UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE RIO DAS OSTRAS INSTITUTO DE HUMANIDADES E SAÚDE CURSO DE SERVIÇO SOCIAL ANA CAROLINA CANTUÁRIA

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1 UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE RIO DAS OSTRAS INSTITUTO DE HUMANIDADES E SAÚDE CURSO DE SERVIÇO SOCIAL ANA CAROLINA CANTUÁRIA Autonomia relativa e estratégias coletivas do Serviço Social Rio das Ostras 2017

2 ANA CAROLINA CANTUÁRIA Autonomia relativa e estratégias coletivas do Serviço Social Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Serviço Social, como requisito parcial para conclusão do Curso. Orientadora: Prof. Dr. Cristina Maria Brites Rio das Ostras 2017

3 ANA CAROLINA CANTUÁRIA Autonomia relativa e estratégias coletivas do Serviço Social Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Serviço Social, como requisito parcial para conclusão do Curso. Aprovada em BANCA EXAMINADORA Prof. Cristina Maria Brites (Orientadora) - UFF Prof. Maria Raimunda Soares UFF Prof. Bruno Ferreira Teixeira UFF Rio das Ostras 2017

4 AGRADECIMENTOS Este é o momento tão emblemático da formação que, ao mesmo tempo que encerra um ciclo, abre possibilidades para outras infinitas aventuras, que a vida acadêmica e profissional podem oferecer. E é neste sentimento contraditório, de término e começo, que agradeço a todos que já andavam comigo, aos que eu encontrei, àqueles nos quais me (re)conheci, aos que me apaixonei, e principalmente, àqueles que sei que continuarão comigo na loucura da jornada da vida. Agradeço à minha família, principalmente à minha mãe, que forneceu todas as condições para a minha formação. Não somente as condições materiais, mas as emocionais. Se hoje eu sou é porque ela é, e juntas vamos seguir, nos amando e nos reconstruindo. Agradeço aos docentes do curso de Serviço Social e de cursos adjacentes de Rio das Ostras, guardo todos com muito carinho no meu coração. Agradeço à querida Márcia Rócio, pelo projeto da Caps, pelas ótimas discussões, pela amizade, e por ter me atentado para o fato de que não ter dados é um dado. Agradeço à maravilhosa Raimunda, pelo projeto na Machadinha, e por estar na banca, meu muito obrigada pela amizade, e por me ensinar e mostrar que é possível construir alternativas frente a realidade, você é um exemplo. E obrigada, ao Felipe Brito, pelos dois anos que fui sua monitora, por tudo que aprendi, pelas oportunidades, pela amizade. Você é outro exemplo de professor e de lutador. Agradeço à minha banca, ao Bruno, que compartilhou e compartilha comigo grandes momentos, estamos juntos. À Raimunda e à minha querida orientadora Cristina Brites, muito obrigada pela paciência e carinho, você é sensacional, todo mundo deveria ser sua orientanda e descobrir o amorzinho e compromisso, que é você. Também não posso esquecer da Kátia Marro, pelos semestres de orientação e paciência comigo, que sempre desapareci. Agradeço aos meus amados amigos de curso e do (não tão amável) movimento estudantil, que me mostraram que outro mundo é possível e que lutar é preciso. Despertaram em mim o meu potencial, ocupando as ruas, as praças e as festas. Em especial, aos belíssimos companheiros do CASS, gestão 2014, ao meu maravilhoso companheiro Lucas Brandão, e às amadas Marília, Evelyn, Juliana e

5 Amanda. Agradeço aos meus amigos da luta, que juntos fazem a minha vida, nesse mundo de barbárie, ter mais sentido. A luta que educa, cura e transforma! São muitos os nomes (por isso não citarei), mas saibam que tenho a alegria, de junto a vocês, construir algo muito maior que nós mesmos. Agradeço ao meu amor, companheiro e querido Gabriel, que ao meu lado conclui essa etapa. Obrigada por me ouvir e estar comigo, por despertar uma tranquilidade e paz que eu nem sabia que tinha. A nós todo amor, e todas as conquistas, que houver nessa vida. E por fim, e não menos importante, agradeço àquelas que permeiam a quase todos os parágrafos desse agradecimento, e a toda minha vida. Às minhas irmãs e amigas que estão presentes na minha loucura, alegria, tristeza e TPM: Aline, Clara e Natália (sumida). Estamos juntas no claro e no escuro! No mais, A estou indo embora, baby!

6 RESUMO O presente trabalho tem por objetivo indagar sobre as possibilidades de criação de estratégias para a objetivação dos princípios e valores inscritos no projeto éticopolítico profissional hegemônico. A nosso ver, esse objetivo assume relevância, uma vez que os desafios colocados pela crise estrutural do capital, e o rearranjo das funções estatais, impactam diretamente o trabalho profissional, fazendo-se necessário refletir sobre as possibilidades inscritas na tensão trabalho assalariado e estatuto profissional. Procuramos articular um debate teórico crítico acerca da ruptura do conservadorismo na profissão, e a construção do projeto ético-político hegemônico, da mesma forma que apontamos a condição assalariada do assistente social, os desafios colocados pela alienação do cotidiano e as mudanças no mundo do trabalho que impactam diretamente nas relações de trabalho, consequentemente, no trabalho profissional. Considerando o papel estratégico das Entidades da categoria profissional para oferecer suporte teórico, normativo e éticopolítico para as/os assistentes sociais,, elegemos para fins de pesquisa qualitativa, o Conselho Federal de Serviço Social, reconhecendo o seu papel para fortalecer respostas profissionais cotidianas no âmbito das Políticas Sociais Públicas, que efetivem estratégias de enfrentamento da barbárie social, da desumanização, da precarização das condições de trabalho profissional. Nesta perspectiva, analisamos algumas ações e publicações da gestão Tecendo a luta da manhã desejada ( ), e os três primeiros meses da gestão É de batalhas que se vive a vida ( ), visando identificar a atuação deste Conselho na direção de fortalecimento do projeto profissional. Neste sentido, este trabalho pretende contribuir para o debate sobre as possibilidades e desafios da objetivação dos valores éticos no cotidiano profissional. Palavras Chave: Projeto Profissional; Cotidiano Profissional; Trabalho Assalariado;

7 ABSTRACT The present work aims to question possibilities of creating strategies for the objectification of the principles inscribed in the hegemonic ethical-professional project. In our view, this objective assumes relevance, since the challenges posed by the structural crisis of capital, and the rearrangement of state functions, directly affect professional work, making it necessary to reflect on the possibilities inscribed from the salaried work tension and professional statute. We seek to articulate a theoretical-critical debate about the rupture of conservatism in the profession, and the construction of the hegemonic ethical-political project, in the same way that we pointed out the salaried condition of the social worker, the challenges posed by the alienation of daily life and the changes in the "work world" that directly impact on the labor relations, consequently, on the professional work. Considering the strategic role of entities to offer support, theoretical, normative and ethical-political to the field social workers. We choose for qualitative research purposes, The Federal Council of Social Service, recognizing their role in strengthening day-to-day professional responses within the framework of Public Social Policies, that make strategies for coping with social barbarism, dehumanization, the precariousness of professional working conditions; analyzing the actions and publications of the management Tecendo a luta a manha desejada ( ), and the three first months of the management É de batalhas que se vive a vida ( ). In this sense, this work intends to contribute to the debate about the possibilities and challenges of the objectification of ethical values in the professional daily life. Key-words: Professional Project; Daily Life Professional; Salaried work

8 Tratado geral das grandezas do ínfimo A poesia está guardada nas palavras é tudo que eu sei. Meu fado é o de não saber quase tudo. Sobre o nada eu tenho profundidades. Não tenho conexões com a realidade. Poderoso para mim não é aquele que descobre ouro. Para mim poderoso é aquele que descobre as insignificâncias (do mundo e as nossas). Por essa pequena sentença me elogiaram de imbecil. Fiquei emocionado. Sou fraco para elogio (Manoel de Barros)

9 Sumário Introdução...12 Capítulo O projeto profissional hegemônico do Serviço Social brasileiro Ruptura com o conservadorismo profissional O projeto ético-político hegemônico do Serviço Social...25 Capítulo Desafios para efetivação do projeto ético-político hegemônico do Serviço Social. É tempo de resistir! Serviço Social e sua condição assalariada Condições de trabalho e desafios profissionais...37 Capítulo Projeto profissional e desafios cotidianos Serviço Social e antagonismos de classe A articulação entre o exercício profissional e as lutas coletivas da classe trabalhadora...57

10 APRESENTAÇÃO Bambeia Cambaleia É dura na queda Custa a cair em si Largou família Bebeu veneno E vai morrer de rir (Dura na queda, Chico Buarque) 1 Este Trabaho de Conclusão de Curso (TCC) de Cantuária é resultado de um processo de crises. Foi motivado pelo interesse de análise sobre a existência, ou não, de uma crise de hegemonia do projeto ético-político profissional, decorrente da tensão entre o estatuto assalariado do trabalho profissional e a direção social estratégica do projeto do Serviço Social brasileiro. Foi elaborado aos solavancos em meio à crises sucessivas que envolveram o objeto e os procedimentos de pesquisa; as dores existenciais e as estomacais, que inadvertidamente Cantuária enfrentava à base de coxinha e refrigerante; os impasses e os dilemas da militância política e, na reta final, uma crise de saúde desta orientadora. No entanto, nada disso impediu que Cantuária, como Ismália do poema de Alphonsus de Guimaraens, quisesse, ao mesmo tempo, subir ao céu e descer ao mar. Felizmente, não teve a mesma sorte que a Ismália do poeta e, Dura na queda, como na música do Buarque, continuou cantando seu enredo, ainda que perdida na avenida e fora do carnaval. As/os leitoras/es poderão atestar a pertinência das inquietações de Cantuária, que com este seu canto torto, feito faca, intentou cortar a carne das certezas superficiais, do cotidiano alienado, do isolamento despolitizante, da ausência de organização e de estratégicas coletivas que desafiam o trabalho profissional competente e comprometido com os interesses e as lutas coletivas da classe trabalhadora. Uma leitura atenta deste TCC certamente identificará seus limites, muitos dos quais atribuo ao desassossego existencial de Cantuária, aos ataques de comichão que a impediam de ficar na sala durante toda a aula ou de concentrar suas energias em uma única atividade. Porém, uma leitura atenta também desvelará as 1 A maioria dos trechos em itálico é parte da letra da música Dura na queda, de Chico Buarque de Hollanda, exceção feita ao trecho canto torto, feito faca, da música A Palo Seco, do compositor e cantor Belchior, que nos deixou neste ano de 2017 e a quem aproveito para render minhas homenagens.

11 preocupações éticas e políticas que frisam a totalidade deste trabalho, que não oferece respostas, mas convida à reflexão crítica sobre a realidade social e profissional e sobre a importância das estratégicas coletivas da categoria em articulação com as estratégias de classe das/os trabalhadoras/es. Na qualidade de orientadora, portanto totalmente implicada na avaliação que possa se fazer dos resultados aqui apresentados, me resta atestar a intensidade do envolvimento de Cantuária no seu processo de formação. E, pra quem sabe olhar, a flor também é ferida aberta e não se vê chorar. Cristina Brites Professora Orientadora Inverno de 2017

12 Introdução O Serviço Social é um tipo de especialização do trabalho coletivo dentro da divisão sociotécnica do trabalho (Iamamoto, 2008, p71), sendo o seu significado social determinado por sua inserção na reprodução das relações sociais. A sua emergência ocorre no período dos Monopólios, sendo uma das especializações do trabalho coletivo chamada a responder às expressões da questão social pela mediação das Políticas Sociais. Se na sua gênese o Serviço Social assume um caráter conservador, legitimando a ordem social dominante, a partir de referências filosóficas do humanismo cristão abstrato e teóricas da tradição positivista, no seu processo de desenvolvimento, as contradições próprias dos antagonismos de classes postos ao trabalho profissional, abriram possibilidades para a renovação da profissão. No Brasil, as bases para a erosão do tradicionalismo profissional surgem no final da década de 1950, a partir do cenário político e econômico de desenvolvimentismo (Netto, 2007), aprofundando-se a partir da autocracia burguesa, já na metade da década seguinte. Dentro do arranjo político-econômico do desenvolvimentismo, a/o assistente social adota a metodologia de desenvolvimento de comunidade, contribuindo para a emergência de um pluralismo profissional, com vertentes distintas: uma pautando o DC com o fazer profissional tradicional, a segunda, articulando-se com a modernização conservadora em curso no país, e a terceira adotando o DC como um instrumento de transformação social, na perspectiva de libertação das classes subalternas. Estas três vertentes foram desenvolvidas a partir, e somente, pelas possibilidades históricas colocadas pela autocracia burguesa, como a consolidação e ampliação de um mercado nacional de trabalho para os/as assistentes sociais, a inserção na vida universitária, sendo elas tendências que condensaram as direções sociais assumidas no processo de renovação do Serviço Social brasileiro. Sendo que, em cada período, de auge, crise e declínio, uma vertente teve condições sociais para assumir a hegemonia da categoria. Netto (2007) denominou essas três tendências como: Perspectiva Modernizadora, Reatualização do Conservadorismo e 12

13 Intenção de Ruptura. A Perspectiva Modernizadora tem seu auge já no final da década de 1950, e opera direcionando a profissão para a adequação técnica e operativa dentro do desenvolvimentismo, e depois dentro da burocracia colocada no período da autocracia burguesa. Ao mesmo tempo que esta tendência rompeu com o tradicionalismo, no que diz respeito à dimensão técnico operativa, manteve na sua fundamentação teórica e ideopolítica o conservadorismo, com uma falsa perspectiva ética de neutralidade diante das relações sociais. E como teve a sua ascensão atrelada ao período da ditadura empresarial-militar, a crise de sua hegemonia é concomitante à crise da ditadura. A tendência de Reatualização do Conservadorismo disputa a hegemonia profissional no contexto de crise da perspectiva de modernização conservadora, articulando elementos do personalismo cristão e da fenomenologia, se opondo tanto à tradição positivista quanto à tradição marxista. Com o esgotamento do regime militar, acelerado pelo cenário político de redemocratização, a tendência de Intenção de Ruptura, assume a hegemonia profissional tendo como quadro político o emblemático Congresso da Virada, em 1979, como marco teórico a revisão curricular de 1982 e como marco ético, a revisão do Código de Ética de Essa tendência oferece as bases para o atual projeto ético-político profissional, que ao longo das décadas de 1980 e 1990 adensa seu amadurecimento teórico e ético-político. Ancorada na tradição marxista, essa tendência se opõe radicalmente ao tradicionalismo e conservadorismo dentro do Serviço Social brasileiro, e se aproxima do processo de Reconceituação do Serviço Social Latino-americano, ocorrido na década de 1960, e que tinha uma perspectiva anticapitalista e um posicionamento em defesa da classe trabalhadora. Na década de 1990, a profissão atinge o seu amadurecimento intelectual, consolidando o atual projeto profissional, que tem como marcos o Código de Ética de 1993, a Lei de Regulamentação da Profissão de 1993, e as diretrizes curriculares de ABEPSS, de Um projeto profissional que expressa as conquistas da categoria em termos teóricos, éticos e políticos. Um projeto profissional que se vincula de maneira crítica à processualidade histórica da totalidade social, que tem 13

14 como horizonte o fortalecimento das potencialidades emancipadoras da práxis, vinculado sua direção social com a construção de um projeto societário que proporcione a emancipação humana e o pleno desenvolvimento das capacidades dos indivíduos sociais. Um projeto que assume um posicionamento político em defesa dos interesses da classe trabalhadora, se posiciona e fundamenta o trabalho profissional em categorias históricas cujo significado é apreendido no interior da luta de classes, e cujo horizonte ético é a afirmação e realização de valores e conquistas humano-genéricas. Entretanto, a conjuntura sócio histórica, em um cenário de capitalismo tardio, e o próprio caráter alienante que o cotidiano adquire, apresentam inúmeros desafios para a efetivação do projeto profissional. A ofensiva capitalista, organizada a partir do final da década de 1970, incide diretamente nas condições objetivas de realização do trabalho profissional. Rebatimentos que adquirem dupla determinação: nas relações de trabalho, que se tornam fragilizadas trabalho precário, por contrato, terceirizado; ao mesmo tempo que promove o desmonte das Políticas Sociais, cortando programas e serviços, e precarizando as condições para a realização do trabalho profissional. Neste contexto, a barbárie e a alienação cotidianas, se expressam em processos fragmentados que dificultam a análise crítica da realidade e impõem desafios às/aos assistentes sociais. Assim, no presente Trabalho de Conclusão de Curso, procuramos analisar os limites postos à efetivação dos valores éticos inscritos no projeto profissional. Do mesmo modo, procuramos desvelar a importância das estratégias coletivas para enfrentar a alienação e a barbárie cotidianas no contexto atual de crise estrutural do capitalismo, por meio de uma pesquisa qualitativa sobre as publicações, posicionamentos políticos e frentes de luta do Conselho Federal de Serviço Social, tomados como estratégicos para fortalecer o trabalho profissional, seja por sua atuação nas Frentes, Comissões e Fóruns de luta, seja por suas manifestações políticas em face dos conflitos e desigualdades sociais. Neste sentido, no primeiro capítulo analisamos as bases da ruptura com o conservadorismo profissional, culminando com a configuração do Projeto éticopolítico do Serviço Social brasileiro, apresentando o seu direcionamento ético e 14

15 político. No segundo capítulo, discutimos o Serviço Social como especialização do trabalho coletivo, os constrangimentos postos pela condição de assalariamento e os desafios colocados pela ofensiva capitalista e pelo cotidiano alienante e de barbárie que se coloca para o trabalho da/o assistente social. No terceiro e último capítulo, analisamos algumas publicações e posicionamentos do Conselho Federal de Serviço Social que, a nosso ver, configuram-se como estratégias coletivas de fortalecimento do trabalho profissional comprometido com o projeto hegemônico do Serviço Social brasileiro e com as lutas da classe trabalhadora. 15

16 Capítulo 01 O projeto profissional hegemônico do Serviço Social brasileiro 1.1 Ruptura com o conservadorismo profissional A erosão do tradicionalismo no âmbito do Serviço Social brasileiro tem seu início no final da década de 1950, a partir de um quadro social, econômico e político de desenvolvimentismo. Entretanto, entende-se, a partir dos estudos de Netto (2007), que com a autocracia burguesa, esse processo foi acelerado e decisivo para a primeira ruptura dentro da profissão. No final dos anos de 1950, a sociedade brasileira estava sob um processo de alta industrialização e crescimento econômico, baseado numa política desenvolvimentista. Essa política em sua primeira fase tem seu foco central em um crescimento econômico acelerado, continuado e autossustentado, de forma a superar o estágio de subdesenvolvimento, e integrar mais dinamicamente a economia capitalista. Assim, pautado na concepção de que desenvolvimento é ter mais indústrias, realizou-se a industrialização de base em todo país, principalmente no campo, numa suposta libertação econômica, uma vez que nesta visão conservadora e inspirada na tradição funcionalista, uns dos motivos do país estar no patamar de subdesenvolvido, era o fato de não ser industrializado e ter uma economia agrária (ainda não ligada ao agronegócio). Este processo resultou em novas demandas e formas de intervenção sobre a questão social, esbarrando nas práticas convencionais utilizadas pela/os assistentes socais, como as metodologias de caso e de grupo; exigindo naquele momento, a necessidade de outras modalidades interventivas, que se desdobraram em proposta de intervenção junto as comunidades. Mesmo mantendo as bases teóricas, a incorporação desta metodologia de intervenção, gerou alguns desdobramentos imediatos na profissão, como analisa Neto 2007).O primeiro foi no campo intelectual, a partir de disciplinas sociais que apontavam questões de ordem macrossocial; ainda que a metodologia de desenvolvimento de comunidade não rompesse com o tradicionalismo e nem com as bases teórico-metodológicas acríticas, inspiradas na tradição positivista e no humanismo cristão abstrato. O segundo é o fato do assistente social passa a ingressar em equipes multiprofissionais, o que exigia interlocução com outras áreas 16

17 do conhecimento e aprofundamento dos pressupostos da atuação profissional.. E o terceiro é o relacionamento que passa a ser desenvolvido entre o profissional e os aparelhos administrativos e decisórios do Estado, aproximando-o das discussões políticas. Este novo processo polarizou, a curto prazo, os novos quadros de assistentes sociais. Conjuntamente a realidade nacional, na qual via-se de um lado o cenário nacional de superação do subdesenvolvimentismo, que contava com estudos na área das ciências sociais, na política governamental, e no modelo econômico aplicado. E do outro lado, o crescimento do Desenvolvimento de Comunidade, na qual uma parcela das/os assistentes sociais encontravam formas interventivas mais adequadas a realidade brasileira. É nesta segunda parcela de assistentes sociais que se gesta o embrião da ruptura com o tradicionalismo, uma vez que as/os profissionais passam a realizar práticas e representações de acordo com a realidade nacional, visando a superação dos antigos métodos de intervenção importados dos EUA. (idem). As necessidades postas pelo projeto de modernização conservadora assumido pela autocracia burguesa, especialmente a partir do golpe empresarial militar de 1964, rebatem diretamente na dinâmica profissional e configura-se como uma das bases de erosão do Serviço Social Tradicional. Tanto que no II CBAS, em 1962, a categoria passa a enfatizar a intervenção profissional inscrita no Desenvolvimento de Comunidade como aquela área do Serviço Social a receber dinamização preferencial, situada como a ponta da profissão e a mais compatível com o conjunto de demandas da sociedade brasileira (idem, p139). Assim, passa-se alguns elementos que contribuem para erosão do tradicionalismo presente na profissão: o primeiro é a necessidade de se sincronizar com as mudanças econômicas e sociais do Brasil, sob risco de ficar no segundo plano. O segundo é a necessidade de elevar e aprofundar o padrão técnico, cultural dos profissionais, assim como as entidades do Serviço Social. O terceiro diz respeito à reivindicação de inserção da profissão no âmbito da gestão das políticas e não apenas na execução. Deste modo, como expressão de uma das dimensões da erosão do Serviço Social tradicional, os três elementos revelam como a postura tradicional formação teórica defasada e subalternidade, estavam em total 17

18 dissonância com as exigências daquele tempo histórico. Estes sinais que, em finais da década de 1950, já apontavam a erosão do tradicionalismo, não esgotam por si só, esse processo que é aprofundado anos seguintes, por determinações sociais que incidem diretamente no Serviço Social. Fatores vinculados a conjuntura política nacional entre os anos de , como a instabilidade democrática na sociedade e no Estado (idem), rebatem na profissão, por mediação, de quatro formas distintas. A primeira é o amadurecimento no estabelecimento de relações, de uma parte dos assistentes sociais, com outros seguimentos, tais como profissionais de outras áreas, grupos sociais e, setores da sociedade politicamente organizados. O segundo é o distanciamento e a redução da influência dos setores tradicionais da Igreja Católica, decorrente do surgimento de setores progressistas/ de esquerda dentro do catolicismo, influenciando os profissionais, além do aprofundamento do processo de laicização profissional. O terceiro é o surgimento do movimento estudantil nas escolas de Serviço Social. E o quarto são as transformações no âmbito das ciências sociais, que passam assimilar referenciais mais críticos, alguns de perspectiva nacional popular. Estes componentes distintos rebateram na profissão de duas formas: na crítica da prática e representações tradicionais ; proposição de práticas e representações profissionais que atendessem as novas exigências da conjuntura e do mercado profissional em expansão. Vislumbra-se, no primeiro lustre dos anos sessenta, um duplo e simultâneo movimento: o visível desprestígio do Serviço Social tradicional e a crescente valorização do que parecia transcendê-lo no próprio terreno profissional, a intervenção no plano comunitário (NETTO, 2007, p140). Estas questões, diante do quadro interno da categoria, e das tensões previamente existentes, contribuíram para a emergência de três formas distintas de compreensão e apropriação da metodologia de Desenvolvimento de Comunidade. Uma vincula o Desenvolvimento de Comunidades ao fazer profissional pautado no tradicionalismo. Uma segunda, que articula o Desenvolvimento de Comunidades com uma análise macrossocial, sem, contudo, formular uma crítica à realidade legitimando e sendo funcional a lógica capitalista, inclusive criando uma identidade entre as finalidades profissionais com as finalidades do projeto de desenvolvimento 18

19 econômico adotado pelos governos. E uma terceira corrente, que compreende o Desenvolvimento de Comunidades como um instrumento/ processo de transformação social que conecta-se com a libertação das classes e camadas subalternas. (NETTO, 2007). Nesta processualidade histórica, horizonte de ruptura com o tradicionalismo profissional seria (e foi) inevitável, assumindo direções diversas. Entretanto com o golpe empresarial militar, e o surgimento da autocracia burguesa, o processo foi acelerado bruscamente, apresentando com a modernização conservadora a sua crise. Impediu que todos os protagonistas sociopolíticos de linha democrática, tanto para a condução da sociedade quanto do Estado, pudesses dar uma resposta a ruptura do Serviço Social tradicional, dando a linha política e técnica para o processo. Da mesma forma que os fundamentos do tradicionalismo entram em colapso e vão se diluindo, aspectos do conservadorismo sociopolítico se entranha em outros elementos de fundamentação e legitimação do Serviço Social e se perpetua como a base teórica. Dentro desse cenário, só uma tendência se desenvolverá (trataremos a seguir), e as demais tendências, impossibilitadas de manifestar-se devido a conjuntura político e social, ganham contraditoriamente nos anos por seguinte espaço para o seu florescimento. E foi a partir desse cenário de erosão do tradicionalismo profissional, que se criou um chão histórico no qual há a possibilidade de gestão do embrião da renovação do Serviço Social brasileiro. No contexto da autocracia burguesa, o processo de modernização conservadora ampliou e consolidou o mercado de trabalho das/os assistentes sociais. Isto porque o Estado autocrático burguês orienta suas intervenções para responder as exigências do padrão de acumulação capitalista daquela modernização conservadora, que produz aumento e concentração da riqueza, consequentemente, o acirramento das expressões da questão social no cenário nacional. O Estado no seu papel de regulação social, reformula e amplia as Políticas Sociais, na perspectiva de socialização dos custos de reprodução da força de trabalho, de manutenção de padrões de consumo e de controle/opressão dos segmentos insatisfeitos. Houve, portanto, uma ampliação do mercado profissional de trabalho e novas exigências institucionais que expressavam a lógica do controle 19

20 burocrático de procedimentos e atividades e controle das/os usuários atendidos pelo serviço social. E neste sentido, aconteceu uma reformulação dentro das Políticas Sociais, tanto pela demanda crescente, que impulsionou o dimensionamento das políticas Sociais para a cobertura nacional, quanto pela reconfiguração do processo de trabalho no qual as/os assistentes sociais se inseriam. Vale a pena ressaltar que Esta reformulação foi tanto organizacional quanto funcional: não implicou só uma complexificação (a que correspondeu uma vaga de burocratização) dos aparatos que se inseriam os profissionais; acarretou igualmente, uma diferenciação e uma especialização das próprias atividades dos assistentes sociais, decorrentes quer do elenco mais amplo das políticas sociais, quer das próprias sequelas do modelo econômico (2007, p121) A ampliação dos locais de trabalho da/o assistente social, neste período, também se estende ao setor provado. Seja nas empresas capitalistas ou estatais, q a tendência dominante das demandas colocadas à atuação profissional era de regular e controlar a força de trabalho. Como também, a ampliação no chamado terceiro setor, nas entidades filantrópicas que passaram a atuar numerosamente diante do crescimento do pauperismo (absoluto ou relativo) de amplos setores da população brasileira. Este cenário nacional de consolidação do mercado de trabalho, exigiu um novo padrão de desempenho da/o assistente social, em todos os seus espaços sócios ocupacionais. Mesmo permanecendo majoritariamente como executor final das Políticas Sociais, a/o assistente social foi incorporada/o em estruturas organizacionais mais complexas, marcadas pela burocratização, que alterou a relação dos profissionais com os recursos, com a hierarquia, com as/os usuários de serviços, etc. Assim, a/o assistente social, diante da burocratização administrativa que atendia aos objetivos da modernização conservadora, passou a investir em um perfil mais moderno, adequado às normas e finalidades do mercado profissional, que adquiria um padrão mais burocrático e hierarquizado na relação com suas/seus usuárias/os de serviços. O mais importante a se destacar nesse processo de mudanças conduzida pela autocracia burguesa, é a configuração de um novo perfil profissional, vinculados as exigências do mercado de trabalho. O assistente social neste período deveria ser moderno, deixar os traços ligados ao tradicionalismo, e adorar uma postura e os procedimentos técnicos racionais. 20

21 Conjuntamente, pela própria expansão do mercado de trabalho, no período dos governos militares ampliou-se significativamente o número de novos assistentes sociais. Com a expansão das Universidades, ampliou-se o número de cursos de Serviço Social. Essa multiplicação de cursos ligados à Universidade rompeu com todos os processos utilizados no ensino profissional tradicional, tal como o paroquialismo e o confessionalismo; e introduzindo formalmente a profissional na vida universitária (idem). Este processo de formação foi impregnado por novas exigências quer da reformulação global da universidade pelo regime autocrático burguês, quer da sua própria virgindade acadêmica; se se conectam uma e outros, compreende-se por que essa formação mostrou-se tão vulnerável aos constrangimentos gerais do ciclo ditatorial. (idem, p 125) A formação universitária, mesmo num contexto no qual a Universidade estava constrangida pela repressão ditatorial, propicia a crítica dirigida à compreensão da profissão e dos processos vivenciados no país; mesmo no interior de um projeto de formação alinhado a perspectiva de modernização conservadora. Assim, a conjugação desses elementos levou a um o processo contraditório, fomentando direções contrários aos interesses da ordem burguesa. Porque primeiramente, de forma institucional tem-se uma preocupação com estudos e pesquisas que assegurassem pressupostos à dimensão técnico operativa em articulação com as áreas de conhecimento ligadas às ciências sociais e à psicologia social. Reconhecendo a ausência de uma tradição teórica para a construção dessa dimensão, e investe-se na pesquisa no âmbito da formação profissional; processo que contraditoriamente abrigou traços conservadores, autoritários, fruto até mesmo do período ditatorial, mas também propiciando a emergência de visões críticas. Outro ponto de contradição foi a incorporação de quadros docentes para esses novos cursos, provindos do período anterior, ou já formados nesse processo, carregando em si, traços da formação tradicional, ou do próprio momento da ditadura. Essa incorporação proporcionou principalmente, que os antigos profissionais pudessem exercitar e acumular conhecimento crítico sobre a profissão e os processos sociais, antes inexistentes. Estes dois aspectos do mesmo processo, de expansão do mercado de trabalho e da inserção e expansão de cursos de Serviço Social nas Universidades, se 21

22 articulam para o processo de renovação profissional. Isto porque, estes dois fatores, conjuntamente com a laicização da profissão, já existente, possibilitaram a diferenciação da categoria em todas as dimensões, assim como uma disputa de hegemonia sobre o seu direcionamento. Quadro bastante diverso daquele existente antes da metade da década de 1960, no qual o Serviço Social não apresentava grandes polêmicas quanto ao seu direcionamento político e de suas práticas profissionais, sendo quase uma categoria homogênea. Neste contexto configura-se uma tendência que vai além das requisições que a autocracia burguesa demanda ao Serviço Social, pois além dos setores que se adéquam e atendem à burocracia e a funcionalidade do sistema, surgem segmentos de oposição e enfrentamento ao status quo. O ingresso na Universidade, a formação da profissão, a expansão do mercado nacional de trabalho, propiciaram as condições parar o desenvolvimento e ampliação de segmentos profissionais críticos e de oposição ao regime. Resumidamente, nas palavras de Netto isto equivale afirmar que, instaurando condições para uma renovação do Serviço Social de acordo com suas necessidades e interesses, a autocracia burguesa criou simultaneamente um espaço onde se inscrevia a possibilidade de se gestarem alternativas às práticas e as às concepções profissionais que ela demandava. (2007, p. 129) A renovação do Serviço Social brasileiro é marcada, portanto, pela instituição de um pluralismo profissional, que envolve disputas de caráter ideológico, teórico e político; exorcizando a ideia de uma tradição homogênea ideal; pela diferenciação entre as tendências e concepções profissionais, proporcionada pelo contato com diversas matrizes teóricas; acabando com a concepção de uma identidade única profissional; pela inserção nas áreas e discussões no âmbito das ciências sociais, não apenas como mero reprodutor do que é estudado, mas também área de pesquisa e produção de conhecimentos. Além disso tem-se a construção de uma vanguarda profissional, que não se encontrava apenas na acadêmia, e que produzia conhecimento fruto de pesquisas. A partir destes elementos Netto (idem) analisa três tendências profissionais que condensam as direções sociais assumidas pelo processo da renovação do Serviço Social brasileiro. A primeira tendência, que tem seu auge no final da década de 1960, é denominada pelo autor como perspectiva de modernização conservadora, que operou o direcionamento da profissão para a sua adequação técnica e operativa 22

23 aos marcos do desenvolvimento brasileiro, e as requisições burocráticas da autocracia burguesa. Seus grandes marcos são os textos de Araxá e Teresópolis, sua hegemonia será suplantada na década seguinte. O núcleo central desta tendência se alinha ao projeto de desenvolvimento brasileiro, considerando a/o assistente social como agente dinamizador e integrador no processo desenvolvimentista; dando seguimento às concepções profissionais da década de Entretanto, ao mesmo tempo que dá seguimento a esta concepção, rompe com o ideário de uma parcela da categoria que acreditava que com o desenvolvimento, possibilitaria condições de superação da ordem estabelecida; assim, a modernização vai na perspectiva de acolher técnicas e instrumentos que respondem as requisições impostas pela sociedade neste período histórico. Em relação a direção teórica da profissão não ha a negação da base filosófica, ainda tradicional, mas há sim, a perspectiva de inseri-los em uma moldura teórica e metodológica menos débil, subordinando aos vieses modernos donde, por outro lado, o lastro eclético que é portadora (idem, p155). A trajetória e o desenvolvimento dessa perspectiva tem relação direta com o golpe empresarial militar, com a abertura e expansão de espaços sócio ocupacionais (no âmbito do Estado e do setor privado) e com a sua burocratização. Assim, a crise da autocracia burguesa, na década seguinte, também rebate sobre esta perspectiva, crescendo a influência das outras duas tendências profissionais, uma de cariz reformista e reatualizador dos traços mais conservadores da profissão; e a outra de cariz crítico e que oferecia resistência ao regime militar. Com a crise de hegemonia da perspectiva de modernização conservadora, a segunda tendência que ganha força no âmbito profissional é a perspectiva de reatualização do conservadorismo, que recupera a herança do Serviço Social tradicional, mas sob outra roupagem, mais sofisticada, se colocando como uma nova proposta metodológica e teórica que, ao mesmo tempo confronta as bases da tradição positivista e s referenciais da tradição marxista. Tal perspectiva articula concepções de homem e de sociedade advindas do personalismo cristão e da fenomenologia, visando assegurar a modernização requerida ao exercício profissional. Por isso foi considerada por Netto como reatualização do 23

24 conservadorismo, como se colocasse no horizonte um museu de grandes novidades. Com a acentuação da crise da autocracia burguesa, e conjuntamente com o ressurgimento dos trabalhadores na arena política, a terceira tendência cujas origens encontram-se na experiência do Método BH, denominada por Netto de Intenção de Ruptura, conquista a hegemonia profissional em finais da década de 1970 e oferece as bases para o atual projeto ético-político profissional do Serviço Social brasileiro. A perspectiva de intenção de ruptura elabora uma crítica aos elementos teórico metodológico e os e ideopolíticos do conservadorismo profissional. Resgatando as tendências profissionais mais críticas da década de 1950 visando a ruptura política no âmbito da intervenção profissional em face das demandas colocas pelo projeto de desenvolvimento econômico adotado pela autocracia burguesa. O referencial teórico desta perspectiva é buscado no marxismo, e seu desenvolvimento é limitado durante a vigência da autocracia burguesa, conquistando a hegemonia profissional apenas no período de crise ditatorial e na abertura dentro das universidades para o marxismo acadêmico, ganhando força principalmente no período de luta pela redemocratização da sociedade brasileira, arrastando e animando diversas camadas de profissionais. Assim, nos primeiros anos da década de 1980, essa tendência assume a direção estratégica da formação e do trabalho profissional. Podemos apontar como principal característica desta perspectiva a oposição ao Serviço Social tradicional e sua herança que permanecia influenciando a profissão. A perspectiva de intenção de ruptura é também a vertente profissional que, no âmbito da renovação do Serviço Social brasileiro, mais se aproxima do processo de reconceituação latino-americana do Serviço Social, ocorrido na década de 1960 nos países da América Latina, que continha perspectiva anticapitalista e a defesa dos direitos da classe trabalhadora. Em linhas gerais podemos concluir que as mudanças operadas pelo Estado autocrático burguês (Netto), incidiram de forma decisiva no processo de renovação do Serviço Social brasileiro, contribuindo para a emergência de três projetos profissionais distintos. Vimos que a perspectiva modernizadora se beneficia da 24

25 supressão política de todas as críticas contra o conservadorismo, e pode se desenvolver em decorrência do projeto de modernização conservadora do regime ditatorial e do próprio modelo burocratizado de universidade. A perspectiva de reatualização do conservadorismo pode de desenvolver pelo cariz conservador e eclético de suas formulações, tolerado pela autocracia burguesa. A perspectiva de intenção de ruptura foi constrangida por seu cariz crítico e sua resistência política à ditadura, principalmente entre Estes elementos integram o processo de ruptura com o conservadorismo profissional, proporcionando uma nova direção para o projeto profissional. A nova direção ético política da profissão, cuja hegemonia é conquistada a partir de meados da década de 1980, alcança o seu amadurecimento teórico e político nos anos de 1990, com a consolidação do projeto ético-político profissional, que tem como marcos o Código de Ética de 1993, a Lei de Regulamentação da Profissão de 1993, e as diretrizes curriculares em Trata-se de um projeto profissional que condensa as conquistas da categoria em termos de seu amadurecimento intelectual, ético e político. Um projeto cujos fundamentos se vincula à processualidade histórica da totalidade social, vislumbra o fortalecimento das potencialidades emancipadoras da práxis, se vincula às lutas pela construção de uma nova ordem societária que propicie a emancipação humana e o pleno desenvolvimento das capacidades dos indivíduos sociais. Um projeto profissional que assume abertamente seu posicionamento político em defesa dos interesses da classe trabalhadora, fundamentando o trabalho profissional em categorias históricosociais cujo significado é dado pela luta de classes e cuja direção ética visa a realização de valores e conquistas humano-genéricas. Aspectos que serão analisados a seguir. 1.2 O projeto ético-político hegemônico do Serviço Social O atual projeto ético-político do Serviço Social, fruto de determinações históricas e teóricas, expressa o amadurecimento e acúmulo realizado desda década de 1980, contexto no qual a categoria profissional rompe com o projeto conservador, assumindo uma perspectiva teórico crítica para análise da realidade 25

26 social e profissional, um compromisso político com os interesses da classe trabalhadora e promove intensa revisão em seus aportes filosóficos, teóricos e normativos. O atual profissional hegemônico compromete-se com os valores emancipatórios, fortalece o trabalho profissional que visa a ampliação da liberdade e é contrário a qualquer tipo de opressão e exploração. Mas antes da análise de sua direção ético-política, assim como de seus fundamentos teóricos e pressupostos valorativos, consideramos importante tratar de alguns aspectos que configuram os projetos coletivos, situando neste debate o projeto profissional. Na vida cotidiana, indivíduos sociais, projetam suas ações para atingir finalidades, essa ação teleológica é inerente ao ser social, sendo realizada individualmente ou coletivamente. Assim, o ato de projetar está implícito nas nossas ações, compreendendo que projetar nos remete a intencionalidade, portanto, envolve conhecimento da realidade sobre a qual pretende-se intervir, os meios e os valores que serão legitimados. Desta forma, o ato de projetar pode ocorrer de forma coletiva ou individual, compreendendo assim os projetos coletivos, e os projetos individuais. Os projetos coletivos, tem alcances diferentes, podem ser projetos societários, ou por exemplo, projetos profissionais. O primeiro é aquele que formula um ideário de sociedade, ancorados e legitimados pela escolha de valores e por um determinado modo de funcionamento, estrutural e superestrutural. A sua construção possui o máximo de abrangência, com a ampla participação dos indivíduos, podendo absorver, ou transformar, as pautas, demandas e aspirações que surgem a partir da conjuntura histórica. Em uma sociedade de classes, existirão sempre projetos societários que proclamem os valores e interesses da classe que representam; no caso da sociedade capitalista, existe o projeto da burguesia, que conserva os valores e meios já hegemonicamente vigentes; e o projeto da classe trabalhadora, que proclama valores emancipatórios e meios produtivos socializados. Esses projetos sempre estarão em disputa, comportando internamente relações de poder, que expressam a sua dimensão política. Os projetos profissionais, por sua vez, são mais restritos, dizem respeito apenas as profissões regulamentadas e organizadas politicamente. Estes projetos 26

27 representam a autoimagem da profissão, demostram os valores que os legitimam, e colocam os objetivos e requisitos para seu funcionamento (Netto, 1996). Seus componentes dizem respeito aos aportes teóricos e a regulamentação que orientam a formação e o trabalho profissional, os valores e compromissos assumidos e a normatização de uma ética profissional (o Código de Ética). A sua construção, que é coletiva e plural, não se realiza apenas pelos segmentos inseridos no mercado profissional de trabalho vinculado às Políticas Sociais, mas também pelo conjunto da categoria, pesquisadores, docentes, sindicatos, e até mesmo os seus discentes; podendo, desta forma, incorporar ou modificar, de forma dinâmica, as pautas e necessidades, tudo de acordo com a conjuntura colocada e pelas necessidades profissionais. Todo projeto de uma profissão é possuinte de uma direção política, tanto no macro, articulado com projetos de sociedade; quanto no aspecto micro, referente a profissão. Podendo haver concepções distintas, dentro da categoria, sobre o direcionamento político do projeto social e profissional, isto porque, a unidade existente não é homogenia, existindo distintas concepções político-ideológico entre seus participantes Assim, mesmo adiante da hegemonia conquistada por determinado projeto profissional, diante do pluralismo, temos a disputa de projetos distintos no âmbito da profissão. Esta disputa, por seu turno, também representa a disputa entre projetos de sociedade, dada as mediações existentes entre projeto profissional e projeto societário.. Na sua composição, como mencionado anteriormente, o projeto profissional implica na articulação de vários componentes uma imagem ideal da profissão, os valores que a legitimam, sua função social e seus objetivos, conhecimentos teóricos, saberes interventivos, normas, práticas etc (Netto, 1996,p 97-98). Sendo importante frisar que em todas as dimensões são atravessadas por uma valorização ética, uma vez que todo projeto profissional, necessariamente, tem uma fundamentação valorativa, de natureza ética. Assim, podemos constatar que os elementos éticos não estão apenas presente no código de ética, mas também na escolha do referencial teórico, ideológico, e no direcionamento político. Isto porque toda perspectiva teórica expressa em si uma visão de homem e de sociedade, assim, assumem uma 27

28 orientação valorativa para as atividades práticas, que por sua vez, possuem um direcionamento ideológico e político. Por isso também sua função política, pois ela também prevê uma ação, consciente ou não; e é por isto mesmo, a contemporânea designação dos projetos profissionais como projetos éticopolíticos revela toda a sua razão de ser: uma indicação ética só adquire efetividade histórico concreta quando se combina com a direção políticoprofissional (Netto, 1996, p99). O projeto ético-político do Serviço Social brasileiro reconhece, a partir da ontologia do ser social, a liberdade como valor ético central. Liberdade compreendida historicamente, como capacidade humana de criar alternativas para o atendimento de necessidades, explicitando as demais capacidades humanogenéricas, como a consciência, a sociabilidade e a universalidade. Vincula-se à realização de alternativas e de escolhas, que favoreçam a autonomia e a expansão do desenvolvimento dos indivíduos na direção de sua emancipação. A liberdade é concebida como valor ético central, porque a base teórica que fundamenta o projeto hegemônico profissional é a ontologia do ser social de Marx, abordagem ontológica que inscreve os valores e a ética como produto da práxis cujos fundamentos são dados pelo trabalho. Somente com a objetificação do trabalho é propiciado a construção do ser social e o desenvolvimento de capacidades humanas essenciais, que tornam os indivíduos sociais capazes de agir conscientemente, de modo livre e universal, orientado por valores construídos a partir da sua experiência prática. É a partir da transformação da natureza, por meio do trabalho, que o ser social se transforma, respondendo necessidades, criando outras necessidades, e ampliando suas capacidades, criando alternativas. Como afirma Barroco A objetivação do trabalho propicia o desenvolvimento de certas capacidades que instituem um modo ser, diverso de outros seres existentes na natureza: um ser social capaz de agir conscientemente a natureza e ai mesmo, responde a necessidades, cria alternativas, institui a possibilidade de escolher entre elas e produz socialmente um resultado objetivo que amplia suas capacidades, criando novas alternativas, gestando, com isso, condições objetivas para o exercício da liberdade. (2012, p54) A ética é considerada pela abordagem ontológica como uma práxis, uma vez 28

29 que visa a transformação das escolhas alternativas de valor dos indivíduos sociais na direção da realização de práticas que ampliem as possibilidades de liberdade. Entretanto, na sociedade capitalista, que se funda a partir apropriação privada dos meios e dos produtos da produção, via exploração da força de trabalho, as formas de objetivação da ética encontram limites para sua efetivação plena, ou seja, de forma livre, universal, consciente, e na direção da emancipação, o que não quer dizer que por isso a sua efetivação, mesmo que parcial, fique totalmente impossibilitada. Os valores podem objetivar-se porque eles não são concepções abstratas, mas produtos da materialidade da atividade que o realizou; dessa forma, eles só ganham substância se realizados na prática social, e não em retóricas vazias. Assim, a liberdade passa a ser valorizada positivamente, uma capacidade humana na direção de sua emancipação. Compreende-se como valor, a partir de Heller, todas as relações, ações que contribuem para a emancipação humana; que fornecem aos homens maiores possibilidades de objetivação, que integram sua sociabilidade, que configuram mais universalmente sua consciência e que aumentam sua liberdade social (Heller, apud, Barroco, 2012, p57). Assim, o projeto ético-político coloca a emancipação humana como valor de caráter humano genérico central, sendo ela a sua finalidade ético-político mais genérica. A liberdade, justiça social, democracia e equidade, são valores essenciais, que apresentam-se como formas de viabilizar esse objetivo. Entende-se como emancipação humana, o desenvolvimento das capacidades do ser social, considerando a participação igualitária dos indivíduos sociais no acesso às conquistas do gênero e a superação de todas as formas de opressão e dominação. A defesa destes valores centrais, supõe o reconhecimento teórico e político da necessidade de fortalecimento das lutas sociais que apontem para a construção de uma nova ordem social, livre de todas as formas de opressão e dominação, de classe, de gênero e étnico-racial. Por isso, o Código de Ético da/o assistente social, articula duas dimensões estratégicas da mesma direção social, uma que considera as possibilidades efetivas de realização destes valores no âmbito do trabalho profissional e outra que articula o fortalecimento das lutas sociais que afirmam estes mesmos valores. Trata-se do reconhecimento teórico das mediações existentes 29

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