PERCEPÇÕES SÓCIO-ESPACIAIS E DE TURISMO EM PARICATUBA-IRANDUBA-AMAZONAS GLAUBÉCIA TEIXEIRA DA SILVA

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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS CENTRO DE CIÊNCIAS DO AMBIENTE Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação em Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia PERCEPÇÕES SÓCIO-ESPACIAIS E DE TURISMO EM PARICATUBA-IRANDUBA-AMAZONAS GLAUBÉCIA TEIXEIRA DA SILVA MANAUS 2008

2 UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS CENTRO DE CIÊNCIAS DO AMBIENTE Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação em Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia GLAUBÉCIA TEIXEIRA DA SILVA PERCEPÇÕES SÓCIO-ESPACIAIS E DE TURISMO EM PARICATUBA-IRANDUBA-AMAZONAS Dissertação apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia, da Universidade Federal do Amazonas, como requisito para a obtenção do título de mestre em Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia. Orientadora: Profª. Maria Inês Gasparetto Higuchi, Dra. MANAUS 2008

3 Ficha Catalográfica (Catalogação realizada pela Biblioteca Central da UFAM) S586p Silva, Glaubécia Teixeira da Percepções sócio-espaciais e de turismo em Paricatuba- Iranduba-Amazonas / Glaubécia Teixeira da Silva. - Manaus: UFAM, f.; il. Dissertação (Mestrado em Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia) Universidade Federal do Amazonas, Orientadora: Profª. Dra. Maria Inês Gasparetto Higuchi 1. Turismo 2. Percepção ambiental 3. Turismo Aspetos sociais I. Higuchi, Maria Inês Gasparetto II. Universidade Federal do Amazonas III. Título CDU (811.3)(043.3)

4 GLAUBÉCIA TEIXEIRA DA SILVA PERCEPÇÕES SÓCIO-ESPACIAIS E DE TURISMO EM PARICATUBA-IRANDUBA-AMAZONAS Dissertação apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia, da Universidade Federal do Amazonas, como requisito para a obtenção do título de mestre em Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia. Aprovado em 03 de março de BANCA EXAMINADORA Profª. Drª. Maria Inês Gasparetto Higuchi Instituto Nacional de Pesquisas na Amazônia Prof. Dr. Evandro Luis Ghedin Universidade Estadual do Amazonas Profª. Drª. Maria do Perpétuo Socorro Rodrigues Chaves Universidade Federal do Amazonas

5 DEDICATÓRIA Ao meu marido, Carlos Alberto, e meus filhos, Matheus e Marcella, pelo incentivo, compreensão e apoio incondicional ao meu trabalho.

6 AGRADECIMENTOS À minha família e a Deus, que são a minha maior motivação. Aos moradores de Paricatuba, pelo apoio e participação nesta pesquisa, em especial, à Vanusa e Valdeci pela acolhida em sua residência e ao Senhor Manoel, pela confiança no meu trabalho e a colaboração na realização das reuniões. À Jeane, pelo apoio e companhia durante as visitas à Paricatuba. Aos professores Evandro Ghedin e Maria do Perpétuo Socorro Chaves que gentilmente aceitaram compor a banca examinadora. As professoras Sandra Noda e Therezinha Fraxe que participaram da banca de qualificação. Às minhas amigas, Cristiane Barroncas, Susy Simonetti e Patrícia Góes pelo material emprestado, pelo apoio e incentivo desde o início do curso. Aos amigos do curso de mestrado pelas experiências vividas durante os últimos dois anos principalmente os membros do meu grupo de estudo Ésner, Sérgio, Wanderlei e Patrícia. À minha estimada e competente orientadora Dra. Maria Inês Higuchi, pelos ensinamentos, apoio e a sua valiosa colaboração na realização deste trabalho. À Universidade Federal do Amazonas, pela oportunidade de estudar nesta instituição de ensino e às secretárias Rai e Cleide pelo precioso auxílio. Ao Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas e ao Instituto de Proteção Ambiental do Estado do Amazonas, por permitir o livre acesso aos seus acervos.

7 É! A gente quer valer o nosso amor A gente quer valer nosso suor A gente quer valer o nosso humor A gente quer do bom e do melhor... A gente quer carinho e atenção A gente quer calor no coração A gente quer suar, mas de prazer A gente quer é ter muita saúde A gente quer viver a liberdade A gente quer viver felicidade... É! A gente quer viver pleno direito A gente quer é ter todo respeito A gente quer viver uma nação A gente quer é ser um cidadão. Gonzaguinha

8 RESUMO O turismo é uma importante atividade econômica que envolve o deslocamento de pessoas aos locais turísticos, gerando múltiplas inter-relações de ordem econômica, social, cultural e ambiental que podem ou não serem benéficas às localidades turísticas. O crescente interesse na expansão do turismo preocupa as populações envolvidas quanto ao rumo que este crescimento acelerado pode seguir. A ausência de interação entre os diversos atores sociais (públicos e privados) no planejamento do turismo é capaz de produzir efeitos danosos ao espaço e à sociedade onde se desenvolve, interferindo negativamente nas estruturas sociais existentes e comprometendo as possibilidades de desenvolvimento futuro. Assim, o estudo da percepção ambiental torna-se um importante instrumento para a compreensão das atitudes, expectativas e necessidades dos moradores dos destinos turísticos possibilitando auxiliar no planejamento turístico local. O presente estudo se insere nesta temática e tem como objetivo central investigar as percepções sócio-espaciais dos moradores de Paricatuba e as implicações relativas ao turismo local. Complementando o objetivo principal, procurou-se caracterizar o processo histórico local e identificar as potencialidades físicas e sociais para o desenvolvimento do turismo e respectiva cadeia produtiva desta atividade. Os procedimentos metodológicos utilizados seguiram uma abordagem fenomenológica, utilizando-se a pesquisa documental e de campo. Os dados foram obtidos por meio da observação participante na comunidade, em seus eventos e no dia a dia dos moradores, incluindo visitas domiciliares. Para completar as informações necessárias ao tema em questão foram realizados grupos focais com jovens e adultos, escolhidos entre os que moram no local há mais tempo e que apresentaram interesse no tema. Por meio da análise de conteúdo foram identificados valores espaciais (topofílicos, ecológicos, econômicos, estéticos e de turismo) positivos, bem como a vontade de promover melhorias, contrastando, ao mesmo tempo, com as atitudes de indiferença diante dos problemas coletivos e a dificuldade de mobilização social. O estudo revelou que existem condições físicas e sociais para a implementação de ações que possibilitem o desenvolvimento do turismo em Paricatuba. Este processo implica no maior envolvimento dos moradores, principalmente dos jovens, na criação de alternativas sustentáveis que promovam a ruptura da dependência do poder público ou das forças externas, por meio da gestão participativa de planos e programas de desenvolvimento mais favoráveis aos moradores. Palavras chave: Turismo; Paricatuba; Percepção sócio-espacial; Atitudes ambientais

9 ABSTRACT Tourism is an important economic activity which transports people to tourist sites, generating several inter-relations of economic, social, cultural and environmental order, which can or cannot bring benefits to these. The growing interest in tourism expansion concerns the involved populations, when related to the path this fast growth can take. The absence of interactions between the diverse social players (public and private) on the planning of tourism is capable of producing harmful effects to the space and the society it develops, interfering in a negative way on the current social structures and jeopardizing the possibilities of future development. Therefore, the study of environmental perception becomes an important instrument to the comprehension of attitudes, expectancies and needs of the inhabitants of tourist sites, making an aid available to local tourism planning. The present work is inserted on this theme and has as its main objective, the investigation of the social-spatial perceptions of the inhabitants of Paricatuba and the implications regarding local tourism. Complementing the main objective is the characterization which was made based on the historical process and identification of the physical and social potentialities to achieve the development of tourism and its productive chain. The methodological proceedings include the use of phenomenological approach, with documental and in loco research. The data was obtained by active observation in the community, on its events and on the daily life of the locals, including home attendance. To fulfill the necessary information regarding the present theme, focal groups with teenagers and adults were used; these were picked out among the older people at the place which demonstrated the will to participate. Through the analysis of content positive spatial values (topologic, ecologic, economics, beauty, and concerning tourism) were identified, along with the will of promoting benefits, contrasting, at the same time, with an non-engaged attitude to face the collective problems and the difficulty of social mobilization. The study revealed that there are physical and social conditions to the implementations of actions that help develop Paricatuba s tourism. This process implies a bigger engagement of the inhabitants, especially the younger ones, on the creation of sustainable alternatives that promote the rupture of government assistance or external forces, by a participative management of plans and development programs that are more beneficial to the local people. Keywords: Tourism; Paricatuba; Perception of social-space; Environmental Attitudes

10 LISTA DE FIGURAS Figura 1 Paricatuba a cidade da dor Figura 2 Localização de Paricatuba Figura 3 Mapa da localidade Paricatuba Figura 4 Vista frontal das ruínas Figura 5 Áreas alagáveis no período da cheia Figura 6 Visitantes e moradores usufruem das praias Figura 7 Leprosário Belisário Penna, em Paricatuba Figura 8 Pavilhão São Lázaro, no Leprosário Belisário Penna Figura 9 Lixo na praia Figura 10 Escola municipal Professor Cícero Monteiro Figura 11 Igreja Santa Terezinha Figura 12 Restaurante de comida caseira Figura 13 Casa de farinha com padrões higiênicos Figura 14 Barracas montadas na praia durante o verão Figura 15 Quadra de futebol dentro das ruínas Figura 16 Praia de Paricatuba Figura 17 Escadaria do porto como espaço de socialização Figura 18 Vista do lago de Paricatuba Figura 19 Visitantes trazem seu próprio alimento Figura 20 Placa de proibição não respeitada Figura 21 Escadaria destruída durante a cheia Figura 22 Acesso improvisado... 85

11 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1 Grau de instrução dos entrevistados Gráfico 2 Ocupação... 66

12 LISTA DE TABELAS Tabela 1 Gênero e faixa etária Tabela 2 Participação em grupos... 67

13 LISTA DE SIGLAS AMAZONASTUR CEAM ECT EMBRATUR IBAMA IBGE IGHA INCRA IPAAM OMT PNMT SEC SENAC SDS TELEMAR Empresa Amazonense de Turismo Companhia Energética do Amazonas Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos Instituto Brasileiro de Turismo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária Instituto de Proteção Ambiental do Estado do Amazonas Organização Mundial do Turismo Programa Nacional de Municipalização do Turismo Secretaria de Cultura, Turismo e Desporto Serviço Nacional do Comércio Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável Telemar Norte Leste S.A.

14 SUMÁRIO INTRODUÇÃO CAPÍTULO 1 - ENTENDENDO O TURISMO E SUAS RELAÇÕES SISTÊMICAS Epistemologia do turismo Enfoque sistêmico do turismo Desenvolvimento, sustentabilidade e turismo CAPÍTULO 2 - A PERCEPÇÃO AMBIENTAL E A PAISAGEM NO TURISMO A base conceitual da percepção ambiental Percepção Espacial Paisagem e Turismo Turismo e Participação Social CAPÍTULO 3 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA ESTUDADA Aspectos da paisagem Aspectos históricos Aspectos da infra-estrutura Organização social CAPÍTULO 4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS E ANÁLISE DE DADOS Caracterização da pesquisa Procedimentos e técnicas Percepção dos moradores Gênero e faixa etária Grau de instrução Ocupação Participação em grupos Valor afetivo e sentimento topofílico Valor ecológico Valor econômico Valor estético e de turismo... 72

15 4.3 Tipos de turismo percebidos pelos moradores Turismo cultural: intercâmbio de conhecimento e informações Turismo de lazer: viagens e diversão ao ar livre Ecoturismo: responsabilidade sócio-ambiental Turismo de massa: possibilidade de ameaça à economia, ao ambiente e à sociedade Atitudes ambientais Expectativas sociais Mobilização social e cidadania CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS ANEXOS... 99

16 INTRODUÇÃO O turismo é uma atividade econômica considerada como um importante instrumento de desenvolvimento econômico das localidades com potencial paisagístico. Quando o turismo acontece, os locais receptores de fluxos turísticos podem apresentar impactos positivos e negativos em vários aspectos: no ambiente, na economia, na sociedade e nas relações entre os visitantes e os autóctones. O ritmo acelerado do crescimento desta atividade obriga os planejadores do turismo a redirecioná-lo para caminhos sustentáveis, onde todos os agentes: governos, iniciativa privada, moradores locais, turistas, organismos não governamentais e universidades sejam envolvidos no processo de desenvolvimento dos destinos turísticos com o intuito não apenas de incrementar a atividade, mas de promover uma melhor qualidade de vida aos seus moradores. Atualmente, o turismo tem sido considerado como uma alternativa sustentável necessária às localidades do Estado do Amazonas por todos os benefícios que este pode proporcionar no campo econômico, social, cultural e ambiental. Apesar da importância sócio-econômica da atividade turística, são poucos os estudos feitos sobre os impactos do turismo nas localidades próximas à cidade de Manaus. A maior parte dos estudos trata dos grandes municípios do Estado, economicamente mais interessantes, e não analisam os impactos que a atividade pode ocasionar nas pequenas localidades, como se houvesse uma homogeneização dos efeitos do turismo em todos os municípios e em todas as localidades na mesma proporção, e oriundos das mesmas causas. As localidades do interior do Amazonas são classificadas como turísticas ou com potencial para esta atividade, portanto, são alvos de projetos e estudos governamentais ou privados, tendo como base os resultados econômicos que podem ser gerados para o local. Entretanto, a exploração do turismo não está relacionada apenas ao fator econômico, pois a vida dos moradores das localidades turísticas também é transformada com a implantação destes projetos. O desenvolvimento da atividade turística requer um conhecimento profundo sobre a dinâmica social existente nos locais turísticos, sobre os seus recursos

17 17 naturais e culturais, e a identificação dos benefícios ou prejuízos decorrentes do turismo. A partir do conhecimento da situação sócio-econômico-ambiental, é possível estabelecer estratégias visando o bem estar social, através do aproveitamento dos recursos de forma racional e o atendimento às necessidades dos visitantes, mas, principalmente, suprindo as necessidades dos moradores locais, porque o turismo antes de ser bom para o turista deverá ser bom para os habitantes dos locais turísticos. A localidade de Paricatuba, no município de Iranduba, no estado do Amazonas tem nos seus recursos naturais como as praias, as florestas e na sua história, um grande potencial para exploração do turismo. Um dos principais atrativos do local são as ruínas de um imponente prédio construído no século XIX que, inicialmente, serviu de hospedaria para imigrantes, posteriormente, liceu de ofícios, presídio e, finalmente, o hospital. O antigo leprosário foi construído com a finalidade de isolar os doentes portadores de hanseníase que ameaçavam a saúde pública em Manaus. Essa localidade que viveu no passado o estigma do esquecimento e da discriminação vislumbra hoje, uma oportunidade de reconstruir seu espaço através do turismo. Juntamente com esta oportunidade de turismo crescem também as expectativas e desejos dos moradores em relação ao desenvolvimento local. Entretanto, para os moradores de Paricatuba o turismo ainda é um fato recente e inconstante, por isso, gera muitas expectativas que nem sempre são comuns entre os moradores. O turismo em Paricatuba tornou-se uma alternativa econômica para uma parte dos moradores, entretanto, ainda está longe de atender às necessidades da coletividade. A predominante dependência das ações assistencialistas do poder público favorece os interesses particulares em detrimento dos interesses coletivos. Apesar das potencialidades turísticas que a localidade possui os projetos lá desenvolvidos não atingiram sua eficiência e não foram eficazes no atendimento das necessidades locais. A partir desses fatos, este trabalho teve como objetivo investigar, dentro de uma abordagem fenomenológica, as implicações relativas ao turismo no processo de desenvolvimento de Paricatuba e as percepções que os seus moradores têm acerca desta atividade e do ambiente em que vivem. Especificamente, buscou-se caracterizar o processo histórico de desenvolvimento local, identificar as

18 18 potencialidades físicas e sociais para o desenvolvimento do turismo, descrever as percepções que os moradores têm sobre o turismo e caracterizar a cadeia produtiva do turismo em Paricatuba e suas implicações no desenvolvimento local. O presente trabalho divide-se em quatro capítulos. No primeiro capítulo é apresentada a revisão bibliográfica sobre a epistemologia do turismo, o enfoque sistêmico desta atividade e as implicações entre o desenvolvimento, a sustentabilidade e o turismo. No segundo capítulo, é feita uma abordagem sobre percepção ambiental e espacial, o conceito de paisagem e as relações sociais nos espaços turísticos O terceiro capítulo apresenta a caracterização da área estudada. No quarto capítulo apresentam-se os procedimentos metodológicos, iniciados pela caracterização da pesquisa científica, a identificação dos procedimentos e técnicas de coleta e análise de dados, também apresentam-se a análise descritiva e discussões dos resultados obtidos de acordo com os objetivos propostos pela pesquisa. Por fim, apresentam-se as conclusões sobre os resultados observados, bem como a análise entre o problema e os objetivos (geral e específicos) da pesquisa.

19 CAPITULO 1 ENTENDENDO O TURISMO E SUAS RELAÇÕES SISTÊMICAS 1.1 Epistemologia do turismo O conceito de turismo é bastante amplo e muito discutido no campo científico devido aos diversos pontos de vista acerca de sua essência, o que torna difícil o consenso sobre o conceito deste fenômeno. Os primeiros estudos sobre o turismo datam do início do século XIX. As primeiras descrições e conceituações surgiram com o intuito de explicitar a realidade intrínseca do fenômeno turístico. As principais críticas aos conceitos formulados é que embora antigo como fato socioeconômico e político cultural alguns estudiosos remetem os antecedentes históricos do turismo à Grécia antiga, durante os jogos olímpicos o turismo somente passou a ser objeto de estudo mais recentemente. Andrade (2000, p. 32) afirma que são raros e deficientes os estudos a respeito da sistemática de sua filosofia e de sua aplicação às diferentes realidades. A mais antiga das conceituações data de 1910, atribuída ao austríaco Herman von Schullard, onde o turismo é compreendido como: [...] a soma das operações, especialmente as de natureza econômica, diretamente relacionadas com a entrada, a permanência e o deslocamento de estrangeiros para dentro e para fora de um país, cidade ou região. (ANDRADE, 2000, p. 33) As primeiras definições de turismo tinham um caráter técnico, com enfoque nos aspectos econômicos e geográficos da atividade que os tornavam reducionistas, não contemplavam as inter-relações decorrentes desta atividade. Grande parte destes conceitos refere-se aos deslocamentos das pessoas entre países emissores e receptores e as operações comerciais resultantes destes deslocamentos.

20 20 A escola de Berlim é a precursora nos estudos sobre o turismo, através do Centro de Pesquisas Turísticas, onde, a partir de 1929, as produções teóricas passaram a ser denominadas como corpo de doutrina. Esta escola foi a responsável por grandes transformações na forma de se pensar o turismo. Em 1935, Glüscksmann reformulou os conceitos até então existentes inserindo o caráter social da atividade. Segundo o autor o turismo é a soma das relações que se estabeleceram entre as pessoas que se encontram de passagem por determinada localidade, e as que nela habitam (ANDRADE, 2000, p. 36). Em 1973, Fuster detalhou as características da atividade turística: O turismo é de um lado, conjunto de turistas; do outro, os fenômenos e as relações que esta massa produz em conseqüência de suas viagens. Turismo é todo o equipamento receptivo de hotéis, agências de viagens, transportes, espetáculos, guias-intérpretes que o núcleo deve habilitar para atender as correntes [...]. Turismo é o conjunto das organizações privadas ou públicas que surgem para fomentar a infra-estrutura e a expansão do núcleo, as campanhas de propaganda [...]. Também são os efeitos negativos ou positivos que se produzem nas populações receptoras (FUSTER, 1985 p.11). O autor enfatiza o aspecto estrutural do turismo e os efeitos que este pode ocasionar nas populações receptoras. As relações sociais, as transformações culturais resultantes das viagens, bem como a infra-estrutura básica e turística, são influenciadas e geradas, na sua maioria, com o intuito de satisfazer às necessidades de mercado. As populações receptoras de turistas tendem a se modificarem para atenderem às exigências mercadológicas, e muitas vezes, se transfiguram de tal modo, que perdem sua identidade (FUSTER, 1985). O significado do turismo perpassa pelo entendimento de que este é um fenômeno tipicamente social, que implica na movimentação espontânea de grupos de pessoas, que por motivações diversas, saem temporariamente do seu local de residência habitual para realizarem atividades que ocasionam um efeito multiplicador em vários outros setores da economia do local visitado e ainda, gera impactos de ordem social, cultural e ambiental. Diante destas conceituações, constata-se que o turismo tem uma característica multidisciplinar, ao associar aspectos culturais, econômicos e sociais. Quando um turista decide viajar ele compra o direito de usufruir determinados serviços, e ao longo de sua viagem, ele adquire bens e serviços de outros

21 21 fornecedores ligados direta ou indiretamente ao turismo, quando isso acontece, vários outros setores da economia são acionados. As populações dos destinos turísticos também são influenciadas pelo contato com o turista, as relações resultantes deste contato propiciam um intercâmbio cultural que pode refletir-se em mudanças comportamentais boas ou ruins como ressalta Fuster (1985). Embora Fuster não evidencie em seus conceitos, o aspecto ambiental do turismo, é necessário contemplar as transformações ambientais resultantes da atividade turística. A exploração da atividade turística implica no uso dos recursos naturais (solo, minerais, flora, fauna), seja para a construção de infra-estrutura e empreendimentos necessários à sua operacionalização, ou simplesmente para contemplação e recreação dos turistas, o que acaba resultando em transformações ambientais de maior ou menor dimensão, dependendo da intensidade do uso dos recursos. No Estado do Amazonas, é freqüente a construção de empreendimentos turísticos sem um planejamento que vise a conservação dos recursos ambientais, o que ocasiona problemas como o despejo de dejetos sólidos e líquidos na natureza, a utilização de fontes de energia poluentes e o desmatamento. E, considerando que muitos destes empreendimentos não possuem registro junto aos órgãos competentes, a fiscalização torna-se ineficiente. Beni (2003) ressalta a importância de se incorporar ao estudo do turismo teorias e conceitos de campos afins como a antropologia, a sociologia, a economia, a geografia, a ciência política, a ecologia e os estudos urbanísticos, ainda poderiam ser inseridos a administração, o direito e a psicologia a fim de se ter uma abordagem mais ampla do fenômeno turístico que proporcione um bom planejamento deste. O entendimento do turismo perpassa pelo entendimento de outras áreas do conhecimento formadoras dos diversos subsistemas que são partes integrantes do complexo sistema turístico, das interações entre estas partes resultam o desenvolvimento turístico. 1.2 Enfoque sistêmico do turismo O turismo é, indubitavelmente, uma atividade sócio-econômica, pois gera a produção de bens e serviços para a sociedade visando a satisfação de diversas necessidades básicas e secundárias dos indivíduos. Entretanto, quando se analisa o

22 22 fenômeno turístico não se pode fazê-lo fora de um contexto que envolva a cultura, as artes, o lazer, a economia, o ambiente e o mercado, visto que o turismo faz parte de um sistema, denominado por Beni (2003, p. 23) de Sistur, considerando o turismo como um sistema aberto, composto por vários subsistemas com objetivos afins que interagem e são interdependentes. Do ponto de vista sistêmico, o turismo constituise, segundo o autor, por subsistemas identificados nos conjuntos da organização estrutural superestrutura e infra-estrutura, das ações operacionais mercado, oferta, demanda, produção distribuição e consumo, e das relações ambientais do Sistur formado por quatro subsistemas detalhados a seguir: a) subsistema cultural estudado com o objetivo de analisar e delimitar os elementos componentes do patrimônio cultural de cada localidade, permitindo seu manuseio responsável e efetiva utilização turística. O estudo deste subsistema visa a análise da apropriação dos espaços, a forma como são demarcados os espaços turísticos, o envolvimento social e as suas percepções sobre os espaços em que estão inseridos, a construção histórica considerando: sentimento, emoção e pensamento do indivíduo e dos grupos sociais envolvidos, narração oral, escuta sensível, manifestação do sentimento de pertencer ao lugar, a relação entre o singular (local) e o universal (global), os impactos positivos e negativos que a atividade pode causar de imediato no destino turístico e as implicações futuras. O turismo, além de ser um importante instrumento de promoção e dinamização socioeconômico, é por si só, uma atividade cultural (OLIVEIRA, 2006, p. 5). A interpretação do patrimônio cultural, histórico e ambiental torna-se essencial para a sustentabilidade do diferencial turístico, e dessa forma, o turismo pode contribuir para a preservação de valores culturais que apresentam um valor específico para o turista, além de promover o resgate do orgulho étnico, e das tradições, hábitos e costumes coletivos, e todos os aspectos que envolvem a cultura incluindo, normas de convivência e aspectos psicológicos. b) subsistema social representa em linhas gerais, o estudo das implicações no âmbito social do fenômeno turístico sobre as localidades, tanto emissoras quanto receptoras. Inclui aqui todas as atividades vivenciadas pelas pessoas envolvidas para e na ação turística. O turismo é um evento essencialmente social que pode levar a mudanças estruturais na sociedade que podem resultar em transformações profundas nos hábitos sociais locais através da remoção e perturbação das normas

23 23 já estabelecidas da população residente (LICKORISH; JENKINS, 2000, p. 107). Barretto (2003, p.18) ressalta que os estudos antropológicos (cultura) podem contribuir para o planejamento e compreensão do turismo. O turismo comumente ocasiona mudanças nos valores sociais resultantes do aumento das expectativas por parte da população residente, que passa a aspirar por padrões materiais e valores dos turistas, além disso, outros valores como os políticos, morais e religiosos podem ser alterados, problemas como a mendicância, mudança nos padrões de consumo, a prostituição, o consumo de drogas, a perda da dignidade e a frustração em não poder suprir suas necessidades são exemplos dessas alterações (LICKORISH; JENKINS, 2000, p. 108). O estudo das relações sociais e das mudanças culturais resultantes do turismo faz-se necessário no sentido de minimizar os impactos negativos e potencializar os positivos resultantes desta atividade na localidade de Paricatuba. A participação social é importante no sentido de envolver os residentes nos processos decisórios sobre os rumos que atividade turística deve seguir. c) subsistema ecológico leva em consideração fatores como: espaço turístico natural e urbano e seu planejamento territorial; atrativos turísticos e conseqüências do turismo sobre o meio ambiente; preservação da fauna, flora e paisagens, compreendendo todas as funções, variáveis e regras de cada um destes fatores. Estuda a relação dos seres humanos com o ambiente natural e as mudanças nas formas de produção e consumo dos espaços turísticos. O estudo deste subsistema constitui-se de grande importância, pois, o resultado das ações turísticas afetam diretamente os recursos que tanto servem ao turismo como às demais atividades econômicas e sociais. d) subsistema econômico tem uma importância fundamental, uma vez que o turismo é visto como atividade econômica compreendendo uma série de serviços que são oferecidos ao turista. O conjunto destes serviços, colocados efetivamente no mercado, constitui a cadeia de sua produção, distribuição, consumo e valor. O estudo deste subsistema visa analisar as alternativas de utilização dos recursos existentes para a produção turística nos destinos turísticos, a distribuição e circulação de renda gerada pela atividade e, como e por que se processam os períodos de expansão e retração dos fluxos nacionais e internacionais de turistas. Estuda também, por um lado, a lógica do comportamento econômico dos viajantes

24 24 (a decisão de viajar, o deslocamento, a hospedagem, a realização dos motivos da viagem, a permanência e os gastos) e, por outro, o comportamento das empresas e agentes públicos que operam nas localidades emissoras e receptoras. Em termos econômicos, a atividade turística está entre as que mais geram empregos e renda para as localidades que a desenvolvem. Devido ao seu efeito multiplicador, o turismo estimula o crescimento de vários outros setores da economia que, direta e indiretamente, são beneficiados pela atividade como o setor agrícola e o do comércio, por exemplo. O mercado turístico possui diversos segmentos, com inúmeras potencialidades de exploração. Os segmentos são identificados a partir das principais variáveis da demanda para um destino turístico representadas pela motivação, pelo volume de turistas, pela composição social da demanda e a duração da permanência do turista no destino, o âmbito geográfico onde se realiza ou a faixa etária dos turistas. De acordo com Beni (2003), os principais tipos de turismo hoje observados são: o turismo religioso, o ecológico, o cultural, o rural, o ecoturismo, o turismo de pesca, de eventos, de lazer, de negócios e de saúde. O mercado também é constituído pela oferta turística formada pelos atrativos naturais e culturais, os serviços turísticos, os serviços públicos e a infra-estrutura básica que são interdependentes, ou seja, isoladamente não representam necessariamente uma oferta. Dentre os vários segmentos existentes o que mais se destaca pelos benefícios gerados às localidades receptoras é o ecoturismo, apesar de ainda ser incipiente no Brasil, este segmento tem se mostrado promissor e começa a despertar o interesse tanto dos gestores públicos quanto das comunidades interessadas no desenvolvimento do turismo. O Instituto Brasileiro de Turismo- EMBRATUR juntamente com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis-IBAMA lançaram, em 1994, as Diretrizes para uma Política Nacional de Ecoturismo, definindo o ecoturismo como um segmento da atividade turística que utiliza, de forma sustentável, o patrimônio natural e cultural, incentiva sua conservação e busca a formação de uma consciência ambientalista por meio da interpretação do ambiente, promovendo o bem-estar das populações envolvidas (IRVING; AZEVEDO, 2002, p. 30).

25 25 A localidade de Paricatuba, por possuir atrativos naturais e culturais com potencial turístico, além dos recursos de projetos do governo federal e o interesse dos moradores na exploração do turismo, pode ter no ecoturismo uma forma de proporcionar melhores condições de vida para seus moradores. Paricatuba também oferece condições para o turismo cultural, ecológico e de lazer. O turismo cultural, de acordo com Beni (2003, p. 422), refere-se à afluência de turistas a núcleos receptores que oferecem como produto essencial o legado histórico do homem em distintas épocas, representado a partir do patrimônio e do acervo cultural, encontrado nas ruínas, nos monumentos, nos museus e nas obras de arte. O turismo ecológico é caracterizado pelo deslocamento de pessoas para espaços naturais, com ou sem equipamentos receptivos, motivadas pelo desejo/necessidade de fruição da natureza, observação passiva da fauna, flora, da paisagem e dos aspectos cênicos do entorno (BENI, 2003, p. 427). Também podem ser incluídas as atividades de interação com a natureza como as caminhadas, escaladas, pesca esportiva, rapel, canoagem e outros esportes radicais. O turismo de lazer ou de recreação refere-se ao deslocamento de grande contingente de pessoas em roteiros não programados num raio nunca superior a 100 km de suas residências, em busca de lazer em atividades recreativas como rodeio, pesca recreativa, camping e visita a parques temáticos (BENI, 2003). Embora alguns segmentos do turismo tenham sucesso quanto à sua sustentabilidade, como é o caso do ecoturismo, em certas circunstâncias, esta modalidade de turismo, segundo o Estado do Mundo 2002 (2002, p. 118), pode gerar percalços como o uso irresponsável dos recursos naturais, geração de lixo e ameaça aos ecossistemas, além das vulnerabilidades sociais, da vulgarização das culturas locais e da destruição dos patrimônios culturais, portanto, o ideal para as localidades turísticas seria que elas desenvolvessem o turismo de base sustentável. 1.3 Desenvolvimento e Turismo Sustentável A idéia de desenvolvimento surgiu juntamente com o capitalismo, estando intrinsecamente relacionada à consolidação do sistema de produção capitalista e ao

26 26 processo de industrialização, associando-se à noção de progresso tecnológico, que conseqüentemente, estimula e é estimulado pelo aumento do consumo de bens tangíveis e intangíveis. Desde a Revolução Industrial, o turismo tem sido fomentado pelas facilidades tecnológicas das telecomunicações e dos meios de transporte (BARRETTO, 1995), que massificaram esta atividade tornando-a uma verdadeira indústria do lazer, dos negócios e do entretenimento. O turismo, segundo Trigo (1993, p. 64), beneficiou-se diretamente da nova ordem que surgiu nas sociedades pós-industriais, fruto de uma nova conjuntura internacional, das mudanças culturais e do crescimento econômico em alguns setores do mundo, tornou-se um produtor e veiculador de atitudes, estilos de vida e novos padrões comportamentais. As evoluções tecnológicas dos meios de comunicação tornaram as informações mais rápidas e acessíveis, isso ocasionou mudanças significativas no padrão de consumo e produção de bens e serviços, e possibilitou a criação de novos desejos e necessidades acerca das viagens e do turismo. Nesse sentido, a mídia tem um papel fundamental de estímulo ao consumo de destinações turísticas, vendendo um mundo de sonhos, onde tudo é possível de se realizar e escondendo os percalços sociais e ambientais que os impactos da atividade geram. O grande desafio enfrentado pelas localidades receptoras, atualmente, é conciliar a exploração da atividade turística, de forma que ela promova o seu desenvolvimento econômico e social, com os princípios da sustentabilidade. Segundo a Organização Mundial de Turismo (OMT, 2001, p. 51), o turismo sustentável deve conduzir à gestão de todos os recursos de tal forma que as necessidades econômicas, sociais e estéticas das localidades turísticas possam ser satisfeitas mantendo-se, ao mesmo tempo, a integridade cultural, os processos ecológicos essenciais, a diversidade biológica e os sistemas de suporte à vida. O Código Mundial de Ética do Turismo, que é uma referência para o desenvolvimento responsável e sustentável do turismo, estabelece que as populações e comunidades locais devem estar associadas às atividades turísticas e participar eqüitativamente nos benefícios econômicos, sociais e culturais que geram, e, sobretudo na criação de empregos diretos ou indiretos resultantes dessa atividade (MATIAS, 2002). Versa, ainda, sobre a atenção especial que as políticas de turismo devem ter com regiões onde haja maior vulnerabilidade das atividades econômicas

27 27 tradicionais. Os pressupostos do ecoturismo de bem-estar das populações envolvidas perpassam por um compromisso ético com estas, incluindo a democracia, a cidadania e o respeito às características locais e aos seus indivíduos. Segundo a OMT (2003, p. 24), os princípios da sustentabilidade do turismo são: a) os recursos naturais, histórico, culturais e outros voltados ao turismo devem ser conservados para que continuem sendo usados no futuro sem deixar de trazer benefícios para a sociedade atual; b) o desenvolvimento turístico deve ser planejado e gerenciado de modo a não gerar sérios problemas ambientais ou socioculturais para a área turística; c) a qualidade ambiental geral da área turística deve ser mantida e melhorada onde necessário; d) a manutenção de um alto nível de satisfação dos turistas para que os destinos turísticos conservem seu valor de mercado e sua popularidade; e) os benefícios do turismo devem ser amplamente estendidos a toda a sociedade; A sustentabilidade preconizada pela OMT visa o desenvolvimento do turismo de forma planejada, onde haja a extensão de benefícios aos agentes envolvidos, principalmente da comunidade receptora, manutenção dos recursos evitando-se o seu desgaste ou destruição, além da satisfação dos visitantes que buscam produtos originais e ao mesmo tempo surpreendentes. Assim, o turismo cumpre o seu objetivo de promover o desenvolvimento local. Os atores sociais envolvidos em um processo de desenvolvimento local, segundo Brose (2000, p. 10), são as lideranças políticas, organizações comunitárias secretários municipais, conselhos municipais, extensionistas, conselhos regionais, sindicatos, professores, onde se pode incluir os empreendedores e as variadas maneiras de se organizarem. O desenvolvimento depende de uma complexa, demorada e contínua interação e sinergia entre fatores econômicos, políticos, sociais e culturais para acontecer [...]. São as inter-relações sociais entre os diversos atores que caracterizam o capital social, confiança mútua e a organização que permitem a paulatina melhoria da qualidade de vida em um território (BROSE, 2000, p. 10). A atividade turística de base sustentável é um instrumento de valorização cultural, de promoção da qualidade de vida para os habitantes dos destinos

28 28 turísticos, através da inserção dos moradores e os demais atores (privados e públicos) nos processos de planejamento e gestão da atividade e no usufruto dos benefícios, na ausência destes, a atividade poderá tornar-se um vetor de conflitos sociais e degradação ambiental de grandes proporções. O desenvolvimento está intrinsecamente ligado à busca de melhorias por parte dos atores envolvidos, entretanto, não se pode esquecer que o conceito de desenvolvimento muitas vezes é associado às transformações profundas no modo de vida, na paisagem e nos espaços das destinações turísticas. A busca pelo lucro rápido com as atividades econômicas aliadas ao desejo pelo desenvolvimento acaba por dar vez às ações oportunistas de alguns atores sociais que pretendem resolver os problemas de imediato, quando se sabe que projetos turísticos sustentáveis requerem um trabalho de médio a longo prazo. Em conseqüência disso, ocorrem impactos negativos nos vários subsistemas, comprometendo o funcionamento do Sistur na sua totalidade.

29 CAPÍTULO 2 A PERCEPÇÃO AMBIENTAL E A PAISAGEM NO TURISMO 2.1 Base conceitual da percepção ambiental O estudo da percepção ambiental tem sua base conceitual na Geografia Humanística que desde o final da década de 60 e início dos anos 70 realizou um resgate e uma nova maneira de valorizar as percepções dos indivíduos e considerálas nas diversas formas de exploração dos espaços e das paisagens. A Geografia Humanística reflete de forma crítica sobre os fenômenos geográficos com o propósito de alcançar o melhor entendimento sobre os seres humanos e suas condições de vida, inclui não somente os fatores físicos, os povos e as formas de governo. Nesse bojo estão inevitavelmente os sentimentos e idéias sobre o espaço e lugar, cuja busca do entendimento do mundo humano se dá através do estudo das relações das pessoas com a natureza. Uma grande contribuição para a Geografia Humanística foi do geógrafo Yi- Fu-Tuan que apresentou novos fundamentos e conceitos para a compreensão do ambiente e das aspirações do homem em termos de qualidade ambiental (AMORIM FILHO, 1999, p. 141). Tuan preconizava a relevância do estudo da percepção ambiental como instrumento para uma gestão mais harmoniosa dos recursos naturais, dos lugares e paisagens de importância para a humanidade, procurando na filosofia um ponto de vista para a avaliação dos fenômenos humanos (ibid). Nesse sentido, a identificação dos sentimentos e valores tem significativa importância na formação de juízos de valor, de atitudes e sobre as ações humanas na natureza. A perspectiva fenomenológica de Tuan proporcionou transformações na Geografia que através de uma abordagem mais humanista passou a ter como referência o espaço vivido, considerando sua construção a partir das percepções das pessoas. A partir das teorias desenvolvidas por Tuan, novos conceitos e categorias surgiram para auxiliar a compreensão das relações humanas com o meio ambiente

30 30 entre eles a topofilia e a topofobia. A topofilia é o elo afetivo entre a pessoa e o lugar ou ambiente físico (TUAN,1980, p. 5) onde as experiências pessoais têm grande relevância para o entendimento da relação dos seres humanos com a natureza, pressupõe a importância da noção de lugar em comparação com a de espaço para a afetividade humana. Quando os lugares e os monumentos são tombados ou protegidos, tornando-se relevantes para o turismo, isso significa que há um forte sentimento topofílico por parte da população que reconhece a importância histórica dos patrimônios. A topofobia é o sentimento contrário da topofilia e conduz á noção de paisagem do medo (TUAN, 1980), é uma forma de aversão a paisagens e lugares. Observando-se a cronologia dos fatos históricos de Paricatuba pode-se afirmar que de acordo com as experiências dos ex-pacientes que viveram a rotina do hospital e o cotidiano dos moradores atualmente, a relação com a localidade pode ter os dois sentidos topofílico e topofóbico. Este último principalmente pelos ex-pacientes que evitam falar sobre o passado, a época em que Paricatuba era considerada a cidade da dor (Figura 1). Figura 1 Paricatuba a cidade da dor FONTE: SOCIEDADE PROTETORA DOS LAZAROS, 1932 O prédio quando em uso e depois as ruínas de Paricatuba assumiram papéis diferentes em tempos distintos da história. O que era símbolo de discriminação, rejeição, segregação e representava uma vergonha para seus antigos moradores, assume o papel de resgatar os valores perdidos e a história local.

31 31 Atualmente transformadas em patrimônio histórico e arquitetônico tombado pelo governo do Estado e inseridas em uma área de proteção ambiental tanto de nível estadual quanto municipal, as ruínas passam a ter relevante significado na reconstrução sócio-espacial de Paricatuba, o interesse turístico despertado a partir da década de 1980 deu outro sentido àquele espaço, seja como espaço de lazer, de trabalho ou de moradia para os seus moradores. As Ciências Humanas atualmente têm buscado muitas explicações fenomenológicas para compreender os seres humanos e a sociedade no seu ambiente, onde a experiência e a vivência são os pilares dessa relação. O estudo da percepção ambiental constitui-se em um instrumento que permite ouvir as necessidades, expectativas e os valores das populações estudadas. Permite estabelecer uma conexão entre o meio físico objeto de estudo da geografia e a reflexão desse meio com a subjetividade instrumento da psicologia. Para Ferrara (1993), a percepção ambiental é definida como a operação que expõe a lógica da linguagem que organiza os signos expressivos dos usos e hábitos de um lugar. Segundo Tuan (1980) a percepção é a resposta dos sentidos aos estímulos ambientais (percepção sensorial) e a atividade mental resultante da relação com o ambiente (percepção cognitiva), traduz o espaço vivido e o espaço construído sob a ótica de quem o vivencia. Para Tuan (1980, p. 4) a percepção é tanto a resposta dos sentidos aos estímulos externos, como a atividade proposital, na qual certos fenômenos são claramente registrados, enquanto outros retrocedem para a sombra ou são bloqueados. As percepções que um indivíduo tem sobre o ambiente em que se encontra são frutos de sua experiência de vida, portanto, a forma de ver o mundo é bastante pessoal, mesmo que entremeada pelas experiências do grupo em que o mesmo se acha inserido. Tuan (ibid, p. 52) na sua reflexão sobre o que chamou de mundos pessoais, afirma que as atitudes referentes à vida e ao meio ambiente refletem necessariamente variações individuais bioquímicas e fisiológicas onde a individualidade pode transcender as forças culturais que levam ao consenso. As atitudes ambientais são uma postura cultural, uma posição que se toma frente ao mundo [...] implicam experiência e uma certa firmeza de interesse e de valor (TUAN, ibid, p. 4).

32 32 A percepção do ambiente é diferenciada dadas as variáveis de influências serem diferentes para cada indivíduo. O ambiente é subjetivo, pois, é resultante da cultura e das vivências de uma sociedade e as percepções dos indivíduos podem variar de acordo com diversos fatores como sexo, idade, cultura, capacidade sensorial, profissão e classe social. Segundo Mira (1997), não existe uma influência única determinante da forma como se percebe um ambiente, à medida que a sociedade e a cultura evoluem com o tempo, podem mudar a atitude para com o meio ambiente até inverter-se (TUAN, 1980, p. 86). A percepção formulada no espaço vivido (FISCHER,S/D) desempenha um papel importante na afirmação da identidade local dos habitantes. Nesse sentido Ferrara (1988) formula a recursividade da experiência humana [...] o homem aprende com a linguagem, a linguagem com o homem, a história com a história, o espaço com o tempo, a cidade com a cidade. [...] a cultura é memória, o repertório desta experiência de aprendizado (FERRARA, 1988, p.56) Yázigi (2001, p. 46) afirma que socialmente o ser humano pode dispor de identidade, como a nacionalidade (que pode ser modificável) e outras em permanente construção como a cidadania, o sentimento de pertencimento a qualquer agrupamento humano. De acordo com a etimologia grega, identidade significa semelhança consigo mesmo, tanto do ponto de vista biológico, como das esferas psíquica e social. Paricatuba foi um espaço de segregação dos doentes de Hansen, depois passou a ser um espaço de visitação turística, e de certa forma sua identidade sempre esteve ligada aos estigmas do preconceito e da discriminação, fato este que sofreu alterações a partir do momento em que Paricatuba se torna um destino turístico. A forma de pensar e ver o mundo de cada morador de Paricatuba leva a uma variedade de práticas, de anseios e de necessidades resultantes da individualidade fisiológica que anulam a exigência social de harmonia e união. Em outras palavras, o modo de perceber o ambiente e o comportamento em relação a este muda de acordo com cada indivíduo porque traz consigo uma carga de vivência diferente, portanto, suas atitudes e sensações com relação ao ambiente também são diferenciadas.

33 Percepção Espacial O espaço é um termo abstrato para um complexo de idéias (TUAN, 1983, p. 39) e não obedece aos limites territoriais e à configuração geográfica, é polissêmico, traduz-se em liberdade, à medida que o todo social se modifica, novas funções são criadas para um espaço, portanto, ele é uma construção social. Fischer (s/d, p. 20) afirma que o espaço é um modelo de organização da atividade humana, operando ao mesmo tempo como instrumento funcional e como cultura. As relações sociais, portanto, se concretizam no espaço e se tornam relações socioespaciais que têm duração determinada, pois são fixadas no tempo. O espaço e o tempo aparecem em sua indissociabilidade, por meio da ação humana que se realiza como modo de apropriação (CARLOS, 2001, p. 13). Tempo e lugar são inseparáveis, por isso se conceitua na Geografia, o espaço-tempo-vivido e os ritmos temporoespaciais (MELLO, 1990, p. 104). A concepção da idéia do espaço surge a partir das pessoas, não somente com relação aos laços de afetividade que as unem ao lugar, mas também desde os aspectos mais corriqueiros do cotidiano, e, por ser uma referência de valores e sentimentos, o lugar lembra as experiências e aspirações dos seres humanos, sendo assim fundamental para a sua identidade. Todavia, é preciso esclarecer que espaço e lugar são distintos. Cada qual com individualidades e singularidades. O lugar traduz tranqüilidade e segurança. O espaço é mais abstrato do que o lugar, quando se trata de acontecimento no espaço as pessoas não percebem a influência direta ou indiretamente que possa ocorrer no cotidiano, isso acontece porque as pessoas tendem a ser indiferentes com aquilo que está distante da sua realidade. O lugar é próximo e está diretamente ligado à vida das pessoas merecendo atenção particular e intensa, estabelecendo-se uma relação de afetividade com o espaço, isto é, este passa a fazer parte da memória e sentimentos das pessoas independente se as experiências forem positivas ou negativas estas passam a percebê-lo de forma diferente. De acordo com Tuan (1983, p. 114), o espaço construído pelo homem pode aperfeiçoar a sensação e as percepções humanas e define as funções sociais e as relações. O modo como os seres humanos produzem o espaço depende das condições concretas dos meios de produção como também da forma de

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