em função da altura da coluna do fluido. Energia de pressão que é a pressão estática. Energia cinética que é a energia de movimento em função da velocidade do fluxo ou pressão dinâmica. Equação de Bernoulli para um sistema estacionário: ñ. h. g + P +r. = Constante Onde: P = Pressão estática; ñ. h. g = Pressão da coluna do fluido ñ. = Pressão dinâmica Pela equação de Bernoulli, é possível comprovar que um fluido ao passar por uma seção transversal reduzida provocará um aumento da velocidade e como conseqüência um aumento da energia cinética. Com a figura abaixo podemos observar as diferenças de pressão em um tubo que possui um estrangulamento, a pressão é representada por uma coluna de fluido. Figura 1.4: Coluna do fluido Fonte: Treinamento Hidráulico, REXROTH p.15 A altura das colunas representa pressão, portanto, observem no estrangulamento. Em uma instalação hidráulica é importante a energia de pressão ou pressão estática. A energia de posição e a energia cinética são muito pequenas, portanto podemos desprezá-las. 17

18 1.3.3 Perdas de Energia por Atrito Quando um fluido movimenta-se em um sistema produzindo calor por atrito, perde-se uma parte da energia em forma de energia térmica, causando perda de pressão. A Energia hidráulica não pode ser transmitida sem perdas. A quantidade de energia perdida por atrito depende de: Comprimento da tubulação; Rugosidade interna da tubulação; Números de conexões e derivações; Diâmetro da tubulação; Velocidade do fluxo Regimes de Fluxos O fluxo em um sistema hidráulico pode ser laminar ou turbulento. FIGURA 1.5: Fluxo lamiar e fluxo turbulento FONTE: Treinamento Hidráulico, REXROTH p Número de Reynolds [Re] Para se saber quando o fluxo é laminar ou turbulento, devemos definir o número de Reynolds, que se obtém através da seguinte fórmula: Onde: Re - Número de Reynolds; - Densidade do fluido; v - Velocidade [cm/s]; D - Diâmetro interno do tubo [cm]; µ - Viscosidade absoluta em [poise]; v - Viscosidade cinética [cst], para um óleo a 220SSU e 38ºC = 0,475 Stokes. 18

19 Número de Reynolds: De 0 até 2000 Re Fluxo laminar De 2000 até 3000 Re Fluxo transitório Maior que 3000 Re Fluxo turbulento Resistência à Passagem de Fluido Se um fluido escoa por um tubo, a pressão vai se tornado cada vez menor em virtude da resistência à passagem. A queda de pressão depende do atrito interno do fluido e do atrito do fluido com as paredes. Mas, existem alguns fatores que influência, como: a velocidade, o regime de fluxo, a viscosidade, acabamento interno do tubo, as conexões, as válvulas, o diâmetro e comprimento do tubo. Por exemplo, em um tubo de 1 m de comprimento escoa uma vazão de 10 L/min. e se lê a diferença de pressão de 50 kpa se escreve: Resistência à passagem Dimensionamento de tubos em função da velocidade Tabela de velocidades de fluxo recomendadas no sistema oleodinâmico: TABELA 1.1: Tabela de velocidades Partindo-se da velocidade recomendada, podemos dimensionar o diâmetro da tubulação, sabendo-se a vazão do sistema. Cuidado! Com as unidades das grandezas. Onde: D = diâmetro interno do tubo; Q = vazão; v = velocidade do fluido. 19

20 Exemplo em função da velocidade Dimensionar o tubo de uma linha que trabalha com uma pressão de 80 bar e vazão de 50 l/min. A velocidade recomendada, conforme tabela acima. Dados: Q = 50 L/min. ou Q = 833,3 cm 3 /s P = 80 bar, então adotaremos velocidade v=4,5 m/s ou v=450 cm/s Solução: D = 1,536 cm O diâmetro interno do tubo recomendado será de 1,536 cm ou 15,36 mm, mas comercialmente 5/8 de polegada Dimensionamento em função da perda de carga Na linha de pressão de um sistema hidráulico: Durante o escoamento do fluido através do sistema hidráulico, pode ocorrer uma perda de carga, que é dividida em vários fatores. Todos os fatores entram no calculo da perda de carga da seguinte forma: Onde: P = Perda de carga na linha [bar]; f = Fator de fricção [adimensional]; L = L1 + Ls = Comprimento total [cm]; L1 = Comprimento da tubulação retilínea[cm]; Ls = Comprimento equivalente das singularidades [cm]; D = Diâmetro interno da tubulação [cm]; V = Velocidade de escoamento do fluido [cm/s]; y = Densidade do fluido [kg/m 3 ] (Para o óleo SAE10 igual a 881,1kg/m 3 ) e 9266 = Fator de conversão para a uniformização das unidades. Fator de fricção f Onde: X = 64 para tubos rígidos e temperaturas constates; X = 75 para tubos rígidos e temperaturas variáveis ou para tubos flexíveis e temperaturas constantes; X = 90 para tubos flexíveis e temperaturas variáveis 20

21 Exemplo em função da perda de carga a) Determinar a vazão necessária no sistema em função dos atuadores; Assumiremos uma vazão de Q = 50 L/min. b) Determinar a velocidade em função do tipo de linha e pressão; Assumiremos uma pressão na linha de 80 bar, portanto uma velocidade de v = 450 cm/s, conforme tabela de velocidade recomendável c) Determinar o diâmetro em função da velocidade e da vazão; Diâmetro interno do tubo D = 1,536 cm, calculado no exemplo anterior. d) Determinar número de Reynolds, conforme fórmula acima; e) Determinar o Fator de fricção f. Para um tubo flexível e temperatura variável - X = 90 f) Determinar o comprimento total L em função da planta e da tabela de comprimentos equivalentes para as perdas localizadas. Em nosso caso, considerar: 4 mangueiras flexíveis; 2 cotovelos de 90º raio curto; 2 cotovelos de 90º raio longo. L1 = 320 cm comprimento das 4 mangueiras do sistema Conforme tabela de perdas localizadas nas conexões, respectivamente: Comprimento de 40 e 20 cm/unidade. Resultando: 21

22 g) Determinar DP = Perda de carga na linha de pressão; h) Determinar as perdas localizadas nas válvulas especiais (catálogo de fabricante); Uma válvula especial de retenção pilotada de 5/8" montada em linha perde, conforme catalogo de fabricante dp = 1,10 bar. i) Determinar a perda total e subtrair da pressão fornecida e verificar se a pressão efetiva será ou não suficiente para o sistema. P TOTAL = P + dp = 1,58 +1,10 = 2,68 bar Pressão fornecida, P = 80 bar Pressão efetiva (P E ) entre os dois pontos: P E = P - P TOTAL = 80 2,68 = 77,32 Bar Conclusão: O que podemos concluir, é que o cálculo da perda de carga no sistema hidráulico é importantíssimo, pois a partir dele, saberemos se a pressão que fornecemos ao sistema é suficiente para aquilo se propõe a fazer. 22

23 TABELA 1.2: Comprimentos equivalentes a perdas localizadas (em polegadas de canalização retilínea) 23

24 1.4 Vantagens e Desvantagens dos Sistemas Hidráulicos 1.5 Potência Os sistemas hidráulicos são utilizados quando não é possível empregar outro sistema como mecânico, elétrico ou pneumático Vantagens: Dimensões reduzidas e pequeno peso com relação a potência instalada; Reversibilidade instantânea; Parada instantânea; Proteção contra sobre carga; Variação de velocidade com facilidade; Possibilidade de comando por apalpador em copiadores hidráulicos Desvantagens: Seu custo é mais elevado que o elétrico e mecânico; Baixo Rendimento, devido a fatores como: A transformação da energia elétrica em mecânica e mecânica em hidráulica para, posteriormente ser transformada em mecânica novamente. Mais o atrito interno e externo nos componentes e os vazamentos. Comparando-se com a pneumática os sistemas hidráulicos possuem um controle mais apurado na força e na velocidade, além de poderem trabalhar com pressão bem maiores, possibilitando assim uma transmissão de potência maior. Perdem no custo de instalação do sistema que é bem mais caro que a pneumática Potência Hidráulica Em um sistema hidráulico é convertida a energia mecânica (proveniente de um motor elétrico ou térmico) em uma energia hidráulica. Então temos: Potência no motor elétrico: P el. ( Watts ) = V (Volts). I (Ampére) Potência no acoplamento ou mecânica: P m = M (Nm). w (1/s) Potência hidráulica: P h = P (N/m 2). Q (m3/s) Rendimento - Como já vimos, existem perdas por atritos, vazamentos e etc. Portanto nem toda energia fornecida ao sistema é transformada na aplicação desejada. h total da bomba = 24

25 CAPÍTULO2 FATORES RESULTANTES DA PRESSÃO NUM SISTEMA Em um sistema hidráulico a função da bomba é fornecer vazão ao sistema, a pressão resultará de dois fatores: FIGURA 2.1 e 2.2: Carga sobre o atuador FONTE: SENAI SP, p.21 25

26 FIGURA 2.3: Restrição na tubulação FONTE: SENAI. SP, p.21 À medida que a torneira começa a ser fechada a pressão aumenta gradativamente, devido à dificuldade de passagem pelo estrangulamento, até atingir a pressão máxima quando ocorrerá a abertura da válvula de alívio e toda a vazão será desviada para o reservatório. 2.1 Tipos de Pressão, Unidades de Pressão e Outras Grandezas Pressão atmosférica: É o peso da coluna de ar da atmosfera em 1 cm 2 de área Pressão relativa: É a pressão registrada no manômetro Pressão absoluta: É a soma da pressão manométrica com a pressão atmosférica Para melhor compreender as leis e o comportamento dos fluidos, devemos considerar as grandezas físicas e sua classificação nos sistemas de medidas, sendo adotado nesta apostila o Sistema Internacional de Medidas, abreviadamente SI. 26

27 CAPÍTULO3 UNIDADES FUNDAMENT AMENTAIS AIS DO SISTEMA INTERNACIONAL TABELA 3.1: Unidades fundamentais do Sistema Internacional 3.1 Conversão das Principais Unidades de Pressão A utilização da tabela de conversão de unidades de pressão consiste em tomar o valor do módulo da unidade conhecida na coluna e multiplicar pelo valor da unidade solicitada na linha. TABELA 3.2: Conversão das principais unidades de pressão 27

28 3.2 Unidades de Pressão mais Utilizadas em Sistemas Hidráulicos TABELA 3.3: Unidades de pressão mais utilizadas no sistema hidáulico Exemplo: A pressão atmosférica ao nível do mar corresponde aproximadamente a uma coluna de água com 10,13 metros de altura. 3.3 Principais Unidades de Capacidade ou Volume TABELA 3.4: Principais unidades de capacitação ou volume Exemplo: 1 m³ = 35,3147 ft Principais Unidades de Força TABELA 3.5: Principais unidades de força 28

29 3.5 Principais Unidades de Vazão TABELA 3.6: Principais unidades de vazão 29

30 CAPÍTULO4 COMPOSIÇÃO DOS SISTEMAS HIDRÁULICOS Os sistemas hidráulicos compõem-se das seguintes etapas: GERAÇÃO transmissão CONTROLE transmissão ATUADORES A geração é constituída pelo reservatório, filtros, bombas, motores, acumuladores entre outros acessórios. O controle é constituído por válvulas controladoras de vazão, pressão e direcionais. No sistema de atuação encontram-se os atuadores, que podem ser os cilindros, osciladores e motores. 4.1 Posição do reservatório O reservatório de fluido poderá ser montado em duas posições com relação à bomba: FIGURA 4.1: Posição do reservatório em relação à bomba FONTE: SENAI. SP, p.17 Se o nível de óleo é de 30 dm acima da bomba, a pressão na entrada da bomba é igual a 30dm. 0,96 Kgf/dm 3 = 27 Kgf/dm 2 = 0,27 Kgf/cm 2, a bomba esta sendo alimentada com uma pressão positiva. Se o nível de óleo é de 30 dm abaixo da bomba, o mecanismo da bomba gera um vácuo na sua entrada para sucçionar o óleo. O vácuo gerado é igual a 30dm. 0,96 Kgf/dm 3 = 27 Kgf/dm 2 = 0,27 Kgf/cm 2. 30

31 CAPÍTULO5 SIMBOLOGIA OGIA / RESUMO Símbolos gráficos mais utilizados para componentes de sistemas hidráulicos são: TABELA 5.1: Linhas de fluxo TABELA 5.2: Símbolos funcionais 31

32 TABELA 5.3: Fontes de energia TABELA 5.4: Válvulas direcionais TABELA 5.5: Métodos de acionamento 32

33 TABELA 5.6: Válvulas controladoras de vazão TABELA 5.7: Válvula de retenção 33

34 TABELA 5.8: Válvula reguladora de pressão TABELA 5.9: Reservatório 34

35 TABELA 5.10: Bombas TABELA 5.11: Motores 35

36 TABELA 5.1: Cilindros 36

37 TABELA 5.1: Instrumentos e acessórios 37

38 CAPÍTULO6 BOMBAS HIDRÁULICAS Bombas hidráulicas são componentes utilizados para fornecer vazão ao sistema, fornecendo energia necessária ao fluido. 6.1 Tipos Bomba de Deslocamento Não Positivo Nestas bombas não existe vedação entre a entrada e a saída; um pequeno aumento da pressão reduz a vazão na saída. Exemplo: Bombas centrífugas que possuem fluxo radial. Existe também as que possuem fluxo axial, são constituídas por uma hélice rotativa. FIGURA 6.1, 6.2 e 6.3: Bombas hidráulicas FONTE: VICKERS, 1983 p Bomba de Deslocamento Positivo Bomba de Engrenagens FIGURA 6.4: Bombas de engrenagens FONTE: RACINE, 1981 p

39 Princípio de Funcionamento das Bombas de Engrenagem Com o desengrenamento das engrenagens motora e movida, o fluido é conduzido da entrada para a saída nos vãos formados pelos dentes das engrenagens e as paredes internas da carcaça da bomba; com o reengrenamento das engrenagens, o fluido é espremido e forçado para a saída. Características: Possuem construção bem simples, pois existem, normalmente, somente duas peças móveis; São de fácil manutenção; São de vazão fixa; Preço mais baixo em relação aos outros tipos de bombas; Pressão de operação até 250 Kgf/cm²; Rendimento de 80 a 85%; Elevado ruído (reduzido nas bombas de engrenagens helicoidais); Tolerância à impurezas maior que as demais bombas. Bomba de engrenagens internas FIGURA 6.5: Bombas de engrenagens internas FONTE: RACINE, 1981 p.132 Bomba de Engrenagens Helicoidais FIGURA 6.6: Bombas de engrenagens espinha de peixe FONTE: RACINE, 1981 p

40 6.1.3 Bombas de Palhetas Características: Construção simples, porém possui maior número de peças mó veis. (Palhetas); São de fácil manutenção; Podem ser de vazão fixa ou variável; Pressão de trabalho: até 210 kg/cm² para bombas de anel elíptico (Balanceadas); 70 kg/cm² para bombas autocompensadoras; Rendimento 75 a 80%; Baixo ruído; Pouca tolerância às impurezas. Tipos: De Vazão Fixa (Balanceada) FIGURA 6.7: Bombas de vazão fixa FONTE: Treinamento Hidráulico, REXROTH p.40 De Vazão Variável com Compensação de Pressão 40

41 FIGURA 6.8, 6.9 e 6.10: Bombas de vazão variável com compensação de pressão FONTE: RANCINE, 1981 p Bombas de Pistões Características Possuem construção muito precisa; São de difícil manutenção; Podem ser de vazão fixa ou variável (variável somente as de pistões axiais); Pressão de operação até 700 Kg/cm²; São as que têm melhor rendimento que gira em torno de 95%; Baixo ruído; São as que menos toleram impurezas. Tipos FIGURA 6.11: Bombas de pistões axiais de eixo inclinado ou desalinhado FONTE: Treinamento Hidráulico, REXROTH p.56 FIGURA 6.12: Bombas de pistões radiais FONTE: Treinamento Hidráulico, REXROTH p.46 41

42 FIGURA 6.13: Bombas de pistões axiais de placa ou disco inclinado FONTE: Treinamento Hidráulico, REXROTH p Montagem e Instalação de Bombas Bombas em série - quando a bomba hidráulica tem baixo poder de sucção instala-se uma bomba auxiliar (bomba de carga) cuja função é alimentar a bomba principal. FIGURA 6.14: Bombas em série Bombas em paralelo - São utilizadas em casos onde se necessita de duas velocidades em atuadores, uma rápida e outra lenta. O rápido com pouca força e o lento com grande força, se aplica também em casos de sistemas com circuitos independentes. FIGURA 6.15: Bombas em paralelo B 1 = Bomba número 1 B 2 = Bomba número 2 Q 1 = Baixa vazão Q 2 = Alta vazão P 1 = Alta pressão P 2 = Baixa pressão. Sistema com vazão Q 1 + Q 2, a pressão é menor que P 2. Sistema com pressão maior que P 2, vazão do sistema igual a Q 1 até atingir a pressão P 1. 42

43 FIGURA 6.16: Exemplo de aplicação de bombas de pistões radiais Cuidados na instalação de bombas Como qualquer equipamento elétrico ou mecânico, requer uma série de cuidados para garantir uma vida útil mais longa. Para isso, devemos alinhar corretamente o motor de acionamento à bomba, tanto no sentido axial no como angular. Indicado a utilização de acoplamentos flexíveis, porque, mesmo com instrumentos de precisão sempre haverá um pequeno desalinhamento. O sentido de rotação e a escorva (preencher a bomba) deverá ser observado com atenção, pois se instalado com rotação contraria e sem óleo irá aquecer rapidamente, levando a inutilização da mesma Cavitação Entende-se por cavitação a formação temporária de espaços vazios ou bolhas, devido a quedas de pressão no fluido, chegando a ponto de vaporização. Com aumento da pressão as bolhas desfazem-se repentinamente, implodindo e cavando material das superfícies (estalando como pipocas) que estava em contato com a bolha Ocorre o efeito diesel, além de interferir na lubrificação. Quando há cavitação, as medidas a ser tomadas são: Verificar filtros e respiro do reservatório, se não estão entupi dos. Verificar se a viscosidade é a recomenda pelo fabricante; Verificar se as dimensões das linhas estão corretas; Escorvar (preencher) a bomba com óleo no princípio do funcio namento; Se a pressão barométrica está conforme especificação do fabri cante Aeração O fenômeno da aeração é similar ao da cavitação, inclusive seus efeitos sobre a bomba e demais componentes do sistema. A condição de aeração também é detectada pelo elevado ruído metálico. 43

44 Sua causa, entretanto é distinta, ocorre em função da entrada de ar pela linha de sucção, e não em função da evaporação. Quando há aeração, as medidas a ser tomadas são: Verificar as ligações entre os componentes da linha de sucção se estão bem vedadas; Evitar que a bomba arraste fluido com bolhas de ar do reservatório (pseudocavitação), por não estar associado com a pressão de vapor. 44

45 CAPÍTULO7 VÁLVULAS VULAS DIRECIONAIS Válvulas direcionais são responsáveis pelo direcionamento do fluido. Suas características principais são: Nº de posições: contadas a partir do nº de quadrados da simbologia. Nº de vias: contadas a partir do nº de tomadas que a válvula possui. (em apenas uma posição). Tipos de acionamento: Pode ser manual ou automático: Tipo de centro: podem ser aberto ou fechado. 45

46 As vantagens do centro aberto são: Menor desgaste da bomba; Menor aquecimento do óleo; Menor consumo de energia. Exemplo de operação de uma válvula de carretel (Spool) deslizante: FIGURA 7.1: Válvula carretel FONTE: RANCINE, 1981 p Sobreposição das Válvulas Direcionais Tipos Construtivos para Válvulas As válvulas direcionais, conforme aplicação, são válvulas de assento ou de corrediça (com êmbolo ou placas deslizantes). FIGURA 7.2: Válvula direcional com êmbolo deslizante Na hidráulica são predominantes as de êmbolo deslizante, para pressão até 300 bar. Porém, os êmbolos metálicos com o corpo da válvula apresentam uma folga de poucos microns (mm), mesmo assim, há ocorrência de vazamento interno da conexão de maior pressão para a de menor pressão. As válvulas direcionais de assento diferem fundamentalmente das válvulas de êmbolo, pela sua vedação isenta de vazamentos. Na ilustração abaixo, o elemento esférico representa uma válvula direcional de assento esféri- 46

47 co e o elemento cônico uma válvula direcional de assento cônico, ambas V.D 3/2 vias, que associadas representam uma V.D 4/2 vias. FIGURA 7.3: Válvula direcional com assento esférico Devido a uma força externa para vencer a força da mola, êmbolo superior estar mantendo a esfera encostada ao assento, como isto representado é V.D 4/2 vias, observamos que P esta para B e A esta para T. Se eliminarmos a força externa, a força da mola afastará a esfera, conseqüentemente P passará para A e no mesmo instante pilotará o elemento cônico permitindo que B passe para T. Sobreposição de Comando nas Válvulas Direcionais de Pistão Conforme o tipo de êmbolo de comando, ao serem comutadas as válvulas para uma outra posição de comando, as conexões são fechadas ou interligadas durante um determinado tempo. Isto é denominado de sobreposição positiva ou negativa de comando. A sobreposição positiva é onde todas as conexões fecham-se durante a comutação, por um pequeno tempo, formando CF, neste caso não existe perda de pressão, mas conseqüentemente existe o surgimento de golpes de comando por causa do pico de pressão. FIGURA 7.4: Sobreposição positiva FONTE: Treinamento Hidáulico, REXROTH p.97 A sobreposição negativa é quando durante a comutação todas as conexões estão interligadas durante um pequeno tempo, formando um H, neste caso não temos a formação de golpes de comando e picos de pressão, mas há queda de pressão, onde se esvazia os acumuladores de pressão e se existir cargas podem descer. 47

48 FIGURA 7.5: Sobreposição negativa FONTE: Treinamento Hidráulico, REXROTH p.97 Solenóides - Nas válvulas direcionais os solenóides acionam o spool das válvulas direcionais possibilitando a passagem do fluxo.o solenóide consiste basicamente de três elementos: a armadura, o T ou martelo e a bobina. Quando passamos uma corrente elétrica na bobina é gerado um campo magnético que empurra o martelo para baixo que, por sua vez deslocará o carretel de direcional dando nova direção ao fluxo do fluído. FIGURA 7.6: Esquema de solenóide FONTE: RANCINE, 1981 p Tipos de solenóides De corrente alternada (220V) - alta velocidade do núcleo, porém se este não chegar a final do curso queima-se rapidamente (1 a 1,5 hs para os imersos em óleo e 10 a 15 minutos para os secos). Há também solenóides com voltagem de 110 V. De corrente contínua (24V) - é mais lento que o anterior. Solenóide em banho de óleo - movimenta-se suavemente e deve ter preferência no caso de clima úmido ou ao ar livre. 48

49 Solenóides em Eletroválvulas TABELA 7.1: Solenóides em eletroválvulas Válvulas Direcionais Pré-Operadas (Sanduíche de Válvulas) São válvulas de tamanho nominal grande e de elevada potência hidráulica (P. Q). Funciona da seguinte forma: Uma válvula pequena comandada por solenóides é acionada deslocando o spool o qual permite a passagem do óleo que irá para o êmbolo da válvula principal. Por esse motivo são chamadas de válvulas de duplo acionamento ou eletro-hidráulicas. FIGURA 7.7: Válvula de duplo acionamento FONTE: REXROTH, 1983 p

50 Exemplo prático: FIGURA 7.8: Válvula direcional 4/3 vias, pré-acionadas por solenóides, acionada por pressão hidráulica, centrada por mola; de piloto e dreno interior 50

51 CAPÍTULO8 REGISTROS Os registros têm como função isolar parte do circuito hidráulico. São de acionamento demorado e cansativo na grande maioria, não podendo ser usados quando a resposta a um acionamento tem que ser rápida e precisa. 8.1 Tipos de registros FIGURA 8.1, 8.2, 8.3 e 8.4: Registros FONTE: RANCINE, 1981 p Simbologia 51

52 CAPÍTULO9 ATU TUADORES LINEARES Atuadores lineares são chamados de cilindros e tem como função transformar força, potência ou energia hidráulica em força, potência ou energia mecânica. A figura abaixo representa um cilindro de dupla ação. FIGURA 9.1: Componentes do cilindro FONTE: RANCINE, 1981 p.73 Simbologia 9.1 Amortecimento do Fim de Curso nos Cilindros Hidráulicos Tem como função à frenagem ou desaceleração até a parada final, evitando o impacto no fim do curso. Este tipo de amortecimento faz parte dos cilindros que não podem ter impactos ao chegar no fim de curso, principalmente quando trabalha com velocidades elevadas, estes efeitos normalmente são prejudiciais ao sistema. 52

53 O amortecimento consiste de coxins junto ao êmbolo, que ao chegarem próximo do fim do curso encontrarão uma câmara reduzida, associado a uma válvula de estrangulamento para a regulagem, e mais uma válvula de retenção para facilitar o arranque do cilindro, conforme figura abaixo: FIGURA 9.2 e 9.3: Amortecimento FONTE: RANCINE, 1981 p Vedações para Cilindros e Demais Componentes Além das vedações estáticas entre as partes firmes ligadas, necessitase, no cilindro hidráulico, gaxetas dinâmicas entre as peças móveis, que devem ter boa vedação entre as partes, boa resistência ao desgaste e pouco atrito. Para selecionar a vedação dos elementos devemos verificar a compatibilidade com o fluido, a relação de pressão, o tipo de aplicação e a construção dos componentes. Juntas Juntas são dispositivos para vedar superfícies planas. Os projetos mais antigos de flanges e válvulas montadas em sub-placas usam esse tipo de vedação. Atualmente os equipamentos hidráulicos usam com mais freqüência os anéis O ring retentores torneados ou gaxetas de compressão. Os principais tipos de vedação para cilindros são: Anéis de segmento - Este tipo de vedação também é comumente encontrado nos pistões dos motores a explosão. É excelente para a garantia de uma vida longa e aplicações de cargas instantâneas. Este tipo de vedação apresenta um bom rendimento, devido o baixo atrito, principalmente em cilindros que trabalham com altas velocidades e grandes pressões, conforme figura abaixo 53

54 Anéis em V - São usados em grupos de 2,4 ou 6 anéis, de acordo com a pressão de trabalho. Em cilindros de dupla ação, são utilizados um jogo de cada lado do pistão. Para se determinar o número de anéis a ser utilizado, a regra é que para cada 45 bar, coloca-se um anel, levando em conta, sempre um número mínimo de dois anéis. Anéis Tipo Copo - Este tipo de vedação trabalha em faixa de pressão baixa, portanto mais usados em cilindros pneumáticos. Provavelmente, foi um dos primeiros a ser utilizados. FIGURA 9.4: Anéis tipo copo FONTE: RANCINE, 1981 p Anéis do Tipo O ( O Ring) - É sistema de vedação simples, efetuada com um anel de borracha. Porém, com atrito elevado e causa danos ao anel quando submetido à pressão, é possível melhorar utilizando-se do sistema de Back up que consiste na colocação de dois anéis limitadores de teflon ou material similar, que evitam danos ao anel. FIGURA 9.5: Anéis tipo O FONTE: RANCINE, 1981 p.79 Anéis U e Block V - Os anéis U são mais econômicos em relação ao tipo lábio de dupla ação. São originalmente de borracha e de fácil reposição, não necessitam de qualquer adaptador. Para sistemas que trabalham com pressões elevadas, recomenda-se a utilização dos anéis Block em V para obter um melhor rendimento. Anéis Tipo Lábio de Dupla Ação O anel de borracha sintética é colocada ao pistão e cargas laterais são evitadas pela adição de um prato guia. Tem funcionamento semelhante a anel tipo copo, trabalha em sistemas de baixa pressão. FIGURA 9.6: Anéis tipo lábio de dupla ação FONTE: RANCINE, 1981 p

55 CAPÍTULO10 ATU TUADORES ROTATIV TIVOS Os atuadores rotativos têm como função transformar energia hidráulica em energia mecânica rotativa e apresentam construção semelhante à das bombas. Classificam-se em: a) Motor hidráulico FIGURA 10.1: Comparação entre uma bomba e um motor de engrenagem FONTE: RANCINE, 1981 p.204 Simbologia Os motores hidráulicos assim como as bombas possuem um limite para o volume de admissão (fluxo) máximo, bem como de uma pressão máxima de trabalho. Os componentes internos do motor trabalham submersos em óleo que 55

56 é continuamente retirado por um dreno cujas funções são: Lubrificar; Refrigerar; Impedir a entrada de ar. b) Motores oscilantes ou osciladores São usados para transmitir movimento rotativo alternado com ângulo de rotação limitado. Tipos Pinhão Cremadeira FIGURA 10.2: Pinhão cremadeira FONTE: Treinamento Hidráulico, REXROTH, p.77 Motores Oscilantes ou Osciladores: São para transmitir movimento rotativo alternado co ângulo de rotação limitado FIGURA 10.3: Motores oscilantes ou osciladores FONTE: RACINE, 1981 p

57 Oscilador com Cilíndro FIGURA 10.4: Osciladores com cilíndro FONTE: RACINE, 1981 p.220 Oscilador com Rosca Sem-Fim FIGURA 10.5: Osciladores com rosca sem-fim FONTE: RACINE, 1981 p.220 Oscilador de Palheta FIGURA 10.6: Osciladores de palheta FONTE: RACINE, 1981 p.219 Simbologia 57

58 CAPÍTULO11 VÁLVULA VULA DE BLOQUEIO São também chamadas válvula de retenção e bloqueiam a passagem do fluxo num sentido permitindo fluxo reverso livre. Tipos Válvula de Retenção Simples FIGURA 11.1: Válvula de retenção simples FONTE: Treinamento Hidráulico, REXROTH, p.81 Válvula de Retenção Pilotada Geminada FIGURA 11.2: Válvula de retenção pilotada geminada FONTE: Treinamento Hidráulico, REXROTH, p.81 Válvula de Retenção Pilotada FIGURA 11.3: Válvula de retenção pilotada FONTE: Treinamento Hidráulico, REXROTH, p.83 58

59 11.1 Válvula de pré-enchimento ou de sucção Quando um sistema requer cilindro de grandes dimensões usa-se válvula de preenchimento ou de sucção o que possibilita grandes vantagens ao sistema, sendo a principal, a maior velocidade à máquina. FIGURA 11.4: Válvula de preenchimento ou de sucção FONTE: Treinamento Hidráulico, REXROTH, p.86 59

60 CAPÍTULO12 RESERVATÓRIO são: São recipientes onde o óleo é armazenado. Suas principais funções Armazenar o fluido até que seja succionado pela bomba; Auxiliar na dissipação do calor; Permitir o assentamento das impurezas insolúveis. Como regra geral o reservatório deve conter de duas a três vezes a vazão da bomba, isto é, deve garantir o fornecimento de óleo para a bomba por mais dois a três minutos mesmo que ocorra o rompimento da tubulação de saída da mesma. Os reservatórios podem ser: Aberto: quando a pressão no interior do mesmo for igual a pressão atmosférica; Pressurizado: quando a pressão no interior do mesmo for maior que a pressão atmosférica Componentes do Reservatório FIGURA 12.1: Componentes do reservatório FONTE: RANCINE, a Edição, p.64 60

61 Simbologia 12.2 Montagem das Linhas Para o perfeito funcionamento do sistema hidráulico é importante a observação do posicionamento das linhas de sucção e retorno. FIGURA 12.2: Altura para montagem da linha de sucção FONTE: RANCINE, a Edição, p.60 h = 1,5 x o diâmetro da sucção para evitar que o filtro fique exposto à parte livre do interior do reservatório quando em funcionamento. h1 = no mínimo 75mm acima do fundo do reservatório para evitar a sucção de impurezas depositadas no mesmo. A linha de retorno deve ficar aproximadamente no ponto médio do nível do fluido. Caso termine acima do nível causará a formação de espuma e se montado muito próximo do fundo poderá remexer as impurezas ali depositadas. Quando as linhas não possuírem filtros nas extremidades, devem ser cortadas a 45º e montadas para a parede do reservatório facilitando o fluxo normal do fluido. Bocal de enchimento com filtro: Tem a finalidade de impedir a entrada de impurezas quando da alimentação de fluido e durante a operação, pois o nível de fluido diminui e ocorre a entrada de ar no reservatório. FIGURA 12.3: Bocal de enchimento com filtro FONTE: REXROTH, p

62 12.3 Chicanas São paredes (verticais ou horizontais) montadas no interior do reservatório cujas funções são: Evitar turbulência do fluido no tanque; Permitir o assentamento de materiais insolúveis; Auxiliar na dissipação de calor. Tipos Chicana horizontal: usada em reservatórios de altura limitada para evitar a entrada de ar na bomba através do redemoinho (vórtice) que se forma quando a bomba entra em funcionamento. FIGURA 12.4: Chicana horizontal FONTE: RACINE, a Edição, p.61 Chicana vertical: usada em reservatórios de maior profundidade. Note que o percurso percorrido pelo óleo no interior do reservatório seria bem menor se não houvesse as chicanas. FIGURA 12.5: Chicana vertical FONTE: RACINE, a Edição, p.62 Magnetos: são ímãs estrategicamente posicionados nas paredes do reservatório para retirar do fluido as partículas metálicas. Respiros: são necessários para permitir a entrada de ar da atmosfera mantendo a pressão interna nos reservatórios abertos. 62

63 CAPÍTULO13 FLUIDOS HIDRÁULICOS O fluido hidráulico é o elemento mais importante na durabilidade dos componentes dos sistemas hidráulicos uma vez que ele circula por todo o sistema contaminando-o e atingindo a todos os pontos do mesmo. Um bom fluido hidráulico, com uma filtragem bem apurada contribuirá sobremaneira para o aumento na vida útil dos componentes. As principais funções dos fluidos hidráulicos são: Transmitir energia: a energia sofre diversas transformações até ser transformada em energia hidráulica que será transmitida pelo fluido e novamente transformada em energia mecânica através da realização de trabalho. FIGURA 13.1: Fluido hidráulico transmitindo energia FONTE: VICKERS, a Edição, p

64 Lubrificar e vedar partes móveis: o fluido deve possuir a características de ser bom lubrificante, pois os componentes dinâmicos necessitam ser lubrificados durante o funcionamento. FIGURA 13.2: Fluido hidráulico como lubrificante das partes móveis FONTE: VICKERS, a Edição, p.3-1 Resfriar ou dissipar calor: através do fluido, o calor é conduzido às paredes do reservatório e destas, para a atmosfera. FIGURA 13.3: A troca de calor através do fluido hidráulico FONTE: VICKERS, a Edição, p Principais Fluidos Hidráulicos Óleos minerais - São os fluidos hidráulicos derivados do petróleo; embora o petróleo não seja um minério são chamados de minerais para diferenciálos dos óleos vegetais e demais óleos industriais. Óleos sintéticos - São óleos produzidos para atender a determinadas condições e especificações as quais os óleos minerais não atendem. Fluidos resistentes ao fogo - São combinações de óleo mais água de modo que não propaguem fogo em caso de incêndio; não significa dizer que não queimem e sim que não dispersam o fogo em sua superfície como ocorre com os óleos lubrificantes. 64

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