Estado da Bahia Câmara Municipal de Vereadores de Correntina

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1 Quinta-feira, 21 de Fevereiro de 2019 Edição N 534 Caderno III Estado da Bahia Câmara Municipal de Vereadores de Correntina DECRETO Nº 002/2019 Dispõe sobre a nulidade de todos os atos praticados pelo ex-vereador Sr. ADENILSON PEREIRA DE SOUZA e ratifica o DECRETO nº 001/2019 que decretou a nulidade dos atos praticados pelo ex-vereador MILTON RODRIGUES SOUZA, na primeira Sessão Ordinária da Câmara de Vereadores de Correntina BA, realizada em 19 de fevereiro de 2019 O PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE VEREADORES DE CORRENTINA BA, no uso de suas atribuições legais e na forma do artigo 47, incisos I, II, III e IV, da Lei Orgânica do Município e arts. 12, caput, art. 14, inciso XIX, do Regimento Interno da Câmara Municipal de Correntina - BA e, ainda, a decisão exarada nos Autos do Agravo de Instrumento nº , de Relatoria do Exmo. Sr. Desembargador, José Olegário Monção Caldas, integrante da 4ª Câmara Cível do Egrégio Tribunal de Justiça da Bahia, CONSIDERANDO a decisão proferida nos autos do Agravo de Instrumento nº , que atribuiu efeito suspensivo à decisão exarada nos autos do Mandado de Segurança nº , a qual não alcançou seu desiderato em decorrência de sua suspensão; CONSIDERANDO que o Sr. Adenilson Pereira de Souza, CPF nº e o Sr. Milton Rodrigues Souza, CPF nº , não possuíam e não possuem legitimidades para edição de qualquer ato administrativo e legislativo, desde a cassação de seus mandatos em 20 de dezembro de 2018, conforme Decreto Legislativo nº 092/2018, no âmbito do Poder Público Local; CONSIDERANDO que para a edição de quaisquer atos do Poder Público é necessária a legitimidade e a capacidade do Agente Público; CONSIDERANDO que a atribuição da Presidência da Casa foi usurpada pelos ex-vereadores, Sr. MILTON RODRIGUES SOUZA e ADENILSON PEREIRA DE SOUZA; CONSIDERANDO que a Mesa Diretora da Câmara Municipal de Correntina BA foi constituída legalmente, em Sessão Solene realizada em dia 01 de janeiro de 2019 para o biênio 2019/2020, e encontrava-se hígida na Sessão Ordinária do dia 19 de fevereiro de 2019; CONSIDERANDO que o Vereador MADSON SOUZA MONTALVÃO, 1º Secretário da Mesa Diretora, encontrava-se presente no Plenário na Sessão realizada nesse Pça. Valderina Coimbra Costa, 66 Centro Fonefax: (0**77) CEP: Correntina BA camaracorrentina@yahoo.com.br NÃO POLUA O RIO, ELE MATA SUA SEDE

2 Quinta-feira, 21 de Fevereiro de 2019 Edição N 534 Caderno III 2 Estado da Bahia Câmara Municipal de Vereadores de Correntina dia e poderia, nesta condição, presidir aos trabalhos desta Casa Legislativa; Art. 1º - DECRETA: 1. A NULIDADE, de pleno direito, de todos os atos praticados pelo ex- Vereador Sr. MILTON RODRIGUES SOUZA na primeira Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Correntina BA, realizada em 19 de fevereiro de 2019, uma vez que o mesmo não possuía legitimidade para a prática desses atos e, principalmente, porque os mesmos estão fulminados de nulidade insanável, por ofensa à Lei Orgânica do Município e ao Regimento Interno da Câmara Municipal de Correntina e demais Normas Legais. 2. A NULIDADE, de pleno direito, sem exceção, de todos os atos praticados pelo ex-vereador ADENILSON PEREIRA DE SOUZA, ante à sua ilegitimidade. Art. 2º Este Decreto entra em vigor nesta data. Câmara Municipal de Vereadores de Correntina BA, 21 de fevereiro de 2019 NILMAR ALECRIM DOURADO Presidente Pça. Valderina Coimbra Costa, 66 Centro Fonefax: (0**77) CEP: Correntina BA camaracorrentina@yahoo.com.br NÃO POLUA O RIO, ELE MATA SUA SEDE

3 Quinta-feira, 21 de Fevereiro de 2019 Edição N 534 Caderno III 3 Tribunal PJe - Processo Judicial Eletrônico Número: /02/2019 Classe: AGRAVO DE INSTRUMENTO Órgão julgador colegiado: Quarta Câmara Cível Órgão julgador: Des. José Olegário Monção Caldas Última distribuição : 20/02/2019 Valor da causa: R$ 0,00 Processo referência: Assuntos: Antecipação de Tutela / Tutela Específica Segredo de justiça? NÃO Justiça gratuita? NÃO Pedido de liminar ou antecipação de tutela? SIM Partes Procurador/Terceiro vinculado Presidente da Câmara Municipal de Correntina (AGRAVANTE) ANA PAULA MOREIRA CAITANO (ADVOGADO) JEREMIAS DE FRANCA E SILVA (ADVOGADO) WESLEY CAMPOS AGUIAR (AGRAVADO) JEAN CARLOS PEREIRA DOS SANTOS (AGRAVADO) NELSON DA CONCEICAO SANTOS (AGRAVADO) ADENILSON PEREIRA DE SOUZA (AGRAVADO) MILTON RODRIGUES SOUZA (AGRAVADO) JUVENIL ARAUJO DE SOUZA (AGRAVADO) Documentos Id. Data da Assinatura Documento Tipo /02/ :22 Decisão 81 Decisão

4 Quinta-feira, 21 de Fevereiro de 2019 Edição N 534 Caderno III 4 PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA Quarta Câmara Cível Processo: AGRAVO DE INSTRUMENTO n Órgão Julgador: Quarta Câmara Cível AGRAVANTE: Presidente da Câmara Municipal de Correntina Advogado(s): JEREMIAS DE FRANCA E SILVA (OAB:000268A/BA), ANA PAULA MOREIRA CAITANO (OAB: /BA) AGRAVADO: WESLEY CAMPOS AGUIAR e outros (5) Advogado(s): ANTONIO PESSOA CARDOSO (OAB: A/BA), PABLICIO MONTEIRO CARDOSO (OAB: A/DF), GENIVALDO OLIVEIRA DOS SANTOS (OAB: /BA) DECISÃO Trata-se de Recurso de Agravo de Instrumento interposto contra decisão proferida nos autos do Mandado de Segurança nº , impetrado pelos agravados. De acordo com as razões recursais, a decisão agravada, proferida em Mandado de Segurança visando a anulação do processo administrativo nº 001/2018 e do Decreto Legislativo nº 092/2018, expressamente decretou nulo o processo em questão, a partir da segunda audiência de instrução, ocorrida em 19 de novembro de 2018, e determinou o retorno dos impetrantes ao exercício dos cargos de Vereador do Município de Correntina. Assevera o recorrente que a decisão agravada deferiu pedido não formulado, causa insegurança jurídica, face ao vai-e-vem de decisões judiciais, poderá trazer sérios transtornos ao Poder Legislativo local, na medida em que contempla a corrupção desavergonhada dos criminosos; bagunça a atividade típica do referido Poder Legislativo, que é a de legislar com serenidade; promove revolta perante a opinião pública já tão cansada dos desmandos impunes praticados pelos representantes do povo correntinense, sem falar, ainda, dos percalços relacionados aos atos praticados pela Casa Legislativa, a partir da decisão ora hostilizada, tais como: folha de pagamento, orçamento anual, eleição da nova Mesa Diretora, dentre outras atividades atípicas inerentes ao Poder Legislativos, neste período de quase 03 (três) meses, a prevalecer a decisão liminar guerreada. (SIC). Pugna pela concessão da antecipação da tutela recursal ou atribuição de efeito suspensivo ao recurso. Decido. Assinado eletronicamente por: JOSE OLEGARIO MONCAO CALDAS - 21/02/ :22:03 Número do documento: Num Pág. 1

5 Quinta-feira, 21 de Fevereiro de 2019 Edição N 534 Caderno III 5 Conheço do agravo de instrumento, eis que presentes os pressupostos de admissibilidade recursal. A decisão agravada, ao decretar expressamente nulo o procedimento deflagrado na Câmara Municipal de Correntina, presta, já agora em decisão liminar, por inteiro, a providência de mérito pretendida, promovendo claro prejulgamento da demanda, vedado no caso ante a visível irreversibilidade que impõe. Nada obstante as razões contidas na decisão agravada, considero, em juízo de cognição sumária não exauriente, que tal decisão esgota o objeto da ação, o que é vedado pelo ordenamento jurídico, in casu, o parágrafo 3º, do art. 1º, da Lei nº 8.437/1992, eis que a decisão a quo anulou processo cujo trâmite se deu junto ao Poder Legislativo de Correntina, e determinou o retorno dos agravados ao exercício dos respectivos mandatos eletivos, mormente, sem sequer permitir ao ex adversodizer das razões do seu decidir em indispensável cumprimento do princípio do contraditório e da ampla defesa. De acordo com a jurisprudência desse C. Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, embora seja possível medida liminar contra a Fazenda Pública, sua concessão sofre determinadas limitações legais, dentre as quais a de ser inadmissível o provimento de urgência quando a medida esgotar, no todo ou em parte, o objeto da ação, nos termos da Lei nº 8.437/92, art. 1º, 3º (AI ; Terceira Câmara Cível; Relatora: Desª. Rosita Falcão de Almeida Maia). A atividade do Poder Legislativo deve sempre ser analisada e decidida pelo Judiciário com critério rigoroso, para evitar interferência indevida no mérito das suas manifestações, decidindo sempre de referência ao cumprimento da legislação pátria em sentido estrito. Desse modo, concedo o pretendido efeito suspensivo ao recurso. Intimem-se os agravados para que se manifestem sobre o agravo no prazo de lei, conforme prevê o art , II, do Código de Processo Civil. Cientifique-se ao juízo a quo acerca do teor desta decisão, para que lhe dê imediato cumprimento, ficando dispensado, de logo, da prestação de informações. Após a apresentação das razões de contrariedade ou a certificação do transcurso do prazo sem o oferecimento destas, encaminhem-se os autos ao Ministério Público, para manifestação. DÁ-SE EFEITO DE MANDADO/OFÍCIO A ESTA DECISÃO. P.R.I. Salvador, 21 de fevereiro de DES. JOSÉ OLEGÁRIO MONÇÃO CALDAS RELATOR Assinado eletronicamente por: JOSE OLEGARIO MONCAO CALDAS - 21/02/ :22:03 Número do documento: Num Pág. 2