Semiótica. Prof. Veríssimo Ferreira
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- Renata Campos de Caminha
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1 Semiótica Prof. Veríssimo Ferreira
2 Natureza e Cultura
3 Domínio da Natureza Universo das coisas naturais.
4 Domínio da Cultura Universo das práticas sociais humanas.
5 Cultura Fazer humano transmitido às gerações através da linguagem da comunicação.
6 Características da Cultura Pertence ao universo da cultura tudo o que o homem acrescentou à Natureza, através do seu trabalho transformador.
7 Características da Cultura Pertence ao universo da cultura tudo o que não é hereditário, mas é aprendido pelo homem.
8 Sistema de Signos As práticas sociais organizam-se para expressar a cultura das comunidades humanas assumindo a condição de sistemas de signos para sua transmissão.
9 Etimologia Semiótica ou Semiologia: da raiz grega sēmeîon (sinal, signo).
10 Ciências dos Signos O filósofo liberalista britânico John Locke( )foi o primeiro a chamar a semiótica de a ciência dos signos (1689).
11 Semiologia Para Saussure ( ), disciplina que é parte da Psicologia Social e, consequentemente, da Psicologia Geral.
12 Expressão e Conceito Saussure concebe o signo como a combinação de uma expressão (significante) e um conceito (significado), unidos por uma relação de arbitrariedade.
13 Expressão e Conceito
14 Semiótica Para Peirce ( ), disciplina que se confunde com a Lógica.
15 Componentes Sígnicos Peirce admite a presença de três componentes sígnicos o representante, o objeto denotado, o interpretante dados por uma relação de convencionalidade.
16 Componentes Sígnicos
17 Semiótica Peirceana Modo como os indivíduos reconhecem e interpretam o mundo a sua volta, a partir das inferências em sua mente.
18 Peirce e Saussure Ponto de Convergência Convicção de que o pensamento e a comunicação se fundamentam no emprego de signos.
19 Semiótica Ciência que estuda os sistemas de signos, quaisquer que eles sejam e quaisquer que sejam as suas esferas de utilização.
20 Semiótica É a Ciência Geral de todas as linguagens.
21 Semiótica Ciência dos signos e dos processos significativos na natureza e na cultura.
22 Semiótica Investiga todas as linguagens e processos comunicativos possíveis.
23 Semiótica A investigação semiótica abrange todas as áreas do conhecimento envolvidas com as linguagens ou sistemas de significação.
24 Objeto da Semiótica Estudar um conhecimento da realidade fenomênica, tal como ele se espelha nos diferentes sistemas linguísticos que re-criam essa realidade.
25 Fenomenologia A Quase-Ciência da essência do conhecimento.
26 Fenomenologia Investiga os modos como se aprende qualquer coisa que aparece à mente.
27 Fenomenologia Fornece as fundações para as três ciências normativas: Estética, Ética e Lógica.
28 Estética, Ética e Lógica A Estética guia os sentimentos, a Ética orienta a conduta e a Lógica estuda os ideais e normas que conduzem o pensamento.
29 Linguagens Todas as práticas sociais são linguagens no sentido mais vasto da palavra.
30 Expressividade das Linguagens As linguagens são capazes de expressar, sob diferentes modalidades de substâncias significantes, o mesmo significado básico.
31 Modelização do Mundo Todos os sistemas sígnicos exprimem aspectos de uma particular modelização do mundo, uma imago mundi intuída pela sociedade que os criou.
32 Ciência das Ideologias Na medida em que estuda tais sistemas sígnicos, a Semiótica constitui a ciência das ideologias, no seu plano de conteúdo, constituindo, ao mesmo tempo, a ciência das retóricas, no seu plano de expressão.
33 Mediatização Sígnica Assim como a relação entre o homem e o mundo vem mediatizada pelo pensamento, a relação entre um homem e outro homem dentro de uma sociedade, vem mediatizada pelos signos.
34 Sistemas Modelizantes A organização social dessas mediações atribui às linguagens a função de sistemas modelizantes.
35 Valores Sociais A língua natural carrega consigo os valores da sociedade de que o indivíduo é membro.
36 Assimilação da Ideologia Ao aprender a língua de seu grupo, cada indivíduo assimila também a sua ideologia (= sistema de valores grupalmente compartilhados).
37 Dupla Programação O comportamento dos indivíduos é duplamente programado por um código genético e um código linguístico-ideológico.
38 Controle Comportamental A língua equivale a um instrumento a serviço do controle comportamental que cada grupo exerce sobre a atuação de cada um de seus membros.
39 Interação de Fatores Os falantes não têm consciência da complexa interação de fatores psicossociais envolvidos no mais simples processo de comunicação.
40 Tarefa dos estudos semióticos Fazer-nos tomar consciência da condição mental (e cultural) da existência humana.
41 Linguística A Linguística, que faz parte da Semiótica, estuda a principal modalidade dos sistemas sígnicos, a das línguas naturais.
42 Descrição dos Sistemas Semióticos Peirce e Morris ( ) propõem a descrição dos sistemas sígnicos de acordo com três pontos de vista:
43 1. Relações Inter-sígnicas Estudo da função sintática.
44 2. Relações de um signo para com seu objeto Estudo da função semântica.
45 3. Relações do signo para com os seus usuários Estudo da função pragmática.
46 Sintaxe Em Linguística, é o ramo que estuda os processos generativos ou combinatórios das frases das línguas naturais, tendo em vista especificar a sua estrutura interna e funcionamento.
47 Semântica Disciplina que se ocupa do significado das expressões linguísticas, as relações de significado entre as palavras do vocabulário de uma língua e as que se estabelecem entre os signos e o mundo.
48 Pragmática ou Praxiologia Ramo da Linguística que estuda a linguagem no contexto de seu uso na comunicação.
49 Uso Concreto da Língua A Pragmática estuda o uso concreto da linguagem, enquanto a Semântica e a Sintaxe constituem a construção teórica.
50 Hierarquização dos Níveis O nível semântico engloba o nível sintático que é, por sua vez, englobado pelo nível pragmático.
51 À Pragmática concernem os aspectos funcionais de todos os processos de informação possíveis. Por isso ela é o estrato mais complexo e abrangedor da Semiótica: a Sintaxe e a Semântica podem englobar-se nele. (Nauta)
52 Níveis da Semiose Essa tripartição de um sistema semiótico em Sintaxe, Semântica e Pragmática corresponde a três níveis da semiose.
53 Semiose Termo introduzido na Semiótica por Peirce.
54 Semiose Processo de significação e produção de significados, ou seja, maneira como os indivíduos usam um signo, seu objeto (ou conteúdo) e sua interpretação.
55 Transcodificação Os sistemas semióticos são transcodificáveis: deixam-se traduzir, com maior ou menor grau de adequação, uns em outros.
56 Língua-objeto e Metalíngua O sistema linguístico traduzido chama-se língua-objeto; a língua tradutora de uma língua-objeto chama-se metalíngua.
57 Semiose ilimitada (U. Eco) Uma propriedade essencial do signo é a de poder comportar-se tanto como signo-objeto como meta-signo.
58 Modelizantes e Modelizáveis Além de modelizantes, porque imprimem nos indivíduos de um mesmo grupo social o mesmo modelo do mundo, uma mesma visão ideológica, os sistemas semióticos são também modelizáveis.
59 Simulação de Funções e Propriedades Os sistemas semióticos simulam as funções e propriedades do sistema modelizante primário.
60 Tradução Recíproca Os sistemas semióticos podem traduzir-se reciprocamente porque o significado que eles exprimem recobre a área da mesma cultura e é expresso, antes, em última instância, pela língua natural que os modelizou.
61 Posição das Línguas Naturais As línguas naturais ocupam a posição hierárquica predominante entre todos os sistemas semióticos. Delas derivam todos os demais sistemas.
62 Único Código As línguas naturais constituem o único código capaz de traduzir com a máxima eficiência e adequação qualquer outro sistema semiótico.
63 Metalinguagem Universal As línguas naturais são também uma espécie de metalinguagem universal, capaz de traduzir todos os códigos que elas mesmas modelaram.
64 Microcosmo Cada língua natural é um microcosmo do macrocosmo que é o total da cultura dessa sociedade.
65 Recorte Particular da Realidade Cada língua recorta a realidade de um modo particular.
66 Delimitação dos Aspectos Experienciais As línguas naturais não são um decalque nem uma rotulação da realidade; elas delimitam aspectos de experiências vividas pelos povos e essas experiências, como as línguas, não coincidem, necessariamente, de uma região para outra.
67 Sons Típicos Do mesmo modo que as línguas diferem na análise da realidade, elas diferem também entre si por possuírem sons típicos (= fonemas).
68 Fonemas Semelhantes Os fonemas de que se valem os falantes de diferentes idiomas para expressar-se, são semelhantes, mas não são, absolutamente, iguais.
69 Expressão da Própria Cultura Nenhuma língua pode expressar, com inteira justeza, senão a própria cultura.
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