MANUAL DE PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRONIZADOS
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- Yan Eger
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1 MANUAL DE PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRONIZADOS Lagarto, SE 2018
2 APRESENTAÇÃO Este manual foi elaborado pelos acadêmicos de enfermagem da UniAges, com o objetivo padronizar os procedimentos de rotina executados pelos profissionais de enfermagem do Centro de Atenção Psicossocial II, Aconchego, localizado no município de Lagarto, sob orientação e supervisão da enfa. Antoniele dos Santos Pimentel (COREN/SE ). Os procedimentos operacionais padrões (POP S) representam a descrição detalhada e sequencial de técnicas de enfermagem. O documento foi desenvolvido pela necessidade de padronizar os procedimentos de rotina desenvolvidos na unidade de atendimento supracitada, afim de que atenda todos os requisitos exigidos para o atendimento integral, humanizado e de qualidade ao usuário e seus acompanhantes. Além disso, possibilitará aos profissionais de enfermagem respaldo legal no cumprimento de suas atividades. O Manual contempla os aspectos normativos e conceituais atualizados, e constitui-se de um importante instrumento de trabalho, sempre que necessário, poderá sofrer modificações e revisões, visando à melhoria contínua do serviço. Atenciosamente, Antoniele dos Santos Pimentel, Amanda Santos e Santos, Bruno Henrique da Silva Santos, Gleice Kelle Domingos de Jesus, Iranildes Correia de Souza, Lúcia Fernanda Dantas Costa, Teoclécia Felix Santos.
3 AGRADECIMENTOS A todos os envolvidos na elaboração desse manual, ao corpo discente Amanda Santos e Santos Bruno Henrique da Silva Santos, Gleice Kelle Domingos de Jesus, Iranildes Correia de Souza, Lúcia Fernanda Dantas Costa, Teoclécia Felix Santos. A preceptora responsável, Antoniele Pimentel, a Coordenadora da UniAges, Francielly Fraga, a enfermeira responsável pelo CAPS, Edenia Soares de Figueiredo Macário, e ao Coordenador do CAPS, Fernandes Santos Souza. Agradecemos a oportunidade e ao campo de estágio disponibilizado, assim como toda a recepção dos funcionários que compõe essa instituição, além dos usuários que permitiram uma grande troca de experiências.
4 SUMÁRIO INTRODUÇÃO... 5 Procedimento 01: Acolhimento... 6 Procedimento 02: Higienização das mãos com Álcool a 70% Procedimento 03: Medição da temperatura corporal (axilar) Procedimento 04: Avaliação da respiração (Frequência respiratória) Procedimento 05: Avaliação do Pulso Radial Procedimento 06: Aferição da Pressão Arterial Procedimento 07: Glicemia Capilar Procedimento 08: Administração de medicamentos por via oral e sublingual Procedimento 09: Administração de Medicamentos Intramuscular (IM)... 27
5 5 INTRODUÇÃO Os profissionais de enfermagem criam e utilizam conhecimentos sistematizados, direcionados para a solução de problemas de saúde de indivíduos ou grupos e os seus instrumentos constituem parte desse conhecimento sistematizado, que ensina e aplica a prática com responsabilidade e compromisso (CIANCIARULLO, 1996). Dessa forma esse trabalho foi desenvolvido conforme a necessidade de uniformizar a realização dos procedimentos que são desenvolvidos na rotina dos profissionais de enfermagem que atuam no campo de saúde mental, considerando como um fator de extrema importância para implantar um sistema de trabalho que assegure um nível de excelência de qualidade (SILVA, 1991). O objetivo principal é promover a sistematização dos procedimentos que serão realizados pelos preceptores e alunos atuantes do Curso de Graduação em Enfermagem da UniAges, em conformidade com os profissionais que compõe a equipe do CAPS aconchego, com vista ao desenvolvimento de uma prática qualificada.
6 6 Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) Aconchego II Curso de enfermagem Procedimentos Operacionais Padronizados (POPs) POP 01 Procedimento: Acolhimento Objetivo: Acolher de forma integral e humanizada o usuário do CAPS. Etapas Roteiro 1. Recepção e acolhimento / Admissão e Tratar o usuário pelo nome; inserção Dirigir-se ao usuário com palavras de conforto, transmitindo-lhe segurança e 2. Plano Personalizado de Atendimento PPA apoio; Não emitir juízo de valores ou comentários sobre a situação do usuário; Expressar gesto concreto, oferecendo cuidados em relação à alimentação, agasalho, higiene, medicação e outros. Apresentá-lo aos demais usuários que fazem parte do CAPS. Saúde: considerar todos os aspectos da saúde física e mental; Consultas médicas realizadas, medicações administradas, história prévia do estado de saúde; Educação formal: inserção na escola, série, dificuldades de aprendizagem observadas; Cultura, lazer, espiritualidade: experiências vivenciadas, áreas de interesse, formação espiritual; Relações familiares, afetivas e sociais; Aspectos jurídicos da situação do usuário. 3. Abordagem Familiar A abordagem familiar é um dos pontos fundamentais que possibilitará (ou não) o retorno do usuário ao seio familiar. Requer atendimento especializado e permanente,
7 7 4. Redes de apoio social e/ou pessoal do indivíduo 5. Os grupos de convivência, os grupos de artesanato ou de geração de renda, entre outros mesmo depois do desligamento da instituição, para evitar a reincidência e a revitimização do usuário. Requer a interconexão e articulação dos serviços, organizações, movimentos sociais e de comunidades. Cabe à equipe organizar rotinas que proponham envolvimento e a participação do usuário, como: centro de acolhimento com florais, ambiente arejado, música, iluminação, entre outros. Observações: 1. Elaboração do Projeto Terapêutico Singular PTS: conjunto de propostas e condutas terapêuticas articuladas em discussão coletiva interdisciplinar. Configura-se como um dispositivo potencial para o planejamento das ações em saúde na Estratégia de Saúde da Família, especialmente nos serviços onde o trabalho está organizado na lógica de Apoio Matricial e Equipe de Referência. 2. Conhecer as demandas de saúde da população de seu território. 3. Criar recursos coletivos e individuais de cuidado avaliados como os mais necessários ao acompanhamento e ao suporte de seus usuários e de sua comunidade. Referências: BRASIL, Ministério da Saúde Secretaria de Atenção a Saúde; Saúde Mental caderno 34, POTTER, Patricia. Fundamentos de Enfermagem. Rio de Janeiro: Elsevier,2013. Acadêmicos de enfermagem: Amanda Santos e Santos Bruno Henrique da Silva Santos Gleice Kelle Domingos de Jesus Iranildes Correia de Souza Lúcia Fernanda Dantas Costa Teoclécia Felix Santos Preceptora responsável: Enfa. Antoniele Pimentel Coordenadora UniAges: Francielly Fraga Enfermeira CAPS: Edenia Soares de Figueiredo Macário Coordenador CAPS: Fernandes Santos Souza
8 8 Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) Aconchego II Curso de enfermagem Procedimentos Operacionais Padronizados (POPs) POP 02 Procedimento: Higienização das mãos com água e sabonete Objetivo: Garantir a higienização correta das mãos e diminuir o risco de transmissão cruzada. Material Quantidade Água Quantidade suficiente para enxaguar todas as superfícies das mãos. Sabonete Quantidade suficiente em uma mão em forma de concha para todas as superfícies das mãos. Papel toalha descartável Quantidade suficiente para secar todas as superfícies das mãos. 0. Molhar as mãos com água. 1. Aplicar na palma da mão quantidade suficiente de sabonete líquido para cobrir todas as superfícies das mãos. 2. Ensaboar as palmas das mãos, friccionando-as entre si. 3. Esfregar a palma da mão direita contra o dorso da mão esquerda entrelaçando os dedos e vice-versa. 4. Entrelaçar os dedos e friccionar entre os espaços interdigitais.
9 9 5. Esfregar o dorso dos dedos de uma mão com a palma da mão oposta, segurando os dedos, com movimento de vai-e-vem e viceversa 6. Esfregar o polegar esquerdo com o auxílio da palma da mão direita, utilizandose de movimento circular e vice-versa. 7. Friccione as polpas digitais e unhas da mão direita contra a palma da mão esquerda, fazendo movimento circular e vice-versa. 8. Enxaguar bem as mãos com água. 9. Secar as mãos com papel toalha descartáveis, e despreza-los no lixo comum. 10. No caso de torneiras com contato manual para fechamento, sempre utilize papel toalha. 11. Agora, suas mãos estão seguras.
10 10 Duração de todo o procedimento: 40 a 60 segundos Referências: ANVISA. AGENCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Higienizar as Mãos com àgua e sabonete. Disponível em: < y/higienizacao-das-maos>. Acessado em: 29 nov Acadêmicos de enfermagem: Amanda Santos e Santos Bruno Henrique da Silva Santos Gleice Kelle Domingos de Jesus Iranildes Correia de Souza Lúcia Fernanda Dantas Costa Teoclécia Felix Santos Preceptora responsável: Enfa. Antoniele Pimentel Coordenadora UniAges: Francielly Fraga Enfermeira CAPS: Edenia Soares de Figueiredo Macário Téc. De Enfermagem CAPS: Ginaldo da Cruz Rodrigues Coordenador CAPS: Fernades Santos Souza
11 11 Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) Aconchego II Curso de enfermagem Procedimentos Operacionais Padronizados (POPs) POP 03 Procedimento: Higienização das mãos com Álcool a 70% Objetivo: Garantir a higienização correta das mãos e diminuir o risco de transmissão cruzada. Material Quantidade ÁLCOOL A 70% Quantidade suficiente para cobrir todas as superfícies das mãos 1. Aplicar na mão uma quantidade suficiente do álcool a 70% para cobrir todas as superfícies das mãos. 2. Friccionar as palmas das mãos entre si. 3. Friccionar a palma direita contra o dorso da mão esquerda entrelaçando os dedos e vice-versa. 4. Friccionar a palma das mãos entre si com os dedos entrelaçados. 5. Friccionar o dorso dos dedos de uma mão com a palma da mão oposta, segurando os dedos, com movimento de vai-e-vem e viceversa. 6. Friccionar o polegar esquerdo, com o auxílio da palma da mão direita, utilizandose de movimento circular e vice-versa.
12 12 7. Friccionar as polpas digitais e unhas da mão direita contra a palma da mão esquerda, fazendo um movimento circular e vice-versa. 8. Quando estiverem secas, suas mãos estarão seguras. Referências: Duração de todo o procedimento: 30 a 40 segundos ANVISA. AGENCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Como Fazer a Fricção Antisséptica das Mãos com Preparação Alcoólica. Disponível em:< hp/publicacoes/category/higienizacao-das-maos>. Acessado em: 27 nov Acadêmicos de enfermagem: Amanda Santos e Santos Bruno Henrique da Silva Santos Gleice Kelle Domingos de Jesus Iranildes Correia de Souza Lúcia Fernanda Dantas Costa Teoclécia Felix Santos Preceptora responsável: Enfa. Antoniele Pimentel Coordenadora UniAges: Francielly Fraga Enfermeira CAPS: Edenia Soares de Figueiredo Macário Téc. De Enfermagem CAPS: Ginaldo da Cruz Rodrigues Coordenador CAPS: Fernades Santos Souza
13 13 Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) Aconchego II Curso de enfermagem Procedimentos Operacionais Padronizados (POPs) POP 04 Procedimento: Medição da temperatura corporal (axilar) Objetivo: determinar a temperatura axilar do paciente. Indicações para verificação da temperatura: em atendimento a prescrição médica; de enfermagem ou suspeita de alteração na temperatura do usuário. Material Quantidade Bandeja 01 unidade Termômetro digital 01 unidade Álcool a 70% 01 frasco Algodão Bolinhas Papel toalha 02 unidades (se necessário) Caneta e papel DESCRIÇÃO DO PROCEDIMENTO 1. Realizar a higienização das mãos; 2. Realizar a assepsia da bandeja com álcool a 70%; 3. Organizar o material necessário na bandeja; 4. Apresentar-se ao paciente e realizar o acolhimento; 5. Explicar o procedimento ao paciente; 6. Realizar a desinfecção do termômetro com álcool a 70%; 7. Se necessário enxugar a axila do paciente com papel toalha; 8. Colocar o termômetro na região axilar do paciente de modo que esteja em contato com a pele, e pedir que comprima o braço repousando-o sobre o tórax. 9. Depois de posicionado, mantenha o termômetro em posição até que um sinal audível indique a conclusão da medição da temperatura. 10. Retire o termômetro e realize o registro em prontuário. 11. Informe ao paciente à temperatura que foi registrada; 12. Recolha todo o material para descarte e desinfecção. Figura 01. Posicionamento do termômetro na região axilar. Fonte: Google imagens
14 14 Referências: NOMENCLATURA E VALORES DE REFERÊNCIA Tabela 01. Valores de referência para temperatura e suas classificações Classificação Valores de referência Fonte: POTTER, Hipotermia Abaixo de 35 C Afebril 36,1 a 37,2 C Estado febril 37,3 a 37,7 C Febre/Hipertermia 37,8 a 38,9 C Pirexia 39 a 40 C Hiperpirexia 39 a 40 C POTTER, P.A; PERRY, A.G. Fundamentos de enfermagem. 7ed. Rio de Janeiro: Elsevier, PAZ, A. et al. Manual de procedimentos básicos de Enfermagem. Porto Alegre : Ed. da UFCSPA, Acadêmicos de enfermagem: Amanda Santos e Santos Bruno Henrique da Silva Santos Gleice Kelle Domingas de Jesus Iranildes Correia de Souza Lúcia Fernanda Dantas Costa Teoclécia Felix Santos Preceptora responsável: Enfa. Antoniele Pimentel Coordenadora UniAges: Francielly Fraga Enfermeira CAPS: Edenia Soares de Figueiredo Macário Coordenador CAPS: Fernades Santos Souza
15 15 Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) Aconchego II Curso de enfermagem Procedimentos Operacionais Padronizados (POPs) Procedimento: Avaliação da respiração (Frequência respiratória) POP 05 Objetivo: Avaliar e determinar frequência respiratória, bem como profundidade e ritmo. Material Quantidade Relógio de pulso ou de bolso 01 relógio Caneta e papel 01 unidade DESCRIÇÃO DO PROCEDIMENTO 1. Realizar a higienização das mãos; 2. Apresentar-se ao usuário e realizar o acolhimento; 3. A frequência respiratória deve ser realizada de forma discreta para que não cause alterações no padrão respiratório do usuário; 4. Certifique-se que o tórax do paciente esteja visível, o paciente pode estar sentado ou em decúbito dorsal; 5. Colocar a mão no pulso radial do paciente como se fosse verificar a frequência cardíaca através do pulso radial, observando os movimentos respiratórios durante um minuto; 6. Observar o ciclo respiratório completo (inspiração e expiração); 7. Contar o ciclo respiratório com auxilio do relógio durante 60 segundos; 8. Observar possíveis sinais que indique desconforto respiratório como, o uso da musculatura acessória e batimento de asas de nariz; 9. Registar o valor encontrado no prontuário do usuário. 10. Explicar o procedimento ao usuário e a importância de realiza-lo; Figura 01 Figura 02 Figura 01. Palpação da artéria radial Figura 02. Contagem da frequência respiratória com o auxilio de um relógio de bolso Fonte: Google imagens
16 16 Referências: POTTER, P.A; PERRY, A.G. Fundamentos de enfermagem. 7ed. Rio de Janeiro: Elsevier, BARE, B. G.; SUDDARTH, D. S. Brunner Tratado de enfermagem médico Cirúrgica. 12ª Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, Acadêmicos de enfermagem: Amanda Santos e Santos Bruno Henrique da Silva Santos Gleice Kelle Domingas de Jesus Iranildes Correia de Souza Lúcia Fernanda Dantas Costa Teoclécia Felix Santos Preceptora responsável: Enfa. Antoniele Pimentel Coordenadora UniAges: Francielly Fraga Enfermeira CAPS: Edenia Soares de Figueiredo Macário Coordenador CAPS: Fernades Santos Souza
17 17 Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) Aconchego II Curso de enfermagem Procedimentos Operacionais Padronizados (POPs) POP 06 Procedimento: Avaliação do Pulso Radial Objetivo: avaliar e monitorar as condições hemodinâmicas do paciente, bem como a frequência, ritmo e amplitude do pulso periférico. Justificativa: o pulso radial é de fácil localização em um adulto e garante avaliação rápida da circulação periférica. Material Quantidade Relógio de pulso ou de bolso 01 unidade Caneta e papel DESCRIÇÃO DO PROCEDIMENTO 1. Realizar a higienização das mãos; 2. Apresentar-se ao usuário e realizar acolhimento; 3. Explicar o procedimento ao paciente e a importância da sua realização; 4. Palpar a artéria radial com as polpas dos dedos indicador e médio (localização: porção distal do rádio); 5. Após localização, contar a frequência durante 60 segundos; 6. Realizar higienização das mãos; 7. Registrar no prontuário do usuário; 8. Informar ao paciente o valor encontrado e possíveis alterações, quando presente. Figura 01. Localização do pulso radial Fonte: Google Imagens
18 18 NOMENCLATURA E VALORES DE REFERÊNCIA Tabela 01. Valores de referência para frequência cardíaca e suas classificações Classificação Valores de Referência Bradicárdico Normocárdico Taquicárdico < 60 batimentos por minuto (bpm) 60 a 100 bpm >100 bpm Fonte: POTTER, Referências: POTTER, P.A; PERRY, A.G. Fundamentos de enfermagem. 7ed. Rio de Janeiro: Elsevier, PAZ, A. et al. Manual de procedimentos básicos de Enfermagem. Porto Alegre: Ed. da UFCSPA, Acadêmicos de enfermagem: Amanda Santos e Santos Bruno Henrique da Silva Santos Gleice Kelle Domingas de Jesus Iranildes Correia de Souza Lúcia Fernanda Dantas Costa Teoclécia Felix Santos Preceptora responsável: Enfa. Antoniele Pimentel Coordenadora UniAges: Francielly Fraga Enfermeira CAPS: Edenia Soares de Figueiredo Macário Coordenador CAPS: Fernades Santos Souza
19 19 Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) Aconchego II Curso de enfermagem Procedimentos Operacionais Padronizados (POPs) POP 07 Procedimento: Aferição da Pressão Arterial Objetivo: Conhecer o valor numérico da pressão arterial (sistólica e diastólica) para avaliar se o usuário encontra-se normotenso, hipotenso ou hipertenso. Executante: Profissional de enfermagem Periocidade: Antes das consultas médicas e sempre que for necessário. Material Quantidade Equipamento de proteção individual (EPI) Bandeja; 01 unidade Estetoscópio; 01 unidade Esfigmomanômetro; 01unidade Jaleco 01 gorro 01 máscara simples 01 par de luvas de procedimento para cada paciente Algodão; Bolinhas de algodão Solução alcoólica ou álcool gel 70% 01 frasco Caneta e papel. ETAPAS DO PROCEDIMENTO 1. Realizar a desinfecção da bandeja com álcool 70%; 2. Organizar o material necessário na bandeja; 3. Realizar a desinfecção do estetoscópio e esfigmomanômetro com algodão umedecido em solução alcoólica 70%; 4. Realizar a higienização das mãos; 5. Colocar os EPI s; 6. Realizar acolhimento do paciente e realizar anamnese; 7. Certificar-se que o paciente não está com a bexiga cheia, se não praticou exercícios físicos, não ingeriu bebidas alcoólicas, café, alimentos com excesso de sal ou fumou até 30 minutos antes da medida; 8. Orientar para o paciente descansar por 5 a 10 minutos em ambiente calmo e temperatura agradável; 9. Explicar o procedimento para o paciente e/ou acompanhante; 10. Escolher o manguito adequado ao braço do paciente, e posicioná-lo cerca de 2 a 3 cm acima da fossa cubital, centralizando a bolsa de borracha sobre a artéria
20 20 braquial. A largura da bolsa de borracha deve corresponder a 40% da circunferência do braço e o seu comprimento, envolver pelo menos 80%; 11. Posicionar se possível, o paciente sentado com o braço repousado em uma superfície firme, mantendo-o acima do nível do coração e solicitar que o paciente descruze as pernas; 12. Localizar a artéria braquial através da palpação; 13. Expor o braço para colocar o manguito; 14. Palpar o pulso radial e inflar o manguito até o seu desaparecimento para estimar a pressão sistólica, desinflar rapidamente e aguardar um minuto para inflar novamente; 15. Posicionar a campânula do estetoscópio suavemente sobre a artéria braquial, na fossa cubital, evitando compressão excessiva; 16. Inflar rapidamente de 10 em 10mmHg, até ultrapassar de 20 a 30mmHg o nível estimado da pressão sistólica; 17. Proceder a deflação com velocidade constante inicial de 2 a 4 mmhg por segundo; 18. Após identificação do som que determina a pressão sistólica, aumentar a velocidade para 5 a 6 mmhg para evitar congestão venosa e desconforto para o paciente; 19. Determinar a pressão sistólica no momento do aparecimento do primeiro som (fase I de Korotkoff), seguido de batidas regulares que se intensificam com o aumento da velocidade da deflação; 20. Determinar a pressão diastólica no desaparecimento do som (fase V de Korotkoff); 21. Auscultar cerca de 20 a 30mmHg abaixo do último som para confirmar seu desaparecimento e depois proceder a deflação rápida e completa. Quando os batimentos persistirem até o nível zero, determinar a pressão diastólica no abafamento dos sons (fase IV de Korotkoff); 22. Registrar os valores das pressões sistólica e diastólica do paciente; 23. Informar os valores ao paciente; 24. Organizar os materiais e a sala; 25. Descartar as luvas de procedimentos em lixeiro apropriado e higienizar as mãos; 26. Registrar os valores no prontuário, assinar e carimbar.
21 21 NOMENCLATURA E VALORES DE REFERÊNCIA Tabela 01. Valores de referência para a pressão arterial e seus estágios clínicos Classificação Pressão Sistólica (mmhg) Pressão Diastólica (mmhg) Ótima < 120 <80 Normal < 130 < 85 Limítrofe Hipertensão estágio I Hipertensão estágio II Hipertensão estágio III > ou = 180 > ou = 110 Hipertensão sistólica > ou = 140 < 90 isolada Fonte: Adaptado da VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão, v. 95, n. 1, REFERÊNCIAS: VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão. Arq. Bras. Cardiol, São Paulo, v. 95, n. 1, Disponível em:< 782X &lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 30/11/2018. BARE, B. G.; SUDDARTH, D. S. Brunner Tratado de enfermagem médico Cirúrgica. 12ª Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, POTTER, P.A.; PERRY, A.G. Fundamentos de enfermagem. 7ª Ed. São Paulo: Elsevier, PORTO, C.C. Semiologia médica. 6ª Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, Sociedade Brasileira de Cardiologia / Sociedade Brasileira de Hipertensão / Sociedade Brasileira de Nefrologia. VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão. Arq. Bras. Cardiol (1 supl. 1): KOCH, R.M. et AL. Técnicas básicas de enfermagem. 22ª edição. Curitiba: Século XXI Livros, TEIXEIRA, C. C. Aferição dos sinais vitais: um indicador do cuidado seguro em idosos. Texto Contexto Enferm, Florianópolis, 2015 Out-Dez; 24(4): Acesso em: 30/11/2018. Disponível em: pdf
22 Acadêmicos de enfermagem: Amanda Santos e Santos Bruno Henrique da Silva Santos Gleyce Kelle Domingos de Jesus Iranildes Correia de Souza Lúcia Fernanda Dantas Costa Teoclécia Felix Santos Preceptora responsável: Enfa. Antoniele Pimentel Coordenadora UniAges: Francielly Fraga Enfermeira CAPS: Edenia Soares de Figueiredo Macário Téc. De Enfermagem CAPS: Ginaldo da Cruz Rodrigues Coordenador CAPS: Fernades Santos Souza 22
23 23 Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) Aconchego II Curso de enfermagem Procedimentos Operacionais Padronizados (POPs) POP 08 Procedimento: Glicemia Capilar Objetivo: Verificar a taxa de glicemia capilar do usuário. Material Glicosímetro 1 Fitas reagentes de glicose 1 Lanceta Estéril 1 Luvas limpas 1 Algodão (bolas ) 2 Lixo contaminado 1 Lixo comum 1 Descarpack 1 Quantidade 1. Explicar o procedimento e sua finalidade para o paciente e/ou familiares; 2. Garantir um ambiente seguro e com privacidade; 3. Realizar higienização das mãos; 4. Posicionar o paciente na cadeira ou deitado na maca; 5. Calçar as luvas de procedimento; 6. Checar as condições do material a ser utilizado (integridade e validade); 7. Retirar a tira reagente do frasco e conferir se o código condiz com medidor; 8. Introduzir a tira reagente no medidor de glicose sanguínea. 9. Escolher o local da punção (optar pela lateral do dedo e evitar a parte central); 10. Massagear o local da punção para melhor vascularização; 11. Segurar o dedo que será puncionado para baixo; 12. Realizar antissepsia com algodão embebido em álcool a 70% e deixar secar completamente; 13. Retirar a tampa da lanceta e perfurar o local escolhido rapidamente em um movimento único (não forçar a lanceta); 14. Pressionar levemente o local da punção até que forme uma grande gota de sangue e depositar na tira reagente; 15. Pressionar o local da punção com algodão para estancar o sangramento; 16. Verificar o resultado que aparecerá na tela do medidor; 17. Descartar a lanceta no perfuro cortante (Descarpack), luva com gotículas de sangue no lixo contaminado e algodão sem presença de sangue no lixo comum; 18. Explicar ao paciente sobre o resultado; 19. Anotar sobre o procedimento realizado no prontuário do paciente.
24 24 Tabela 01. Valores de referência para o diabetes mellitus e seus estágios clínicos Classificação Glicemia de jejum Glicemia casual Referências: Glicemia Normal <110 <200 Glicemia alterada >110 e <126 Diabetes mellitus > e sintomas clássicos* Fonte: Adaptado do caderno de atenção básica, nº36, Ministério da saúde, *Sintomas clássicos: poliúria, polidipsia, polifagia e perda de peso. BRASIL. Ministério da Saúde. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica: diabetes mellitus. Brasília: Ministério da Saúde, POTTER, Patricia. Fundamentos de Enfermagem. Rio de Janeiro: Elsevier, Acadêmicos de enfermagem: Amanda Santos e Santos Bruno Henrique da Silva Santos Gleyce Kelly Domingos de Jesus Iranildes Correia de Souza Lúcia Fernanda Dantas Costa Teoclécia Felix Santos Preceptora responsável: Enfa. Antoniele Pimentel Coordenadora UniAges: Francielly Fraga Enfermeira CAPS: Edenia Soares de Figueiredo Macário Coordenador CAPS: Fernandes Santos Souza
25 25 Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) Aconchego II Curso de enfermagem Procedimentos Operacionais Padronizados (POPs) Procedimento: Administração de medicamentos por via oral e sublingual Objetivo: Preparar e administrar medicamentos por via oral. Material para via Oral Material para via Sublingual Bandeja; Bandeja; Medicamento prescrito; Medicamento prescrito. Copo descartável (30 ml); Água mineral. PROCEDIMENTO: POP Conferir as prescrições médica e de enfermagem; 2. Comparar as prescrições com o rótulo do medicamento, a fim de garantir que se trata: (1) do paciente certo, (2) do medicamento certo, (3) da dose certa, (4) da via de administração certa e (5) do horário certo; 3. Preparar a medicação, e conferir a data de validade e integridade da embalagem; 4. Colocar o medicamento no copo, sem tocá-lo; 5. Reunir todo o material em uma bandeja previamente higienizada; 6. Higienizar as mãos; 7. Apresentar-se ao paciente e confirmar os dados do prontuários/prescrição; 8. Perguntar o nome completo do paciente a fim de garantir que se trata do paciente certo; 9. Explicar o procedimento e a necessidade de executá-lo, e aguardar o consentimento do paciente, quando cabível; 10. Colocar o paciente sentado ou em decúbito elevado (45º); 11. Para as medicações orais entregar o copo com a medicação e fornecer água. Caso o paciente não consiga realizar o movimento, auxilia-lo parcialmente ou totalmente (Figura 01). 12. Para as medicações sublinguais, entregar o medicamento ao paciente, orientando a colocar sob a língua. Orientar a não mastigar e nem engolir o medicamento, o mesmo deve ser totalmente absorvido (Figura 02). 13. Para as medicações bucais, entregar o medicamento ao paciente, orientando a colocar no saco bucal, entre a bochecha e os dentes. Orientar a não mastigar e nem engolir o medicamento, o mesmo deve ser totalmente absorvido. 14. Recolher o material utilizado colocá-lo na bandeja e fazer o descarte adequado; 15. Higienizar a bandeja com álcool 70%; 16. Higienizar as mãos; 17. Registrar o procedimento realizado no prontuário, e notificar possíveis as intercorrências.
26 26 Figura 01 Figura 02 Fonte: Google imagens Referências: POTTER, P.A; PERRY, A.G. Fundamentos de enfermagem. 7ed. Rio de Janeiro: Elsevier, TIMBY, B.K. Conceitos e habilidades fundamentais no atendimento de enfermagem. 8ed. Porto Alegre: Artmed, PAZ, A. et al. Manual de procedimentos básicos de Enfermagem. Porto Alegre : Ed. da UFCSPA, Acadêmicos de enfermagem: Amanda dos Santos e Santos Bruno Henrique da Silva Santos Gleyce Kelly Domingos de Jesus Iranildes Correia de Souza Lúcia Fernanda Dantas Costa Teoclécia Felix Santos Preceptora responsável: Enfª. Antoniele Pimentel Coordenadora UniAges: Franciele Fraga Enfermeira CAPS: Edenia Soares de Figueiredo Macário Coordenador CAPS: Fernandes Santos Souza
27 27 Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) Aconchego II Curso de enfermagem Procedimentos Operacionais Padronizados (POPs) POP 10 Procedimento: Administração de Medicamentos Intramuscular (IM) Objetivo: Preparar e administrar medicações via intramuscular Material Bandeja; Medicamento prescrito; Luvas de procedimento; Seringa de 3 a 5 ml; Agulha de calibre 30x7 mm; 25x7mm, 25x8mm, conforme o biótipo do paciente e o músculo que será administrada a medicação. Algodão/gaze; Solução antisséptica: álcool 70% ou clorexidina alcoólica. Lixo de resíduo comum, lixo para material biológico, Caixa de perfuro cortante. PROCEDIMENTO: 1. Conferir as prescrições médica e de enfermagem; 2. Comparar as prescrições com o rótulo do medicamento, a fim de garantir que se trata: (1) do paciente certo, (2) do medicamento certo, (3) da dose certa, (4) da via de administração certa e (5) do horário certo; 3. Separar a medicação (observando sua apresentação, validade e integridade); 4. Reunir todo o material em uma bandeja; 5. Higienizar as mãos; 6. Realizar antissepsia do frasco-ampola; 7. Homogeneizar todo o conteúdo do frasco; 8. Aspirar o medicamento do frasco utilizando agulha de 30 x 0,7 mm, sem deixar ar no interior; 9. Trocar a agulha por outra, específica para via IM; 10. Perguntar o nome completo do paciente a fim de garantir que se trata do paciente certo; 11. Apresentar-se e explicar o procedimento ao paciente; 12. Aguardar o consentimento do paciente, quando cabível; 13. Colocar o paciente na posição mais adequada ao procedimento; 14. Expor a região (deltoide ou glútea) e delimitar o local de aplicação; 15. Solicitar ao paciente para relaxar o músculo que receberá a injeção, de forma a diminuir a dor e as chances de sangramento; 16. Fazer a antissepsia do local com algodão embebido em álcool a 70%, três vezes, diversificando os lados do algodão; 17. Pinçar a pele e o músculo do local selecionado; 18. Inserir a agulha em um ângulo de 90 em relação ao músculo com o bisel lateralizado; 19. Aspirar levemente o êmbolo da seringa, para certificar-se de que não atingiu nenhum vaso sanguíneo; 20. Injetar o conteúdo da seringa (caso seja superior a 5 ml, fracionar a dose e aplicar em mais de um local), empurrando o êmbolo com a mão oposta à que segura a seringa;
28 Retirar a agulha com um único movimento rápido e firme; 22. Comprimir levemente o local com algodão seco; 23. Verificar o local da punção, observando a formação de hematoma ou de reação alérgica; 24. Cobrir o local com algodão e fita hipoalergênica, tipo Micropore ; 25. Fazer rodízio do local da aplicação, em caso de uso crônico de medicamento; 26. Recolher o material utilizado, e colocá-lo na bandeja para fazer o descarte adequado; 27. Descartar o material perfurocortante em recipiente adequado; 28. Higienizar a bandeja com álcool 70%; 29. Higienizar as mãos; 30. Registrar o procedimento realizado no prontuário do usuário. Figura 01. Aplicação IM no musculo deltoide. Figura 02. Aplicação IM no dorso glúteo.
29 29 IM (90º). Figura 03. Ângulo de inserção para aplicação Referências: POTTER, P.A; PERRY, A.G. Fundamentos de enfermagem. 7ed. Rio de Janeiro: Elsevier, TIMBY, B.K. Conceitos e habilidades fundamentais no atendimento de enfermagem. 8ed. Porto Alegre: Artmed, PAZ, A. et al. Manual de procedimentos básicos de Enfermagem. Porto Alegre : Ed. da UFCSPA, Acadêmicos de enfermagem: Amanda dos Santos e Santos Bruno Henrique da Silva Santos Gleyce Kelly Domingos de Jesus Iranildes Correia de Souza Lúcia Fernanda Dantas Costa Teoclécia Felix Santos Preceptora responsável: Enfª. Antoniele Pimentel Coordenadora UniAges: Franciele Fraga Enfermeira CAPS: Edenia Soares de Figueiredo Macário Coordenador CAPS: Fernandes Santos Souza
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