MIDIATIZAÇÃO, PRÁTICA SOCIAL PRÁTICA DE SENTIDO 1

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1 MIDIATIZAÇÃO, PRÁTICA SOCIAL PRÁTICA DE SENTIDO 1 Antônio Fausto Neto Resumo: Discute-se a construção do conceito de midiatização a partir de um mapeamento de formulações feitas nas ultimas décadas, situando as transformações de algumas noções a partir da própria complexificação dos processos midiáticos. Associa-se este conceito associado ao de pratica social-prática de sentido por se entender que a midiatizaçao se realiza por mecanismos de materialidades e de imaterialidades. Palavras-chave: Midiatização, prática social - prática de sentido, Linguagens, Sócio-Técnica 1. Introduzindo Minha proposta parte de um cuidado metodológico, que visa restringir a discussão sobre o conceito de midiatização, considerando dois desafios: primeiro, um conceito em formação que se encontra em meio aos resquícios dos conhecimentos fundadores das teorias da comunicação e naqueles que não estão reunidos nas fronteiras clássicas destes estudos. E o segundo, por constatar que este conceito, apesar de nomeado, é ainda pouco problematizado, na esfera dos estudos das teorias da comunicação, em cuja freguesia, persiste uma visão dominante das questões midiáticas atreladas a uma perspectiva instrumental. Ou, por outras perspectivas relacionadas com teorias hegemônicas. Parto, do que resultam algumas observações junto à vida em laboratório, o universo acadêmico de estudos de comunicação, onde este conceito já aparece desdobrado em várias nomeações. Aparece associada a significantes como dispositivo, ambiente, máquina, operador, sujeito, processos midiáticos, bios-midiático, tecnointeração, molduras/emolduramentos/emoldurações, maquinária que procuram, dentre outros, desenhar possíveis intentos de inteligibilidade sobre a questão. 1 Trabalho apresentado ao Grupo de Trabalho Políticas e Estratégias de Comunicação, do XV Encontro da Compós, na Unesp, Bauru, SP, em junho de Este trabalho foi apresentado no Encontro da Rede Prosul - Comunicação, Sociedade e Sentido, no seminário sobre Midiatização, UNISINOS. PPGCC, São Leopoldo, 19/12/2005 e 06/01/2006. Colaboração dos bolsistas Aline Weschenfelder, Clovis Okada, Mariana Bastian, Micael Behs. 1

2 Nossa proposta não visa designar a priori a midiatização como prática social - prática de sentido, mas chegar a uma possível construção, após se fazer um percurso que leve também em conta as construções já sugeridas, como anteriores possibilidades de formulações teóricas, de hipóteses e de desenhos metodológicos sobre a questão. Supõe, assim, reconhecer que os estudos sobre a midiatização estão em processualidade, assim como o próprio fenômeno Cenários da Midiatização Parece-nos sugestivo reunir alguns indicadores que tratariam de dar elementos sobre os cenários onde se manifestaria a midiatização, na medida em que a mesma se passa em vários níveis da vida social. Poderia se caracterizar como ambientes e lugares, no sentido de que ela teria como referência matricial lugar de organização e de funcionamento. Estaria tal funcionamento diretamente associado a mecanismos de estratégias, segundo ações que tratariam de dar forma às suas manifestações e aos seus imbricamentos com outras práticas não midiáticas. Ou seja, a midiatização é algo maior do que as concepções de funcionalidades e instrumentalidades como as questões midiáticas foram entendidas da parte de construções teóricas filiadas às escolas ou correntes de investigação, nas quais as mídias não se constituíam em suas questões centrais. A emergência deste conceito de midiatização é uma decorrência do próprio desenvolvimento de uma modalidade prática de comunicação que impõe aos campos de conhecimentos demandas de leituras e de interpretações que superariam, por assim dizer, certos protocolos clássicos, cujos primeiros movimentos de compreensão dos fenômenos midiáticos trataram de aprisionar o próprio objeto. a) Processo Histórico A midiatização situa-se em processos e contextos históricos e em percursos de desenvolvimento de alta complexificação que impõem a necessidade de considerar 2 Este fato gera conceitos e também programas de estudos e de investigação. É, neste contexto de intentos, que poderíamos situar a criação do PPGCC - Processos Midiáticos da UNISINOS. Partindo de algumas referências históricas, ainda que muito jovens, e de operadores conceituais, tentativamente descentrados, aos modelos clássicos que trabalham os fenômenos midiáticos (mas, sem contudo, abandonar seus graus de tensionalidade ao fenômeno), privilegia-se, como condição de produção desse Programa de Estudos a própria processualidade do próprio campo da comunicação, bem como das manifestações dos seus objetos e de suas práticas (emergentes). Rigorosamente, um programa de estudo em ritmo de processualidades, tanto quanto os objetos dos quais eles cuidam. 2

3 mecanismos de explicação que são atualizados no movimento destes próprios processos históricos e nos quais se passa o desenvolvimento das técnicas, dos processos e das práticas de comunicação. Nestes termos, a sociedade na qual se engendra e se desenvolve a midiatização é constituída por uma nova natureza sócio-organizacional na medida em que passamos de estágios de linearidades para aqueles de descontinuidades, onde noções de comunicação, associadas a totalidades homogêneas, dão lugar às noções de fragmentos e às noções de heterogeneidades. Por muito tempo o paradigma vigente das teorias comunicacionais apostavam na idéia de que a convergência das tecnologias nos levaria a estruturação de uma sociedade uniforme, como gostos e padrões, através de consumo homogeneizado, em função de uma lógica de oferta da qual não resultaria ao consumo outra possibilidade a não ser a ratificação desta lógica. Mas, o que vemos é a geração de fenômenos distintos e que se caracterizam pelas disjunções entre estruturas de oferta e de apropriação de sentidos. Este fenômeno foi alertado por alguns estudiosos: a multiplicação, nas sociedades humanas, de suportes tecnológicos autônomos de comunicação (autônomos em relação dos atores individuais) que permitem a difusão das mesmas mensagens em toda a sociedade, tornam a sociedade mais complexa do que era quando estes suportes não existiam, ou só de maneira embrionária. Isto pode ser curioso. Pois, quanto mais midiatizada uma sociedade, tanto mais ela se complexifica. 3 Esta ênfase sobre o nicho produtivo e que repousa sobre determinadas modalidades em que a técnica é posta em funcionamento, transformam o status dos meios e do seu funcionamento. Passam operar por como meios-pulsão abandonando o clássico lugar de meio-representação. A nova vida tecno-social é origem e meio de um novo ambiente, no qual institui-se um novo tipo de real que está diretamente associado a novos mecanismos de produção de sentido, nos quais nada escaparia às suas operações de inteligibilidade. Até mesmo porque, segundo suas pretensões, nada existiria fora, portanto, dessa nova conformidade, como possibilidade geradora de sentidos. Estes mecanismos produzem e fazem funcionar uma nova forma de sociedade, cujas finalidades são producionais, porém diretamente vinculadas às lógicas dos fluxos e das operações, e tendo como fim a produção de uma nova forma de vínculo social, no caso as estruturas de conexões. Trata-se de uma nova forma de ambiente da informação e da comunicação que mediante tecnologia, dispositivos e linguagens trata de produzir um outro conceito de 3 VERÓN, Eliseo. Conversacion sobre el futuro de la comunicación ( 3

4 comunicação, calcado na passagem da causação à aditividade. Sociedade que tem sua estrutura e dinâmica calcada na compressão espacial e temporal, que não só institue, como faz funcionar um novo tipo de real, e cuja base das interações sociais não mais se tecem e se estabelecem através de laços sociais, mas de ligações sócio-técnicas. Nestas circunstâncias, a sociabilidade dá lugar a informacionalidade 4 O que seria este novo ambiente, a transformação da sociedade do ato social nas operações de contato. Estamos diante de numa nova forma de organização e produção social, onde o capital já não estaria mais apenas a serviço das estruturas, mas dos fluxos e da informação. Marx atualiza-se, ou dele atualiza-se a noção de circulação, pois vivemos tempos em que a ênfase da lógica produtiva do capitalismo desloca-se do território das estruturas para aqueles dos dispositivos de circulação. E, neste caso, a circulação de imaterialidades, ou seja, suas operações de produção de sentido que se constituem num imenso mistério e desafio aos estudos modernos de comunicação. É na esfera da circulação, e das condições em que a mesma se realiza, que as realidades são afetadas por suas lógicas, produzindo-se a emergência de novas formas de interação até então não previstas por aqueles estudiosos clássicos que pensaram a sociedade e seus fenômenos coletivos. Ocorrem mudanças nos modos através dos quais o capitalismo organiza a vida social - suas estruturas e o modo de agir dos seus atores, dando origem às novas formas de mediação/intermediação. Assim, ao invés do ato social, a rede. Do vínculo, ao fluxo. Do contrato social, à terceirização generalizada. Referências fundacionais são mandadas para os ares, conseqüências da lógica reinante da sociedade segundo a qual vivemos no ar, a tal da modernização líquida aludida por Bauman. Também se manifestam mudanças nos ritos das instituições, como por exemplo, o declínio das religiões instituídas nas grandes racionalidades, em favorecimento de uma emergente religiosidade flutuante, organizada em torno de novos ecletismo e sincretismo 5. Mudam as relações pessoais e familiares. Terceiriza-se a função do autor, o próprio inconsciente, uma vez que gens e memória são também submetidos a softs e hards. E também à própria reflexividade, hoje transferida aos modernos narradores, os dispositivos midiáticos. Os processos de produção de significação dão lugar a novos métodos de operações de sentidos, em função de lógicas de 4 Estas questões são largamente conceituadas por Scott Lasch, no livro Crítica de la información, ao qual este texto é largamente devedor. Ver a edição em língua espanhola, editada por Amorrortu, Buenos Aires, CHAMPION, Françoise. Religiosidade Flutuante: ecletismos e sincretimos. In: As grandes religiões do mundo. 3ED. (org) Jean Danielou. Lisboa: Presença, p.705/733. 4

5 sentido pelas quais palavras abandonam suas pertenças a sistemas culturais de significação e ingressam nas lógicas de fluxos. Do ato significativo, ao accting out, ou ao ato indicial que beira o acting out. As lutas já não têm como meta velhas teleologias morais, éticas, confessionais e políticas. São travadas visando o acesso à operacionalidade do código e não o exercício/aprendizado das gramáticas significacionais instituídas pelas racionalidades das instituições que definiam os esquemas e modelos de pertença. A subjetividade não se realiza mais pelos pensamentos discretos, mas segundo economias enunciativas ditadas pela lógica dos fluxos. O ator social o narrador já não seria mais um intérprete, mas um operador de indicialidades, de conexões. Não se trataria de uma lógica irracional, mas de uma racionalidade segundo a qual não poderíamos dela estar fora, na medida em que as lógicas de sentidos aí operadas tratam de dar sentido mesmo naquilo que seria impossível de ser nomeado, como o real (aquilo que na psicanálise é apontado como o que sobra). 2. A midiatização entre conceitos e mecanismos de funcionamento Faremos, então, apresentação,de modo econômico, de um marco geral pelo qual se buscaria entender alguns conceitos sobre midiatização. Sabe-se que a midiatização pode ser, tanto uma categoria explicativa do tipo de sociedade em que vivemos, mas também fenômeno que apresenta no interior questões que remetem a sua complexidade, bem como determinados mecanismos do seu próprio funcionamento. Trato, portanto, na parte que segue, destas duas questões - à luz das construções feitas até aqui por alguns autores. Talvez, possa traduzir em respostas à formulação contida no título deste texto. Recorro a um certo mapeamento de referência, com certeza incompleto, mas sobre o qual tenho convicção da sua importância como primeiras leituras sobre o conceito em discussão, no contexto mais recente dos estudos dos processos midiáticos. Isso não quer dizer que o conceito chegue a nós devidamente claro, com nomeação formalizada. Pelo contrário, em alguns casos envolvem problemáticas que os extrapola. Noutros, recebe contaminações de outras leituras. Havendo, ainda, outros tantos que apresentam formulações mais específicas, traduzindo um painel que nos desafia a desenvolver novas formulações. 5

6 - A ênfase nos meios, a partir dos campos Desta perspectiva, nos parece que uma das primeiras formulações recebe os ecos de uma sociologia fenomenológica formulada por Rodrigues quando destaca a existência cada vez mais de complexos dispositivos técnicos de mediação que ajustam nossa percepção ao mundo e às suas capacidades de simulações (Rodrigues, 2000: 169). Enfatiza, num primeiro momento, os meios em si, bem como destaca sua funcionalidade, mas deixando claro que nesta seara de instrumentalidade não ficará, na medida em que minha proposta tem sido a de caracterizar o nosso tempo como a época da autonomização do campo dos media (Ibidem: 171). Ou seja, nela já se visualiza um novo status atribuído não só a tais dispositivos, mas a uma nova realidade, que calcada na autonomização de sua competência, trata de formular novas possibilidades engendradoras de quadros de sentidos. A esta nova realidade, chama, de modo geral, de campos sociais, e no caso do que nos interessa mais de perto, o campo dos mídia, cuja feição de complexidade aparece no final do século passado. Na nossa hipótese, a noção de midiatização aparece na obra de Rodrigues, diluída em competências. Ou seja, quando nos diz que o campo dos medias não se limita apenas a superintender à mediação de outros campos (Ibidem: 171) Quando ressalta o trabalho de tematização dos meios, ao fazer emergir nas fronteiras de outros campos sociais temáticas para os quais nenhum dos campos detêm legitimidade indiscutível e nem consegue encontra soluções consensuais e impô-las ao conjunto da sociedade (...). Também, quando ressalta o papel de regulação dos media indispensáveis às relações entre os diferentes campos sociais (Ibidem: 201). O que o torna também num aliado da pretensão mobilizadora dos outros campos sociais (Ibidem: 201). Por fim, chama atenção para sua competência específica, referindo-se às suas funções discursivas. Mas, ao destacar a natureza de sua simbólica própria, mostra dois problemas: primeiro, a ambigüidade sobre a autonomia atribuída à noção de campo, permanecendo, a nosso ver preso à uma visão de campo de natureza representacional: como disse, lembra Rodrigues, o campo dos medias desempenha funções predominante simbólicas: assegura ao mesmo tempo, o funcionamento dos dispositivos de representações e reflete, como num espelho (grifo nosso), os diferentes domínios da experiência (Ibidem: 207). E, em segundo lugar, o que seria um desdobramento desta perspectiva representacional, quando de alguma forma, situa o trabalho do campo num lugar de mediação. Ou seja, o papel mais importante do campo dos medias será provavelmente a sua capacidade de tematização pública e de publicização do confronto entre os discursos 6

7 especializados em torno das questões suscitadas por esses domínios.(ibidem: 210). Embora reconheça a autonomia do campo dos mídias em agir por conta própria, na tematização e publicização, entende, porém, que os mesmos se instalam ainda numa posição representacional, na medida em que fazem veicular algo, cujo controle de enunciação estaria ainda fora do seu âmbito: os outros campos sociais. Apesar da importância das formulações de Rodrigues, quando sinalizam os primeiros cenários sobre o fenômeno da midiatização, pode-se dizer que, historicamente, suas reflexões colhem questões típicas ainda de uma sociedade midiática, na qual os meios são atores importantes, não pela autonomia que gozam para construir, mas pelo fato se colocarem ainda como um poder mediador e representacional. Deste ponto de vista, temos um conceito que instala os meios num lugar ainda de instrumentalidades, ou seja, meios a serviço de um fim. Tal inserção é assim comentada por Verón: esta ideologia representacional acompanha a localização do que chamaria a sociedade industrial mediática, e provê assim esta última de um princípio de inteligibilidade que lhe permite compreender aquilo que está por chegar uma sociedade midiática é uma sociedade onde os meios se instalam: considera-se que esses representam suas mil facetas, constituem assim uma classe de espelho (mais ou menos deformante, pouco importa), donde a sociedade industrial reflete e pela qual ela se comunica. O essencial deste imaginário é que marca uma fronteira entre uma ordem que é o real da sociedade (...) e outro que é da ordem da representação, da re-produção e que progressivamente os médios tomou ao seu cargo. (Verón, 2001: 14). - centralidade a meio caminho Os caminhos de transição entre a percepção dos meios como suportes de veiculação da vida dos campos sociais e a relevância, posterior, que toma o conceito de mediação, parecem serem construídos em contextos próximos aos nossos estudos, por Barbero com a emergência do conceito explicativo de Mediação. Neste, conforme sugere o próprio título da obra 6 o autor desloca a ênfase dos meios, especialmente desta sua capacidade transposicional, mas situa a problemática da comunicação numa esfera mais complexa e que é caracterizada pelas fortes interações entre os meios e outras formas de comunicação e de produção de sentidos produzidos por outros campos/atores sociais. Ou seja, os meios nem seriam veiculadores e nem gestores isolados de operações de sentidos, mas pelo contrário 6 BARBERO, J.M. De los médios a las mediaciones. Barcelona: Galli,

8 estariam fortemente em interação com outras dinâmicas sócio-culturais, do que resultariam, assim, os sentidos emergentes numa realidade social. Barbero estava situado numa paisagem típica de sociedade industrial, e principalmente diante de um cenário dual de realidade - a da América Latina - caracterizada pela presença dos modernos meios e de outras práticas culturais calcadas na tradição de nossas sociedades. Mas, na literatura da área, já aponta-se uma outra transição a das sociedades (cultura) midiáticas para a sociedade (culturas) da midiatização, com ênfase especialmente a transformação dos papéis dos meios - de suportes a atores. Assim, passam os meios a ocupar, contudo, uma centralidade na vida cotidiana, como fonte de informação e de entretenimento, como fonte de construções de imaginários 7 algo que significa a passagem de um canário para outro. - a midiatização a nu Tais circunstâncias já vão apontando para uma nova forma de ver o fenômenos dos mídias, que deixam de ser explicados por teorias e/ou clássicas categorias dos anos 40 e seus desdobramentos, e passam a ter na própria complexificação da cultura da mídia, e os cenários sócio-tecnológicos da sociedade, suas novas dimensões explicativas. A intensificação de tecnologias voltadas para processos de conexões e de fluxos vai transformando o estatuto dos meios, fazendo com que deixem ser apenas em mediadores e se convertam numa complexidade maior de um ambiente com suas operações e as suas incidências sobre diferentes processos de interações e práticas, em decorrência da existência da mídia, assim considerada como algo mais complexo do que sua vocação, classicamente colocada, a de transportadora de significados. É definida como uma nova matriz que se funda em novas racionalidades com as quais realiza estratégias de produção de sentidos. A midiatização é explicada como um novo bios (o quarto), que produz de fato a afetação das formas de vida tradicionais por uma qualificação de natureza informacional tecnologia societal, (...) cuja inclinação no sentido de configurar discursivamente o funcionamento social em função de vetores mercadológicos e tecnológicos é caracterizada por uma prevalência da forma sobre conteúdos semânticos (Sodré, 2002:23). Nestes termos, ela é compreendida como um modo de organização que ultrapassa largamente as dimensões produtivas atribuídas ao clássico processo comunicacional. Articula velhas formas de 7 MATA, Maria Cristina. De la cultura masiva a la cultura mediática. In: Revista Diálogos. Lima: Felafacs,

9 interação com as formas virtuais de vida, o que faz com que a sociedade midiatizada seja aquela na qual as tecnologias de comunicação se implantam vertical e horizontalmente nas instituições, inserindo-se de maneiras específicas e segundo ainda múltiplas dinâmicas do funcionamento social. A midiatização da sociedade seria combinatória de conhecimentos e operações estruturadas nas formas de tecnologias de informação que criam novos ambientes e nos quais se produzem novas formas de interações, que tem como referências lógicas e processos discursivos voltados para a produção de mensagens. Mas, Gomes a compreende como algo mais amplo do que uma nova ordem de tecno-interação, definindo-a como um novo modo de ser no mundo (...) circunstancia que para ele faz com que supere-se à mediação como categoria para se pensar na televisão hoje. Estamos em uma nova ambiência que, se bem tenha fundamento no processo desenvolvido até aqui, significa um salto qualitativo, uma viagem fundamental no modo de ser e atuar 8. (Gomes, 2006: 2) Porém, a midiatização vai mais além do ambiente e do seu próprio modo de ser, e se constitui a partir de formas de formas e de operações sócio-técnicas, organizando-se e funcionando com bases em dispositivos e operações constituídas de materialidades e de imaterialidades. Seus processos de materialidades se passam em cenas organizacionais/produtivas e em cenas discursivas. São em tais âmbitos que se realizam as possibilidades pelas quais a midiatização pode afetar as características e funcionamentos de outras praticas sócio-institucionais. Mas isso não significa uma ação de natureza linear, determinística, pois a atividade da midiatização realiza-se de modo transversal, e ao mesmo tempo relacional. A característica de transversalidade tem a ver com o fato de que de que suas operações, além de afetar ao seu próprio campo, afetam também o campo das instituições bem como aqueles dos seus usuários. Tais afetações são relacionais e geram, conseqüentemente, retornos de processos de sentido das construções feitas pelos outros campos, e que se instauram nos modos de funcionamento da midiatização. Isso significa dizer que a midiatização produz mais do que homogeneidades, conforme depreendem as teorias clássicas de comunicação, na medida em que pelo contrário, gera complexidades. No contexto de dois pontos de vistas distintos, esta questão é assim comentada: Para Augé 9, ao refletir sobre a incidência das técnica de comunicação, nos processos de construção de 8 GOMES, Pedro Gilberto. A midiatização no processo social. p.2. Paper apresentado no seminário temático de Midiatização. Rede Prosul. CNPq/UNISINOS. São Leopoldo, AUGÉ, Marc. A guerra dos sonhos. Lisboa: Presença,

10 sentido, indaga: o que acontece com o real quando as condições da simbolização se transformam? (Augé, 1998: 9) De uma outra perspectiva, Silva explicando a perda de autonomia do sujeito para produzir sentidos, atribui o fato de que o sentido se constrói socialmente em disputas 10. (Silva, 2005: 46) A nosso ver, uma aproximação do fenômeno da midiatização com questões específicas da problemática dos meios, é retomada, de uma outra perspectiva por Eliseo Verón ao descrevê-la como como um fenômeno de mudança social no qual as mídias, entendidas como tecnologias inscritas na sociedade são fatores cada vez mais importantes na determinação das características destes câmbios (...) na medida em que se inserem, de maneiras específicas nas múltiplas dinâmicas do funcionamento social. As mídias se misturam com todos os aspectos significativos do funcionamento social, instituindo relações que por natureza são complexas, e como lembra não causais e não pouco lineares 11 (Verón, op.cit 1998: 3). Esta referência à inserção das mídias nas dinâmicas e, principalmente, no funcionamento das instituições sociais, remete a um outro conceito, o de afetação, no sentido de que a midiatização por ser um fenômeno que transcende aos meios e as mediações, estaria no interior de processualidades, e cujas dinâmicas tecno-discursivas seriam desferidas a partir de suas próprias lógicas, operações saberes e estratégias na direção de outros campos sociais. Aqui, recupera-se uma parte da reflexão de Rodrigues, ampliando-se o trabalho da midiatização como algo que ultrapassa o campo das mídia, enquanto os instrumentos, e pensa a questão de uma perspectiva de uma lógica mais complexa. Desta perspectiva, e de estudos que pensam a forma dos discursos, enquanto dispositivos de construção desta nova rede e de suas teias, é que procuramos entender o conceito mesmo da midiatização e de suas afetações. Como vimos acima, se realizam e se estruturam em torno de dispositivos organizados nas duas cenas acima apontadas, social e discursiva. Porém, o que nos interessa como hipótese, é a instância das linguagens como formas pelas quais os processos de midiatização realizam, dentre tantas coisas, as operações de inteligibilidade das realidades, para não esquecer também a própria construção de realidades. Realizam assim operações de sentidos com vistas à produção de outras operações de sentido, cujos mecanismos e agentes de produção não se deteriam em suas fronteiras. Daí os efeitos de seu funcionamento discursivo. É nessa perspectiva que devem ser levadas em conta as linguagens, que dotadas de materialidade 10 SILVA, Armando. Polvos de ciudad. Bogotá: La Balsa:

11 específica, que é a forma da matéria significante, e subordinadas a processos de produção inerentes à própria economia discursiva da midiatização - põem a midiatização em processo, voltados para o seu funcionamento e operando aquele de outras práticas sociais. Para tanto, inserimos um diagrama, desenvolvido por Eliseo Verón que nos ajuda a entender a midiatização e suas processualidades. Nele vemos uma paisagem constituída por três campos - o das instituições, o das mídias e dos atores sociais. Da perspectiva deste trabalho, se tomarmos os meios, como um lugar central, observaremos que esses instituem relações e são influenciados por relações também instituídas, tanto, de um lado, pelas diferentes instituições, como, de outro lado, pelos atores sociais. Assim, se considerarmos o esquema nele vemos quatro zonas de afetações ou, de produção de processos de midiatização: a relação dos meios com as instituições (dupla flecha 1); a relação dos meios com os indivíduos (dupla flecha 2); a relação das instituições com os indivíduos (dupla flecha 3) e a maneira pela qual os meios afetam as relações entre as instituições e os indivíduos (dupla flecha 4). O que nos sugere este diagrama 12, é respondido por pesquisas que procuram chamar atenção para as seguintes questões, dentre outras: a) de maneira crescente, as operações de midiatização afetam largamente práticas institucionais que se valem de suas lógicas e de suas operações para produzir as possibilidades de suas novas formas de reconhecimento nos mercados discursivos. Exemplos, próximos a nós, nos mostram, como os campos sociais política, religião, educação, saúde, etc fazem de regras da midiatização insumos para construção de suas estratégias, seus 11 VERÓN, Eliseo. Semiosis de la mediatización. Seminário Internacional Median and Social Perceptions. Rio de Janeiro, Esquema publicado no artigo de Eliseo Verón, Esquema para el analisis de la mediatización. In: Revista Diálogos de la Comunicación. Lima: Felafacs,

12 produtos, para não dizer suas próprias identidades. Trata-se dentre outras coisas, de fazer atravessar formas de discursos inerentes aos campos sociais, àquelas por operações midiáticas, em que a comunicação - representação dá lugar a comunicação - presentação funcionando no interior de instituições não midiáticas, como é o caso da escola, dos partidos políticos, das práticas religiosas, etc 13. Vários registros empíricos estão muito próximos do nosso universo, sinalizando que não se trata apenas de uma tomada de empréstimo, mas de uma transformação de protocolos enunciativos inerentes aos campos sociais, naqueles outros pertencentes à esfera de discursividade dos mídias. As práticas comunicacionais das instituições também afetam as praticas dos próprios campos das mídias, quando as agendas informativas são caucionadas por lógicas de agendas de outros campos sociais 14. O que significa a emergência de novas operações de sentidos sobre os cenários da produção discursiva jornalística. Por exemplo, diz o ESP, em sua edição de 3/1/2006: Agora os entrevistados gravam entrevistas. Fontes insatisfeitas até republicam o conteúdo em sites. Ou seja, segundo o registro, estes procedimentos de intervenção da fonte sobre o processo de produção da notícia- e que é apontado como arma está ajudando a mudar a maneira como as notícias são apuradas e apresentadas. Isso traz implicações para o futuro do jornalismo. b) Também as agendas midiáticas afetam o mundo dos indivíduos, os quais muitas vezes estruturam seus esquemas identitários, tendo como referência laços identificatórios propostos pela midiatização. As práticas midiáticas reformulam, segundo contratos de leituras, o próprio conceito da audiência que deixa de ser visto como aglomerações à distância, tornando-se universo co-gestor das próprias cenas discursivas midiáticas. Mas, no esquema da dupla flecha, os usuários produzem também manifestações sobre o que recebem, e que podem se constituir em estratégias desviantes em relação aos produtos originais, ou, ainda, em pontos de fugas, não recuperados pelas lógicas da produção, talvez pela circulação. O que significa também um cenário pouco estudado pelas pesquisas. c) As relações entre instituições e usuários sociais passam a ser mediadas por protocolos que se apóiam nas lógicas da midiatização, como assessorias especiais, o que enseja a presença destes conhecimentos no coração mesmo do âmbito das organizações. Isso sugere também 13 Ver as pesquisas do autor: Ensinando à Televisão - estratégias de recepção da TV Escola. João Pessoa: Ed. Universitária, 2001; Lula Presidente - Televisão e política na campanha eleitoral de São Paulo/São Leopoldo: Hackers/Unisinos, 2002; A Igreja Doméstica. In: Cadernos IHU. São Leopoldo: Unisinos, Ano 2, N.7. 12

13 que esquemas de serviços de comunicação se estruturem da parte do mundo dos usuários, como possibilidade de se constituir uma comunicação alternativa ao protocolo comunicativo institucional. d) Como quarto aspecto, os modos como o campo dos mídia afeta as relações entre usuários e as instituições e vice-versa, circunstância em que opera como um regulador, ou ainda como um lugar de interação. Neste caso, destacam-se como experiência micro, no âmbito do campo dos mídia, o ombusdman, até aquelas circunstâncias em que os mídia operam como gestores de processos sociais. e) Finalmente, chamo atenção para fenômenos que têm transformado algumas manifestações de produção da midiatização. Vistas não mais como este lugar de transportador de significados, em que produziam referentes por sua ação sócio-discursiva, as mídias tratam de elaborar a transformação no seu status de operadores de produção de sentidos. Já não se trata de falar das realidades, construídas segundo suas estratégias de enunciação. Mas, no lugar desta, mudar o referente, para dar ênfase a sua auto-referencialidade, ou seja, falar das operações que apontam para a realidade da construção. Ou seja, os mídias abandonam a clássica posição mediadora, que repousava sobre uma noção de interação de complementaridade com a recepção, ofertando-lhes sentidos sobre um mundo externo, e passam a produzir referencias sobre si próprio. Isso se faz por processos, pelos quais a mídia se remete à mídia, em operações explícitas, mas também aquelas que se tornam difíceis de serem localizadas. 15 Sobre esta questão, Luhman destaca a capacidade dos meios em auto operar o processo de produção da realidade, comentando que a realidade dos mass medias, sua realidade real, consiste em sua própria operação: se imprime, se difunde, se lê, se captam emissões (Luhmann, 2002: 5 e ss) Ou seja, o que fazer dos meios já não será simplesmente como seqüência de operações, mas como seqüência de observações 16. Na sua compreensão a sociedade não estaria ausente de sua problemática sistêmicateórica, como querem alguns dos seus críticos. Nos insinua de forma perspicaz, como se dão os processos de afetação que a midiatização produz no tecido social: Os meios de massa, apesar de sua clausura de operações, não podem substrair-se da sociedade, ficando esta neles 14 CHARRON, Jean. Los meios y las fuentes in Comunicación y política. Barcelona: Gedisa, NÖTH, Winfried. La autoreferencia em los médios. In: Semiótica dos mass medias. (org) Vera Pablo Espinosa. México: Oceano, LUHMANN, Niklas. La realidad de los mass medias. Madri: Anthropos,

14 assegurada mediante o trabalho de operações com os temas. Os temas são o requisito inesquecível da comunicação: representam a heteroreferência da comunicação. Os temas organizam a memória da comunicação, agregam aportes em contextos complexos, de forma que na comunicação habitual se faz reconhecível se um tema deve permanecer, prosseguir ou mudar(...) (Luhmann 2002: 17) Segundo esta perspectiva, a midiatização funciona através de operações designadas por acoplamentos, mecanismos que trata de vincular os meios de massas com outros campos da sociedade. O êxito social dos temas para as massas consiste no fato de impor a aceitação dos temas (Luhman op.cit p. 19). O que importa não é mais um mundo externo a ser apontado, mas o próprio processo e as operações realizadas pela economia enunciativa midiática para gerar a realidade. Ou seja, a ênfase está na enunciação que assim se formula como foco para poder saber, mostrar e dizer. Ou seja, a realidade da construção. 17 São tais relações transversais e relacionais que tornam a midiatização, uma prática social - prática de sentido e que tem nas suas operações de algumas possibilidades de suas inteligibilidades. Neste sentido, recupera-se a noção de linguagem de uma perspectiva outra - entendida como operação - diferente de uma perspectiva representacional, ou formulada no âmbito de auxiliaridades. Privilegia-se a função generativa, na medida em que esta passa a ser 17 Como dissemos, este mecanismo de auto-referencialidade apresenta-se de várias formas: as mídias falando de si próprias, uma enviando-as as outras (O jornal nacional que você nunca viu. VEJA, ; Na Argentina destaque para edição de Noticias da semana, cuja capa reúne com matéria principal: Los periodistas mais creibles sin censura. Buenos Aires, ). Enunciam a defesa dos seus modelos de apuração dos acontecimentos, no lugar do que deve ser mostrado como acontecimento produzido (Jornalismo sem fronteiras, carta do leitor. Veja, ; Carta do Editor - Um Trabalho de fôlego. Época, ). As motivações de programas e emissões se fundam mais em lógicas para-jornalísticas, como estratégias comerciais; a credibilidade dos acontecimentos aparece associada à protagonização de suas personagens produtoras, e não aos valores-notícias, com o desdobramento de vidas privadas, e não a observância dos valores-notícias, espécie de racionalidade sobre a qual repousaria a produção da noticiabilidade. A vida privada se desdobra na esfera pública (William Bonner e Fátima Bernardes a mais bela história de amor. Caras, ) O ex-presidente Menen vira convidado especial do programa de sua mulher, na tevê chilena, emissão apresentada por sua própria mulher, gênero que é convertido num espaço privado, quando se tematiza a vida do casal, e fato que é registrado pela mídia noticiosa, com destaque. (Menen e Cecília Bolocco, em uma entrevista picante para TV chilena. El Clarin, ). Os jornalistas de operários da notícia, viram capa de revistas, convertidos em star de um mundo que promove seu próprio modo de ser realidade; as molduras gráficas (capas e revistas) são objetos do discurso acadêmico e de publicações científica. O candidato a mandato político abandona o contato, na própria territorialidade do eleitor, para, através de outro território o rádio transmutar-se num oficiante religioso e através desta conversão capturar o voto do fiel/eleitor... Publicações semanais informativas, têm suas capas, convertidas em objetos de reflexões e matérias de revistas especializadas e/ou de estudos acadêmicos. (Capa de revista transforma notícia em produto. Revista FAPESP, São Paulo, dez/2005). 14

15 uma problemática central para se compreender as operações pelas quais a midiatização é um lugar e também um dispositivo que liga o social e a significação. 18 Ou seja, a linguagem deixa de ser conhecida como uma necessidade ou uma função totalmente extrínseca, em que não caberia estudar a exigência sobre seus mecanismos, para ser reconhecida como parte de estruturação desta nova forma de vida 19. (Verón, 1971: 268) Esta noção caminhava de mãos dadas com noção de técnica. Outrora concebida com a linguagem enquanto instrumento a serviço da veiculação e da transparência. Mas a midiatização fundada na perspectiva, de uma nova dimensão tecnológica, faz pensar a questão de outras formas: se a revolução tecnológica deixou de ser uma questão de meios, para decididamente passar a ser uma questão de fins, é por que estamos ante a configuração de um ecossistema comunicativo conformado não só por novas máquinas ou meios, senão por novas linguagens, sensibilidades, saberes e escrituras, pela hegemonia da experiência audiovisual sobre a tipográfica, e pela reintegração da imagem ao campo da produção do conhecimento. O que estamos vivendo (...) é a reconfiguração das mediações que constituem seus modos de interpelação dos sujeitos e a representação dos vínculos que dão coesão à sociedade 20. (Barbero, 2004: 36) Voltando ao título, a midiatização enquanto prática social-prática do sentido, ultrapassa o território específico dos meios enquanto limites explicativos, mas retoma os meios no interior de uma nova complexidade, fenômeno engendrado pelo aparecimento de tecnologias subordinadas a lógicas de ofertas e a processos de apropriação social. Nessa perspectiva é que a midiatização articula essas duas dimensões-transversalidade e relacionalidade. Pois tanto técnica quanto linguagem são dispositivos mais complexos agindo e construindo a própria vida social, diferentemente da noção em que os meios são entendidos como instrumentos a serviço de uma causa. Já sabemos um pouco da midiatização diante dos seus modos de ser da produção e da recepção de mensagens. Resta-nos enfrentar as paisagens da circulação. 18 VERÓN, Eliseo. Psicologia Social e Ideologia. In: Psicologia, loucura e sociedade. Buenos Aires: Siglo XXI, VERÓN, Eliseo. Condiciones de produción, modelos generativos y manifestacion ideológica. In: El proceso ideológico (org) E. Veron. Buenos Aires Timempo Editorial, BARBERO, J. M. Razon técnica y razon politica espacios/tiempos no pensados. In: revista Alaic. N1. São Paulo,

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