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1 543 Políticas de comunicação na América do Sul: descentralização da mídia Communication policies in South America: decentralization of the media Recebimento dos originais: 01/03/2018 Aceitação para publicação: 29/03/2018 Pedro Ernesto Ribeiro Alves Mestrando em Ciencias Sociales y Humanidades Instituição: Universidad Nacional de Quilmes Endereço: R. Roque Sáenz Peña 352, B1876BXD Bernal, Buenos Aires, Argentina ernesto_ufrb@hotmail.com Larissa Alves de Carvalho Bacharela em Ciências Sociais Instituição: Universidade Federal do Recôncavo da Bahia Endereço: Rua Ana Nery, 25, Centro Cachoeira, BA - Brasil larissacisoufrb@hotmail.com RESUMO O presente artigo visa analisar as políticas regulatórias dos meios de comunicação a partir do ano 2000, aprovadas alguns países da América do Sul, a saber: Venezuela, Bolívia, Argentina e Uruguai. A maior regulação dos meios, bem como sua descentralização, se deu por conta da eleição de governos com tendências de esquerda e centro-esquerda nestes respectivos países. O trabalho faz uma análise sobre artigos e incisos das leis de telecomunicações aprovadas nesses respectivos países, com o objetivo de comparar a porcentagem de interferência estatal que esses estatutos, aprovados nessas nações através de maioria no congresso, tem nos países estudados. Palavras Chave: Mídia; Política; Comunicação; América do Sul. ABSTRACT This article aims to analyze the regulatory policies of the media from the year 2000, approved some countries of South America, namely: Venezuela, Bolivia, Argentina and Uruguay. The greater regulation of the media, as well as their decentralization, was due to the election of left-leaning and center-left governments in these respective countries. The paper analyzes articles and subsections of telecommunications laws approved in these countries, with the objective of comparing the percentage of state interference that these statutes, approved in these nations through a majority in the congress, have in the countries studied. Keywords: Media; Policy; Communication; South America.

2 544 1 INTRODUÇÃO O interesse nessa questão específica ocorre porque os debates sobre a monopolização da informação se tornaram mais frequentes a partir dos anos 2000 e, consequentemente, a partir desses debates, visando a descentralização e maior participação do Estado nos meios de comunicação, foram criadas leis que além dedesconcentraralguns monopólios consolidados, também tem características de uma maior pluralidade nos meios de comunicação, atendendo a demandas antigas de alguns setores desses países. É imprescindível apontar que os interesses na promulgação das leis são locais e se dão de maneiras específicas em cada país, de modo que não há um movimento unificado dos países da América do Sul para que ocorra tais regulamentações. Apesar disso o artigo aborda a questão de uma maneira holística na América do Sul. A questão perpassa pela tentativa de compreensão da verdadeira função da promulgação dessas leis na maioria desses países, se visam descentralizar cada vez mais os grandes monopólios midiáticos locais - dos quais em grande parte são grupos privados - dando ao estado mais poder em relação a eles, quando não em alguns casos, poder de competição com esses grupos. O trabalho enfocará casos relevantes de alguns países da América do Sul. Alguns exemplos serão analisados, como a Lei Resorte, na Venezuela em 2004, a Lei de Direitos e Serviços de Comunicação e Audiovisual, na Argentina em 2009, a Lei Geral de Telecomunicações, na Bolívia em 2011 e a Lei de Serviços de Comunicação Audiovisual, no Uruguai em VENEZUELA LEY RESORTE A Lei de Responsabilidade Direito Social em Rádio e Televisão, ou LeyResorte foi aprovado pela Assembléia em 07 de dezembro de 2004, na Venezuela, no governo do presidente Hugo Chavez, quando no mesmo ano em que ele foi eleito para seu terceiro mandato como presidente, este último através de um referendo. A Ley Resortetem gerado e continua a gerar muitos debates sobre a questão da liberdade de expressão no país, inclusive em órgãos internacionais como a Press Association americano (SIP), a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH). Há tantas críticas que a lei foi apelidada de "Lei Mordaça", pois segundo a oposição e alguns órgãos estadounidenses, retira a autonomia e a liberdade de expressão dos grupos privados de comunicação, um caso conhecido foi a não renovação da concessão da RCTV, mais antiga e maior emissora privada do país, em 2007, ainda no governo Chávez. Alémde questões políticas, este

3 545 trabalho mostra que a lei tem características importantes para a inclusão de programas nacionais e a promoção da cultura nacional do país.a lei estabelece em seu artigo primeiro o seguinte: Esta lei é estabelecer a responsabilidade social dos prestadores de serviços de provedores de rádio e televisão, mídia eletrônica, anunciantes, produtores independentes e empresas de produção e usuários nacionais e os utilizadores na transmissão e recepção de mensagens, por promover o equilíbrio democrático entre os deveres, direitos e interesses, a fim de promover a justiça social e contribuir para a formação da cidadania, democracia, paz, direitos humanos, cultura, educação, saúde e desenvolvimento social e econômico da nação, de acordo com as normas constitucionais e princípios do direito para a proteção integral de crianças e adolescentes, a cultura, a educação, a segurança social, a livre concorrência e da lei de Telecomunicações. Mais importante a notar, para os fins deste trabalho, é a parte que visa o equilíbrio de responsabilidades entre os produtores eprodutoras, os usuários nacionais independentes e usuários, em seguida, a ideia principal, a menos no que está escrito na lei, é exatamente o oposto do que é fortemente criticado por seus adversários. Na parte específica relacionada com a produção local ou nacional, mais precisamente no artigo 13, a lei enumera os seguintes pontos. 13) A produção audiovisual ou de som nacional, programas, publicidade oupropaganda difundida por rádio serviço e televisão, em cuja criação, direção, produção e pós-produção pode detectar a presença dos itens listados a seguir: 1. Capital venezuelano. 2. Locações venezuelanas. 3. Roteiros venezuelanos. 4. Autores ou autoras venezuelanos. 5. Diretores venezuelanos ou diretoras. 6. Arte venezuelana. 7. Pessoal técnico venezuelano. 8. Valores de cultura venezuelana. Além disso, no próximo parágrafo a lei estabelece que: A determinação dos elementos simultâneos e as percentagens de cada um será ditada pela Responsabilidade Conselho de social através de normas técnicas. Em qualquer caso, a presença dos elementos acima mencionados como um todo, não deve ser menor do que setenta por cento (70%). Já no Artigo 14 sobre a democratização de Rádio e Televisão, a Ley Resorte estabelece que: Os prestadores de serviços de rádio e televisão devem transmitir diariamente durante o horário comercial cada usuário, um mínimo de sete horas de programas de produção nacional, dos quais um mínimo de quatro horas irá separar a produção doméstica. Eles também devem divulgar diariamente, durante as horas

4 546 supervisionadas, um mínimo de três horas de programas de produção nacional, dos quais um mínimo de uma hora e meia será a produção nacional independente. Eles estão isentos da obrigação imposta pelo presente provedores de rádio e comunidade serviço público de televisão, sem fins lucrativos de serviços parágrafo. Apesar de sofrer críticas por dar mais poder ao Estado em relação a programação, inclusive na dos meios privados, é inegável que a lei contém características, de inclusão e valorização da cultura e dos valores nacionais. 3 ARGENTINA - LEY DE MEDIOS A Lei de Serviços de Comunicação Audiovisual, ou mais conhecida em toda a América Latina como Ley de Medios, é talvez entre todas as descritas a mais importante,principalmente por causa de sua influência em todo o continente, pois, foi promulgada na Argentina, a segunda maior economia da região. A Ley de Medios foi aprovada pelo Congresso em 2009, substituindo a Lei de Transmissão , criada na década de 1980, ainda durante a ditadura militar. O que chamou a atenção depois da aprovação dessa lei especificamente não foi somente pela importância e pelo impacto que a sua aprovação iria desenvolver na região, mas também pela batalha judicial que se iniciou entre o Grupo Clarín, o maior conglomerado de mídia do país, contra quatro artigos, mais precisamente 41, 45,48 e 161, onde se trata, dentre outros assuntos, a questão da quantidade limite de rádios e canais de televisão por empresa e o impedimento dentro de um mesmo local, além de delimitaro número máximo de licenças para rádio e televisão de uma só empresa para 24, além de obrigar a um grupo ter no máximo 35% da população, o que obviamente prejudica imensamente o Grupo Clarín, que teve que se desfazer de várias de suas posses. O grupo tem, por exemplo, 237 licenças de TV por assinatura, quando o limite máximo estabelecido pela nova lei é agora de 24, e presta serviços desse tipo de TV a 58% da população. O trabalho aqui mostra que esta política de comunicação implementada na Argentina além de ser importante na descentralização da comunicação, também tem uma contribuição na manutenção do património cultural e diversidade.o artigo 151 está estabelece que: Autorização. Povos Indígenas podem ser autorizados para a instalação e operação de serviços de comunicação audiovisuais para a radiodifusão sonora com modulação de amplitude (AM) e modulação de frequência (FM) e televisão aberta nos termos e condições estabelecidos na presente lei. Direitos sob esta lei é exercido nos termos e âmbito da lei Por força de lei, os povos chamados pueblos originários têm direito a ter suas próprias rádios, que ainda podem ser financiados com publicidade, através do orçamento governamental,

5 547 doações ou venda de conteúdo para patrocinadores. Tudo isso está escrito no artigo 152.Em relação à produção nacional, a lei no artigo 153 estabelece que: Para autorizar o Executivo Nacional para a execução de políticas públicas estratégicas para a promoção e defesa da indústria audiovisual nacional, nos termos do artigo 75, parágrafo 19 da Constituição. Para este fim, deve tomar medidas para promover a formação e desenvolvimento de clusters de produção de conteúdo audiovisual nacional para todos os formatos e meios de comunicação, facilitando o diálogo, a cooperação e organização de negócios entre os agentes económicos e instituições públicas e privadas e benefício acadêmica de competitividade. Para fazer isso, os quadros que se destinam a ser estabelecida: a) Para treinar os setores envolvidos sobre a importância da criação de valor na área, não só em sua aparência industrial, mas como um mecanismo para promover a diversidade cultural e suas expressões; b) Promover o desenvolvimento da atividade com a orientação federal, para analisar e estimular a produção local das províncias e regiões; c) Promoção de produtores de actividade que são iniciadas na actividade; Com estes exemplos a lei argentina, percebemos a importância não somente numa tentativa de desmembrar um oligopólio já estabelecido no país e dar uma condição melhor para competição de grupos privados,mas dá uma atenção específica a uma demanda histórica dos movimentos sociais, também incluído nessa nova política de comunicação. 4 URUGUAI LEY DE SERVICIOS Y COMUNICACIÓN AUDIOVISUAL Outra lei de regulamentação que foi aprovada no continente foi a uruguaia, que em 2014, no final do governo de José Mujica, através da maioria de votos no Congresso, a lei de imprensa , que ainda resiste a oposição alegando inconstitucionalidades em vários pontos, portanto, sem poder ser posta em vigor pelo presidente Tabaré Vázquez. No Uruguai, ao contrário do caso argentino, houveram questionamentos em vários artigos, o mais famoso foio 53, que prejudicou os interesses do Directv Group, uma multinacional ligada a estadounidense AT & T. A lei de mídia do Uruguai tem características muito semelhantes a lei Argentina, pois tem como base a lei aprovada no país vizinho, no entanto, as características do país são específicas, além do que dentro do Uruguai há uma relativa competição entre os pequenos grupos privados, não há um grande conglomerado midiático privado como o Clarín na Argentina, Globo no Brasil e Televisa no México, portanto a lei contém algumas particularidades, em alguns itens, inclusive, são semelhantes a lei venezuelana na questão da intervenção estatal. Um exemplo seria o artigo 61, que afirma: Serviços de radiodifusão transmissão de rádio, serviços para assinantes em seus próprios sinais de rádio e os sinais de rádio estabelecidos no Uruguai para ser divulgado ou distribuído serviços de assinantes autorizados ou licenciados para

6 548 operar no nosso país deve emitir, pelo menos, 30% (trinta por cento) música origem nacional da sua programação de música total. Isto inclui autores, compositores ou intérpretes nacionais nos vários gêneros existentes. O Artigo 60 demonstra as características da lei sobre conteúdo nacional e intervenção do estado na programação privada, afirma-se que: Ao menos 60% (sesenta por cento) da programação total emitida por cada serviço deverá ser de produção o co-produção nacional, sem contar a publicidade e a autopromoção. Uma porcentagemdesta programação, que será determinada en la regulamentação, será de produção local ou própria atendendo as diferentes realidades da televisão do interior e Montevideo. É visívelque no caso do Uruguai há também uma preocupação na avaliação do produto nacional, no entanto, ao contrário do caso argentino, o estado interfere diretamente na programação de todos os canais de televisão, incluindo meios de comunicação privados por força de lei, como no caso da Venezuela. 5 BOLÍVIA - LEY GENERAL de TELECOMUNICACIONES y TECNOLOGÍAS A lei de telecomunicações da Bolívia, aprovada em 2011, no governo do presidente Evo Morales, tem características diferentes de outras leis anteriores, pois transfere para o Estado o poder de regular todas as frequências de telecomunicações em território nacional, e ainda delimita uma quantidade específica de poder de absorção no mercado dos grupos privados e o Estado, além dedelimitar uma porcentagem para os povos indígenas.artigo 8 da Lei das Comunicações está escrito que: Gestão, atribuição, autorização, controle, supervisão e monitoramento do uso de freqüências eletromagnéticas em telecomunicações, radiodifusão e outros no território nacional corresponde ao nível central do Estado através da Autoridade Reguladora e Controle de Telecomunicações e Transportes, de acordo com o Plano Nacional de Frequência. A partir deste artigo da nota de lei que todo o poder de regular redes de televisão e rádio em qualquer território está nas mãos do Estado através de um órgão regulador. Complementando este artigo, às 9, existem parágrafos que são importantes, pois, notar-se o recurso de "estado" da lei, que mais diretamente é o primeiro: Direitos de utilização de espectro derivado de uma licença de radiodifusão não podem ser transferidos, alugados, vendidos, cedidos ou dados, exceto em casos

7 549 especiais e específicas estabelecidas pelo regulamento, devidamente aprovado pela Autoridade e Controle de telecomunicações e transportes regulamentação. No artigo 10, a preocupação da lei é demonstrada na regulação de um espaço para os chamados povos originários, além de colocar o estado em pé de igualdade com a mídia privada, assim está escrito: A distribuição de todos os canais da faixa de frequências para a transmissão em FM e TV analógica em nível nacional onde há disponibilidade, sujeita à seguinte: 1. Estado, até trinta e três por cento. 2. comercial, até trinta e três por cento. 3. Social Comunitária, a dezessete por cento. 4. Os povos nativos indígenas e comunidades afro-bolivianos e intercultural até dezessete por cento. Com a divisão feita por força de lei, a lei de meios de comunicação boliviana tem características diferentes dos outros sobre a questão das mídias privadas, como uma aparente concorrência entre os canais estatais e privados, ao mesmo tempo é o que dá mais espaço para a inclusão dos povos originários. 6 CONCLUSÃO Com as mudanças ocorridas no passar dos séculos, as formas de se pensar o Estado e o governo se transformaram, concomitantemente, com os modos de representação política. E o aperfeiçoamento da democracia teve que se adequar cada vez mais a tantas demandas. Segundo Claus Offe: Os conflitos sociais, das mais variadas ordens, são possibilitados na democracia pelas instituições e pelas normas legais, assim como pelos pactos entre as classes sociais. Nesse sentido, não deixa de ser um truísmo a constatação de que, independentemente da forma e do sistema de governo, uma democracia só poderá assim ser considerada se na esfera pública os diversos interesses puderem se manifestar: por esfera pública entendemos a arena em que se mesclam interessem comuns e de classes, comuns quanto à lógica da Nação, da identidade nacional, do Estado nacional, e de classes no que tange a interesses sociais imanentemente distintos, embora possam, em determinadas conjunturas e dependendo dos arranjos políticos, se assemelharem. (OFFE, 1984, p.93) Pela visão do autor, o direito democrático pleno se observa a partir de quando todos os interesses de todos os grupos sejam minimamente conhecidos pelo seu governante, é nesse sentido que a mídia tem um papel incisivo.

8 550 Concordamos com Eagleton (1991) e Capelato (1988), na explicação do que é a mídia, entendida como um conjunto de meios de comunicação envolvendo recepção e mensagem, realizada de várias formas, cuja característica central é a manipulação de elementos através de símbolos, é uma forma de poder que, em sociedades massificadas, possui papéis de extrema relevância, como: influir na formação das agendas públicas e governamentais e mediar relações sociais de grupos distintos. Os meios de comunicação nas sociedades contemporâneas, parafraseando Offe (1984), geraram, no espaço público, um conflito de interesses, no qual, muitas vezes, o interesse do sistema midiático diverge do interesse comum, ou público, da maioria, ou do próprio Estado, o que dá à mídia um papel de árbitro sobre o que é importante ou não ser colocado, o que é ou não interessante para o público tomar conhecimento. Segundo Capelato, Pode-se dizer, portanto, que os órgãos da mídia como um todo representam uma instituição em que, se mesclam o público e o privado, em que os direitos dos cidadãos se confundem com os do dono do jornal, no caso da imprensa escrita. Os limites entre uns e outros são muito tênues. (CAPELATO, 1988, p. 18) A partir dessa divergência entre o interesse entre a sociedade civil e os meios de comunicação, dentro de um contexto de concentração dos meios e consequentemente dos conteúdos, concordamos com Becerra (2015) na questão da concentração da produção, que segundo o autor o processo de concentração crescente de poucas empresas num mesmo mercado, pode gerar um monopólio ou um oligopólio, que tem como consequência uma subordinação automática a esse conjunto de atores, que acaba produzindo um círculo que se retroalimenta, aumentando cada vez mais a força desses grupos ou de um só grupo, captando para si os melhores recursos desse setor. A partir do estudo sobre as leis de alguns países do chamado cone Sul, se pode perceber uma tentativa dos governos de enfraquecimento dos grandes grupos midiáticos que controlavam o mercado dos meios de comunicação, o que obviamente se tornava prejudicial na questão da representatividade e também na formação da opinião pública, pois, sendo assim, os grupos tinham autonomia para defender apenas seus próprios interesses no sentido de que a informação não poderia dessa maneira ser democrática.apesar disso, se pode perceber também, que cada país tentou realizar essas mudanças atendendo a demandas históricas, mas também tentando realiza-las com particularidades locais, pois, cada país tem suas características e demandas distintas. No que diz respeito ao que se popularmente se chama de descentralização a lei argentina é a que mais a promove, pois os governos Kirchner praticamente entraram em choque com o Grupo Clarín, que controlava muito mais da metade do mercado midiático da Argentina, por isso a Ley de médios,

9 551 além de privilegiar e interiorizar ou seja, dar mais autonomia as rádios e canais de televisão do interior do país, limitou a quantidade de rádios e televisões por grupo, o que fundamenta o que está escrito acima. A Ley Resorte na Venezuela, que até os dias atuais é motivo de controvérsia, tem características distintas que a argentina, por exemplo, no que diz respeito ao conteúdo, pois, por força de lei, coloca o estado como um interventor na programação inclusive das redes privadas, no que diz respeito a conteúdo, além de colocar sob um órgão regulador estatal a liberdade de concessão de canais de televisão, um caso emblemático foi em 2007 com a não renovação em da concessão da RCTV, grupo midiático privado mais antigo do país, que gerou problemas com a CIDH(Corte Interamericana de Direitos Humanos), além é claro da criação da Telesur, que hoje é uma empresa transnacional, mas que no país tem uma responsabilidade com a informação estatal, o que torna a lei aprovada ainda na década de 2000 com mais uma característica de fortalecimento da comunicação estatal afim de competir com os grupos privados, reduzindo as suas forças. A lei boliviana ou a Ley General de Telecomunicaciones Tecnologías tem mais ainda características de competitividade e de presença estatal assim como a venezuelana, além de dar um espaço maior a diversidade e pluralidade da informação, pois limita por força de lei o espaço dos grupos privados, e abrange a participação dos estados, e dos chamados pueblos originários, além de dar um espaço também aos grupos sociais comunitários, ou seja, a rádios menores e pequenos núcleos de comunicação, pluralizando a informação e criando também uma competição em pede igualdade entre os grupos privados e os canais públicos, sendo 33% e não mais que isso para cada lado. No Uruguai as características da lei são um pouco mais específicas, pois não existem no país grandes conglomerados midiáticos privados nem um grande grupo somente que toma conta do mercado como é o caso argentino, porém o que a lei, que ainda não foi posta em vigor pelo presidente Tabaré Vasquez, tem uma aproximação na questão da descentralização dos grupos, como é feito na Argentina, mais como um fator de prevenção contra o crescimento de um grande grupo privado, como é o caso do Clarín, além de ter características de intervenção estatal na programação destes grupos privados, onde é imposto, tanto para a TV privada, ou comercial, quanto para a televisão pública um limite mínimo de 60% da programação deverá ter produção ou co-produção nacional, o que gera uma intervenção estatal na programação dos grupos privados, que tem características próximas com a lei venezuelana.

10 552 REFERÊNCIAS BECERRA, Martín. De la concentración a la convergencia: Políticas de médios en Argentina y América Latina. Ciudad Autónoma de Buenos Aires: Paidós, 2015 CAPELATO, Maria Helena. Imprensa e história do Brasil. São Paulo: Contexto/Edusp: EAGLETON, Terry. Ideology, an introduction. Oxford: Verso, Eduardo A. Vizer. La trama (in)visible de la vida social: Comunicación, sentido y realidad. Universidad de Buenos Aires Jesús Martín-Barbero. Comunicación fin de siglo. Para dónde va nuestra investigación? Jesús Martín-Barbero. De los medios y las mediaciones, comunicación, cultura y hegemonía. Ediciones G. Gilli 3º edición, Barcelona, 1993 OFFE, Claus. Problemas estruturais do estado capitalista. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1984.

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