João Gomes Cravinho Ministro da Defesa Nacional

Transcrição

1 João Gomes Cravinho Ministro da Defesa Nacional Intervenção do Ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, por ocasião da despedida da Força Nacional Destacada NRP Álvares Cabral Lisboa, 22 de janeiro de

2 É com enorme satisfação que estou aqui, hoje, a bordo do NRP Álvares Cabral, na cerimónia de despedida, e é, para mim, uma honra poder endereçar-vos umas breves palavras antes de zarparem para o Golfo da Guiné. Empenhar as cores nacionais fora de fronteiras é sempre um enorme motivo de orgulho e estou certo que todos vós o sentis desta forma. Mas para quem fica é também um imenso privilégio contar com mulheres e homens militares portugueses, totalmente dedicados à missão que lhes é confiada. A participação e empenho da Marinha Portuguesa na iniciativa anual Mar Aberto tem já o seu lastro e é plenamente reconhecida pelos nossos parceiros. Esse contributo da Marinha portuguesa e de cada um de vós, em concreto, para o reforço da capacidade dos nossos parceiros, na resposta os diversos desafios que enfrentam no Golfo da Guiné, faz toda a diferença. Ele permite aos Estados costeiros exercer as suas responsabilidades inerentes à soberania e jurisdição, colmatando lacunas dos meios navais disponíveis e reforçando a qualificação dos seus recursos humanos. 2

3 Ao fazê-lo contribui, naturalmente, para maximizar a presença portuguesa no continente africano e as nossas relações com os países parceiros da CPLP, nomeadamente Angola, Cabo Verde e S. Tomé e Príncipe. Portugal, através da sua cooperação, procura contribuir para o desenvolvimento de capacidades autónomas locais, que respondam às necessidades de segurança dos Estados parceiros e da comunidade internacional no seu conjunto. A segurança dos nossos parceiros é também a nossa segurança. Caro Sr. Comandante da Força Naval e caros militares embarcados no NRP Álvares Cabral, a nobre missão que hoje iniciam, entre os meses de janeiro e abril, representa uma extraordinária iniciativa nacional. Aqui se tornam bem reais os princípios que frequentemente enunciamos de cooperação internacional e de compromisso com a Implementação de uma Arquitetura de Segurança Marítima no Golfo da Guiné. A vossa presença nestas latitudes, em nome de Portugal, muito nos orgulha e responsabiliza na promoção destes objetivos e no respeito constante 3

4 pelos valores fundamentais por que nos pautamos e que muito têm contribuído para a redefinição da missão das nossas Forças Armadas. Falo de valores democráticos e dos direitos humanos, de respeito pelo direito internacional humanitário, de promoção da Paz, da Democracia e do Estado de Direito. Estes princípios são hoje uma parte integrante da identidade nacional e das suas Forças Armadas são uma parte integrante da vossa missão. Caros oficiais, sargentos e praças desta Força Naval, se hoje Portugal é reconhecido como um parceiro internacional fundamental em matéria de segurança marítima, é graças ao trabalho e empenho de cada um, em particular, e de todos no seu conjunto. Como Ministro da Defesa Nacional e como cidadão deixo a cada um de vós uma palavra de apreço e encorajamento pela missão que têm pela frente, fazendo votos de mar chão e ventos de feição ao longo de todo o período em que estareis ao serviço da Marinha e de Portugal! Às famílias dos militares que agora partem em missão, quero transmitir uma mensagem de conforto e de reconhecimento sentido do enorme 4

5 sacrífico que suportam e do contributo inestimável que o vosso apoio presta à Defesa Nacional e a esta missão em concreto. Caros militares, estou certo de que assegurarão o cumprimento integral desta missão, com o brio e competência que vos é característico, em benefício de Portugal e dos Portugueses. Muito obrigado. 5