COMISSÃO EUROPEIA BRUXELAS, 31/10/2014 ORÇAMENTO GERAL SECÇÃO III COMISSÃO - TÍTULOS: 23, 40 TRANSFERÊNCIA DE DOTAÇÕES N.

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1 COMISSÃO EUROPEIA BRUXELAS, 31/10/2014 ORÇAMENTO GERAL SECÇÃO III COMISSÃO - TÍTULOS: 23, 40 TRANSFERÊNCIA DE DOTAÇÕES N.º DEC 47/2014 ORIGEM S DOTAÇÕES CAPÍTULO Reservas para intervenções financeiras ARTIGO Reserva para Ajudas de Emergência - - DESTINO S DOTAÇÕES CAPÍTULO Ajuda humanitária, assistência alimentar e preparação para catástrofes ARTIGO Prestação rápida e eficaz de ajuda humanitária e ajuda alimentar em função das necessidades 1

2 I. SAQUE I.1 a) Designação da rubrica Reserva para Ajudas de Emergência b) Dados em A Dotações do exercício (orçamento inicial + OR) 1B Dotações do exercício (EFTA) 2 Transferências 3 Dotações definitivas do exercício (1A+1B+2) 4 Execução das dotações definitivas do exercício 5 Dotações não executadas/disponíveis (3-4) 6 Verbas necessárias até ao final do exercício 7 Saque proposto 8 Percentagem do saque em relação às dotações do exercício (7/1A) 9 Saque, em percentagem da dotação definitiva do exercício, do total das transferências, referido no artigo 26.º, n.º 1, alíneas b) e c), do Regulamento Financeiro, calculado de acordo com o artigo 14.º das normas de execução c) Receitas resultantes de cobranças (transitadas) (C5) 1 Dotações disponíveis no início do exercício 2 Dotações disponíveis em Taxa de utilização [(1-2)/1] ,72 % ,33 % d) Justificação pormenorizada do saque Em conformidade com o artigo 9.º do quadro financeiro plurianual, a Reserva para Ajudas de Emergência (RAE) destina-se a permitir responder rapidamente às necessidades de ajuda específicas de países terceiros na sequência de acontecimentos que não podiam ser previstos aquando da elaboração do orçamento; em primeiro lugar e principalmente para ações humanitárias, mas também para a gestão e proteção no âmbito de crises civis, bem como para gerir situações de grande pressão resultantes de fluxos migratórios nas fronteiras externas da União, quando as circunstâncias assim o exijam. 2

3 II. REFORÇO II.1 a) Designação da rubrica Prestação rápida e eficaz de ajuda humanitária e ajuda alimentar em função das necessidades b) Dados em A Dotações do exercício (orçamento inicial + OR) 1B Dotações do exercício (EFTA) 2 Transferências 3 Dotações definitivas do exercício (1A+1B+2) 4 Execução das dotações definitivas do exercício 5 Dotações não executadas/disponíveis (3-4) 6 Verbas necessárias até ao final do exercício 7 Saque proposto 8 Percentagem do reforço em relação às dotações do exercício (7/1A) 9 Reforço, em percentagem da dotação definitiva do exercício, do total das transferências, referido no artigo 26.º, n.º 1, alíneas b) e c), do Regulamento Financeiro, calculado de acordo com o artigo 14.º das normas de execução c) Receitas resultantes de cobranças (transitadas) (C5) 1 Dotações disponíveis no início do exercício 2 Dotações disponíveis em Taxa de utilização [(1-2)/1] d) Justificação pormenorizada do saque ,94 % ,02 2,52 10 % , , , , ,01 2,27 % , ,25 % Em 16 de outubro de 2014, a taxa global de execução das dotações inscritas nas rubricas orçamentais da ajuda humanitária (capítulo 23 02) era de: 97,1 % para as autorizações e 91,5 % para os pagamentos no que diz respeito à ajuda humanitária e à ajuda alimentar; 99,3 % para as autorizações e 97,4 % para os pagamentos no que diz respeito à preparação para catástrofes. Esta taxa de execução elevada está em conformidade com a estratégia operacional e a programação orçamental para 2014 estabelecidas pelos serviços da Comissão. Com base na sua avaliação das necessidades humanitárias, a Comissão determina, para as crises prolongadas, uma dotação orçamental preliminar por país para o exercício seguinte. Além disso, em conformidade com as orientações do Conselho e do Parlamento Europeu, um montante de 105 milhões de EUR, correspondente a cerca de 12 % das dotações inscritas na rubrica orçamental operacional inicial, permanece por afetar, a fim de permitir fazer face à evolução das prioridades e a novas necessidades emergentes, a denominada «reserva operacional». O atual surto de ébola é uma epidemia sem precedentes, que deve ser rapidamente controlada, nomeadamente na Serra Leoa, na Libéria e na Guiné. Devido à sua complexidade e ao impacto generalizado, juntamente com as dificuldades em estabelecer procedimentos eficazes para conter a epidemia, o aumento exponencial do número de doentes ultrapassa a capacidade para os isolar e tratar. Em 20 de outubro, registavam-se mais de doentes infetados e mais de mortos, incluindo mais de 230 profissionais da saúde. 3

4 Os serviços de saúde na Serra Leoa e na Libéria estão perto de uma situação de colapso total, dado todos os recursos disponíveis serem canalizados para combater o vírus. A morbidade e a mortalidade causadas por outras circunstâncias médicas deverão aumentar drasticamente. O surto é extremamente devastador, uma vez que implica um potencial de instabilidade e recessão económica, com a possibilidade de maiores repercussões regionais. O surto é agora considerado uma crise multidimensional, que exige uma resposta coordenada de África e do resto do mundo. As Nações Unidas estimam que cerca de mil milhões de USD serão necessários para que a epidemia esteja contida dentro dos próximos nove meses. A UE contribuiu até à data ou comprometeu-se a apoiar a resposta sanitária de emergência com um montante de 39 milhões de EUR de ajuda humanitária, dos quais 28 milhões de EUR provenientes do Fundo Europeu de Desenvolvimento (FED) e 4 milhões de EUR do Mecanismo de Proteção Civil da União. Será prestada uma assistência adicional no montante de 173 milhões de EUR, incluindo 130 milhões de EUR provenientes do FED, 24 milhões de EUR do programa Horizonte 2020 e 19 milhões de EUR do instrumento para a estabilidade e a paz. É necessária uma assistência adicional da UE no montante de 17 milhões de EUR para apoiar as seguintes ações: Resposta às necessidades sanitárias e humanitárias (principalmente centros de tratamento do ébola e centros de cuidados comunitários); Contenção da epidemia através de atividades de prevenção, sensibilização, abastecimento de água, saneamento e higiene; Coordenação do apoio e logística. A Comissão procedeu à análise de todas as possibilidades de reprogramação das dotações no âmbito do orçamento da ajuda humanitária. As dotações disponíveis na reserva operacional são atualmente de 31 milhões de EUR após tomada em conta das necessidades urgentes para crises como no Afeganistão, Paquistão, América Central, Mali, Iraque, Palestina, Ucrânia, Somália, etc. Um montante adicional de 6 milhões de EUR dessas dotações está programado para ter em conta as crises no Iraque e na Ucrânia. O montante restante de 25 milhões de EUR é necessário para manter uma capacidade de resposta suficiente para poder fazer face a outras intervenções de pequena escala, a outras catástrofes imprevisíveis e a catástrofes naturais recorrentes até ao final do ano. Note-se que o furacão das Caraíbas e a estação das monções do Sudeste Asiático ainda não cessaram. A Comissão analisou igualmente todas as possibilidades de reafetação de dotações no âmbito da rubrica 4. Não existiam todavia dotações disponíveis. Um reforço de 17 milhões de EUR em dotações de autorização e de pagamento é, assim, solicitado pela Comissão através da mobilização da Reserva para Ajudas de Emergência (RAE). 4

5 ANNEX EBOLACRISIS INLIBERIA, SIERRALEONE AND GUINEA Key financial information Total commitments in 2013 Amount in the World Wide Decision (WWD) 2014: Ebola share in Humanitarian Implementation Plan Epidemics Amount from the B-envelope of the European Development Fund (EDF) Additional appropriations from the Humanitarian Aid budget (Operational Reserve) and Civil Protection Mechanism Other funding from the EU budget (EDF, Instrument contributing to Stability and Peace (IcSP), Horizon 2020) Not applicable EUR 3 million EUR 28 million EUR 7.9 million EUR 173 million Additional needs Total needs When are the credits needed EUR 17 million immediately Why do we need additional funding? The outbreak of Ebola in West Africa has reached unprecedented scale. In Sierra Leone and Liberia it is out of control and has spread to the capitals of the countries. In Guinea, where some control had been gained, the epidemic is spiking again. With the failure to establish effective procedures to contain the epidemic, the exponential rise in the number of patients largely overwhelms the capacities of local structures to isolate and treat patients. As of 20 October 2014, there are more than infected patients and over deaths, including more than 230 health workers. The Health services in Sierra Leone and Liberia are in a state of total collapse. Morbidity and mortality from other medical conditions is thus expected to increase dramatically. The crisis has an extremely destructive potential. All three most affected countries have only recently come out of conflicts and are still very fragile. The potential for instability and economic downturn is high, with a possibility for larger regional consequences. All three affected countries have instituted States of Emergency. Sierra Leone and Liberia have deployed troops to restrict movement into and out of the epidemic "hot spots". There are concerns that increasing food prices and disruption of agriculture may eventually entail food insecurity. Neighbouring countries are establishing contingency plans to prepare for such an eventuality. This has included restrictions on air, maritime and ground travel that have isolated the three most affected countries and disrupted the response to the epidemic. The outbreak is a multi-dimensional crisis which requires a coordinated response from Africa and the rest of the international community. 5

6 The EU has responded swiftly through the deployment of Commission's experts and financial assistance (EUR 39 million) and three EU mobile laboratories. Substantial additional development aid (EUR 130 million) has also been allocated from the European Development Fund (EDF), while additional funds are being provided from Horizon 2020 (EUR 24 million) and the Instrument contributing to Stability and Peace (EUR 19 million). EU funding now stands at around EUR 212 million. The EU will facilitate EU Member States contributions through the EU Civil Protection Mechanism, to help with transport and with matching needs from the World Health Organization (WHO) and offers from EU Member States. The United Kingdom has increased its commitment to Sierra Leone to provide facilities to care for 700 additional patients. France has pledged to provide additional hospital facilities in southern Guinea. In total, Member States have announced pledges amounting to a total of EUR 646 million. The Ebola response has been discussed by the European Council of 30 August 2014, at an EU high level meeting on 15 September and led to Conclusions of the Foreign Affairs Council of 20 October for increased effort. It was also the subject of a European Parliament Resolution of 18 September and Commissioner Georgieva's intervention of 20 October at the European Parliament's plenary. At the request of the European Council, the Commission has developed an EU Comprehensive Response Framework. The international community has also responded. The United Nations (UN) Security Council approved a resolution to establish an unprecedented new emergency UN health mission to the region (UNMEER). It was on the agenda for G7 Foreign Ministers (preceded by a G7 Africa Directors) on 24 September and a UN High-Level meeting on Thursday 25 September attended by UN Secretary General Ban Ki Moon, President Obama and President Barroso. In a joint event the United Nations Office for the Coordination of Humanitarian Affairs (OCHA) and WHO announced that approximately USD 1 billion was needed to tackle the outbreak. The United States of America is sending military personnel to help build additional hospital facilities and provide beds in Liberia. The African Union, Cuba and South Africa will also send medical teams. The UN Security Council in its resolution on the Ebola epidemic requested the Secretary-General to help to ensure that all relevant United Nations System entities, including the WHO and the United Nations Humanitarian Air Service (UNHAS) accelerate their response to the Ebola outbreak. Despite the political engagement and funding committed so far, the needs for further financial contributions are both urgent and massive. What for? 1. Response to the humanitarian health care needs Rationale: Existing Ebola Treatment Centres (ETC) are not sufficient to treat all patients. The existing ETCs need continued funding and additional ones need to be set up. In order to respond to the ever increasing number of cases, additional smaller and lighter Community Care Centres (CCC) need to be created. Furthermore, support from external partners is needed for the regular health services in Sierra Leone and Liberia which are collapsing. Programmes/activities to be funded: Support operations of existing ETC; support the creation of new ETC; support the creation of CCC; evacuation of infected international humanitarian staff; support the regular health systems Geographical areas where coverage needs to be enhanced: Guinea, Sierra Leone and Liberia with the possibility to intervene in any newly affected country. 2. Containment of the epidemic through prevention, sensitisation, Water, Sanitation and Hygiene (WASH) Rationale: The spread of the Ebola infection is linked to the direct contact with body fluids during the disease phase and after a patient has died. All contacts of an infected patient need to be traced and followed up. Improving hygiene and access to water at household and heath care facility level is central to controlling the disease. Misconceived ideas and traditional funeral practices contribute to the spread of the epidemic. Programmes/activities to be funded: Support containment measures such as water, sanitation, hygiene, waste disposal, contact tracing, communication, community sensitisation, safe burial procedures. Geographical areas where coverage needs to be enhanced: Guinea, Sierra Leone, Liberia. 6

7 3. Coordination and logistics Rationale: The unprecedented involvement of the international community, as well as the disruptive nature of the epidemic on the Government services, has created the need for an efficient and comprehensive coordination architecture. Expertise on Ebola treatment and containment measures are in high need. Transport and procurement is difficult because of the nature of the rural environment and because of the travel restrictions. Programmes/activities to be funded: Coordination, Technical Expertise, Transport, Logistics. Procurement of: essential drugs and equipment, household hygiene kits, personal protective equipment Geographical areas where coverage needs to be enhanced: Guinea, Sierra Leone, Liberia. 7