Anotação de genomas II
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- Juliana Rijo
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1 Anotação de genomas II
2 Anotação de genomas Uma vez descrito a seqüência do genoma de um organismo e realizada a anotação dos genes presentes obtemos uma extensa lista de potenciais transcritos. Como vimos anteriormente é necessário adicionar anotações de função para que esta lista possa ser informativa em relação aos diversos processos que estas proteínas estão mediando. Este tipo de anotação deve fornecer dados que permitam a comunidade cientifica (muitas vezes não especializada em genomica) realizar buscas de genes de interesse em seus trabalhos Devido ao alto numero de seqüências muitos dos processos devem ser automatizados em um primeiro momento, para permitir rapidamente com que o banco seja disponibilizado para comunidade cientifica realizar suas buscas
3 Anotação de genomas Um dos modos mais simples de realizar anotações é realizar busca por proteínas ortologas utilizando o programa blast contra bancos públicos de proteínas e busca por domínios protéicos. Associa-se então os nomes do primeiro hit do blast
4 Anotação de genomas Informação de domínios protéicos também podem ser adicionados a anotação de forma automática. Apesar de serem informativos muitas vezes o domínio protéico por si só não permite a atribuição de uma função especifica, visto que existem domínios promíscuos que estão presentes em proteínas de diferentes funções.
5 Anotação de genomas Apesar deste tipo de anotação fornecer uma função inferida do produto gênico, ela apresenta alguns problemas: -nem sempre é obvio para um não-especialista a função exata e contexto no qual atua a proteína codificada a partir do nome desta -Pesquisadores buscando entender processos necessitam primeiro realizar uma busca bibliográfica para identificar os genes envolvidos em tais processos para então realizar uma busca no banco -Muitas proteínas possuem nomes que são muito pouco informativos -O nome dado as proteínas e domínios protéicos não é padronizado, sendo que muitas vezes a mesma proteína pode ter diversas denominações, o que pode gerar confusões
6 Anotação de genoma Deste modo, a agregação de anotações adicionais que indiquem claramente ao pesquisador a função e outros atributos do produto protéico é desejável Um dos problemas para anotação de genes é que um mesmo processo pode ser descrito através de diversos termos. (por exemplo, tradução e síntese de proteínas) Deste modo surgiram novos métodos de anotação para tentar suprir esta deficiência na anotação de genomas
7 Gene ontology (GO)
8 Gene ontology (GO) Serie de vocabulários controlados que apresenta uma relação hierárquica entre si. Através do uso deste termos é possível gerar diversas descrições do produto de um dado transcrito que podem ser buscadas através de palavras chaves ou navegando por uma arvore de termos Vocabulário descreve fenômenos moleculares e não objetos moleculares, não sendo substituto de outras anotações mais tradicionais
9 Gene ontology (GO) Dividido em três categorias principais: Processo biológico- Indica associação a eventos gerados a partir de um ou mais conjuntos ordenados de funções moleculares (ex. transporte de lipídeos, geração de gametas, quimiotropismo) Componente celular- Indicaria a possível localização do produto protéico (ex: núcleo, reticulo endoplasmático, proteassomo) Função molecular- descreve atividades que ocorrem a nível molecular (ex: transporte de lipídeo acoplado a atividade ATPasica, atividade receptora de GABA)
10 GO Tree browser Permite a navegação em uma arvore contendo os termos existentes para o GO, que também contêm associado uma series de genes previamente classificados
11 GO Tree browser Filtro permite selecionar organismo desejado É possível expandir termos para observar diferentes níveis hierárquicos
12 GO Tree browser O mesmo termo pode derivar de diferentes termos pais
13 GO Tree browser
14 Códigos de evidencia Um termo de GO pode ser atribuído a uma seqüência através de diversos métodos, os principais são os código de evidencia experimental, que indicam que a atribuição derivou de um experimento com a proteína, e os códigos de evidencia por analise computacional.
15 Busca por blast para atribuição de GO
16 Busca por blast para atribuição de GO Resultado de blast permite associar a proteína de interesse com outras proteínas com GO previamente anotado que sejam similares a primeira
17 Busca por blast para atribuição de GO Com a evidencia de similaridade dada pelo blast é possível então transferir os termos associados com a proteína anotada para a proteína de estudo
18 Detecção de GOs com representação aumentada Comparações de dois conjuntos de transcritos diferentes (como transcritos expressos em tecidos diferentes) podem ser analisados em temos da diferença representatividade de termos de GO. Este tipo de comparação busca definir termos de GO enriquecidos em determinado conjunto. Cálculos estatísticos devem ser realizados para avaliar significância dos resultados.
19 Detecção de GOs com representação aumentada
20 KEGG
21 KEGG Possibilidade de pesquisar uma via metabólica determinada
22 KEGG Pathways Utilização do numero E.C. (Enzyme Comission), sistema de classificação estabelecido
23 KEGG Pathways Nomenclatura possui quatro níveis hierárquicos sendo que o primeiro nível divide entre as seis famílias principais
24 KEGG E.C. em branco indica ausência no organismo E.C. em verde indica presença no organismo
25 Comparando vias entre espécies Homo sapiens Aspergilus fumigatus (fungo)
26 Vias de sinalização Não utiliza E.C.s pois não se trata de atividade enzimática
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