Lei nº Consórcios públicos e gestão associada de serviços públicos
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- Vitorino Bicalho Castel-Branco
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1 Lei nº Consórcios públicos e gestão associada de serviços públicos Seminário de Licenciamento Ambiental de Destinação Final de Resíduos Sólidos Brasília, DF - Novembro de 2005
2 Coleta de resíduos sólidos: Cobertura do nas cidades é de 91% Cobertura total é de 76% (2000).
3 Manejo de resíduos sólidos: Destinação final Resíduos urbanos coletados: cerca de ton/dia 59% lixões 17% aterros controlados 12% aterros sanitários
4 Resíduos sólidos: Destinação final no municípios pequenos
5 Resíduos sólidos: Destinação final nos municípios de maior porte
6 Lei nº Parte I Conceitos fundamentais
7 Lei de Consórcios Públicos conceitos fundamentais colaboração federativa em sentido estrito - obrigação de agir para que outro possa agir Princípios da colaboração federativa coordenação federativa - atuação conjunta compulsória cooperação federativa - atuação conjunta voluntária
8 Lei de Consórcios Públicos conceitos fundamentais Multiplicidade de instrumentos de cooperação reuniões informais convênios e consórcios administrativos participação em órgãos colegiados de outros entes Cooperação Federativa convênios de cooperação empresas cujo capital pertença a mais de um ente federativo consórcios de direito privado consórcios públicos
9 Lei de Consórcios Públicos conceitos fundamentais A cooperação é apenas uma das formas de articulação federativa. Os consórcios públicos são apenas uma das formas de cooperação federativa.
10 Lei nº Parte II Aspectos constitucionais
11 Evolução do instituto consórcio público no direito constitucional brasileiro A Emenda Constitucional n. 19/ antecedentes Depois de 1988, aumentou o número de experiências consorciais, mas continuou a vigorar o entendimento do período da ditadura, de que os consórcios públicos eram meros pactos de cooperação, de natureza precária e sem personalidade jurídica tal como os convênios. Os entes federativos passaram a reivindicar que os consórcios tivessem tratamento jurídico mais adequado. A Emenda Constitucional n. 19, de 1998, altera a redação do art. 241 da Constituição Federal, que passa a prever expressamente os consórcios públicos e os convênios de cooperação.
12 Depois de 1988 o número de consórcios aumentou, especialmente os de saúde. Tipo de consórcio Número de Municípios Saúde Aquisição e/ou uso de máquinas e equipamentos Educação Habitação Serviços de abastecimento de água Serviços de esgotamento sanitário Tratamento ou disposição final de lixo Processamento de dados Fonte: Perfil dos Municípios Brasileiros Gestão Pública (IBGE, 2001)
13 Evolução do instituto consórcio público no direito constitucional brasileiro a EC n. 19/1998 A emenda Constitucional nº 19, de 1998, conferiu nova redação ao art. 241 da Constituição Federal: Art A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios disciplinarão por meio de lei os consórcios públicos e os convênios de cooperação entre os entes federados, autorizando a gestão associada de serviços públicos, bem como a transferência total ou parcial de encargos, serviços, pessoal e bens essenciais à continuidade dos serviços transferidos.
14 Evolução do instituto consórcio público no direito constitucional brasileiro a EC n. 19/1998 Principais mudanças da nova redação do art. 241 da CF: 1. O consórcio público foi reconhecido como instrumento de cooperação federativa horizontal e vertical. 2. Introduzido o instituto do convênio de cooperação entre entes federados. 3. A exigência de que os consórcios públicos e os convênios de cooperação sejam disciplinados por lei dos entes que cooperam entre si. 4. Introduzido o conceito de gestão associada de serviços públicos. 5. Reconhecida a possibilidade de que, na cooperação federativa, haja a transferência total ou parcial de encargos, serviços, pessoal e bens.
15 Conceito CONVÊNIO: ato jurídico o pagamento bilateral de natureza precária, que pode ser rescindido a qualquer momento por qualquer de seus partícipes sem quaisquer ônus, inclusive de indenizações.
16 Lei nº Parte III Principais inovações da Lei em vigor desde abril de 2005
17 Principais aspectos da Lei nº , de 6 de abril de 2005: 1. O consórcio serve para a cooperação horizontal e para a cooperação vertical. 2. O princípio da subsidiariedade. 3. O consórcio sempre é voluntário. 4. O consórcio é um plus nunca um minus. 5. O consórcio possui personalidade jurídica de direito público ou de direito privado.
18 Consórcios Públicos: arranjos possíveis com a nova Lei: Consórcios entre Municípios Consórcios entre Estados Consórcios entre Estado(s) e Distrito Federal Consórcios entre Município(s) e Distrito Federal Consórcios entre Estado(s) e Município(s) Consórcios entre Estado(s), Distrito Federal e Município(s) Consórcios entre União e Estado(s) Consórcios entre União e Distrito Federal Consórcios entre União, Estado(s) e Município(s) Consórcios entre União, Estado(s), Distrito Federal e Município(s)
19 Principais aspectos da Lei nº , de 6 de abril de 2005: O consórcio possui personalidade jurídica de direito público ou de direito privado. Art. 1º... 1º O consórcio público constituirá associação pública ou pessoa jurídica de direito privado.... Art. 6º O consórcio público adquirirá personalidade jurídica: I de direito público, no caso de constituir associação pública, mediante a vigência das leis de ratificação do protocolo de intenções; II de direito privado, mediante o atendimento dos requisitos da legislação civil....
20 Lei nº Parte IV Finalidades do consórcio público
21 Finalidades dos consórcios públicos: Com a Lei nº , de 6 de abril de 2005, os consórcios públicos poderão concretizar muito mais objetivos do que os que se dedicam hoje. Evidentemente que haverá matérias que são indelegáveis e não podem ser transferidas aos consórcios públicos como, por exemplo, a elaboração de leis municipais. Porém, nada impede que o consórcio público produza estudos técnicos que, acolhidos pelos Legislativos locais, venham a tomar a forma de leis, como códigos tributários ou planos diretores. Os consórcios públicos de direito privado não podem exercer todas as competências que um consórcio público de direito público porque, por se revestir do direito privado, está em posição de igualdade com os demais particulares, pelo que não pode exercer sobre eles poderes de autoridade. Por isso, não podem tomar decisões de cunho obrigatório, nem tomar medidas que, unilateralmente, venham a atingir direitos de particulares (por exemplo, não podem exercer a regulação de serviços públicos).
22 Finalidades dos consórcios públicos, alguns exemplos: 1. Compras conjuntas (de uma licitação vários contratos). 2. Agência reguladora regional. 3. Escola de Governo Regional. 4. Compartilhamento de equipamentos e de pessoal técnico. 5. Serviços conjuntos de abastecimento de água e esgotamento sanitário. 6. Unidades de saúde consorciais (hospitais, centros clínicos, etc). 8. Destinação final de resíduos sólidos
23 Lei nº Parte V Como constituir um consórcio público
24 Como constituir um consórcio público. ETAPA 1 - Protocolo de Intenções O protocolo de intenções é o documento inicial do consórcio público e seu conteúdo mínimo deve obedecer ao previsto na Lei de Consórcios Públicos. Ele é subscrito pelos Chefes do Poder Executivo de cada um dos consorciados, ou seja, pelos Prefeitos, caso o consórcio envolva somente Municípios, pelo Governador, caso haja o consorciamento de Estado ou do Distrito Federal, pelo Presidente da República, caso a União figure também como consorciada. O protocolo de intenções deverá ser publicado, para conhecimento público, especialmente da sociedade civil de cada um dos entes federativos que o subscreve.
25 Como constituir um consórcio público. ETAPA 2 - Ratificação A ratificação do protocolo de intenções se efetua por meio de lei, na qual cada Legislativo aprova o Protocolo de Intenções. Caso previsto, o consórcio público pode ser constituído sem que seja necessária a ratificação de todos os que assinaram o protocolo. Por exemplo: se um protocolo de intenções foi assinado por cinco Municípios, pode se prever que o consórcio público será constituído com a ratificação de apenas três Municípios, que não precisarão ficar aguardando a ratificação dos outros dois que, somente depois de ratificarem, poderão ingressar. A ratificação pode ser efetuada com reservas. Caso haja sido publicada lei antes da celebração do protocolo de intenções, poderá ser dispensada a ratificação posterior.
26 Como constituir um consórcio público. ETAPA 3 - Estatutos O protocolo de intenções, após a ratificação, converte-se no contrato de constituição do consórcio público. Após as etapas 1 e 2, será convocada a assembléia geral do consórcio público, que decidirá sobre os seus estatutos que deverão obedecer ao estatuído no contrato de constituição do consórcio público. No caso de consórcios públicos de direito privado, a personalidade jurídica do consórcio será adquirida mediante o registro dos estatutos no registro civil. Os estatutos poderão dispor sobre a organização do consórcio, esclarecendo quais são seus órgãos internos, a lotação e demais regras para o pessoal, regras essenciais para as compras etc.
27 Lei nº Parte VI Gestão financeira do consórcio público
28 Gestão financeira do consórcio público Os consórcios públicos poderão receber recursos por quatro meios: 1. ser contratado pelos consorciados. 2. arrecadar receitas advindas da gestão associada de serviços públicos. 3. receitas de contrato de rateio. 4. receitas de convênios com entes não consorciados.
29 Lei nº Parte VII Gestão associada de serviços públicos
30 CONSTITUIÇÃO FEDERAL (Redação da EC 19/ Emenda da reforma administrativa ) Art A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios disciplinarão por meio de lei os consórcios públicos e os convênios de cooperação entre ente federados, autorizando a gestão associada de serviços públicos, bem como a transferência total ou parcial de encargos, serviços, pessoal e bens essenciais aos serviços transferidos.
31 Prestação de Serviço Público Direta Indireta (delegação) Centralizada régie direta Descentralizada (outorga) concessão permissão autorização régie indireta autarquia empresa pública soc. econ. mista fundação Gestão associada consórcio público convênio de cooperação contrato de programa
32 Lei de Consórcios Públicos Art. 13. Deverão ser constituídas e reguladas por contrato de programa, como condição de sua validade, as obrigações que um ente da Federação constituir para com outro ente da Federação ou para com consórcio público no âmbito de gestão associada em que haja a prestação de serviços públicos ou a transferência total ou parcial de encargos, serviços, pessoal ou de bens necessários à continuidade dos serviços transferidos.
33 Lei de Consórcios Públicos Art º O contrato de programa deverá: I atender à legislação de concessões e permissões de serviços públicos e, especialmente no que se refere ao cálculo de tarifas e de outros preços públicos, à de regulação dos serviços a serem prestados; e II prever procedimentos que garantam a transparência da gestão econômica e financeira de cada serviço em relação a cada um de seus titulares.
34 Lei de Consórcios Públicos: Art º É nula a cláusula de contrato de programa que atribuir ao contratado o exercício dos poderes de planejamento, regulação e fiscalização dos serviços por ele próprio prestados. 4º O contrato de programa continuará vigente mesmo quando extinto o consórcio público ou o convênio de cooperação que autorizou a gestão associada de serviços públicos.
35 Lei de Consórcios Públicos Art º Mediante previsão do contrato de consórcio público, ou de convênio de cooperação, o contrato de programa poderá ser celebrado por entidades de direito público ou privado que integrem a administração indireta de qualquer dos entes da Federação consorciados ou conveniados. 6º O contrato celebrado na forma prevista no 5º deste artigo será automaticamente extinto no caso de o contratado não mais integrar a administração indireta do ente da Federação que autorizou a gestão associada de serviços públicos por meio de consórcio público ou de convênio de cooperação.
36 Esquemas de prestação de serviço público e tipos de contrato de programa Lei nº , de
37 Custo de implantação de aterro sanitário em MG (R$ por habitante) Valores por habitantes (R$) 45,00 40,00 35,00 30,00 25,00 20,00 15,00 10,00 5,00 0,00 42,74 20,57 13,38 11,25 Escala Logarítima 9,34 5,21 5,09 6,42 4,11 4,26 4,36 4, População (Habitantes) Fonte: MMA/GTZ/CAIXA/CETEC
38 Tipos de contrato de programa Modelo A Consórcio público ou Convênio de cooperação Estado Município Companhia estadual Contrato de programa Autarquia estadual
39 Tipos de contrato de programa Modelo AA Consórcio público ou Convênio de cooperação Município Município Companhia municipal Contrato de programa Autarquia municipal
40 Tipos de contrato de programa Modelo B Consórcio Público contrato de programa Companhia estadual Município A Município B Estado
41 Tipos de contrato de programa Modelo BB Consórcio Público contrato de programa Companhia Municipal Autarquia Município A Município B Município C
42 Tipos de contrato de programa Modelo C Consórcio Público Contrato de programa A contrato de programa C contrato de programa B Município A Município B Município C
43 Alternativa adicional Modelo D Prestador contratado mediante licitação Consórcio Público contrato de concessão Município A Município B Município C
44 Obrigado! Marcos Helano F. Montenegro Diretor de Desenvolvimento e Cooperação Técnica Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental - MCIDADES marcos.montenegro@cidades.com.br Não perca! ENCONTRO POR UMA NOVA CULTURA DA AGUA NA AMERICA LATINA Fortaleza 5 a 9 de dezembro de
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