Uma Introdução à Filosofia da Ciência.
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- Fábio Ribeiro
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1 Uma Introdução à Filosofia da Ciência. Álvaro Leonardi Ayala Filho Instrumentação para o Ensino da Física I
2 Roteiro Introdução I: Epistemologia? Introdução II: A Filosofia e o Ensino de Ciências. Explicação científica: Explicação e Generalidade. O problema da indução em Hume: Empirismo, Causalidade e Ceticismo. A Filosofia da Ciência no Século XX. Conclusões. 2
3 Introdução: Epistemologia?? Gregos Doxa: Conhecimento senso comum, opinião; Sophya: Sabedoria, adquirida com a vivência; Episteme: Conhecimento formal. Epistemologia: busca da compreensão do que é o conhecimento. 3
4 Introdução: Filosofia e o Ensino de Ciências. Toda ação pedagógica está associada a uma concepção de ciência. Ensino Concepção Positivista. Ênfase na estrutura formal; Ensinar é transmitir; Experimento: comprovação da teoria; Ciência é conhecimento cristalizado e imutável; Evolução Histórica tem caráter acumulativo e afilosófico ; 4
5 O que é uma Explicação Científica. Explicação Generalidade. Exemplo: Uma barra de Ferro dilatou. (1) Por Que? Porque foi aquecida. (2) Conexão entre (1) e (2) Afirmação geral Todo metal dilata quando aquecido. (3) 5
6 A Explicação Científica. Todo metal dilata quando aquecido. (3) Todo Generalidade Presente Passado Futuro Forma Geral: Leis Gerais + Condições Particulares Sistema solar Leis gerais: Leis do Movimento e Gravitação Condições particulares: massa, velocidade e posição do Sol e planetas. 6
7 A Explicação Científica. Este corpo parou, após ter sido colocado em movimento sobre uma mesa, por causa da força de atrito. Leis gerais: Leis de Newton Inercia F = ma Expressão específica para a Força; Condições particulares: massa, velocidade inicial, coeficiente de atrito. 7
8 O Problema da Indução. Como justificar : observações singulares afirmações gerais Enunciados singulares Esta barra de cobre, quando aquecida, dilatou. Esta barra de ferro, quando aquecida, dilatou. Esta barra de alumínio, quando aquecida, dilatou Os metais dilatam quando aquecidos. 8
9 David Hume: Empirismo, Causalidade e Ceticismo. Percepções da mente: Impressões: fortes e vivazes. Ocorrem quando vemos, ouvimos, amamos, odiamos. Idéias: representações mentais das impressões. Formam o pensamento. Pensamento: capacidade de compor, transpor,aumentar ou diminuir (associar) as impressões dos sentidos. As idéias derivam sempre de impressões. Ex: montanha de ouro; minotauro. 9
10 David Hume: Empirismo, Causalidade e Ceticismo. O Conhecimento trata com: Relações de Ideias. Afirmações cuja verdade é garantida apenas pela razão: O triângulo tem três lados. Negação contradição. Questões de fato. Afirmações dependentes da experiência: Os metais dilatam quando aquecidos. Sua negação é verossímil. Empirismo: Conhecimento é associação de ideias derivadas da experiência. 10
11 David Hume: Empirismo, Causalidade e Ceticismo. Associação de ideias: contiguidade, semelhança causalidade. Causalidade: inferência a partir da experiência. Semelhança Contiguidade Metal aquecido Dilatação Metal aquecido Dilatação Metal aquecido Dilatação Causalidade Nossa experiência é organizada em termos de causas e efeitos. O futuro está em conformidade com o passado. 11
12 David Hume: Empirismo, Causalidade e Ceticismo. Ceticismo: Não existem argumentos lógicos que conectem uma determinada causa a um determinado efeito. Não existe impressão dos sentidos associada a causalidade. Não existe impressão dos sentidos que garanta que o futuro estará em conformidade com o passado. Como é possível o conhecimento??????? Hume:... Em todos os raciocínios baseados na experiência, a mente dá um passo que não encontra apoio em nenhum argumento ou processo de entendimento... ela deve estar sendo conduzida por algum outro princípio de igual peso ou autoridade...este princípio é o hábito ou costume 12
13 Filosofia da Ciência no Sec. XX. Karl Popper e o Racionalismo Crítico: Toda experiência só pode ser descrita dentro de um quadro teórico que define os conceitos a serem utilizados: teoria do holofote mental. Não existe lógica da indução. Todo conhecimento é uma invenção humana conveniente que procura descrever a experiência. Racionalismo crítico: as teorias científicas são aquelas que podem ser testadas por experimentos predeterminados. Evolução da Ciência: as teorias devem ser testadas sistematicamente. Teorias que não passem no(s) teste(s) devem ser abandonadas e novas teorias devem ser criadas. Todo o conhecimento é provisório e sujeito a critica e renovação. 13
14 Filosofia da Ciência no Sec. XX. Thomas Kuhn e o papel da história da Ciência: Filosofia da ciência historicamente orientada. Paradigma: conjunto de teorias, situações exemplares de aplicações da teoria, práticas profissionais e até práticas pedagógicas compartilhadas por uma comunidade científica. Ciência normal: atividade científica desenvolvida por uma comunidade que compartilha um paradigma e se dedica basicamente a ajustar ou resolver os problemas localizados do paradigma. O paradigma não é testado. Revolução Científica: período histórico de exceção onde um paradigma deixa de cumprir suas funções e passa a apresentar mais situações problemáticas do que soluções. No período revolucionário, um novo paradigma surge. Incomensurabilidade entre paradigmas e o relativismo. 14
15 Filosofia da Ciência no Sec. XX. Paul Feyerabend e o anarquismo metodológico. Irme Lakatos e a metodologia dos programas de pesquisa. Gaston Bachelard e os obstáculos Epistemológicos Alexandre Koyre e a História da Ciência. 15
16 Conclusões I O Conhecimento é: uma criação mental, uma representação do mundo na nossa mente. uma forma de descrever a natureza. produto de uma visão de mundo. provisório e substituível. associado a uma linguagem compartilhada por uma comunidade. um fenômeno social. 16
17 Conclusões II Toda ação pedagógica está associada a uma concepção de ciência. Projeto pedagógico Projeto epistemológico Projeto político Concepção de Ensino Concepção de Ciência Concepção de Estado 17
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