PERFIL DA MORTALIDADE NEONATAL EM UM HOSPITAL PÚBLICO DO SUL DO TOCANTINS PROFILE OF NEONATAL MORTALITY IN A PUBLIC HOSPITAL SOUTH TOCANTINS
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1 DOI: / /amazonia.sci.health.v6n1p27-34 Revista Amazônia Science & Health Volume 6, n 2, ISSN ARTIGO ORIGINAL PERFIL DA MORTALIDADE NEONATAL EM UM HOSPITAL PÚBLICO DO SUL DO TOCANTINS PROFILE OF NEONATAL MORTALITY IN A PUBLIC HOSPITAL SOUTH TOCANTINS Alessandra Soares Machado 1, Livyane Martins Leal 2, Adriana Arruda Barbosa Rezende 3, Elizângela Sofia Ribeiro Rodrigues 4, Marcella Soares Carreiro Sales 5, Aktor Hugo Teixeira 6. 1 Graduada em Fisioterapia no Centro RESUMO Introdução: A mortalidade neonatal compreende os óbitos ocorridos até o 27º dia de vida. Entre os fatores de risco relacionados ao óbito, estão as próprias características do recém-nascido, da gestante, da gestação e do parto. Objetivo: Avaliar o perfil da mortalidade de neonatos em um hospital público do sul do estado do Metodologia: Estudo transversal, retrospectivo realizado por meio de um levantamento documental de todos os prontuários dos recém-nascidos de agosto de 2011 a agosto de 2013 em um hospital público do sul do estado do Foram excluídos apenas os neonatos transferidos para outras unidades e os que obtiveram alta. Resultados e Discussão: Foram encontrados 58 óbitos, sendo 26 ocorridos no período neonatal precoce. Os óbitos foram predominantemente do sexo masculino, com escores de Apgar 7, com peso <2.500g, uso de oxigenoterapia e ventilação mecânica invasiva. O tempo de internação foi em média 25 ± 33,78 horas e as principais causas de óbito foram as afecções respiratórias (neomortos) e morte intrauterina (natimorto). A maior porcentagem de óbitos foi de pré-termos, de gravidez simples e parto vaginal. A média da idade materna foi 24 ± 6,88, com oito anos ou menos de estudos e que apresentaram quatro ou mais consultas pré-natais. Considerações finais: Entre as variáveis relacionadas aos fatores de risco para o ocorrência da mortalidade neonatal constatou-se que o sexo masculino, baixo peso ao nascer, prematuridade, baixo escore de apgar e obaixo grau de instrução da mãe estão associados. Descritores: Recém-nascido. Mortalidade. Unidade de Terapia Intensiva. ABSTRACT Introduction: The neonatal mortality includes deaths until the 27th day of life. The own characteristics of the newborn, of the pregnant woman, of the pregnancy and childbirth one s are among the risk factors related to death. Objective: To evaluate the mortality profile of newborns at a public hospital in the southern state of Methodogy: A retrospective and transverse study was performed through a documentary work of all medical records of newborns from August 2011 to August 2013 of a public hospital in the southern state of Only were excluded neonates transferred to other units and those who were discharged. Results and discussion: 58 deaths were found, 100 % occurred in the early neonatal period. The deaths were predominantly: male with Apgar scores 7, weighing < 2,500 g, and use of oxygen therapy and invasive mechanical ventilation. The hospital stay was on average 24,77 ± 33,78 hours and the main causes of death were respiratory diseases (neonatal mortality) and intrauterine death (stillbirth). The highest percentage of deaths were preterm, simple pregnancy and vaginal parturition. The maternal average age was 23,97 ± 6,88, with eight or fewer years of education and who had four or more antenatal visits. Final considerations: Variables related to risk factors that make it possible to characterize the profile of mortality in neonates, also observed in other studies are: a higher percentage of males, low birth weight, prematurity and low educational level of the mother. Descriptors: Newborn. Mortality. Intensive Care Unit. Universitário UnirG, Gurupi-TO. alessandrasm_fisio@hotmail. com ENDEREÇO PARA CORRESPONDÊNCIA: Adriana Arruda Barbosa Rezende. Rua 70 A Quadra 188, Nº 168 Lote 12 Nº 123 Setor Nova Fronteira. CEP: , Gurupi-TO. Fone: (63) INTRODUÇÃO Um dos melhores indicadores da qualidade da assistência à saúde é a mortalidade infantil, assim como o nível socioeconômico da população. 1-2 O índice de mortalidade infantil inclui todos os óbitos de crianças com menos de um ano de idade, dividindo-se em mortalidade neonatal e pós-neonatal. A mortalidade neonatal e pós-neonatal compreendem respectivamente, os óbitos ocorridos até o 28º dia de vida e os que ocorrem do 29º até o 364º dia de vida. O período neonatal divide-se em dois, o neonatal precoce, que abrange os sete primeiros dias de vida e o período neonatal tardio, do 8º ao 28º dia de vida. 3,4 Vários são os fatores de risco responsáveis por esta mortalidade, ligados às características do recém-nascido (RN), da mãe, da gestação e do parto. Dentre as características do recém-nascido estão: idade (prematuridade < 37 semanas), sexo e peso ao nascer (< 2.500g). A gestação e o parto apresentam fatores importantes, como: duração da gestação, tipo da gestação e tipo do 27
2 parto. Em relação à mãe, as complicações estão relacionadas: número de consultas pré-natais ( 4), idade (< 20 anos e 35 anos) e escolaridade. Além desses, o índice de apgar no 1º e 5º minuto, asfixia neonatal, infecções congênitas ou hospitalares e malformações não compatíveis com a vida, também são fatores relacionados à mortalidade Diante disso, fica evidenciado que a mortalidade neonatal tem relação intrínseca com as condições da gestação, do parto e da própria integridade física da criança. 12 No decorrer das décadas, estudos evidenciaram a redução das taxas de mortalidade infantil. Exemplo disso pode ser verificado após a década de 80, onde ocorreram 47 mortes por nascidos no ano de 1990, 27 mortes em 2000 e 19 em As taxas anuais de redução foram de 5,5% nas décadas de 80 e 90 e de 4,4% no período 2000 a O decréscimo anual da mortalidade neonatal entre 2000 e 2008 (3,2% ao ano) foi menor que o da mortalidade pós-neonatal (8,1%) A distribuição dos indicadores de mortalidade não acontece de maneira homogênea no país, visto que as maiores taxas, são encontradas nas regiões Norte e Nordeste quando comparadas à média nacional. 15 A mortalidade neonatal no Estado do Tocantins no ano de 2008 foi de 250 mortes, em 2009 contabilizou-se 244, em 2010, 2011, 2012, totalizaram-se 239, 216, 199 mortes respectivamente, compatível com o decréscimo ocorrido no restante do Brasil. Quanto ao número de mortes neonatais contabilizados no município de Gurupi-TO, no ano de 2008 foram de 20 mortos, em 2009 foram 13 mortos, em 2010 este número continuou diminuindo, passando a 11 mortos. Entretanto, nos anos de 2011 e 2012 ocorreu um aumento, sendo 13 mortos em 2011 e 16 mortos em Alguns estudos realizados nas últimas décadas em países desenvolvidos avaliou que a sobrevivência de recém-nascidos, em condições de risco, tem aumentado significativamente quando eles foram atendidos nas Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais (UCINs), ocorrendo assim um decréscimo importante na mortalidade infantil neonatal, principalmente para crianças de baixo peso. 17 As informações sobre natalidade e/ou mortalidade tem importância relevante por possibilitar o conhecimento do perfil epidemiológico para obter um planejamento adequado de políticas de saúde, para a avaliação de ações de saúde na área materno-infantil e para a adoção de medidas de vigilância Sabe-se que a mortalidade infantil é indicador da condição de vida e saúde da população e vem apresentando queda progressiva no Brasil, entretanto em ritmo abaixo do desejado, principalmente no índice de mortalidade neonatal. 20 Esforços específicos são necessários para acelerar a sua redução e o alcance de índices mais dignos para a população brasileira. Diante disso, o presente estudo teve como objetivo avaliar o perfil da mortalidade de neonatos em um hospital público do Sul do estado do Tocantins, no período entre agosto de 2011 e agosto de METODOLOGIA Trata-se de um levantamento documental, transversal e retrospectivo, realizado após a aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa (CEP) sob protocolo nº , no Hospital Regional de Gurupi (HRG), por meio da análise de todos os prontuários dos recém-nascidos, arquivados no hospital. Foram incluídos todos os prontuários de neonatos de ambos os sexos admitidos de outras unidades hospitalares até o 28º dia após o nascimento ou nascidos no HRPG, no período entre Agosto de 2011 e Agosto de Este período foi escolhido devido terem sido encontrados somente os cadernos de registro dos nascimentos desde período. Os fatores de exclusão adotados foram: neonatos que foram transferidos para outras unidades e neonatos que obtiveram alta. Os dados coletados foram inerentes ao recém-nascido, à gestação, ao parto e à gestante, tais como: sexo, idade, peso ao nascer, apgar, causa do óbito, tempo de internação, tipo de ventilação (ventilação mecânica invasiva (VMI), ventilação não invasiva (VNI) ou pronga nasal), duração da gestação, tipo da gravidez, número de gestações, tipo de parto (natural ou cesariano), idade da gestante, escolaridade e quantidade de consultas pré-natais. Os dados foram submetidos a uma análise estatística descritiva por meio de gráficos e tabelas através do Microsoft Office Excel RESUTADOS E DISCUSSÃO Os dados coletados nos prontuários do HRPG de neonatos internados no período entre agosto de 2011 e agosto de 2013, evidenciam um total de (99%) nascidos vivos, 32 (0,82%) natimortos e 7 (0,18%) natimortos sem registro devido apresentarem o peso menor que 500g. Dos neonatos nascidos vivos, 25 (0,65%) morreram dentro do período neonatal, 34 (0,88%) foram transferidos e (98,47%) obtiveram alta. Nesse mesmo período foram admitidos dois neonatos, que foram a óbito, porém foi encontrado somente o prontuário de um neonato. 28
3 Sendo assim, a prevalência de óbitos de neonatais e natimortos foi de 1,49% (58 óbitos com prontuários). Na tabela 1 verifica-se que 26 (100%) dos óbitos neonatais ocorreram no período neonatal precoce entre os quais, 53,85% ocorreram antes de completarem as primeiras 24 horas de vida. Na tabela 1 é possível verificar que os recémnascidos que foram a óbito e os natimortos eram predominantemente do sexo masculino, 38,46% e 65,63%, respectivamente, com escores de apgar no 1º minuto 7 (73,08%), escores de apgar no 5º minuto 7 (57,69%), com peso <2500g (53,85% e 59,38%). Em se tratando do tipo de ventilação foram identificados dois tipos de ventilação predominantes, a oxigenoterapia e a VMI com a mesma quantidade (42,31%), o tempo de internação foi em média 25 horas e as principais causas de óbito nos neomortos e nos natimortos foram, respectivamente, afecções respiratórias e morte intrauterina (tabela 2). Tabela 1 - Características dos neonatos que foram a óbito no HRG, no período entre agosto de 2011 a agosto de Neomorto Natimorto Sexo Mas. 16 (38,46) 21 (65,63) Fem. 10 (61,54) 11 (34,38) Idade de sobrevida (dias) 0 a 7 26 (100) > Peso ao nascer (gramas) <2500g 14 (53,85) 19 (59,38) 2500g 12 (46,15) 11 (34,38) s/ infor (6,25) Apgar 1º 7 19 (73,08) >7 6 (23,08) s/ infor. 1 (3,85) Apgar 5º 7 15 (57,69) >7 10 (38,46) s/ infor. 1 (3,85) (MD±DP) Tempo de internação (horas) 24,77±33, Tipos de ventilação Oxigenoterapia 11 (42,31) VMI 11 (42,31) VNI 1 (3,85) Nenhum tipo de Ventilação 3 (11,54) Legenda: s/infor (sem informação); MD (média); DP (desvio padrão); Mas. (masculino); Fem. (feminino). 29
4 Tabela 2 - Causas do óbito dos neonatos no HRG no período entre agosto de 2011 a agosto de Neomorto Natimorto Causas do óbito Prematuridade 5 (19,23) 1 (3,13) Asfixia-hipóxia (9,38) Má formação congênita (3,13) Morte intrauterina (40,63) Afecções respiratórias 15 (57,69) Fatores relacionados à gravidez 1 (3,85) Afecções cardiorrespiratórias 4 (15,38) Outras causas (3,13) Causas não específicas 1 (3,85) 13 (40,63) Na tabela 3 observa-se que tanto os neomortos (53,85%) como os natimortos (68,75%) são de maioria pré-termos (<37 semanas), sendo, em sua totalidade, resultados de gravidez simples e a maioria nascidos de parto vaginal (65,38% e 81,25%). Tabela 3 - Características da gestação e do parto, referentes aos neonatos que foram a óbito, no HRG, no período entre agosto de 2011 a agosto de Neomorto MD±DP Natimorto MD±DP Número de gestações 1,92±1,50 2,83±1,97 Duração da gravidez <37 14 (53,85) 22 (68,75) (38,46) 8 (25,00) s/infor 2 (7,69) 2 (6,25) Tipo de gestação Simples 26 (100) 32 (100) Múltiplas 0 0 Tipo de parto Cesário 9 (34,62) 6 (18,75) Normal 17 (65,38) 26 (81,25) Legenda: s/infor (sem informação); MD (média); DP (desvio padrão). 30
5 Na tabela 4 mostra que as mães de neonatos mortos em sua maioria (57,69%), tinham idade menor que 20 e maior ou igual a 35 anos. Entre as mães dos natimortos predominou a idade entre 20 e 34 anos (65,63%), as mães dos neomortos tinham, em sua maioria, mais que oito anos de estudo (46,15%) e as mães dos natimortos relataram menos ou oito anos de estudos (15,63%). Foram realizadas pelas mães quatro ou mais consultas pré-natais. Esse dado não foi possível ao natimorto devido não conter essa informação na declaração de óbito e eles não possuírem declaração de nascido vivo. Tabela 4 - Características das gestantes, referentes aos neonatos que foram a óbito no HRG no período entre agosto de 2011 a agosto de Neomorto Natimorto Idade (anos) <20 e (57,69) 11 (34,38) 20 a (42,31) 21 (65,63) Número de consultas prénatal <4 5 (19,23) (53,85) s/infor 7 (26,92) Escolaridade Fundamental 10 (38,46) 10 (15,63) Médio 12 (46,15) 7 (18,75) Superior 1 (3,85) 1 (3,13) Sem escolaridade 1 (3,85) 2 (6,25) Legenda: s/infor (sem informação). s/infor. 2 (7,69) 12 (37,50) Os determinantes da mortalidade neonatal é um assunto bastante estudado, entretanto, os conhecimentos vêm apresentando pouco impacto em sua redução nas diferentes regiões do país. São apontadas as desigualdades sociais, como um fator impactante, sendo necessário a adoção de políticas que visem a equidade e universalidade da atenção à saúde. 21 No país, a diminuição da mortalidade neonatal mostra um grande desafio para os serviços de saúde, governo e sociedade, devido as altas taxas encontradas nas regiões e populações mais carentes Ações extrassetoriais, mais particularmente de educação e assistência social, devem ser incluídas e, na área da saúde, deve ser priorizado a aplicação na reestruturação da atenção à gestante e ao recémnascido, com junções entre as ações do pré-natal na atenção básica e a assistência ao parto, no ambiente hospitalar A proporção de óbitos no sexo masculino é maior. Este fator pode ser atribuído ao mais rápido amadurecimento do pulmão dos fetos do sexo feminino, dando consequência a menores complicações respiratórias. 26 Tal informação justifica essa pesquisa e os vários estudos, que observam maior mortalidade neonatal masculina. 5,27-28 Dentre os estratos etários da mortalidade infantil, o componente pós-neonatal (28 dias a um ano de vida incompleto) sofreu a maior queda e o componente neonatal precoce (0 a 7 dias de vida) a menor redução. 13 Dados semelhantes foram evidenciados na presente pesquisa, onde todos os óbitos neonatais foram no período neonatal precoce. Infere-se que este fato possa estar 31
6 relacionado ao baixo peso ao nascer, a prematuridade e a maior porcentagem de baixo grau de instrução das mães. Na literatura, os fatores de riscos que mais apresentam relação com a mortalidade no período neonatal, são: prematuridade, escore baixo do apgar, peso baixo ao nascer, tipo de gravidez gemelar dentre outros A predominância de gravidez simples no presente estudo, também foi evidenciada pelo estudo de Martins. 34 Os indicadores socioeconômicos são importantes na análise dos determinantes da mortalidade neonatal. Segundo o estudo de Soares e Menezes, 21 os RNs de mães sem escolaridade ou com menos anos de estudo apresentaram um maior risco de morte neonatal,o que justifica os resultados encontrados neste estudo. O número insuficiente de consultas prénatal está ligeiramente relacionado ao óbito neonatal. O número maior indica a importância dos cuidados durante a gestação, pois pode identificar precocemente ocorrências lesivas ao neonato. O que não foi o caso deste estudo, pois na maioria, realizaram número suficiente de consultas, assim como em outras pesquisas. 28,34-36 Infere-se que a alta ocorrência de óbito deste estudo tenha sido em decorrência do acompanhamento do pré natal ter sido realizado por acadêmicos e profissionais diferentes, conduta comum no sistema público de saúde. Acredita-se que o acompanhamento com um único profissional poderia amenizar possíveis falhas, além de facilitar a identificação de alterações e promover a padronização na conduta clínico-terapêutico. Em se tratando da idade materna, os riscos de uma gravidez em idade avançada ou precoce são mais determinados por fatores psicossociais do que biológicos e obstétricos. 28 O risco em mulheres de 35 ou mais é aumentado pela maior incidência de complicações na gravidez como a pré-eclâmpsia, hipertensão gestacional, diabetes, partos cirúrgicos, descolamento prematuro de placenta e nascimentos prematuros. 37 Contrapondo essa afirmação outros autores 28,34 verificaram dados semelhantes ao da presente pesquisa, no qual o maior número de óbitos ocorreram entre gestante com idade entre 20 e 34 anos. A predominância do tipo de parto foi o normal, assim como no estudo de Martins 34, Risso e Nascimento 5, porém outros estudos obtiveram resultados contrários. 28,35 O conhecimento das causas básicas de morte torna-se relevante em estudos de mortalidade, auxiliando no planejamento de ações de intervenção eficientes e eficazes visando a reduzir a mortalidade. 38 As afecções respiratórias obtiveram um maior número de óbitos neste estudo. Resultado diferente de outras pesquisas, em que o maior número de óbitos ocorreu devido a fatores maternos e por complicações da gravidez, do trabalho de parto e do parto, ficando as afecções respiratórias em 2º lugar. 27 No trabalho de França e Lansky 39, o que prevaleceu foi a prematuridade como principal causa de óbito e somente em 5º lugar as afecções respiratórias. CONSIDERAÇÕES FINAIS A diminuição da mortalidade neonatal constitui um dos maiores desafios para os gestores da saúde. As variáveis estão intrinsecamente relacionadas à oferta de serviços de saúde de qualidade, principalmente pelos programas de assistência ao parto e a gestante, possibilitando melhoria nas condições de vida do neonato e consequentemente um decréscimo desses valores. O estudo evidenciou importantes fatores de risco no que concerne assistência à mãe, ao parto e o recém-nascido. As variáveis relacionadas aos fatores de risco que possibilitam caracterizar o perfil da mortalidade de neonatos, observado também em outros estudos são: maior porcentagem do sexo masculino, baixo peso ao nascer, prematuridade e baixo grau de instrução da mãe. Sugere-se que exista uma política de conscientização dos profissionais para que estes preencham corretamente e completamente os prontuários, pois neste estudo a falta de informação e preenchimento inadequado dos prontuários impossibilitou uma melhor avaliação do perfil desses neonatos. Além disso, espera-se que pesquisas semelhantes a essas sirvam de parâmetros para identificar as causas dos óbitos em recém-nascidos e incentivem a implantação de UTIs neonatais, para que os neonatos sejam melhor assistidos. REFERÊNCIAS 1. Frias PG, Pereira PMH, Andrade CLT, Lira PIC, Szwarcwald CL. Avaliação da adequação das informações de mortalidade e nascidos vivos no Estado de Pernambuco, Brasil. Cad Saúde Pública. 2010; 26(4): Soares ES, Menezes GMS. Fatores associados à mortalidade neonatal precoce: análise de situação no nível local. Rev Epidemiol Serviços Saúde. 2010; 19(1): Maranhão AGK, Joaquim MMC, Kalume P, Castillo O, Leal MC. Mortalidade perinatal e neonatal no Brasil. Tema Radis. 1999; 17:
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PALAVRAS-CHAVE Morte Fetal. Indicadores de Saúde. Assistência Perinatal. Epidemiologia.
14. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido - ISSN 2238-9113 1 ISSN 2238-9113 ÁREA TEMÁTICA: (marque uma das opções) ( ) COMUNICAÇÃO ( ) CULTURA ( ) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA ( ) EDUCAÇÃO ( ) MEIO AMBIENTE
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