ESCRAVIDÃO MODERNA. Aluna do 8º termo do curso de Direito das Faculdade Integradas Antonio Eufrásio de Toledo de Presidente Prudente/SP.
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- João Vítor Graça Neiva
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1 ESCRAVIDÃO MODERNA Marina Paula Zampieri BRAIANI 1 Mayara Maria Colaço TROMBETA 2 Rafaela Trevisan AVANÇO 3 Institución: Faculdades Integradas Antônio Eufrásio de Toledo de Presidente Prudente. Dirección: Praça Raul Furquim, n.º 9, Presidente Prudente, São Paulo Brasil CEP Telefono: (18) marinabraiani@hotmail.com, mayara280@hotmail.com, rafa_trevisan@hotmail.com Eje: Lógicas colectivas: Grupos, Derechos Humanos, conciencia crítica y potencias inventivas. Area-Teórico/Practica: Derecho. Objetivos: A temática principal do trabalho é a analise da persistência de uma escravidão na sociedade moderna, que apenas mudou de forma, e por uma idéia de inexistência ficou acobertada, contudo aferimos o ferimento de vários princípios constitucionais até os dias atuais. Conclusiones: Buscou-se demonstrar que apesar de termos evoluído significativamente, e de termos a falsa idéia de que a escravidão é algo que ficou na história, constata-se que mesmo de forma mascarada ainda existe a prática da mesma, e que a cultura de subordinação da classe superior sobre a inferior ainda persiste, ferindo de forma ínfima os direitos constitucionalmente garantidos a pessoa humana, independente de raça ou classe social. Ficando assim, a lei como mero ideal a ser alcançado
2 Pode-se dizer que a escravidão é uma prática social, onde determinado ser humano exerce direito de propriedade sobre outrem, denominado escravo, sendo que tal condição é imposta ao mesmo através de vias compulsórias. Em tempos mais remotos o escravo era visto como mercadoria, onde aferiam seu preço pelas condições físicas, pelo sexo, força e habilidades, e eram negociados em verdadeiras feiras. Vale ressaltar que nem todas as sociedades viam os escravos como mercadorias, podemos mencionar p.ex. na Idade Média os escravos de Esparta, conhecidos como hilotas, que não poderiam ser negociados, pois pertenciam ao Estado Espartano, ao qual cabia o direito de ceder o uso de alguns hilotas. O comércio de escravos ocorreu, principalmente, no Atlântico entre 1450 e 1900 e contabilizou-se a venda de cerca de (onze milhões e trezentos e treze mil indivíduos), em torno deste comercio outros produtos foram negociados como marfim, tecido, tabaco, armas de fogo e peles e tinha como moeda de troca para o pagamento eram pequenos objetos de cobre, manilhas e contas de vidro trazidas de Veneza. O dia a dia destes escravos era o pior possível, jornadas exaustivas de 14 a 16 horas diárias, alimentavam-se no máximo duas vezes ao dia de maneira degradante, recebiam trapos para usar como vestimentas, passavam as noites em senzalas, que nada mais eram que galpões escuros, úmidos e sem nenhuma higiene, além de dormirem acorrentados para que não fugissem. Havia ainda as torturas físicas e psicológicas realizadas pelos senhores e seus algozes, buscando diminuir cada vez mais o negro e aumentar a superioridade da raça branca. Os primeiros a pensarem na abolição da escravatura foram: Bartolomeu de Las Casas e Pe. Antonio Vieira. Bartolomeu até meados de 1511 também valia-se da escravatura e possuía escravos, visando a exploração como medida necessária para obtenção de riquezas, ele mesmo participou de ataques contra tribos; contudo após escutar o célebre sermão do advento ministrado por Frei Antonio de Montesinos, que defendia a dignidade dos indígenas, o mesmo se converteu a causa, passando assim a lutar pela abolição dos escravos. Já Pe. Antonio Vieira nasceu em Portugal, mas morava no Brasil desde seis anos, não tardou a demonstrar sua preocupação com os problemas sociais. Os primeiros passos para o fim da escravidão iniciaram-se no século XVIII, todavia o primeiro país a abolir a escravidão foi Portugal em 12 de Fevereiro de 1761, sendo o responsável pelo feio Marquês de Pombal, fazendo com que Portugal fosse denominada o pioneiro do abolicionismo. Vale ressaltar que a escravidão no império
3 português, só se deu por completa em 25 de Fevereiro de 1869, quando foram libertos os escravos da igreja nas colônias. O Brasil por sua vez foi o último país do continente americano a abolir a escravatura, em 13 de Maio de 1888 pela Princesa Isabel, com a publicação da Lei Áurea. A escravidão no Brasil começou com os índios que aprisionavam prisioneiros de guerra antes da chegada dos portugueses, com a chegada dos mesmos negociavam tais prisioneiros com os europeus. Por intermédio dos portugueses chegaram os primeiros negros africanos para serem utilizados em minas e plantações. Por conta do surgimento do ideal liberal e da ciência econômica na Europa, a escravatura foi considerada pouco produtiva e incorreta moralmente. Em 1850, com o surgimento da lei Eusébio de Queirós, passa-se no Brasil a punir os traficantes de escravos, de modo a nenhum escravo entrar no país. Até que de fato ocorresse a escravatura nos país algumas medidas foram tomadas, como a lei do ventre livre em 1871, que determinava que filhos nascidos de escravos eram livres, e também a lei dos sexagenários em 1885, que concedia a liberdade aos escravos maiores de 60 anos. Antes mesmo de o Brasil abolir a escravatura, a Argentina em 1813, a Colômbia em 1821 e o México em 1829, já haviam adotado tal medida. Por fim o último país a realizar o fim da escravatura foi a Mauritânia em 9 de Novembro de 1981, pelo decreto de nº O governo deu a liberdade aos escravos denominados HARRANTINS povo de cerca de negros que serviam aos mouros, dos quais ainda eram escravos. Um adulto valia cerca de , o que corresponde nos dias atuais em reais a R$ 35, 00 (trinta e cinco). O grande impulsionador da abolição foi o liberalismo, sendo que esta ia contra os seus princípios de liberdade e igualdade, o liberalismo é uma corrente política que abrange diversas ideologias históricas e presentes, que proclama como devendo ser o último objetivo do governo a preservação da liberdade individual. No entanto, houve grande oposição por parte da burguesia que iria deixar de auferir lucros. Entretanto, a razão material da abolição consiste no surgimento da sociedade industrial, vinda pela introdução da máquina a vapor no processo produtivo. Não se tinha mais interesse em manter os escravos uma vez que estes não poderiam consumir, pois não tinham ordenado, e o consumo em massa exigia mercados livres e trabalhos assalariados. Embora, a escravidão de negros tenha se findando em 1981, quando vimos o último país que declarou o fim da escravatura. Porém, nos dias atuais, temos a presença de uma nova escravidão, que pode ser denominada por nós como Escravidão no
4 mundo contemporâneo ou escravidão branca, onde apesar de termos a falha idéia de que todos somos livres, a mesma não existe de fato. Pela letra da lei, a escravidão é considerada como extinta, porém em alguns países as leis não são aplicadas, tendo sido criadas apenas pela pressão advindas de outros países e da própria ONU, mas não exprimem a vontade do governo, restando hoje em dia pelo menos 27 milhões de escravos no mundo. Também encontramos a escravidão moderna de outras formas, como as falsas promessas apresentadas a mulheres pobres de uma vida melhor, e na realidade as mesmas são vendidas como mercadorias, para a prostituição que cresce cada dia mais. Existem também tráfico semelhante com crianças, que são obrigadas a mendigar para auferir o sustento de adultos que buscam nas crianças meios para a obtenção de lucro. Além disso, podemos verificar a presença da resquícios de escravidão, até mesmo no Brasil, no sentido de que o salário mínimo que é o único sustento da maior parte da população, não consegue suprir as necessidades básicas presentes em nossa carta magna, em seu artigo 5º e incisos, pois é praticamente impossível alcançar moradia, alimentação, saúde, educação, lazer com o valor de pequena monta concedido aos trabalhadores. Diante de tudo isso, podemos constatar que aqueles que tem pouco, acabam sendo escravizados, por aqueles que muito tem, restando assim, uma subordinação dos ricos sobre os pobres.
5 Referências Bibliográficas FLORENTINO, Manolo. Ensaios sobre escravidão. Minas Gerais: UFMG, MELTZER, Milton. História ilustrada da escravidão. São Paulo: Ediouro, A. J. Avelãs Nunes. Os Sistemas Económicos, Génese e Evolução do Capitalismo. Coimbra: MARTINS, Sergio Pinto. Curso de Direito do Trabalho. São Paulo: Editora Atlas, MARTINS, Sergio Pinto. Curso de Direito Processual do Trabalho. São Paulo: Editora Atlas, 2009.
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