RELATÓRIO DE ANÁLISE E PONDERAÇÃO DAS PARTICIPAÇÕES RECEBIDAS NA DISCUSSÃO PÚBLICA
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- Aníbal Salazar
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1 PDM de Amares M aio de 2012 RELATÓRIO DE ANÁLISE E PONDERAÇÃO DAS PARTICIPAÇÕES RECEBIDAS NA DISCUSSÃO PÚBLICA 28 de Fevereiro a 10de Abril
2 Índice 1. Introdução 2. Enquadramento legal do período da discussão pública 3. M etodologia adoptada 4. Análise das participações 5. Síntese Conclusiva Anexo I Tabela Síntese das Participações recebidas, Ponderações e Resultados Anexo II Planta de localização dos casos analisados Anexo III Participações recebidas 1
3 1. Introdução O presente documento constitui o relatório de apuramento e ponderação dos resultados da Discussão Pública no âmbito da Revisão do Plano Director M unicipal de Amares. O mesmo resulta do disposto no artigo n.º 77º, n.º 8 do Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial, o qual prevê a ponderação e divulgação dos resultados da discussão pública, bem como no artigo n.º 151 que prevê, no âmbito da instrução dos pedidos de depósitos, a apresentação do Relatório de Ponderação dos Resultados da Discussão Pública. Assim, este relatório apresenta os critérios de análise e ponderação das participações recepcionadas, bem como a compilação das alterações a introduzir no Plano em resultado da apreciação favorável. 2. Enquadramento legal do período da discussão pública A elaboração do Plano Director M unicipal (PDM ) de Amares ocorre num quadro legal enquadrado nas Políticas de Ordenamento do Território Lei de Bases da Política de Ordenamento do Território e de Urbanismo (Lei N.º 48/ 98 de 11 de Agosto), regulamentado pelo Decreto-Lei n.º 380/ 99 de 22 de Setembro, com as alterações introduzidas pelos Decreto- Lei n.º 310/ 2003, de 10 de Dezembro e Decreto-Lei n.º 316/ 2007, de 19 de Setembro. A participação é um dos princípios do processo de planeamento, e que foi garantido em várias fases do processo de revisão do PDM de Amares. A fase de Discussão Pública é uma das fases do processo, conforme o previsto no Artigo 77º do Decreto-Lei n.º 380/ 99, de 22 de Setembro, alterado pelos Decreto-Lei n.º 310/ 2003 e pelo Decreto-Lei n.º 316/ A Câmara M unicipal tornou pública ao 20 de Fevereiro de 2012 a abertura do período de discussão pública referente à revisão do Plano Director M unicipal. 2
4 Durante o processo de revisão a Câmara M unicipal foi receptiva a propostas de particulares e Juntas de Freguesia, tendo tido uma atitude interactiva com a população, esclarecendo sempre que necessário. No processo de elaboração da proposta de plano procuramos não excluir contributos fundamentais tanto dos interessados como das entidades envolvidas no acompanhamento. Este período decorreu entre 28 de Fevereiro e culmina a 10 de Abril de 2012, no qual todas as peças integrantes do Plano foram disponibilizadas para consulta pública nos serviços da Divisão de Urbanismo e Obras Particulares da Câmara M unicipal de Amares, com o apoio de uma técnica para esclarecimentos da população. A divulgação foi efectuada por editais nas Juntas de Freguesia, 2 Jornais e no site da Câmara M unicipal de Amares. 3
5 Durante o período de discussão pública foram efectuadas 4 sessões públicas nos Centros Escolares de Bouro, Caldelas e Rendufe, e no Salão Nobre da Câmara M unicipal de Amares. 3. M etodologia Adoptada Após a recolha das reclamações/ sugestões, a Câmara M unicipal definiu um metodologia de apreciação e ponderação equitativo e transparente. De facto, conforme o estipulado no Artigo 77º, pontos 5,6 e 8, do RJIGT, a Câmara M unicipal ponderará todas as participações, respondendo fundamentadamente às mesmas, nas circunstâncias referidas na lei. Assim, após terminado o período de Discussão Pública: 5 A Câmara municipal ponderará as reclamações, observações, sugestões e pedidos de esclarecimento apresentados pelos particulares, ficando obrigada a resposta fundamentada perante aqueles que invoquem, designadamente: a) A desconformidade com outros instrumentos de gestão territorial eficazes; b) A incompatibilidade com planos, programas e projectos que devessem ser ponderados em fase de elaboração; c) A desconformidade com disposições legais e regulamentares aplicáveis; d) A eventual lesão de direitos subjectivos. 4
6 6 A resposta referida no número anterior será comunicada por escrito aos interessados, sem prejuízo do disposto no artigo 10º, n.º 4, da Lei n.º 83/ 95, de 31 de Agosto. 8 Findo o período de discussão pública, a câmara municipal pondera e divulga, designadamente através da comunicação social e da respectiva página da Internet, os respectivos resultados e elabora a versão final da proposta para aprovação. Foi opção do M unicípio de Amares responder individualmente a cada requerente, para além da obrigatoriedade de resposta legalmente contemplada. Cada reclamação/ sugestão/ observações foi registada no programa informático de seguimento de processos, sendo identificados por ordem de entrada, n.º de registo, identificação do requerente, motivo/ sugestão, ponderação e resultados. Esta informação encontra-se sintetizada no Anexo I. Algumas situações expostas tiveram respostas semelhantes por possuírem características comuns. 4. Análise das participações Durante o período formal de Discussão Pública registou-se um conjunto de oitenta e quatro participações, das quais algumas englobam mais de uma sugestão. Quanto ao meio utilizado para participar na discussão pública verifica-se que o meio mais utilizado a entrega do requerimento no balcão único (97% das sugestões). Figura: Forma de Participação 6 76 Balcão Único Por 5
7 Em termos de conteúdo a maioria das participações diz respeito a questões de interesse privado, solicitando a classificação da sua parcela para solo urbano. Foram efectuadas 2 participações para correcções ao nível do património edificado e ruído. Existe uma participação da Junta de Freguesia de Fiscal e uma do M unicípio de Amares, para além de uma participação conjunta de moradores do Lugar de Quintães freguesia de Vilela. A reclamação n.º 82 foi entregue fora do prazo (16 de Abril de 2012) e não possui planta de localização, pelo que não foi possível avaliar a situação. Analisando a incidência territorial das participações verifica-se que participaram 19 freguesias, sendo as mais participativas as freguesias de Caldelas, Lago e Figueiredo. Não se registou nenhuma participação com incidência nas freguesias de Goães, Portela, Santa M arta de Bouro, Seramil e Torre. Figura: Participação por Freguesia Amares Barreiros Besteiros Bico Caires Caldelas Carrazedo Dornelas Ferreiros Figueiredo Fiscal Goães Lago Paranhos Paredes Secas Portela Prozelo Rendufe Santa M aria do Bouro Santa M arta do Bouro Sequeiros Seramil Torre Vilela Concelho A maior concentração das reclamações em Caldelas deve-se ao facto de ter surgido nos últimos anos uma infra-estrutura que criou à expectativa de crescimento urbano para uma área sensível (Ribeira do Alvito). As freguesias de Lago e Figueiredo são freguesias com boas acessibilidades e maior densidade concentração de povoamento e serviços pelo que justifica a maior participação na fase de discussão pública. Todas as participações recebidas e analisadas tinham incidência sobre o PDM, essencialmente sobre questões relacionadas com expansão urbana de forma a aumentar a capacidade construtiva ou manter a classificação actual. 6
8 Figura: Tipo de Participação M anutenção da classificação do actual plano; 7 Instalação de Parque de Campismo Rural; 1 Património - Aqueduto de Cales - Imóvel de Interesse M unicipal; 1 Ajuste do solo urbano ao limite da Ruído; 1 propriedade; 5 Classificação de solo para rural; 2 Classificação de solo para urbano/ aglomerado rural ou área de edificação dispersa; 3 Classificação de solo para urbano; 59 Ajuste do solo urbano ao limite da propriedade 5 Classificação de solo para rural 2 Classificação de solo para urbano 59 Classificação de solo para urbano/ aglomerado rural ou área de edificação dispersa 3 Instalação de Parque de Campismo Rural 1 M anutenção da classificação do actual plano 7 Património - Aqueduto de Cales - Imóvel de Interesse M unicipal 1 Ruído Classificação de Zonas Mistas e Sensíveis 1 Analisando a classificação actual das parcelas e a classificação pretendida pelos requerentes é visível a tendência generalizada de urbanização de parcelas inseridas em solo rural. Figura: Classificação das parcelas em PDM em vigor 7
9 Figura: Classificação na proposta de revisão do PDM 8
10 Relativamente a outros elementos do plano como o regulamento e o relatório ambiental, é de referir que não existiram quaisquer participações referentes a pedidos de esclarecimento ou alterações aos documentos. A nível dos espaços industriais tivemos a proposta de transformação de um picadeiro para carpintaria em solo rural, na freguesia de Fiscal. Nas restantes áreas empresariais não foram apresentadas reclamações. Dentro do solo urbano definido no novo plano foi solicitado dois aumentos de índices de construção e 2 desclassificações para solo rural. 5. Alterações Introduzidas na proposta As participações foram analisadas individualmente, analisando o seu enquadramento nos princípios da revisão do PDM. A avaliação seguiu os seguintes critérios: Enquadramento com o modelo de ocupação do solo definido. 9
11 Impacte pouco significativo na condicionante natural. Existência de condicionamentos legais e regulamentares. Salvaguarda dos valores naturais e culturais importantes para a estratégia de desenvolvimento. Ajuste dos perímetros urbanos se verificado o princípio de continuidade e existência de infra-estruturas. Respeito pelos direitos subjectivos. Nas 51 participações com incidência em Reserva Agrícola Nacional foi pedido o parecer a tutela. Relativamente às participações em Reserva Ecológica Nacional entendeu-se não consultar a tutela uma vez que a proposta de REN já foi aprovada pela Comissão Nacional da Reserva Ecológica Nacional, para além de serem espaços ambientalmente sensíveis e por isso destinados à preservação e conservação. Dos casos em apreço, 70 apresentam condicionantes como Reserva Agrícola Nacional, Reserva Ecológica Nacional, área ardida e perigosidade de incêndio, como é visível no gráfico seguinte. Área Ardida Perigosidade Alta e M uito Alta Reserva Agrícola Nacional RAN e REN REN 6. Correcções M ateriais Tendo sido detectadas, durante o período em que decorreu a discussão pública, algumas imprecisões gráficas de representação na planta de ordenamento, da natureza das referidas no artigo 97º-A do RJIGT como passíveis de correcção material a todo o tempo, procedeu-se às necessárias eliminações, que consistiram em: 10
12 a) Passagem para solo urbano de uma parcela de terreno que figurava em espaço agrícola, quando havia sido excluída da RAN para aquela finalidade (Caldelas) Figura 1 - Extrato da Carta de Qualificação Funcional do Solo: introdução de espaço urbano de baixa densidade decorrente da deteção de lapso de caso excluído de RAN para espaço urbano, na freguesia de Caldelas b) Inclusão da Variante de Caldelas na rede viária secundária Figura 2 - Extrato da Carta de Qualificação Funcional do Solo: área da variante de Caldelas c) Pequenos acertos de limites entre categorias de solo urbano, para os ajustar a fronteiras físicas ou divisões cadastrais muito marcantes 11
13 Figura 3 - Extrato da Carta de Qualificação Funcional do Solo: acerto de limites de área empresarial, na freguesia de Lago d) Eliminação de desacertos entre o limite do solo urbano e o limite da área consolidada, que geravam faixas residuais de áreas não consolidadas, de dimensão diminuta, no tardoz de algumas parcelas e) Acerto de delimitação do perímetro urbano no lugar de Ancede, freguesia de Prozelo, de modo a incorporar dois lotes ainda não edificados de um loteamento já antigo, e que figuravam e espaço agrícola (não RAN). 7. Síntese Conclusiva Na sequência da Discussão Pública foram efectuadas as alterações consideradas pertinentes e que se enquadravam no modelo territorial definido para o município nos próximos anos. No seu conjunto, as ligeiras alterações ao zonamento resultante das sugestões acolhidas traduzem-se nos seguintes números: Solo urbano Valor total de áreas acrescentadas ao solo urbano: 6,9 hectares Valor total de áreas retiradas de solo urbano: 0,5 hectares Acréscimo de solo urbano: 6,4 hectares O solo urbano total ficou distribuído do seguinte modo: Espaços centrais - Áreas centrais de nível 1 Espaços centrais - Áreas centrais de nível 2 Espaços de actividades económicas - áreas empresariais Espaços de actividades económicas - núcleos industriais 70,1 hectares 203,5 hectares 53,8 hectares 10,9 hectares 12
14 Espaços de Uso Especial de Equipamentos Espaços residenciais Espaços urbanos de baixa densidade Espaços verdes 25,0 hectares 362,8 hectares 888,4 hectares 4,6 hectares Área total de solo urbano: 1589,6 hectares. Solo rural As áreas que passaram a solo rural (0,5 hectares) integraram-se na categoria de Espaços agrícolas O solo rural ficou distribuído do seguinte modo: Espaços culturais Espaços de uso múltiplo agrícola e florestal Espaços agrícolas Espaços extractivos Espaços florestais de conservação Espaços florestais de produção Espaços florestais de protecção Espaços naturais Áreas de edificação dispersa 2,0 hectares 702,2 hectares 2799,9 hectares 15,8 hectares 689,4 hectares 498,8 hectares 1586,3 hectares 311,9 hectares 132,6 hectares Área total de solo rural: 6606,5 hectares Decorrentes das participações que implicaram alterações ao ordenamento houve também alguns ajustamentos na delimitação da Reserva Agrícola Nacional, com o parecer prévio e favorável da tutela. 13
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