ARMSTRONG EDUARDO DE LIRA HOMICÍDIO NO TRÂNSITO: DOLO EVENTUAL OU CULPA CONSCIENTE?

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "ARMSTRONG EDUARDO DE LIRA HOMICÍDIO NO TRÂNSITO: DOLO EVENTUAL OU CULPA CONSCIENTE?"

Transcrição

1 ARMSTRONG EDUARDO DE LIRA HOMICÍDIO NO TRÂNSITO: DOLO EVENTUAL OU CULPA CONSCIENTE? Monografia apresentada ao curso de Direito da Universidade Católica de Brasília, como requisito parcial para a obtenção do Título de Bacharel em Direito. Orientador: Professor Hailton da Silva Cunha. Brasília 2010

2 Dedico este trabalho à Regina, minha querida esposa.

3 AGRADECIMENTO Agradeço ao criador pelo bem maior e dádiva da vida, que não merecemos, mas que como presente inestimável devemos ser imensamente gratos e saber usufruí-la do melhor modo possível e também de um modo que agrada ao originador da vida. Agradeço ao professor Hailton da Silva Cunha por aceitar prontamente orientar essa pesquisa e pelo esforço de sempre estar disposto a ceder um pouco do seu tempo já escasso por suas atividades de docente e delegado. Agradeço à professora Simone Pires Ferreira, coordenadora de monografia, por se colocar bondosamente a disposição de resolver qualquer problema relacionado à monografia, além de que, com o seu senso de humor e seu sorriso tornam esse processo tão burocrático, em mais humano e mais agradável.

4 RESUMO LIRA, Armstrong Eduardo de. Homicídio no Trânsito: Dolo Eventual ou Culpa Consciente? fl. Monografia de Direito. Universidade Católica de Brasília, Brasília, O objetivo deste trabalho monográfico é diferenciar o dolo eventual da culpa consciente no que tange aos acidentes de trânsito, tanto na teoria como diante do caso concreto. Isto porque, a diferença básica que distingue os dois institutos é uma linha muito tênue e está no elemento volitivo, pois no primeiro o agente aceita, consente na produção do resultado e no segundo não. Saliente-se que nos dois casos o agente prevê que o resultado poderá ocorrer. Daí a importância prática da distinção, posto que a pena aplicada aos crimes dolosos é muito mais gravosa ao indivíduo. O problema de pesquisa investigado é: Qual a diferença entre culpa consciente e dolo eventual nos acidentes de trânsito que resultam morte? A utilização, na maioria dos casos em que há lesões corporais ou morte, do dolo eventual é uma forma de utilização correta do Direito Penal ou se está ultrapassando os limites do exercício do jus puniendi? Em vista da impossibilidade de saber o que se passa na mente do autor, no momento da realização da ação que originou o evento danoso, como determinar se o sujeito agiu ou não com dolo eventual? A hipótese básica desta pesquisa é que existe a possibilidade de existência do dolo eventual nos acidentes de trânsito, contudo têm-se feito uma utilização banal deste instituto nos Tribunais brasileiros, assim acreditamos que se deva realizar uma análise de cada caso, buscando nas circunstâncias do caso concreto e nas características do agente se o mesmo consentiu no resultado, antes de elastecer a definição constante do artigo 18, inciso I, do Código Penal. A metodologia está centrada na pesquisa e coleta de informações de ordem teórica viabilizada, portanto, através de levantamento bibliográfico. Palavras-chave: dolo eventual. culpa consciente. acidente de trânsito. embriaguez.

5 ABSTRACT LIRA, Armstrong Eduardo de. Murder in Transit: Dolo Eventual Guilt or Conscious? page. Monograph of law. Catholic University of Brasília, Brasília, The objective of this monograph is to differentiate the eventual intention of conscious guilt in regard to traffic accidents, both in theory and in front of the case. This is because the basic difference that distinguishes the two institutions is a very fine line and is the element of volition, as the agent accepts the first, allows the production of the result and not the second. It should be noted that in both cases the agent states that the result may occur. Hence the practical importance of the distinction, since the penalty for capital crimes is much more damaging to the individual. The research problem investigated is: What is the difference between guilt and conscious intent in any traffic accidents that result from death? The use, in most cases where there is injury or death, the eventual intention is a way to correct use of criminal law or is exceeding the limits of the exercise of jus puniendi? Given the impossibility of knowing what goes on in the mind of the author, upon realization of the action that originated the event took place, how to determine whether he acted with intent or not possible? The basic hypothesis of this research is that there is a possibility of existence of any fraud in traffic accidents, yet has done a trivial use of this institute in the Brazilian courts, we believe that we should undertake an analysis of each case, looking at the circumstances of case and the characteristics of the agent if it consented to the result, before enlarging the definition in Article 18, paragraph I of the Criminal Code. The methodology is focused on research and collecting information of a viable theory, then, through a literature review. Keywords: eventual intention. conscious guilt. traffic accident. drunkenness.

6 SUMÁRIO INTRODUÇÃO O CRIME CULPOSO ELEMENTOS FORMADORES DO TIPO CULPOSO Conduta voluntária Inobservância do cuidado objetivo Resultado involuntário Previsibilidade objetiva do resultado Previsibilidade subjetiva do resultado Tipicidade MODALIDADES DO TIPO CULPOSO Imprudência Negligência Imperícia O CRIME DOLOSO ELEMENTOS DO TIPO DOLOSO TEORIAS ADOTADAS PELO LEGISLADOR BRASILEIRO A teoria da vontade A teoria do consentimento MODALIDADES DE DOLO O dolo direto O dolo indireto O dolo eventual O dolo alternativo...35

7 3 - A EMBRIAGUEZ ESPÉCIES E GRAU DE EMBRIAGUEZ Primeira fase: Excitação Segunda fase : Fase agressiva ou depressão Terceira fase: de prostração ou letárgica A EMBRIAGUEZ NO CÓDIGO PENAL Da embriaguez preordenada Da embriaguez voluntária e da embriaguez culposa A EMBRIAGUEZ NO CTB Condicionantes do crime Sujeitos na embriaguez Provas da embriaguez ao volante Exames de álcoolemia e teste do bafômetro A embriaguez e a dicotomia dolo eventual e culpa consciente A DISTINÇÃO ENTRE DOLO EVENTUAL E CULPA CONSCIENTE A DISTINÇÃO ENTRE DOLO EVENTUAL E CULPA CONSCIENTE NA PRÁTICA JURISPRUDÊNCIA...57 CONCLUSÃO...61 REFERÊNCIAS...65

8 9 INTRODUÇÃO O objetivo geral deste trabalho é realizar um estudo sobre a diferença entre culpa consciente e dolo eventual nos acidentes de trânsito que resultam em morte, apontando os elementos que distinguem estes dois institutos. O problema de pesquisa a ser investigado é: Qual a diferença entre culpa consciente e dolo eventual nos acidentes de trânsito? Qual o elemento comum entre o dolo eventual e a culpa consciente? Diante do caso concreto como deve o julgador distinguir entre dolo eventual e culpa consciente? A utilização, na maioria dos casos em que há lesões corporais ou morte, do dolo eventual é uma forma de utilização correta do Direito Penal ou se está ultrapassando os limites do exercício do jus puniendi? A problemática do tema objeto de estudo está inserida na dificuldade jurisprudencial de encontrar um ponto de coerência quanto à definição precisa de dolo eventual e de culpa consciente de modo a torná-la aplicável ao caso concreto. A diversidade de entendimentos jurisprudências, tanto no aspecto de definição teórica quanto na aplicação da teoria ao caso concreto do crime de homicídio em acidentes de transito, tem gerado insegurança jurídica e muitas decisões injustas, visto que a diferença no quantum da pena no caso da aplicação do dolo eventual ou culpa consciente ser significativa, pelo que é imperioso encontrar respostas precisas para essa questão, de forma a direcioná-la no sentido da pacificação e, com isso, possibilitar uma melhor resposta aos anseios sociais. Desse modo, há que se questionar qual a definição de crime doloso e crime culposo, qual a distinção de dolo eventual e de culpa consciente, quais elementos teóricos decorrentes se aplicam aos crimes de trânsito especificamente ao crime de homicídio culposo e se coadunam com a Lei 9.503/97? Ainda, questiona-se o que melhor atende à persecução da justiça e como devem ser aplicadas frente ao caso concreto as teorias do dolo eventual e da culpa consciente, quais elementos objetivos e subjetivos devem ser considerados pelo julgador e em que medida? Portanto, a problemática do tema permeia inúmeras lacunas doutrinárias e

9 10 jurisprudências que necessitam de esclarecimento claro e objetivo. A hipótese básica desta pesquisa é que existe a possibilidade de existência do dolo eventual nos acidentes de trânsito, contudo tem-se feito uma utilização banal deste instituto nos Tribunais brasileiros, assim acreditamos que se deva realizar uma análise subjetiva de cada caso, respeitando a dogmática pena, antes de elastecer a definição constante do artigo 18, inciso I, do Código Penal. Quanto a distinção de dolo eventual e culpa consciente observamos que é uma linha demarcatória muito tênue que distingue o dolo eventual da culpa consciente esta mínima diferença entre dolo eventual e culpa consciente é a anuência na produção do resultado imaginado que existe no dolo eventual e é repudiado na culpa consciente. E exatamente por este motivo entendemos ser difícil a análise do julgador, o qual deverá ater-se aos fatos concretos. O dolo eventual se caracteriza pelo assentimento da possível ocorrência do evento danoso, ou seja, o agente não quer o dano, mas assume o risco de produzilo sem que este risco implique na desistência da conduta. A seu turno, a culpa consciente o agente acredita absolutamente que sua conduta não ocasionará dano ao bem jurídico protegido. A importância do estudo do tema encontra-se no fato de que há na doutrina e na jurisprudência brasileira muita complexidade e controvérsia no que diz respeito à questão da existência do dolo eventual ou da culpa consciente em acidentes de trânsito isto porque a diferença entre os dois institutos, especialmente em questão acidentária é extremamente tênue. O tema é de grande interesse, tanto para a sociedade em geral como para os operadores do Direito, na medida em que a falta de apreço teórico das sentenças quanto à distinção do dolo eventual e a culpa consciente ante o caso concreto de crimes de trânsito acarreta em decisões diversificadas e sem a motivação necessária sobre os elementos subjetivos do agente, conforme indicam as teorias jurídicas penalistas. Ademais, a citada variedade de jurisprudências produzidas em nossos Tribunais para um mesmo caso gera insegurança jurídica e, muitas vezes, decisões injustas, haja vista que somente consideram os elementos objetivos do crime e visam oferecer uma resposta à sociedade e à mídia sem analisar os aspectos

10 11 subjetivos incidentes. Desse modo, a justificativa se encontra na perspectiva de se obter uma definição clara e objetiva, com respaldo na melhor doutrina, sobre a diferença entre dolo eventual e culpa consciente, com sua conseqüente adequação aos crimes de trânsitos, principalmente nos que resultam em morte, de modo exemplificado para, assim, encontrar o ponto de equilíbrio entre as definições doutrinárias e jurisprudências. Daí a importância prática da distinção, posto que a pena aplicada aos crimes dolosos é muito mais gravosa ao indivíduo. No que se refere aos acidentes de trânsito esta questão possui maior relevância, pois a recente orientação jurisprudencial tem compreendido que o condutor que reunir as circunstâncias de excesso de velocidade com desrespeito a normas básicas de trânsito, mais quantidade de álcool superior a seis decigramas por litro de sangue, estaria caracterizando o dolo eventual por estar o agente assumindo o risco de produzir os resultados que porventura ocorressem, entende essa corrente da jurisprudência, que desse modo o agente deve ser julgado pelo Tribunal do Júri, a título de dolo eventual. Exatamente por este motivo de que a circunstância de estar o condutor embriagado justificaria uma condenação a título de dolo eventual, abordaremos nesse trabalho a questão da embriaguez, incluindo a embriaguez no código penal e a embriaguez no Código de Trânsito Brasileiro. Nestes casos há que se analisar quanto à esta diferenciação é se o Direito Penal não está sendo utilizado como o "remédio para todos os males, ou se na realidade os julgadores não estão aplicando uma norma preexistente adequada à realidade do país, através do exercício do jus puniendi da transgressão do agente infrator às normas vigentes. Neste caso paira a dúvida a ser suscitada neste trabalho. Inicialmente se fará um estudo do crime culposo e do crime doloso. Também em vista de que na maioria dos homicídios no trânsito o agente condutor se encontrava embriagado é pertinente considerar no presente trabalho a questão da embriaguez e como ela é abordada no Código Penal e no Código de Trânsito, além das modificações trazidas pela lei /2008. E finalmente se abordará a árdua questão da distinção entre culpa consciente na doutrina e também a distinção na

11 12 prática diante do caso concreto, além de considerarmos o pensamento dos principais tribunais brasileiros. A metodologia está centrada na pesquisa e coleta de informações de ordem teórica viabilizada, portanto, através de levantamento bibliográfico. 1 Como método de abordagem, usaremos na pesquisa inicialmente o método dedutivo, para isso organizou-se a pesquisa partindo do geral para o particular, abordando inicialmente conceitos e modalidades do Dolo e da Culpa, para a partir daí considerar especificamente a diferença entre dolo eventual e culpa consciente tanto na doutrina como também na prática diante do caso concreto. A pesquisa bibliográfica foi elaborada através da consulta a vários títulos de variados autores, além de artigos na internet e também jurisprudência, buscando assim bom embasamento teórico para a pesquisa. 1 APARECIDA, Marli da Silva Siqueira, Monografias e Teses, das Norma Técnicas ao Projeto de Pesquisa. p.62.

12 13 1 O CRIME CULPOSO Na sociedade atual a tecnologia cada vez mais torna-se parte da vida das pessoas, seja nos meios de transporte como os automóveis ou na medicina com os mais modernos tratamentos e medicamentos, ao quais hoje não estão restritos apenas ao tratamento das doenças, mas incluem também a estética. Certamente são notáveis os benefícios da tecnologia na vida das pessoas, porém temos também os efeitos colaterais, que são os acidentes e outros acontecimentos aos quais trazem resultados danosos a bem jurídicos importantes, como a saúde, a vida e o meio ambiente saudável. Visando evitar a incidência de acidentes ou atos danosos a bem jurídicos importantes o direito penal é chamado a punir as diversas condutas que embora não sendo condutas dolosas trazem prejuízo a bens jurídicos tutelados pelo direito penal. Daí a importância na nossa sociedade do estudo aprofundado dos tipos culposos. José Henrique Pierangeli ao falar do crime culposo na dogmática atual, descreve a dificuldade que há na dogmática de definir o crime culposo: O crime culposo continua a ser um dos temas mais enojosos do Direito penal 2 Embora seja um tema enojoso, como afirma Pierangeli é realmente necessário diante da realidade existente, aprofundar o estudo dos tipos culposos, conforme afirma Cirino dos Santos: A tecnologia moderna, especialmente na área do capital produtivo, em relação com os acidentes de trabalho, e a circulação de veículos automotores nas áreas urbanas e rurais, em relação com os acidentes de trânsito, são claros indicadores da extensão da violência imprudente que permeia as relações sociais. Por essa razão, a teoria dos crimes de imprudência se transformou, na bela comparação de SCHUNEMANN, de enteada em filha predileta do trabalho científico no Direito. 3 O modelo culposo é encontrado no inciso I do artigo 18 do CP, in verbis quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia. 2 PIERANGELI, José Henrique. Escritos Jurídicos Penais. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2006, p SANTOS, Juarez Cirino dos. A Moderna Teoria do Fato Punível. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, p. 98

13 14 Para Bitencourt culpa é a inobservância do dever objetivo de cuidado manifestado numa conduta produtora de um resultado não querido, objetivamente previsível. 4 Notamos na definição de Bitencourt a presença do elemento mais importante para a configuração da culpa que é exatamente a inobservância do dever objetivo de cuidado; porém no crime culposo o tipo não traz qual é o dever de cuidado que deveria ser observado pelo agente, por isso é chamado de tipo aberto, conforme explicitado por Fernando Capez: É o elemento normativo da conduta. A culpa é assim chamada porque sua verificação necessita de um prévio juízo de valor, sem o qual não se sabe se ela está ou não presente. Com efeito, os tipos que definem os crimes culposos são em geral abertos, neles não se descreve, em que consiste o comportamento culposo. O tipo limita-se a dizer : se o crime é culposo, a pena será de..., não se descrevendo como seria conduta culposa 5. Podemos extrair do conceito de culpa informado por Guilherme de Souza Nucci outros elementos importantes para a configuração do tipo culposo além da violação do dever objetivo de cuidado: É o comportamento voluntário desatencioso, voltado a um determinado objetivo lícito,embora produza resultado ilícito, não desejado, mas previsível, que poderia ter sido evitado. Trata-se de um dos elementos subjetivos do crime, embora se possa definir a natureza jurídica da culpa como sendo um elemento psicológico-normativo 6. Guilherme de Souza Nucci explica ainda que a culpa apresenta natureza jurídica composta por elemento psicológico-normativo e assim, ele transcreve sua mensagem: Psicológico, porque o elemento subjetivo do delito, implicando na ligação do resultado lesivo ao querer interno do agente através da previsibilidade. normativo, porque é formulado um juízo de valor acerca da relação estabelecida entre o querer do agente e o resultado produzido, verificando o magistrado se houve uma norma a cumprir, que deixou de ser seguida 7. Culpa, dentro do conceito analítico do crime, defendido por doutrinadores como Rogério Greco, Luiz Régis Pardo e ainda Francisco de Assis Toledo, faz parte do fato típico precisamente dentro da conduta do agente. Dessa forma, o legislador atribuiu a certos crimes a conduta culposa por crer que os comportamentos 4 BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de direito Penal, Parte Geral, vol. 1, 13ª Ed. São Paulo: Saraiva, 2008, p CAPEZ, Fernando. Curso de Direito penal: parte geral. 10 ed. ver e atual. São Paulo:Saraiva, 2006, p NUCCI, Guilherme de Souza, Manual de Direito Penal, parte geral e especial, 3.ª Ed. Re. Atual e ampl. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2007, p Ibidem, p.225.

14 15 humanos não são todos de cunho dolosos, onde tal classificação faz necessária a presença de certos elementos. 1.1 ELEMENTOS FORMADORES DO TIPO CULPOSO O presente item tem por finalidade demonstrar quais são os pilares de sustentação do tipo culposo. Assim, será demonstrada a visão doutrinária sobre a conduta voluntária, inobservância do cuidado objetivo, resultado involuntário, previsibilidade objetiva e previsibilidade subjetiva Conduta voluntária A conduta voluntária relaciona a sua ação física podendo ser comissiva ou omissiva. Rogério Greco considera a conduta sinônimo de ação e de comportamento 8. É omissiva quando deixa de fazer algo que era obrigado, pelas circunstâncias e relação com o fato, enquanto comissiva é a ação positiva. No seu turno, Fernando Capez, assente que: É ação ou omissão humana consciente e voluntária, dirigida a uma finalidade. Somente quando a vontade se liberta do claustro psíquico que aprisiona é que a conduta se exterioriza no mundo concreto e perceptível, por meio de um comportamento positivo, a ação (um fazer) ou de uma inatividade indevida, a omissão (um não fazer o que era preciso) 9 Observa-se o exemplo dado por Rogério Greco: Alguém querendo chegar mais cedo em sua residência para assistir a uma partida de futebol, imprime velocidade excessiva em seu veículo e, em virtude disto atropela e causa a morte de uma criança que tentava efetuar a travessia da avenida pala qual o automóvel do agente transitava em alta velocidade. A finalidade do agente era lícita, ou seja, ele não queria cometer a infração penal, mas sim chegar com maior brevidade possessível À sua casa para que não perdesse a partida de futebol. Contudo, embora lícita a finalidade do agente, a utilização dos meios para alcançá-la é que foi inadequada, portanto não observou o dever de cuidado,agindo de forma 8 GRECO, Rogério, Curso de Direito Penal, 4ª Ed, Rio de Janeiro: Impetus, 2004, p CAPEZ, Fernando, Curso de Direito Penal. Parte Geral. 10 ed. São Paulo: Saraiva, p.114.

15 16 imprudente ao imprimir em seu veículo velocidade não compatível com o local. 10 Em suma, a conduta voluntária apresenta-se como a ação humana dirigida a um propósito, advertindo que sempre a finalidade será lícita, ao contrário é dita como dolosa. Tratar-se-á, agora, do segundo elemento do crime culposo Inobservância do cuidado objetivo O convívio social é formado de relações obrigacionais recíprocas entre seus integrantes, e estas relações obrigacionais impõe aos integrantes da sociedade certos comportamentos positivos e negativos que devem ser observados. Rogério Greco ensina que a vida em sociedade impõe-nos determinadas regras de conduta que devem ser obedecidas por todos, sob pena de gerar o caos social 11. Damásio Evangelista de Jesus descreve muito bem a necessidade de se observar determinadas regras, exemplificando com a direção de um automóvel a necessidade de obedecer às normas legais para segurança no trânsito, no exemplo citado ele mostra que a violação do dever de cuidado resultará na tipicidade do crime culposo ou até mesmo doloso, se for caracterizado o dolo eventual: Quem dirige um automóvel de acordo com as normas legais oferece a si próprio e a terceiros um risco tolerado, permitido. Se, contudo, desobedecendo às regras, faz manobra irregular, realizando o que a doutrina denomina de infração de dever objetivo de cuidado, como uma ultrapassagem perigosa, emprego de velocidade incompatível nas proximidades de escola, desrespeito ao sinal vermelho de cruzamento, racha, direção em estado de embriaguez etc.., produz um risco proibido ( desvalor da ação)este perigo desaprovado conduz, em linha de princípio à tipicidade da conduta, seja a hipótese, em tese, de crime doloso ou culposo 12. Ainda Fernando Capez leciona: Inobservância do dever objetivo de cuidado é a quebra do dever de cuidado imposto a todos e manifestada pro meio de três modalidades de culpa, todas previstas no artigo 18 do CP a)imprudência :é a culpa de quem age, ou seja, aquele que surge durante a realização de um fato sem cuidado necessário b) negligência:é a culpa da foram omissiva; c) imperícia é a demonstração de inaptidão em profissão ou atividade GRECO, Rogério, op cit, p GRECO, Rogério, op cit, p JESUS, Damásio Evangelista de, Direito Penal, Parte Geral, v.1, 28 ed. rev, São Paulo: Saraiva, 2005, p CAPEZ, Fernando, op cit, p. 208.

16 17 Segundo Cezar Roberto Bitencourt Culpa á a inobservância do dever objetivo de cuidado manifestada numa conduta produtora de resultado não querido, objetivamente previsível. 14 Desta forma a violação do dever de cuidado objetivo é o elemento mais importante para a configuração da culpa. O tipo culposo difere do tipo doloso, pois no tipo culposo não temos o chamado tipo subjetivo, em razão da natureza normativa da culpa. Assim o crime culposo contém em lugar do tipo subjetivo uma característica normativa aberta, que é a violação do dever objetivo de cuidado. Este é o principal elemento a ser analisado para a configuração do crime culposo. Assim para a configuração do tipo culposo não basta apenas o resultado, mas há de se perseguir a conduta, para averiguar em que consistiu a conduta que causou o resultado danoso. Se esta conduta que não tem em sí uma finalidade típica (o agente não visa a um fim proibido pela lei, pois a finalidade da conduta no crime culposo é dirigida a um fim lícito). Se a finalidade no tipo culposo é atípica, significa isso que ela é irrelevante para o Direito Penal? A finalidade no tipo culposo não é irrelevante para o Direito Penal, visto que ela é útil para se estabelecer a relevância da conduta, vai formar a relevância penal da conduta e é através dela, dessa relevância que irá se determinar a existência ou não da culpa e, ainda até mesmo determinar o grau dessa culpa. 15 Concluímos que a finalidade no tipo culposo não é totalmente indiferente para a análise da configuração do crime culposo; na realidade a finalidade da conduta do agente no crime culposo é importante justamente para se determinar qual seria o dever de cuidado objetivo no caso concreto. Conforma a lição de Cezar Roberto Bitencourt: A inobservância do cuidado objetivamente devido resulta da comparação da direção finalista real com a direção finalista exigida para evitar as lesões dos bens jurídicos. A infração desse dever de cuidado representa o injusto típico dos crimes culposos. No entanto, é indispensável investigar o que teria sido, in concreto, para o agente, o dever de cuidado. E, como segunda indagação, deve-se questionar se a ação do agente correspondeu a esse 14 BITENCOURT, Cézar Roberto. Tratado de Direito Penal. V. 1. São Paulo: Saraiva, p PIERANGELI, José Henrique. Escritos Jurídicos Penais. São Paulo: Revista dos Tribunais, p.318

17 18 comportamento adequado. Somente nesta segunda hipótese, quando negativa, surge a reprovabilidade da conduta. Na vida em sociedade, é natural que cada indivíduo se comporte como se os demais também se comportassem corretamente. Para a avaliação, in concreto, da conduta correta de alguém, não se pode, de forma alguma, deixar de considerar aquilo que, nas mesmas circunstâncias, seria lícito esperar de outrem. Esse critério regulador da conduta humana recebe a denominação de princípio da confiança (Vertrauensgrundsatz). 16 Em razão do tipo culposo ser um tipo aberto, ou seja, um tipo que deve ser completado ou fechado pelo juiz. O problema na questão do dever de cuidado objetivo é determinar qual o dever de cuidado no caso concreto, ou seja, qual é o comportamento que se esperaria do agente naquelas circunstâncias. No tipo aberto não há a descrição da conduta proibida ou do dever de cuidado objetivo, requer este tipo uma análise posterior por parte do juiz, que deverá recorrer a outra norma para descobrir qual seria o dever de cuidado objetivo que deveria ter o agente, para determinar se agiu com culpa, ou se a conduta não é punida nem mesmo a título de culpa(conduta atípica). Deste modo a finalidade da conduta no tipo culposo é importante para se determinar o dever de cuidado objetivo. Conforme a lição de Zaffaroni e Pierangeli: Para a determinação do elemento mais importante do aspecto objetivo do tipo culposo, é necessário um dado prévio que vem ofertado por um momento subjetivo: O fim da conduta. Se não dispomos do dado que nos informa qual era a finalidade que perseguia a conduta, não saberemos de que conduta se trata e, portanto, não poderemos averiguar qual era o dever de cuidado que incumbia ao agente, o que nos impedirá de saber se o havia violado e, conseqüentemente, não poderemos averiguar se a conduta era ou não típica. 17 Podemos concluir das palavras de Zaffaroni e Pierangeli que a finalidade da conduta no tipo culposo não é um dado inútil como afirmam alguns autores, mas essencial para se determinar qual é o dever de cuidado objetivo no caso concreto. Mas porque temos que recorrer à finalidade da conduta para se determinar qual o dever de cuidado objetivo o qual o agente violou ao cometer o crime culposo? Isto se dá porque não há um dever de cuidado geral, mas cada circunstância, cada atividade requer um dever de cuidado específico que não é determinado no tipo culposo conforme bem expressa Zaffarini e Pierangeli: 16 BITENCOURT, op. Cit,. p ZAFFARONI, PIERANGELI. Manual de Direito Penal Brasileiro, v.1, parte geral, 7.ed.rev e atual. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2007,p. 439.

18 19 Não há um dever de cuidado geral, mas a cada conduta corresponde um dever de cuidado. Um é o dever de cuidado ao conduzir um veículo, outro ao demolir um edifício, outro ao acender um fogão, outro ao derrubar uma árvore. Daí que seja inevitável que os tipos culposos sejam abertos e a única maneira de fechá-los é sabendo de que a conduta se trata: dirigir, demolir, acender ou serrar. Para saber que uma conduta é de dirigir, demolir, acender ou serrar, devemos saber sua finalidade, porque há condutas que são exteriormente idênticas, que podem causar os mesmos resultados, mas cuja diferença emerge apenas da finalidade, o que as torna condutas diferentes, às que correspondem deveres de cuidado diferentes. 18 Mesmo para condutas idênticas, poderá se exigir deveres de cuidado diversos, por exemplo, ao dirigir um veículo, podemos ter um dever de cuidado em uma certa localidade, ao dirigir próximo a uma escola o dever de cuidado é relacionado a uma velocidade menor porque há crianças próximas às vias, porém o dever de cuidado será outro ao dirigir numa via de trânsito rápido. Por isso essencial se torna na análise da conduta buscar a finalidade desta, para se determinar o dever de cuidado. Exemplos citados por Zaffaroni e Pierangeli descrevem muito bem a necessidade de considerar a finalidade na conduta nos crimes culposos para determinar qual seria o dever de cuidado: Uma pessoa, ao sair de uma garagem, dirigindo um veículo, lesiona um transeunte que circula por aquela calçada. Em um caso é um sujeito que realiza a conduta de dirigir um veículo. Em outro é um lavador de carros que, limpando o painel, acionou o arranque, cujo mecanismo desconhecia. No primeiro caso o dever de cuidado é o do condutor que, ao sair de uma garagem, deve certificar-se de que não há pedestres na calçada que atravessa. No segundo caso, o dever de cuidado violado é o de qualquer pessoa que se encontrando diante de um mecanismo perigoso, do qual ignora o funcionamento, deve evitar acioná-lo. B) Um indivíduo perfura um cano de gás, provocando um escapamento e uma explosão que lesiona várias pessoas. Em um caso é um técnico habilitado para reparar instalações, a quem incumbe o dever de cuidado consistente em observar as regras de seu ofício; em outro caso, é um morador da casa que quer dependurar uma floreira num cano, a quem incumbe o dever de cuidado de abster-se de danificar o encanamento, pelo qual não sabe se circula gás, água ou eletricidade, ou mesmo se está em desuso. Nestas hipóteses, vêse claramente que unicamente o fim da conduta, é que nos permitiu averiguar qual era o dever de cuidado que tinha a seu cargo o motorista, o lavador de carros, o empregado da companhia de gás e o morador. 19 Os exemplos citados tornam clara a importância da finalidade da conduta nos tipos culposos; notamos que para uma mesma conduta o dever de cuidado será diverso dependendo da finalidade, no exemplo citado tanto o lavador de carros quanto o motorista realizam a conduta de dirigir o veículo, porém com finalidades totalmente diversas, que irão determinar qual era o dever de cuidado em cada caso. 18 Ibidem, p.439. grifo do autor. 19 Ibidem, p.439.

19 Resultado involuntário Para a configuração do crime culposo é necessário que exista um resultado, ou seja, que haja um dano a um bem jurídico tutelado. Porque se o agente empreender uma conduta que viole o dever de cuidado objetivo, mas não ocorrer o resultado, não há conduta típica. Tal conduta é indiferente para o direito penal, visto que o direito penal tutela os bens jurídicos, e no caso não ocorreu qualquer dano a qualquer bem jurídico, visto que não ocorreu um resultado. É importante salientar que para a configuração do crime culposo quando da ocorrência do resultado é necessário que o agente não queira o resultado danoso, pois do contrário se o agente deseja o resultado o crime será doloso e não culposo. Deste modo podemos concluir que para a configuração do crime culposo é necessário um resultado não querido, não desejado pelo autor, ou seja, um resultado involuntário. Podemos então concluir que o tipo culposo exige um resultado involuntário. Embora em alguns tipos dolosos o resultado não seja querido pelo agente, como no dolo eventual em que o resultado não é querido, desejado pelo agente, mas ele é aceito por ele, na sua grande maioria quando o resultado não é querido pelo agente e existe um dever de cuidado violado estamos diante de um tipo culposo e não doloso A previsibilidade objetiva do resultado Para a configuração do tipo culposo é necessário o resultado, e que esse resultado não seja querido. Mas embora o resultado não seja querido pelo autor da conduta que viola um dever de cuidado, é necessário ao menos que o resultado seja previsível para o agente. É o que Cezar Roberto Bitencourt denomina de Previsibilidade objetiva do resultado: O resultado deve ser objetivamente previsível. O aferimento da ação típica deve obedecer às condições concretas, existentes no momento do fato e da

20 21 necessidade objetiva, naquele instante, de proteger o bem jurídico. Assim como nos crimes dolosos o resultado deve ser abrangido pelo dolo, nos culposos deverá sê-lo pela previsibilidade. 20 A previsibilidade objetiva, como o próprio nome já indica é a capacidade do agente de prever o resultado é a consciência que tem o agente nas condições em que o mesmo se encontrava de prever, ou seja, antever o resultado. Para a configuração do crime culposo há de ser aferida também a previsibilidade do sujeito ativo. Para tanto é essencial que se entenda perfeitamente o que significa exatamente a previsibilidade objetiva, quais são os seus limites, para que não se conclua erroneamente que o agente seja capaz de prever o resultado em toda e qualquer situação. Poderíamos por exemplo afirmar que a previsibilidade é ilimitada, por exemplo, é perfeitamente possível de se prever que dirigindo um automóvel poderá ocorrer um acidente em qualquer que seja a situação. Porém o legislador exige apenas que o sujeito preveja apenas situações normais que possam acontecer e não o extraordinário. Deste modo a previsibilidade deverá ser analisada de acordo com as circunstâncias às quais o agente se colocou [... ]ela não se projeta para o futuro remoto 21. Na previsibilidade objetiva é importante considerarmos a previsão do agente para um acontecimento atual, ou seja, prever um acontecimento que poderia ocorrer em momentos subseqüentes àquela situação que o sujeito se encontra e não num futuro remoto A previsibilidade subjetiva do resultado Porém para se caracterizar o crime culposo além de considerarmos a previsibilidade objetiva também é importante aferir a capacidade pessoal do sujeito de prever aquele resultado, ou seja, observar o grau de instrução, os conhecimentos técnicos, a experiência daquela pessoa. Esta análise da capacidade intelectual do agente de prever o resultado é 20 BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal. São Paulo. Saraiva, p, JESUS, op. cit., p. 300

21 22 importante na medida em que os homens são distintos quanto à sua inteligência, grau de conhecimento técnico e experiências pessoais, não sendo justo desta forma julgar a capacidade de previsibilidade como idêntica para todos. Por isso ao considerarmos a previsibilidade do sujeito ativo nos crimes culposos, também é necessário considerar a capacidade de previsão de cada pessoa. A esta capacidade de previsão de casa indivíduo a doutrina denomina de previsibilidade subjetiva A Tipicidade Nos crimes culposos temos o chamado tipo aberto, isto porque a conduta proibida não está descrita nos tipos culposos, por isso para que se tipifique o crime culposo será necessário que o juiz complemente o tipo aberto com outra norma de caráter geral. Mirabete explica como se dá esta complementação nos tipos culposos abertos: A tipicidade nos crimes culposos determina-se através da comparação entre a conduta do agente e o comportamento presumível que, nas circunstâncias, teria uma pessoa de discernimento e prudência ordinários. 22 Será então típica a ação que provocou o resultado quando se observa que o sujeito não observou o dever de cuidado e atenção que se exige de uma pessoa de discernimento e prudência comum. Para a tipificação do crime culposo o juiz deverá perceber qual seria o dever de cuidado que o agente deveria ter naquelas circunstâncias em que se encontrava, estabelecido então o dever de cuidado exigível, necessário procurar se o agente violou este dever de cuidado. 22 MIRABETE, Júlio Fabrini. Manual de Direito Penal. V.1. Parte Geral, Arts. 1º a 120º do CP. 17 ed. São Paulo. Atlas, p.149

22 MODALIDADES DO TIPO CULPOSO Na conduta culposa não há interesse na realização do resultado material ilícito, pois se houvesse o interesse em provocar o resultado, o crime seria doloso e não culposo, desse modo no crime culposo o que é condenado pelo ordenamento jurídico é a conduta em si e não a finalidade da conduta. Neste contexto, o agente procura agir conforme disposição legal, porém comete um lapso na execução. O Código penal brasileiro classifica tal falha por imprudência, negligência ou imperícia. Assim sendo, no presente tópico, busca-se definir mais claramente cada modalidade Imprudência A imprudência consiste na inobservância das cautelas necessárias para realizar qualquer ofício ou ato. Conforme Luiz Regis Prado vem a ser uma atitude positiva, um agir sem cautela, a atenção necessária, com precipitação, afoitamento ou inconsideração. São condutas arriscadas, perigosas ou impulsivas 23. Nas palavras de Guilherme de Souza Nucci á a forma ativa de culpa, significando um comportamento sem cautela realizado com precipitação ou insensatez. Ex: a pessoa que dirige em alta velocidade dentro da cidade, onde há passantes por todos os lados 24. A configuração do ato imprudente reside na culpa in agendo, que para José Frederico Marques consiste em agir o sujeito sem as cautelas necessárias, com açodamento e arrojo. 25 A imprudência é a falta de cautela, a afoiteza ou a participação no modus agend em contradição com as normas do procedimento racional. Ato de agir perigosamente, com falta de moderação ou precaução-temeridade. Caracteriza-se pelo risco tomado pelo profissional. 23 PRADO, Luiz Regis. Curso de Direito Penal Brasileiro: Parte Geral: arts 1ª ao 120. v 1. 3ª Ed. Ver.atual. e ampl. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2002, p NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de Direito Penal. 3ª Ed. Ver.,atual. E ampl, 2ª tiragem. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2007, p MARQUES, José Frederico.Tratado de Direito penal.campinas:bookseller, 1997, p.276.

23 24 Segundo Mirabete a imprudência é: É uma atitude em que o agente atua com precipitação, inconsideração, com afoiteza, sem cautelas, não usando de seus poderes inibidores. Exemplos: manejar ou limpar arma carregada próximo a outras pessoas; caçar em local de excursões; dirigir sem óculos quando há defeito na visão, fatigado, com sono, em velocidade incompatível com o local e as condições atmosféricas, etc. 26 A imprudência consiste na prática de um ato perigoso, sem os devidos cuidados que o caso requer. Trata-se do agir sem cautela necessária. A imprudência tem seu conceito ligado, antes que a qualquer outro ao de temeridade Negligência Contrariamente à imprudência, quem age com negligência, age na forma in omittendo ou passivamente adverte Guilherme de Souza Nucci que é uma forma de inércia material e psicológica, por descuido ou desatenção. 27 Para Luiz Regis Prado relaciona-se à inatividade (forma omissiva), a inércia do agente que, podendo agir não causar ou evitar o resultado lesivo, não o faz por preguiça, desleixo, desatenção ou displicência.ex:. deixar remédio ou tóxico ao alcance de criança 28 A negligência deveria do latim negligentia de negligere e, significa um descuido, desleixo, desprezo, desentendimento, uma falta de diligência na pratica ou realização de um ato de incúria, preguiça, com uma falta de desatenção e um profundo menosprezo. Ela se configura quando o sujeito deixa de observar os deveres impostos a execução de qualquer ato. Para Mirabete a negligência caracteriza-se pela: Inércia psíquica, a indiferença do agente que, podendo tomar as cautelas exigíveis não o faz por displicência ou preguiça mental. Exemplos: não colocar avisos junto a valetas abertas para um reparo na via pública; não deixar freado automóvel quando estacionado; deixar substâncias tóxicas ao alcance de crianças, etc MIRABETE, Júlio Fabbrini. Manual de Direito Penal. 17. Ed. São Paulo :Atlas, p NUCCI, Guilherme de Souza, op cit, p PRADO, Luiz Regis, op cit, p MIRABETE, Júlio Fabbrini, op cit, p.149.

24 25 Em termos jurídicos pode-se concluir pela omissão a não observância de um dever a cargo do agente, compreendido nas precauções necessárias para que fossem evitados danos não desejados e, por conseguintes, evitáveis Imperícia A imperícia deriva do latim imperitia (ignorante, inábil, inexperiente), esta supõe arte ou profissão e entende-se como falta de pratica ou ausência de conhecimento, que se mostram necessários ao exercício de uma profissão ou de uma arte qualquer. Para Mirabete: A imperícia é a incapacidade, a falta de conhecimentos técnicos no exercício de arte ou profissão, não tomando o agente em consideração o que sabe ou deve saber. Exemplos: não saber dirigir um veículo, não estar habilitado para uma cirurgia que exija conhecimentos apurados, etc. A imperícia pressupõe sempre a qualidade da habilitação legal para a arte (motorista amador, por exemplo) ou profissão (motorista profissional, médico, engenheiro, etc). 30 Mirabete descreve muito bem o conceito de imperícia ao mencionar que aquele que age com imperícia não toma em consideração o que sabe. Pois nada impede que mesmo um profissional que tenha todos os conhecimentos técnicos necessários a uma perfeita atuação na sua profissão, por algum motivo deixe de usar esses conhecimentos e isso venha a causar um dano a saúde ou a vida de outrem. Deste modo concluímos que a imperícia é a falta de conhecimento ou habilidade técnica no exercício do ofício ou profissão, ou seja, a pessoa pode até deter estes conhecimentos, mas deixa de usá-los no exercício da sua atividade, seja por um momento, seja regularmente. 30 Ibidem. p.149

25 26 2 O CRIME DOLOSO O Código Penal brasileiro define o crime doloso no seu artigo 18, inciso I: Diz-se o crime: I doloso quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo. A doutrina pátria ao definir o conceito de dolo adota a teoria finalista da ação à qual nosso código penal se filiou, desta forma a doutrina define o dolo apontando seus dois elementos principais que auxiliam na compreensão do conceito: Um elemento cognitivo e um elemento volitivo. De acordo com Cezar Roberto Bitencourt, o elemento cognitivo é o conhecimento do fato constitutivo da ação típica e o volitivo é a vontade de realizá-la 31. Assim para Cezar Roberto Bitencourt, dolo é a consciência e a vontade de realização da conduta descrita em um tipo penal 32. Para Juarez Cirino dos Santos Dolo é a energia psíquica dirigida à produção da ação incriminada 33. Ainda de acordo com a Teoria Finalista da Ação, segundo a qual toda a vontade humana é dirigida para alguma finalidade. De acordo com esta teoria o dolo existirá quando o agente tiver a intenção de concretizar a conduta 34. Mirabete também aponta como elementos do dolo a consciência e a vontade, sendo que a consciência do autor tem que abranger todos os elementos do tipo. 35 A maioria dos autores adotam a Teoria Finalista da Ação para definir o Dolo. Nesta direção Celso Delmanto leciona que o dolo pode ser conceituado diferentemente de acordo com as duas teorias que existem a seu respeito 36 O conceito finalista é mais apropriado para a definição do dolo, como ensina Guilherme Souza Nucci: 31 BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal. V.1,Parte geral 13ª Ed. Saraiva: p Ibidem, grifo do autor. p SANTOS, Jurez Cirino dos. A Moderna Teoria do Fato Punível, Rio de Janeiro: Freitas Bastos, p MIRABETE, Júlio Fabbrini. Manual de Direito Penal, 17. Ed. São Paulo: Atlas, p Ibidem, p DELMANTO, Celso. Código penal comentado. 7ª ed. ed. rev., atual.e ampl.rio de Janeiro:renovar, 2007, p.78.

26 27 Preferimos o conceito finalista de dolo, ou seja, é a vontade consciente de realizar a conduta típica. Estamos convencidos de que todas as questões referentes à consciência ou noção de licitude devem ficar circunscritas à esfera da culpabilidade. Quando o agente atua, basta que objetive o preenchimento do tipo penal incriminador,pouco importando se ele sabe ou não que realiza algo proibido.portanto, aquele que mata alguém age com dolo, independente de acreditar estar agindo corretamente (como o faria o carrasco nos países que possuem a pena de morte) 37. Ainda nas palavras de Celso Delmanto: Para a doutrina finalista que a reforma de 84 adotou- o dolo é natural representado pela vontade e consciência de realizar o comportamento típico que a lei prevê, mas sem a consciência da ilicitude (ou antijuricidade).assim o dolo persiste, ainda quando o agente atua sem consciência da ilicitude de seu comportamento, neste caso, continua havendo o dolo e apenas a culpabilidade do agente ficará atenuada ou excluída 38. Por último a teoria finalística convém nas palavras de Rogério Greco: Diz-se direto o dolo quando o agente, efetivamente cometer a conduta descrita no tipo, conforme preceitua a primeira parte do artigo 18, I, do Código Penal. O agente nesta espécie de dolo pratica sua conduta dirigindo-a finalisticamente À produção do resultado por ele pretendido inicialmente. Assim João, almejando causar a morte de Paulo, seu desafeto saca seu revólver, comos se percebe, foi direta e finalisticamente dirigida a causar a morte de Paulo 39. No conceito de dolo há presença da teoria finalística não se podendo olvidar. Assim o dolo é o comportamento humano comissivo ou omissivo, direcionado através da previsibilidade e do sentimento de querer a prática finalisticamente de um resultado. Por este termo, uma pessoa ocasionando lesão corporal em outra presume que sua intenção foi produzir o resultado final, no caso, atentado contra integridade física. 2.1 ELEMENTOS DO TIPO DOLOSO Segundo Mirabete, pode-se concluir que do conceito de dolo, depreendem-se dois elementos constitutivos: o cognitivo e o volitivo, sendo que o elemento cognitivo constitui-se na consciência ou conhecimento do fato que constitui a ação típica e o elemento volitivo constitui-se na vontade de realizar esse fato é o querer descrito na 37 NUCCI, Guilherme Souza.Manual de Direito Penal. 3ª ed. rev., atual.e ampl. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2007, p DELMANTO, Celso.op cit, p GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal, 4ª Ed, Rio de Janeiro: Impetus, p.204.

27 28 lei penal. 40 Esta consciência deve englobar todos os elementos do tipo, sejam descritivos, normativos ou subjetivos. Por esta razão, quando o processo intelectualvolitivo não atinge um dos elementos do tipo, o dolo não se caracteriza. O conhecimento do dolo abrange a realização dos elementos objetivos do tipo, o nexo causal e o resultado. Mas não é necessário para a existência do dolo a consciência da antijuridicidade ou ilicitude da conduta praticada pelo sujeito. Esta valoração será feita no âmbito da culpabilidade, pois o dolo é um ato psicológico atual, que se estende e limita ao conhecimento dos elementos do tipo é o que depreendemos das palavras de Bitencourt: A consciência elementar do dolo deve ser atual, efetiva, ao contrário da consciência da ilicitude, que pode ser potencial. Mas a consciência do dolo abrange somente a representação dos elementos integradores do tipo penal, ficando fora dela a consciência da ilicitude, que hoje, como elemento normativo, está deslocada para o interior da culpabilidade. É desnecessário o conhecimento da ação típica, sendo suficiente o conhecimento das circunstâncias de fato necessárias a composição da figura típica. 41 Já o elemento volitivo refere-se à vontade do agente de praticar a conduta típica. Este querer pressupõe que o agente conhece todas as conseqüências que constituem uma conditio sine qua non de seus atos, para que alcance o fim pretendido. Assim, pode-se dizer que o agente também quer quando tem em conta todas as conseqüências necessárias de sua conduta em sua representação prévia. 42 Merece atenção no estudo em comento, a conceituação do tipo penal para uma melhor definição dos elementos do tipo doloso. Nas palavras de Nucci é a descrição abstrata de uma conduta, tratando-se de uma conceituação puramente funcional, que permite concretizar o princípio da reserva legal (não há crime sem lei anterior que o defina) 43. O princípio constitucional da reserva legal instituído pelo artigo 5º, inciso XXXIX da Constituição Federal de 1988, garante a não condenação por crime que não esteja definido em lei. 40 MIRABETE, Júlio Fabbrini. Manual de Direito Penal, 17. Ed. São Paulo: Atlas, 2001.p BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal. V.1,Parte geral 13ª Ed. Saraiva: p.267. grifo do autor. 42 Ibidem. P NUCCI, Guilherme Souza, op cit,p.184.

28 29 O legislador ao definir os bens tutelados pelo Direito Penal dispôs as condutas sancionadas, criando assim o tipo penal. Tal fato, segundo Nucci chama-se nomen júris, no qual é a rubrica dada pelo legislador ao delito 44. Por exemplo a lesão corporal (artigo 129, CP) é o nome da ofensa à integridade corporal ou à saúde de outrem.também, participam da construção do tipo penal os preceitos primário e secundário, conforme orienta o autor supra, a descrição da conduta proibitiva, quando se refere ao tipo incriminador, ou da conduta permitida, referindo-se ao tipo penal permissivo 45 e este a sanção penal ou penalidade. Para Greco existe uma finalidade básica para o tipo penal que é dar conhecimento ao agente de todas as informações referentes à infração penal 46. Atento ainda ao princípio constitucional e fundamental da legalidade, no qual tem a gênese na Carta Magna inglesa de 1215, due processo of law (devido processo legal) e pela Convenção Americana sobre Direito Humanos (Pacto de São José da Costa Rica), onde seu artigo 9º diz Ninguém pode ser condenado por ações ou omissões no momento em forem cometidas, não sejam delituosas, de acordo com o direito aplicável 47, ela foi promulgada no Brasil através do Decreto nº 678, em 06 de novembro de Dessa forma, os elementos formadores do tipo penal incriminador são formados por elementos objetivos, que se dividem em descritivos, normativos e subjetivos, estes últimos também denominados elementos subjetivos do tipo específico. Em seu turno, Rogério Greco leciona que : Elementos descritivos são aqueles que têm a finalidade de traduzir o tipo penal, isto é de evidenciar aquilo que pode com simplicidade, ser percebido pelo intérprete. Elementos normativos: são aqueles criados e traduzidos por uma norma ou que, para sua efetiva compreensão, necessitam de uma valoração por parte do intérprete Ibidem, p Ibidem, p GRECO, Rogério.op cit, p NUCCI, Guilherme Souza, op cit, p BRASIL.Decreto nº 678, de 06 de novembro de 1992.Promulgada a convenção americana sobre os direitos humanos.diário Oficial da República federativa do Brasil.Brasília, DF 9 de nov de GRECO, Rogério.op cit, p.189. grifo do autor.

CRIME DOLOSO E CRIME CULPOSO PROFESSOR: LEONARDO DE MORAES

CRIME DOLOSO E CRIME CULPOSO PROFESSOR: LEONARDO DE MORAES CRIME DOLOSO E CRIME CULPOSO PROFESSOR: LEONARDO DE MORAES Espécies de Conduta a) A conduta pode ser dolosa ou culposa. b) A conduta pode ser comissiva ou omissiva. O tema dolo e culpa estão ligados à

Leia mais

COMUNICADO REFERENTE ÀS 08 QUESTÕES DE DIREITO PENAL DA PROVA DE ESCRIVÃO DA POLÍCIA CIVIL

COMUNICADO REFERENTE ÀS 08 QUESTÕES DE DIREITO PENAL DA PROVA DE ESCRIVÃO DA POLÍCIA CIVIL COMUNICADO REFERENTE ÀS 08 QUESTÕES DE DIREITO PENAL DA PROVA DE ESCRIVÃO DA POLÍCIA CIVIL A Universidade Estadual de Goiás, por meio do Núcleo de Seleção, vem perante aos candidatos que fizeram a prova

Leia mais

FATO TÍPICO CONDUTA. A conduta é o primeiro elemento integrante do fato típico.

FATO TÍPICO CONDUTA. A conduta é o primeiro elemento integrante do fato típico. TEORIA GERAL DO CRIME FATO TÍPICO CONDUTA A conduta é o primeiro elemento integrante do fato típico. Na Teoria Causal Clássica conduta é o movimento humano voluntário produtor de uma modificação no mundo

Leia mais

www.apostilaeletronica.com.br

www.apostilaeletronica.com.br DIREITO PENAL PARTE GERAL I. Princípios Penais Constitucionais... 003 II. Aplicação da Lei Penal... 005 III. Teoria Geral do Crime... 020 IV. Concurso de Crime... 027 V. Teoria do Tipo... 034 VI. Ilicitude...

Leia mais

TEMA: CONCURSO DE CRIMES

TEMA: CONCURSO DE CRIMES TEMA: CONCURSO DE CRIMES 1. INTRODUÇÃO Ocorre quando um mesmo sujeito pratica dois ou mais crimes. Pode haver um ou mais comportamentos. É o chamado concursus delictorum. Pode ocorrer entre qualquer espécie

Leia mais

CULPABILIDADE RESUMO

CULPABILIDADE RESUMO CULPABILIDADE Maira Jacqueline de Souza 1 RESUMO Para uma melhor compreensão de sanção penal é necessário a análise levando em consideração o modo sócio-econômico e a forma de Estado em que se presencie

Leia mais

PONTO 1: Concurso de Crimes PONTO 2: Concurso Material PONTO 3: Concurso Formal ou Ideal PONTO 4: Crime Continuado PONTO 5: PONTO 6: PONTO 7:

PONTO 1: Concurso de Crimes PONTO 2: Concurso Material PONTO 3: Concurso Formal ou Ideal PONTO 4: Crime Continuado PONTO 5: PONTO 6: PONTO 7: 1 PROCESSO PENAL PONTO 1: Concurso de Crimes PONTO 2: Concurso Material PONTO 3: Concurso Formal ou Ideal PONTO 4: Crime Continuado PONTO 5: PONTO 6: PONTO 7: 1. CONCURSO DE CRIMES 1.1 DISTINÇÃO: * CONCURSO

Leia mais

NORMA PENAL EM BRANCO

NORMA PENAL EM BRANCO NORMA PENAL EM BRANCO DIREITO PENAL 4º SEMESTRE PROFESSORA PAOLA JULIEN OLIVEIRA DOS SANTOS ESPECIALISTA EM PROCESSO. MACAPÁ 2011 1 NORMAS PENAIS EM BRANCO 1. Conceito. Leis penais completas são as que

Leia mais

TESTE RÁPIDO DIREITO PENAL CARGO TÉCNICO LEGISLATIVO

TESTE RÁPIDO DIREITO PENAL CARGO TÉCNICO LEGISLATIVO TESTE RÁPIDO DIREITO PENAL CARGO TÉCNICO LEGISLATIVO COMENTADO DIREITO PENAL Título II Do Crime 1. (CESPE / Defensor DPU / 2010) A responsabilidade penal do agente nos casos de excesso doloso ou culposo

Leia mais

RESPONSABILIDADE CIVIL NO DIREITO AMBIENTAL

RESPONSABILIDADE CIVIL NO DIREITO AMBIENTAL RESPONSABILIDADE CIVIL NO DIREITO AMBIENTAL O ordenamento jurídico pátrio, em matéria ambiental, adota a teoria da responsabilidade civil objetiva, prevista tanto no art. 14, parágrafo 1º da Lei 6.938/81

Leia mais

PONTO 1: Teoria da Tipicidade PONTO 2: Espécies de Tipo PONTO 3: Elementos do Tipo PONTO 4: Dolo PONTO 5: Culpa 1. TEORIA DA TIPICIDADE

PONTO 1: Teoria da Tipicidade PONTO 2: Espécies de Tipo PONTO 3: Elementos do Tipo PONTO 4: Dolo PONTO 5: Culpa 1. TEORIA DA TIPICIDADE 1 DIREITO PENAL PONTO 1: Teoria da Tipicidade PONTO 2: Espécies de Tipo PONTO 3: Elementos do Tipo PONTO 4: Dolo PONTO 5: Culpa 1.1 FUNÇÕES DO TIPO: a) Função garantidora : 1. TEORIA DA TIPICIDADE b) Função

Leia mais

CRIME = FATO TÍPICO + Antijurídico + Culpável

CRIME = FATO TÍPICO + Antijurídico + Culpável 1. O FATO TÍPICO 1 CRIME = FATO TÍPICO + Antijurídico + Culpável Elementos do FATO TÍPICO: FATO TÍPICO 1) CONDUTA DOLOSA OU CULPOSA Conceito: É fato material que se amolda perfeitamente aos elementos constantes

Leia mais

Preparação do Trabalho de Pesquisa

Preparação do Trabalho de Pesquisa Preparação do Trabalho de Pesquisa Ricardo de Almeida Falbo Metodologia de Pesquisa Departamento de Informática Universidade Federal do Espírito Santo Pesquisa Bibliográfica Etapas do Trabalho de Pesquisa

Leia mais

RESPONSABILIDADE DOS ATORES POLÍTICOS E PRIVADOS

RESPONSABILIDADE DOS ATORES POLÍTICOS E PRIVADOS SEGURANÇA DE BARRAGENS DE REJEITOS RESPONSABILIDADE DOS ATORES POLÍTICOS E PRIVADOS SIMEXMIN OURO PRETO 18.05.2016 SERGIO JACQUES DE MORAES ADVOGADO DAS PESSOAS DAS PESSOAS NATURAIS A vida é vivida por

Leia mais

DÉBORA DE OLIVEIRA SOUZA RA: 2087915/3. Crime de Trânsito: Dolo Eventual ou Culpa Consciente? BRASÍLIA

DÉBORA DE OLIVEIRA SOUZA RA: 2087915/3. Crime de Trânsito: Dolo Eventual ou Culpa Consciente? BRASÍLIA Centro Universitário de Brasília Faculdade de Ciências Jurídicas e Ciências Sociais DÉBORA DE OLIVEIRA SOUZA RA: 2087915/3 Crime de Trânsito: Dolo Eventual ou Culpa Consciente? BRASÍLIA 2013 2 DÉBORA DE

Leia mais

TEORIAS DA CONDUTA DIREITO PENAL. Cléber Masson + Rogério Sanches + Rogério Greco

TEORIAS DA CONDUTA DIREITO PENAL. Cléber Masson + Rogério Sanches + Rogério Greco TEORIAS DA CONDUTA DIREITO PENAL Cléber Masson + Rogério Sanches + Rogério Greco TEORIAS CAUSALISTA, CAUSAL, CLÁSSICA OU NATURALISTA (VON LISZT E BELING) - CONDUTA É UMA AÇÃO HUMANA VOLUNTÁRIA QUE PRODUZ

Leia mais

Direito Penal Aula 3 1ª Fase OAB/FGV Professor Sandro Caldeira. Espécies: 1. Crime (delito) 2. Contravenção

Direito Penal Aula 3 1ª Fase OAB/FGV Professor Sandro Caldeira. Espécies: 1. Crime (delito) 2. Contravenção Direito Penal Aula 3 1ª Fase OAB/FGV Professor Sandro Caldeira TEORIA DO DELITO Infração Penal (Gênero) Espécies: 1. Crime (delito) 2. Contravenção 1 CONCEITO DE CRIME Conceito analítico de crime: Fato

Leia mais

Egrégio Tribunal, Colenda Câmara,

Egrégio Tribunal, Colenda Câmara, RAZÕES DE APELAÇÃO Vara do Júri do Foro de Osasco Proc. nº 00XXXXX-76.2000.8.26.0405 Apelante: O.C.B. Apelado: MINISTÉRIO PÚBLICO Egrégio Tribunal, Colenda Câmara, 1. Breve síntese dos autos O.C.B. foi

Leia mais

Introdução ao direito penal. Aplicação da lei penal. Fato típico. Antijuridicidade. Culpabilidade. Concurso de pessoas.

Introdução ao direito penal. Aplicação da lei penal. Fato típico. Antijuridicidade. Culpabilidade. Concurso de pessoas. Programa de DIREITO PENAL I 2º período: 4h/s Aula: Teórica EMENTA Introdução ao direito penal. Aplicação da lei penal. Fato típico. Antijuridicidade. Culpabilidade. Concurso de pessoas. OBJETIVOS Habilitar

Leia mais

PARAMETROS DO ESTRITO CUMPRIMENTO DE DEVER LEGAL

PARAMETROS DO ESTRITO CUMPRIMENTO DE DEVER LEGAL 1 PARAMETROS DO ESTRITO CUMPRIMENTO DE DEVER LEGAL Prof.Dr.Luís Augusto Sanzo Brodt ( O autor é advogado criminalista, professor adjunto do departamento de Ciências Jurídicas da Fundação Universidade Federal

Leia mais

POR UNANIMIDADE 06 (seis) meses

POR UNANIMIDADE 06 (seis) meses ACLARAÇÃO DO LAUDO ARBITRAL DO TRIBUNAL ARBITRAL AD HOC DO MERCOSUL CONSTITUÍDO PARA DECIDIR A CONTROVÉRSIA ENTRE A REPÚBLICA DO PARAGUAI E A REPÚBLICA ORIENTAL DO URUGUAI SOBRE A APLICAÇÃO DO IMESI (IMPOSTO

Leia mais

ELABORAÇÃO DE PROJETOS

ELABORAÇÃO DE PROJETOS Unidade II ELABORAÇÃO DE PROJETOS DE PESQUISA Profa. Eliane Gomes Rocha Pesquisa em Serviço Social As metodologias qualitativas de pesquisa são utilizadas nas Ciências Sociais e também no Serviço Social,

Leia mais

CURSO: DIREITO NOTURNO - CAMPO BELO SEMESTRE: 2 ANO: 2015 C/H: 67 AULAS: 80 PLANO DE ENSINO

CURSO: DIREITO NOTURNO - CAMPO BELO SEMESTRE: 2 ANO: 2015 C/H: 67 AULAS: 80 PLANO DE ENSINO CURSO: DIREITO NOTURNO - CAMPO BELO SEMESTRE: 2 ANO: 2015 C/H: 67 AULAS: 80 DISCIPLINA: DIREITO PENAL I PLANO DE ENSINO OBJETIVOS: * Compreender as normas e princípios gerais previstos na parte do Código

Leia mais

VENAS CORRETORA DE SEGUROS LTDA Segunda Avenida Qda. 1-B Lt. 39 3º Andar Cidade Empresarial CEP 74934-605 Aparecida de Goiânia Goiás Fone: (62)

VENAS CORRETORA DE SEGUROS LTDA Segunda Avenida Qda. 1-B Lt. 39 3º Andar Cidade Empresarial CEP 74934-605 Aparecida de Goiânia Goiás Fone: (62) INTRODUÇÃO Educando com valores O trânsito é feito pelas pessoas. E, como nas outras atividades humanas, quatro princípios são importantes para o relacionamento e a convivência social no trânsito. 1. O

Leia mais

CASTILHO, Grazielle (Acadêmica); Curso de graduação da Faculdade de Educação Física da Universidade Federal de Goiás (FEF/UFG).

CASTILHO, Grazielle (Acadêmica); Curso de graduação da Faculdade de Educação Física da Universidade Federal de Goiás (FEF/UFG). ANÁLISE DAS CONCEPÇÕES DE EDUCAÇÃO INFANTIL E EDUCAÇÃO FÍSICA PRESENTES EM UMA INSTITUIÇÃO FILÁNTROPICA E MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL DA CIDADE DE GOIÂNIA/GO CASTILHO, Grazielle (Acadêmica); Curso de

Leia mais

A responsabilidade civil do engenheiro eletricista na atualidade

A responsabilidade civil do engenheiro eletricista na atualidade A responsabilidade civil do engenheiro eletricista na atualidade Acimarney Correia Silva Freitas¹, Celton Ribeiro Barbosa², Rafael Santos Andrade 3, Hortência G. de Brito Souza 4 ¹Orientador deste Artigo

Leia mais

EMBRIAGUEZ EXCLUSÃO DE COBERTURA

EMBRIAGUEZ EXCLUSÃO DE COBERTURA EMBRIAGUEZ EXCLUSÃO DE COBERTURA Seminário Direitos & Deveres do Consumidor de Seguros Desembargador NEY WIEDEMANN NETO, da 6ª. Câmara Cível do TJRS Introdução O contrato de seguro, regulado pelos artigos

Leia mais

Embriaguez e Responsabilidade Penal

Embriaguez e Responsabilidade Penal Embriaguez e Responsabilidade Penal O estudo dos limites da responsabilidade penal é sempre muito importante, já que o jus puniendi do Estado afetará um dos principais direitos de qualquer pessoa, que

Leia mais

TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO SUBSEQUENTE NOÇÕES GERAIS DO DIREITO CONCEITOS BÁSICOS

TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO SUBSEQUENTE NOÇÕES GERAIS DO DIREITO CONCEITOS BÁSICOS NOÇÕES GERAIS DO DIREITO CONCEITOS BÁSICOS 1 I. Introdução: - A vida em Sociedade exige regramento; - As Normas Reguladoras das relações humanas; - A aplicação das sanções (punições): maior ou menor grau

Leia mais

A Responsabilidade civil objetiva no Código Civil Brasileiro: Teoria do risco criado, prevista no parágrafo único do artigo 927

A Responsabilidade civil objetiva no Código Civil Brasileiro: Teoria do risco criado, prevista no parágrafo único do artigo 927 A Responsabilidade civil objetiva no Código Civil Brasileiro: Teoria do risco criado, prevista no parágrafo único do artigo 927 Marcela Furtado Calixto 1 Resumo: O presente artigo visa discutir a teoria

Leia mais

A PRÁTICA PEDAGÓGICA DO PROFESSOR DE PEDAGOGIA DA FESURV - UNIVERSIDADE DE RIO VERDE

A PRÁTICA PEDAGÓGICA DO PROFESSOR DE PEDAGOGIA DA FESURV - UNIVERSIDADE DE RIO VERDE A PRÁTICA PEDAGÓGICA DO PROFESSOR DE PEDAGOGIA DA FESURV - UNIVERSIDADE DE RIO VERDE Bruna Cardoso Cruz 1 RESUMO: O presente trabalho procura conhecer o desempenho profissional dos professores da faculdade

Leia mais

DOLO EVENTUAL E CULPA CONSCIENTE À LUZ DOS CRIMES DE TRÂNSITO

DOLO EVENTUAL E CULPA CONSCIENTE À LUZ DOS CRIMES DE TRÂNSITO UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE - UNESC CURSO DE DIREITO MICHEL MERÊNCIO COSTA DOLO EVENTUAL E CULPA CONSCIENTE À LUZ DOS CRIMES DE TRÂNSITO CRICIUMA, DEZEMBRO 2009 MICHEL MERÊNCIO COSTA DOLO EVENTUAL

Leia mais

3 Qualidade de Software

3 Qualidade de Software 3 Qualidade de Software Este capítulo tem como objetivo esclarecer conceitos relacionados à qualidade de software; conceitos estes muito importantes para o entendimento do presente trabalho, cujo objetivo

Leia mais

O CONSENTIMENTO DO OFENDIDO

O CONSENTIMENTO DO OFENDIDO O CONSENTIMENTO DO OFENDIDO Rodrigo Fragoso O consentimento do ofendido constitui objeto de intenso debate entre os penalistas que, divergindo quanto à sua posição na estrutura do delito, atribuem efeitos

Leia mais

5 Considerações finais

5 Considerações finais 5 Considerações finais 5.1. Conclusões A presente dissertação teve o objetivo principal de investigar a visão dos alunos que se formam em Administração sobre RSC e o seu ensino. Para alcançar esse objetivo,

Leia mais

LEGÍTIMA DEFESA PUTATIVA

LEGÍTIMA DEFESA PUTATIVA LEGÍTIMA DEFESA PUTATIVA Karina Nogueira Alves A legítima defesa é um direito natural, intrínseco ao ser humano e, portanto, anterior à sua codificação, como norma decorrente da própria constituição do

Leia mais

UNIÃO EDUCACIONAL DO NORTE UNINORTE AUTOR (ES) AUTOR (ES) TÍTULO DO PROJETO

UNIÃO EDUCACIONAL DO NORTE UNINORTE AUTOR (ES) AUTOR (ES) TÍTULO DO PROJETO UNIÃO EDUCACIONAL DO NORTE UNINORTE AUTOR (ES) AUTOR (ES) TÍTULO DO PROJETO RIO BRANCO Ano AUTOR (ES) AUTOR (ES) TÍTULO DO PROJETO Pré-Projeto de Pesquisa apresentado como exigência no processo de seleção

Leia mais

Segurança e Saúde dos Trabalhadores

Segurança e Saúde dos Trabalhadores Segurança e Saúde dos Trabalhadores [1]CONVENÇÃO N. 155 I Aprovada na 67ª reunião da Conferência Internacional do Trabalho (Genebra 1981), entrou em vigor no plano internacional em 11.8.83. II Dados referentes

Leia mais

A RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA DO EMPREGADOR NO ACIDENTE DE TRABALHO

A RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA DO EMPREGADOR NO ACIDENTE DE TRABALHO A RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA DO EMPREGADOR NO ACIDENTE DE TRABALHO CUNHA, R. C. B. RESUMO A presente monografia trata-se da responsabilidade civil objetiva do empregador no acidente de trabalho. O

Leia mais

Barreiras. Lição 1.5. A palavra mais importante para transformar situações de risco potencial em IMPROVÁVEL.

Barreiras. Lição 1.5. A palavra mais importante para transformar situações de risco potencial em IMPROVÁVEL. 40 Lição 1.5 A palavra mais importante para transformar situações de risco potencial em IMPROVÁVEL. Barreiras Conforme você deduziu da lição anterior, a gestão de risco é inerente à nossa vida no planeta

Leia mais

Legislação e tributação comercial

Legislação e tributação comercial 6. CRÉDITO TRIBUTÁRIO 6.1 Conceito Na terminologia adotada pelo CTN, crédito tributário e obrigação tributária não se confundem. O crédito decorre da obrigação e tem a mesma natureza desta (CTN, 139).

Leia mais

XL Concurso Público para Provimento de Cargos de Juiz de Direito Substituto da Justiça do Distrito Federal Segunda Etapa Prova Escrita Discursiva

XL Concurso Público para Provimento de Cargos de Juiz de Direito Substituto da Justiça do Distrito Federal Segunda Etapa Prova Escrita Discursiva Questão 01 Direito Civil O que é exigível para levar a efeito a extinção do usufruto pelo não uso ou não fruição do bem gravado? Responda fundamentadamente e conforme entendimento jurisprudencial do Superior

Leia mais

o(a) engenheiro(a) Projeto é a essência da engenharia 07/02/2011 - v8 dá vazão

o(a) engenheiro(a) Projeto é a essência da engenharia 07/02/2011 - v8 dá vazão empíricos ou vulgar ou senso comum filosófico exige raciocínio reflexões racional e objetivo produto precede a construção conjunto de atividades o(a) engenheiro(a) aplica conhecimentos científicos ligado

Leia mais

Eixo Temático ET-10-002 - Direito Ambiental OS IMPASSES DA LEGISLAÇÃO AMBIENTAL PARA ATIVIDADE OLEIRA EM IRANDUBA (AM): ENTRE A LEI E OS DANOS

Eixo Temático ET-10-002 - Direito Ambiental OS IMPASSES DA LEGISLAÇÃO AMBIENTAL PARA ATIVIDADE OLEIRA EM IRANDUBA (AM): ENTRE A LEI E OS DANOS 434 Eixo Temático ET-10-002 - Direito Ambiental OS IMPASSES DA LEGISLAÇÃO AMBIENTAL PARA ATIVIDADE OLEIRA EM IRANDUBA (AM): ENTRE A LEI E OS DANOS Neyla Marinho Marques Pinto¹; Hamida Assunção Pinheiro²

Leia mais

ANÁLISE DOS TRABALHOS DE CONCLUSÃO DO CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA: REFLEXÕES INICIAIS ACERCA DA PRODUÇÃO DE 2006 A 2014

ANÁLISE DOS TRABALHOS DE CONCLUSÃO DO CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA: REFLEXÕES INICIAIS ACERCA DA PRODUÇÃO DE 2006 A 2014 ANÁLISE DOS TRABALHOS DE CONCLUSÃO DO CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA: REFLEXÕES INICIAIS ACERCA DA PRODUÇÃO DE 2006 A 2014 Jéssica Lino Borges 1 geminhas_lin@hotmail.com Ana Lúcia Cardoso 2 anc@unesc.net

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

BuscaLegis.ccj.ufsc.br BuscaLegis.ccj.ufsc.br Teorias da conduta no Direito Penal Rodrigo Santos Emanuele * Teoria naturalista ou causal da ação Primeiramente, passamos a analisar a teoria da conduta denominada naturalista ou

Leia mais

Ação Monitória. Ana Carolina Fucks Anderson Palheiro 1

Ação Monitória. Ana Carolina Fucks Anderson Palheiro 1 16 Série Aperfeiçoamento de Magistrados 10 Curso: Processo Civil - Procedimentos Especiais Ação Monitória Ana Carolina Fucks Anderson Palheiro 1 A ação monitória foi introduzida no CPC no final do título

Leia mais

Responsabilidade Civil

Responsabilidade Civil Responsabilidade Civil Trabalho de Direito Civil Curso Gestão Nocturno Realizado por: 28457 Marco Filipe Silva 16832 Rui Gomes 1 Definição: Começando, de forma, pelo essencial, existe uma situação de responsabilidade

Leia mais

P4-MPS.BR - Prova de Conhecimento do Processo de Aquisição do MPS.BR

P4-MPS.BR - Prova de Conhecimento do Processo de Aquisição do MPS.BR Data: 6 de Dezembro de 2011 Horário: 13:00 às 17:00 horas (hora de Brasília) Nome: e-mail: Nota: INSTRUÇÕES Você deve responder a todas as questões. O total máximo de pontos da prova é de 100 pontos (100%),

Leia mais

COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA DA ESCOLA DE SAÚDE PÚBLICA DO CEARÁ

COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA DA ESCOLA DE SAÚDE PÚBLICA DO CEARÁ COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA DA ESCOLA DE SAÚDE PÚBLICA DO CEARÁ 1. ORIENTAÇÕES PARA ELABORAÇÃO DO TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE) A importância do TCLE. A Resolução CNS 196/96 afirma

Leia mais

O Planejamento Participativo

O Planejamento Participativo O Planejamento Participativo Textos de um livro em preparação, a ser publicado em breve pela Ed. Vozes e que, provavelmente, se chamará Soluções de Planejamento para uma Visão Estratégica. Autor: Danilo

Leia mais

OFENSIVIDADE PENAL E TIPICIDADE: uma perspectiva conglobada

OFENSIVIDADE PENAL E TIPICIDADE: uma perspectiva conglobada OFENSIVIDADE PENAL E TIPICIDADE: uma perspectiva conglobada Rafaela Santos Cardoso 1 Sumário: 1. Do objeto da tutela penal: nascedouro da norma. 2. Conglobância normativa. 3. Ofensidade penal e conglobância

Leia mais

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO: ELABORAÇÃO E UTILIZAÇÃO DE PROJETOS PEDAGÓGICOS NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO: ELABORAÇÃO E UTILIZAÇÃO DE PROJETOS PEDAGÓGICOS NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO: ELABORAÇÃO E UTILIZAÇÃO DE PROJETOS PEDAGÓGICOS NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM Resumo Gisele Gomes Avelar Bernardes- UEG 1 Compreendendo que a educação é o ponto chave

Leia mais

VI Seminário de Pós-Graduação em Filosofia da UFSCar 20 a 24 de setembro de 2010

VI Seminário de Pós-Graduação em Filosofia da UFSCar 20 a 24 de setembro de 2010 Fundamentos metodológicos da teoria piagetiana: uma psicologia em função de uma epistemologia Rafael dos Reis Ferreira Universidade Estadual Paulista (UNESP)/Programa de Pós-Graduação em Filosofia FAPESP

Leia mais

ELABORAÇÃO DO PROJETO DE PESQUISA: TEMA, PROBLEMATIZAÇÃO, OBJETIVOS, JUSTIFICATIVA E REFERENCIAL TEÓRICO

ELABORAÇÃO DO PROJETO DE PESQUISA: TEMA, PROBLEMATIZAÇÃO, OBJETIVOS, JUSTIFICATIVA E REFERENCIAL TEÓRICO ELABORAÇÃO DO PROJETO DE PESQUISA: TEMA, PROBLEMATIZAÇÃO, OBJETIVOS, JUSTIFICATIVA E REFERENCIAL TEÓRICO PROF. ME. RAFAEL HENRIQUE SANTIN Este texto tem a finalidade de apresentar algumas diretrizes para

Leia mais

UMA SUSCINTA ANÁLISE DA EFICÁCIA DA AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO

UMA SUSCINTA ANÁLISE DA EFICÁCIA DA AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO UMA SUSCINTA ANÁLISE DA EFICÁCIA DA AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO Anne Karoline ÁVILA 1 RESUMO: A autora visa no presente trabalho analisar o instituto da consignação em pagamento e sua eficácia. Desta

Leia mais

Direito Penal Emerson Castelo Branco

Direito Penal Emerson Castelo Branco Direito Penal Emerson Castelo Branco 2014 Copyright. Curso Agora eu Passo - Todos os direitos reservados ao autor. DIREITO PENAL CONCEITO DE CRIME a) material: Todo fato humano que lesa ou expõe a perigo

Leia mais

POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE

POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE Com a edição da Lei nº 6.938/81 o país passou a ter formalmente uma Política Nacional do Meio Ambiente, uma espécie de marco legal para todas as políticas públicas de

Leia mais

Interpretação do art. 966 do novo Código Civil

Interpretação do art. 966 do novo Código Civil Interpretação do art. 966 do novo Código Civil A TEORIA DA EMPRESA NO NOVO CÓDIGO CIVIL E A INTERPRETAÇÃO DO ART. 966: OS GRANDES ESCRITÓRIOS DE ADVOCACIA DEVERÃO TER REGISTRO NA JUNTA COMERCIAL? Bruno

Leia mais

CARGA HORÁRIA SEMANAL: 03 CRÉDITO: 03

CARGA HORÁRIA SEMANAL: 03 CRÉDITO: 03 1. IDENTIFICAÇÃO PERÍODO: 4 CARGA HORÁRIA SEMANAL: 03 CRÉDITO: 03 CARGA HORÁRIA SEMESTRAL: 45 NOME DA DISCIPLINA: DIREITO PENAL I I (2ª PARTE TEORIA DA PENA) NOME DO CURSO: DIREITO 2. EMENTA Das Penas:

Leia mais

Núcleo de Pesquisa e Extensão do Curso de Direito NUPEDIR VII MOSTRA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA (MIC) 25 de novembro de 2014

Núcleo de Pesquisa e Extensão do Curso de Direito NUPEDIR VII MOSTRA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA (MIC) 25 de novembro de 2014 A OMISSÃO DE SOCORRO E A PERICLITAÇÃO DA VIDA Juliane Drebel 1 Taís Bianca Bressler 2 Rogério Cezar Soehn 3 SUMARIO: 1 RESUMO. 2 CONCEITO. 3 SUJEITOS DO DELITO. 4 ELEMENTOS OBJETIVOS DO CRIME. 5 ELEMENTOS

Leia mais

RAZÕES DE RECURSO. Parte nº 03. NOVAS QUESTÕES E NOVAS TESES.

RAZÕES DE RECURSO. Parte nº 03. NOVAS QUESTÕES E NOVAS TESES. Associação de Praças do Estado do Paraná, pessoa jurídica de direito privado, reconhecida e declarada como Entidade de Utilidade Pública, sem fins lucrativos, regidas por normas de direito privado, não

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.Br

BuscaLegis.ccj.ufsc.Br BuscaLegis.ccj.ufsc.Br Responsabilidade civil do cirurgião-dentista Por Ricardo Emilio Zart advogado em Santa Catarina 1. Introdução Tendo em vista a quantidade cada vez mais crescente de ações judiciais

Leia mais

Denise Fernandes CARETTA Prefeitura Municipal de Taubaté Denise RAMOS Colégio COTET

Denise Fernandes CARETTA Prefeitura Municipal de Taubaté Denise RAMOS Colégio COTET O DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM INFANTIL NAS PERSPECTIVAS SÓCIO-HISTÓRICA, ANTROPOLÓGICA E PEDAGÓGICA: UM ESTUDO DO REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL DA EDUCAÇÃO INFANTIL Denise Fernandes CARETTA Prefeitura

Leia mais

Organização em Enfermagem

Organização em Enfermagem Universidade Federal de Juiz de Fora Faculdade de Enfermagem Departamento de Enfermagem Básica Disciplina Administração em Enfermagem I Organização em Enfermagem Prof. Thiago C. Nascimento Objetivos: Discorrer

Leia mais

NEXO CAUSAL PROFESSOR: LEONARDO DE MORAES

NEXO CAUSAL PROFESSOR: LEONARDO DE MORAES NEXO CAUSAL PROFESSOR: LEONARDO DE MORAES 1 Conceito. Causa. É elemento do fato típico. É o vínculo entre conduta e resultado. O estudo da causalidade busca concluir se o resultado decorreu da conduta

Leia mais

A PRISÃO PREVENTIVA E AS SUAS HIPÓTESES PREVISTAS NO ART. 313 DO CPP, CONFORME A LEI Nº 12.403, DE 2011.

A PRISÃO PREVENTIVA E AS SUAS HIPÓTESES PREVISTAS NO ART. 313 DO CPP, CONFORME A LEI Nº 12.403, DE 2011. A PRISÃO PREVENTIVA E AS SUAS HIPÓTESES PREVISTAS NO ART. 313 DO CPP, CONFORME A LEI Nº 12.403, DE 2011. Jorge Assaf Maluly Procurador de Justiça Pedro Henrique Demercian Procurador de Justiça em São Paulo.

Leia mais

Deontologia Médica. Deontologia Médica. Conceito

Deontologia Médica. Deontologia Médica. Conceito Medicina Legal Professor Sergio Simonsen Conceito A deontologia médica é a ciência que cuida dos deveres e dos direitos dos operadores do direito, bem como de seus fundamentos éticos e legais. Etimologicamente,

Leia mais

RESPONSABILIDADE CIVIL POR ERRO MÉDICO EM CIRURGIA PLÁSTICA

RESPONSABILIDADE CIVIL POR ERRO MÉDICO EM CIRURGIA PLÁSTICA RESPONSABILIDADE CIVIL POR ERRO MÉDICO EM CIRURGIA PLÁSTICA Vitor Kenji HIGUCHI 1 José Artur Teixeira GONÇALVES 2 RESUMO: Com frequência, as pessoas buscam a cirurgia plástica estética com o objetivo de

Leia mais

ipea políticas sociais acompanhamento e análise 7 ago. 2003 117 GASTOS SOCIAIS: FOCALIZAR VERSUS UNIVERSALIZAR José Márcio Camargo*

ipea políticas sociais acompanhamento e análise 7 ago. 2003 117 GASTOS SOCIAIS: FOCALIZAR VERSUS UNIVERSALIZAR José Márcio Camargo* GASTOS SOCIAIS: FOCALIZAR VERSUS UNIVERSALIZAR José Márcio Camargo* Como deve ser estruturada a política social de um país? A resposta a essa pergunta independe do grau de desenvolvimento do país, da porcentagem

Leia mais

FAZEMOS MONOGRAFIA PARA TODO BRASIL, QUALQUER TEMA! ENTRE EM CONTATO CONOSCO!

FAZEMOS MONOGRAFIA PARA TODO BRASIL, QUALQUER TEMA! ENTRE EM CONTATO CONOSCO! FAZEMOS MONOGRAFIA PARA TODO BRASIL, QUALQUER TEMA! ENTRE EM CONTATO CONOSCO! DEFINIÇÃO A pesquisa experimental é composta por um conjunto de atividades e técnicas metódicas realizados para recolher as

Leia mais

RESPONSABILIDADE CIVIL NA LESÃO CORPORAL

RESPONSABILIDADE CIVIL NA LESÃO CORPORAL RESPONSABILIDADE CIVIL NA LESÃO CORPORAL Filipe Rezende Semião, est.. Sumário: I - Pressupostos da Responsabilidade Civil II - Dispositivos legais III - Dano ao corpo IV - Indenização na lesão corporal

Leia mais

LIDERANÇA, ÉTICA, RESPEITO, CONFIANÇA

LIDERANÇA, ÉTICA, RESPEITO, CONFIANÇA Dado nos últimos tempos ter constatado que determinado sector da Comunidade Surda vem falando muito DE LIDERANÇA, DE ÉTICA, DE RESPEITO E DE CONFIANÇA, deixo aqui uma opinião pessoal sobre o que são estes

Leia mais

FALSIDADE DOCUMENTAL

FALSIDADE DOCUMENTAL FALSIDADE DOCUMENTAL E objetivo da proteção legal, em todos os casos, a fé pública que a lei atribui aos documentos como prova e autenticação de fatos jurídicos. Certos selos e sinais públicos, documentos

Leia mais

36) Levando-se em conta as regras da Lei 8.112/90, analise os itens abaixo, a respeito dos direitos e vantagens do servidor público federal:

36) Levando-se em conta as regras da Lei 8.112/90, analise os itens abaixo, a respeito dos direitos e vantagens do servidor público federal: Hoje, continuaremos com os comentários ao simulado da 2ª Feira do Concurso. 36) Levando-se em conta as regras da Lei 8.112/90, analise os itens abaixo, a respeito dos direitos e vantagens do servidor público

Leia mais

PRINCÍPIOS NORTEADORES DO PROCESSO PENAL

PRINCÍPIOS NORTEADORES DO PROCESSO PENAL PRINCÍPIOS NORTEADORES DO PROCESSO PENAL Carlos Antonio da Silva 1 Sandro Marcos Godoy 2 RESUMO: O Direito Penal é considerado o ramo jurídico mais incisivo, uma vez que restringe um dos maiores bens do

Leia mais

PONTO 1: Conduta PONTO 2: Resultado PONTO 3: Nexo Causal PONTO 4: Tipicidade 1. CONDUTA. 1.1.1 CAUSALISMO ou NATURALÍSTICA Franz Von Liszt

PONTO 1: Conduta PONTO 2: Resultado PONTO 3: Nexo Causal PONTO 4: Tipicidade 1. CONDUTA. 1.1.1 CAUSALISMO ou NATURALÍSTICA Franz Von Liszt 1 DIREITO PENAL PONTO 1: Conduta PONTO 2: Resultado PONTO 3: Nexo Causal PONTO 4: Tipicidade 1.1 TEORIAS DA CONDUTA 1. CONDUTA 1.1.1 CAUSALISMO ou NATURALÍSTICA Franz Von Liszt Imperava no Brasil até a

Leia mais

DESCRIÇÃO DAS PRÁTICAS DE GESTÃO DA INICIATIVA

DESCRIÇÃO DAS PRÁTICAS DE GESTÃO DA INICIATIVA DESCRIÇÃO DAS PRÁTICAS DE GESTÃO DA INICIATIVA Como é sabido existe um consenso de que é necessário imprimir qualidade nas ações realizadas pela administração pública. Para alcançar esse objetivo, pressupõe-se

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.Br

BuscaLegis.ccj.ufsc.Br BuscaLegis.ccj.ufsc.Br Transmissão voluntária do vírus da AIDS e suas consequências penais Gecivaldo Vasconcelos Ferreira 1. Comentário preambular A contaminação voluntária de terceiros por pessoas infectadas

Leia mais

PROCESSO PENAL COMNENTÁRIOS RECURSOS PREZADOS, SEGUEM OS COMENTÁRIOS E RAZÕES PARA RECURSOS DAS QUESTÕES DE PROCESSO PENAL.

PROCESSO PENAL COMNENTÁRIOS RECURSOS PREZADOS, SEGUEM OS COMENTÁRIOS E RAZÕES PARA RECURSOS DAS QUESTÕES DE PROCESSO PENAL. PROCESSO PENAL COMNENTÁRIOS RECURSOS PREZADOS, SEGUEM OS COMENTÁRIOS E RAZÕES PARA RECURSOS DAS QUESTÕES DE PROCESSO PENAL. A PROVA FOI MUITO BEM ELABORADA EXIGINDO DO CANDIDATO UM CONHECIMENTO APURADO

Leia mais

Indicamos inicialmente os números de cada item do questionário e, em seguida, apresentamos os dados com os comentários dos alunos.

Indicamos inicialmente os números de cada item do questionário e, em seguida, apresentamos os dados com os comentários dos alunos. Os dados e resultados abaixo se referem ao preenchimento do questionário Das Práticas de Ensino na percepção de estudantes de Licenciaturas da UFSJ por dez estudantes do curso de Licenciatura Plena em

Leia mais

DOLO EVENTUAL OU CULPA CONSCIENTE NOS CRIMES DE TRÂNSITO

DOLO EVENTUAL OU CULPA CONSCIENTE NOS CRIMES DE TRÂNSITO DOLO EVENTUAL OU CULPA CONSCIENTE NOS CRIMES DE TRÂNSITO CAMARGO, Henrique Giorgiani 1 MARCHI, William Ricardo de Almeida 2 O presente artigo pretende analisar a aplicabilidade do dolo eventual ou da culpa

Leia mais

DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA E BAIXA DE SOCIEDADE

DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA E BAIXA DE SOCIEDADE DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA E BAIXA DE SOCIEDADE É sabido - e isso está a dispensar considerações complementares - que a pessoa jurídica tem vida distinta da dos seus sócios e administradores.

Leia mais

PENAS ALTERNATIVAS E O DIREITO PENAL MILITAR

PENAS ALTERNATIVAS E O DIREITO PENAL MILITAR PENAS ALTERNATIVAS E O DIREITO PENAL MILITAR MARIA FERNANDA DE LIMA ESTEVES [1] Desde o início da história, a humanidade depara-se com o cometimento das mais diversas infrações, e, ao lado delas, surge

Leia mais

Palavras chave: Direito Constitucional. Princípio da dignidade da pessoa humana.

Palavras chave: Direito Constitucional. Princípio da dignidade da pessoa humana. 99 Princípio da Dignidade da Pessoa Humana Idália de Oliveira Ricardo de Assis Oliveira Talúbia Maiara Carvalho Oliveira Graduandos pela Faculdade de Educação, Administração e Tecnologia de Ibaiti. Palavras

Leia mais

FATO TÍPICO PROFESSOR: LEONARDO DE MORAES

FATO TÍPICO PROFESSOR: LEONARDO DE MORAES FATO TÍPICO PROFESSOR: LEONARDO DE MORAES Fato típico é o primeiro substrato do crime (Giuseppe Bettiol italiano) conceito analítico (fato típico dentro da estrutura do crime). Qual o conceito material

Leia mais

O que a Postura Consultiva tem a ver com Você

O que a Postura Consultiva tem a ver com Você O que a Postura Consultiva tem a ver com Você Marcelo Egéa M* O que é postura consultiva Criar e sustentar uma marca é um trabalho que exige o máximo de todos na empresa. Alguns têm contato direto com

Leia mais

EXPRESSÃO CORPORAL: UMA REFLEXÃO PEDAGÓGICA

EXPRESSÃO CORPORAL: UMA REFLEXÃO PEDAGÓGICA EXPRESSÃO CORPORAL: UMA REFLEXÃO PEDAGÓGICA Rogério Santos Grisante 1 ; Ozilia Geraldini Burgo 2 RESUMO: A prática da expressão corporal na disciplina de Artes Visuais no Ensino Fundamental II pode servir

Leia mais

Exercícios de fixação

Exercícios de fixação 1. (UFMT) As infrações penais se dividem em crimes e contravenções. Os crimes estão descritos: a) na parte especial do Código Penal e na Lei de Contravenção Penal. b) na parte geral do Código Penal. c)

Leia mais

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo Registro: 2012.0000585856 ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos do Apelação nº 0045362-63.2011.8.26.0576, da Comarca de São José do Rio Preto, em que é apelante LAVITO PERSON MOTTA BACARISSA,

Leia mais

A (IN)COMPATIBILIDADE DA TENTATIVA NO DOLO EVENTUAL RESUMO

A (IN)COMPATIBILIDADE DA TENTATIVA NO DOLO EVENTUAL RESUMO 331 A (IN)COMPATIBILIDADE DA TENTATIVA NO DOLO EVENTUAL Cícero Oliveira Leczinieski 1 Ricardo Cesar Cidade 2 Alberto Wunderlich 3 RESUMO Este artigo visa traçar breves comentários acerca da compatibilidade

Leia mais

Validade, Vigência, Eficácia e Vigor. 38. Validade, vigência, eficácia, vigor

Validade, Vigência, Eficácia e Vigor. 38. Validade, vigência, eficácia, vigor Validade, Vigência, Eficácia e Vigor 38. Validade, vigência, eficácia, vigor Validade Sob o ponto de vista dogmático, a validade de uma norma significa que ela está integrada ao ordenamento jurídico Ela

Leia mais

ADMINISTRAÇÃO GERAL MOTIVAÇÃO

ADMINISTRAÇÃO GERAL MOTIVAÇÃO ADMINISTRAÇÃO GERAL MOTIVAÇÃO Atualizado em 11/01/2016 MOTIVAÇÃO Estar motivado é visto como uma condição necessária para que um trabalhador entregue um desempenho superior. Naturalmente, como a motivação

Leia mais

PROFESSORES: Selma Santana, Gamil Föppel, Thaís Bandeira e Fábio Roque SEMESTRE DE ESTUDO: 2º Semestre

PROFESSORES: Selma Santana, Gamil Föppel, Thaís Bandeira e Fábio Roque SEMESTRE DE ESTUDO: 2º Semestre DISCIPLINA: Direito Penal I CH total: 36h PROFESSORES: Selma Santana, Gamil Föppel, Thaís Bandeira e Fábio Roque SEMESTRE DE ESTUDO: 2º Semestre TURNO: Matutino / Noturno CÓDIGO: DIR012 1. EMENTA: Propedêutica

Leia mais