DAN no III Simpósio de Guerra de Minas - 3ª parte
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- Norma Judite Campelo Gabeira
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1 DAN no III Simpósio de Guerra de Minas - 3ª parte Representando a Escola de Guerra de Minas conjunta entre a Marinha da Bélgica e da Holanda, o Capitão-de-Fragata Christophe Muylaert iniciou sua palestra mostrando que em 1960 na Bélgica e em 1965 na Holanda, a escola começou a ministrar diferentes cursos para os alunos das duas marinhas. A escola é organizada baseada em, Instrução, Planejamento, Gerenciamento, Suporte e Simulação, criando expertise necessária para a educação dos alunos em alto nível. Os cursos são ministrados para marinhas da OTAN e para marinhas estrangeiras (em inglês ou em francês). Abaixo alguns cursos que a escola bi-nacional fornece:
2 Curso de Consciência Naval guerra de minas MCM EXPERT / DARE (P & E e Avaliação de Riscos) Planejamento operacional Princípio Guerra Diretor NMW Course (PWO NMW) Staff Officer NMW Course (SO NMW) MCM Staff Training Team (MCM PESSOAL TT-N) Centro de Treinamento da equipe (SFX) MCM EXPERT: P & E A duração dos cursos varia entre 1 e 9 semanas dependendo do grau de complexidade. Esses cursos são requisitados por marinhas da OTAN como Bulgária, Canada, Croácia, Dinamarca, Alemanha, França, Grécia, Hungria, Itália, Noruega, Polônia, Portugal, Romênia, Espanha, Turquia, Inglaterra e Estados Unidos. Outras marinhas que também enviam alunos mas não fazem parte da OTAN são, Austrália, Brasil, Egito, Finlândia, Índia, Israel, Japão, Malásia, Marrocos, Nova Zelândia, Paquistão, Cingapura, África do Sul, Suécia e Ucrânia. Facilidades do NMW Naval Mine Warfare, para a equipe de treinamento O objetivo é formar, em um ambiente realista, os estudantes, as equipes individuais na caça de minas, onde as principais vantagens são o baixo custo, a segurança, o ganho de tempo, a versatilidade e a facilidade de se realizar o Debriefing.
3 NMW Gamming System O objetivo é criar um confronto entre o planejador e o Comandante em um Campo de Minas imaginário. Outro ponto importante é a integração com diferentes níveis de comando durante o treinamento diferentes áreas geográficas de operações, rotas, campos minados, padrões, sensores e tipos de armas, interações, interação realista, doutrina e procedimentos. Treinamento a bordo Após a conclusão da parte teórica, os cursos são finalizados com o embarque para que os alunos tenham contato real com tudo o que lhes foi apresentado, podendo assim, obter o ganho real em seu aprendizado.
4 CASNAV Centro de Análises de Sistemas Navais
5 O CASNAV foi representado pelo Capitão-de-Corveta Claudio Coreixas de Moraes da Divisão de Modelagem e Simulação, que atualmente gerencia o Projeto SimCIAGA. O CC Coreixas apresentou a Simulação Virtual como uma proposta de ferramenta para treinamento de tripulações. Através da Divisão de Modelagem e Simulação a MB passou a utilizar a Simulação Virtual para treinamento como os simuladores SiAvIn (Aviso de Instrução) e SimPass (Simulador de Passadiço). Atualmente nove organizações da MB (CAAML, CIAMA, EN, CN, CIAW, GptPatNavS, IEAPM, CFAOC, EAMCE), utilizam os simuladores projetados pelo CASNAV. Identificação da Necesidade de Treinamento de Guerra de Minas Simulação Virtual no Seguindo a mesma linha onde foram identificada a necessidade do uso de simuladores, a ForMinVar poderá se beneficiar do uso de um simulador virtual em seus treinamentos que requerem treinamento prático (hands-on), envolvem risco material e elevado custo de pessoal, manutenção, tempo, combustível, e etc
6 O CASNAV para desenvolver um simulador para a ForMinVar irá analisar as tarefas que serão treinadas, definir os objetivos à serem alcançados no treinamento, dimensionar a solução, especificar os requisitos funcionais, definir arquitetura e sua plataforma de desenvolvimento. Esse modelo serve para qualquer OM da MB que deseje inserir um simulador para treinamento em sua rotina. Requisitos funcionais para um Simulador de Procedimentos Operativos para Guerra de Minas SimPOGM O Simulador deverá ser capaz de reproduzir fisicamente os equipamentos de navegação e manobra de um varredor; Deverá representar realismo comportamental de um navio varredor; Deverá ser integrado a um sistema de Comando e Controle voltado para a Guerra de Minas; Deverá possuir um componente tático integrado para uso em ações de emprego de armamento; Deverá possuir um componente visual realístico com 180 graus de HFOV; Deverá possuir cenários de operação da área de Salvador, Rio de Janeiro e Itaguaí; Deverá permitir ajuste dos fatores ambientais, tais como vento, corrente, estado do mar, visibilidade, dec. magnética, hora do dia, ; Deverá possuir interoperabilidade com outros simuladores através de protocolo HLA; Deverá possuir uma estação de controle do instrutor onde serão introduzidos dados de lançamento de minas, lançamento de bóias de sinalização de canal, plotagem e acompanhamento dos agentes simulados, dispositivos de varredura e caça de minas, podendo ser parte integrante do próprio sistema de Comando e Controle; Deverá permitir a introdução de avarias nos equipamentos de navegação, propulsão, controle, varredura, caça de minas e também permitir a introdução de erros;
7 Deverá empregar modelagem levantada em avaliações operacionais para determinar, através de processos estocásticos: tempo para lançamento de mina, detecção de uma mina, erro de navegação, falha de lançamentos, varredura de uma mina, identificação de uma mina, dentre outros ; Deverá empregar banco de dados ambientais próprio da MB; Deverá possuir módulo integrado para operação de ROV e Sonar. Além disso tudo, o simulador deverá fazer muitas outras coisas que são detalhes importantes de serem especificados. O caminho para desenvolver o SimPOGM deverá ser este. PROJETO MMINAS Tenente Yaci Gallo Alvarez O projeto MMinas apresentado pela Tenente Yaci Alvarez, é fruto de uma parceria entre o IEAPM e o GAAGUEM, que teve início em agosto de 2012, e tem como objetivo compreender as influências do meio ambiente nas minas de fundo e fundeio, fornecendo como resultados:
8 Caracterização ambiental da área do experimento; Definição de um esquema de pintura da mina a fim de maximizar sua camuflagem; Grau de soterramento da mina em função do tipo de sedimento marinho; Influência da incrustação biológica no coeficiente de arrasto de corpos submersos. As informações ambientais para operações de minagem são fundamentais para alcançar o objetivo estratégico da Marinha na END, que é a negação do uso do mar ao inimigo. Planejamento do campo de minas O lançamento criterioso de minas em áreas selecionadas depende do efeito desejado de impedimento, restrição ou retardamento do trânsito, localização e configuração da área, aí se incluindo suas características terrestres ou hidroceanográficas. Minas com diferentes camuflagens, dependendo da coloração da água, podem estar mais ou menos visíveis.
9 O projeto MMinas auxilia a eficiência na minagem de áreas marítimas, aumentando o sucesso nas ações de negar o uso das vias marítimas por um inimigo (Corroborando com a END), e pretende simular as influências em outras regiões da costa brasileira, permitindo um mapeamento de aéreas costeiras de interesse de minagem. Conclusão O estudo do tipo de material e da rugosidade da superfície da mina, do ponto de vista da reflectância e da frequência de ondas sonoras, terá como objetivo tornar a mina invisível à sensores óticos e acústicos. O estudo ambiental pode gerar um banco de dados de informações de minagem para auxiliar no planejamento de minagem e pode apontar mudanças na doutrina de minagem para águas brasileiras. Instituto de Pesquisas da Marinha IPqM O CF (EN) Adriano Guedes de Carvalho durante sua palestra, expôs os objetivos do IPqM no desenvolvimento de Minas Submarinas, como realizar atividades de pesquisa científica, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços tecnológicos, associados a sistemas, equipamentos, componentes, materiais e técnicas, nas áreas de Sistemas de Armas, de Sensores, de Guerra Eletrônica, de Guerra Acústica e de Sistemas de Monitoração e Controle, a fim de contribuir para a independência tecnológica do Brasil, o desenvolvimento da Base Industrial de Defesa e o fortalecimento do Poder Naval. Projetos na Área de Minas Submarinas Mina de casco temporizada Mina de Mina de Mina de Sistema pressão fundeio de contato fundeio de influência fundo de aquisição de dados acústicos, magnéticos, e campo elétrico
10 Ciclo de Projeto No IPqM os projetos seguem uma ordem de desenvolvimento, que segue um padrão abaixo exemplificado: Especificação de Requisitos Projeto Básico Projeto Detalhado Protótipos de Subsistemas Testes de Bancada Revisão I Protótipos Integrados Testes Ambientais Testes de Campo Revisão II Homologação Documentação Técnica
11 Teste de bancada Produtos desenvolvidos pelo IPqM Minas MB-1 e MB-2 (1956); MFC 01/100 Mina de Fundeio de Contato (1992); MCT Mina de Casco Temporizada (1997); MFI A/M Mina de Fundeio de Influência (1999); SMT Sensor Magnético Triaxial (1999); SAAMP Sist. de Aquisição Acústico, Magnético e Pressão (2000); MAGS Módulo de Análise e Gravação de Sinais (2003); SAAMPE Acústico, Magnético, Pressão e campo Elétrico (2015) e MF Mina de Fundo.
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13 SAAMPE - Sistema de Aquisição de dados Acústico, Magnético, de Pressão e de Campo Elétrico Perspectivas futuras Finalizar o desenvolvimento da Mina de Fundo, terminar a avaliação operacional e a modernização da MFI, desenvolver Minas de Exercício, de Influência de Fundo e de Fundeio, modernização da ED28B, modernização da MCC23C e desenvolver o SAAMPE Autônomo. Universidade de São Paulo USP O professor Ettore A. Barros, coordenador do projeto de desenvolvimento de veículos aquáticos não tripulados, em sua palestra destacou a aplicação de AUVs na detecção e neutralização de Minas e o projeto PIRAJUBA. Os AUVs são muito importantes não apenas para a detecção de Minas, como pôde ser observado na busca pelos destroços do voo AF447, onde o AUV Remus 6000, detectou a aeronave no fundo do mar.
14 Projeto Pirajuba O projeto Pirajuba teve início através da cooperação no projeto indiano de AUV Maya entre os anos de Após este período, iniciou-se os estudos hidrodinâmicos por CFD entre 2006 e Após a conclusão do estudo hidrodinâmico, vieram os testes em tanque de provas. Mas um AUV precisa muito mais do que apenas ter boa navegabilidade, ele precisa estar equipado com hardware e uma estação de comando.
15 Em 2010 o Pirajuba evoluiu graças ao hardware embarcado, que lhe daria a capacidade de realizar manobras de zig e zag, ter a sua profundidade e seu propulsor controlados. Abaixo a versão atualizada do hardware do Pirajuba. Os testes de mar ocorreram em Angra dos Reis entre 2012 e 2013, culminando com os testes realizados no litoral norte de São Paulo. O Pirajuba realizou as corridas pré-programadas com excelente desempenho, como pode ser observado no vídeo abaixo disponibilizado pela USP. A meta agora é continuar o aperfeiçoamento do sistema de navegação e desenvolver um novo veículo, pois a aplicação de
16 submarinos não tripulados, é uma realidade em particular na busca e detecção de Minas. Continua.
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