Avaliação econômica de silagens de capim e de milho.
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- Branca Flor Stéphanie Canto Domingos
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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS ESCOLA DE VETERINÁRIA E ZOOTECNIA DEPARTAMENTO DE PRODUÇÃO ANIMAL PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA ANIMAL Área de concentração: Produção Animal Disciplina: SEMINÁRIOS APLICADOS Avaliação econômica de silagens de capim e de milho. Aluno: Nelson Rafael da Silva Professora: Drª Eliane Saiury Miyagi GOIÂNIA 2011
2 ii NELSON RAFAEL DA SILVA Avaliação econômica de silagens de capim e de milho. Seminário apresentado como parte das exigências da Disciplina Seminários Aplicados do Programe de Pós- Graduação em Ciência Animal da Escola de Veterinária e Zootecnia da UFG. Área de concentração: Produção Animal Linha de pesquisa: Metabolismo animal e forragicultura na produção animal Orientador: Prof. Dr. Aldi Fernandes de Souza França Professora: Drª. Eliane Sayuri Miyagi Prof. Dr. Emmanuel GOIÂNIA 2011
3 iii SUMÁRIO 1. SUMÁRIO iii 2. RESUMO REVISÃO DE LITERATURA Custo de produção de silagem de capim Custo de produção em um hectare Discussão silagem de capim Custo de produção silagem de milho Custo de produção silagem milho duas cultivares Custo de produção silagem milho uma cultivar Considerações finais REFERÊNCIAS 17
4 RESUMO Objetivou-se com este trabalho uma revisão bibliográfica sobre o levantamento dos custos de produção, avaliação econômica da produção de silagem de capim e da silagem de milho, bem como avaliação econômica na utilização destes alimentos, relacionar as operações de maior que reflete maior custo sobre o custo operacional na produção destas silagens. As operações de maior custo, sobre o processo de confecção de silagem de capim foram em ordem decrescente: confecção da silagem, corte, transporte e compactação. Para O custo de produção de silagem de milho foram: o plantio representou 26% do custo total seguido de colheita e ensilagem com 21,92% e preparo e correção do solo com 16,19% do custo total foram os de maior representatividade. Palavras-chave: Avaliação econômica, custo de produção e silagem.
5 2 4. REVISÃO DE LITERATURA Nos sistemas de produção de gado de corte e leite no Brasil, temos as pastagens como principal fonte de alimentos. Porém, o problema da estacionalidade na produção de forrageiras destinadas a alimentação animal, impede a distribuição normal de forragens. Com produção diferenciada durante as estações do ano, há maior produção durante o período chuvoso e melhor qualidade nutricional, já no período de seca, a produção é menor e com baixo valor nutricional. Torna-se importante a busca de alternativas, que possibilite minimizar os efeitos da estacionalidade na produção de alimentos durante esses períodos, de acordo com o sistema de criação explorado. Desta forma, é importante fazer um planejamento alimentar detalhado, no sentido de fornecer e atender as exigências alimentares em todos os períodos do ano, permitindo a produtividade equilibrada ao longo de todo período de produção. Na estratégia de armazenar alimentos na forma de silagem de milho ou de capim-mombaça, é importante avaliar o custo de produção desses alimentos no sistema produtivo, no sentido de se optar pelo mais econômico. É importante numa atividade pecuária produtiva, buscar no mínimo o Break-even que significa o ponto de equilíbrio ou seja, para cada real gasto com alimentação nos dá um real de retorno (MILKPOINT, 2011). Segundo CASTRO et al., (2010), observaram em cultivar de Panicum maximum produção de massa de forragem natural (massa verde), aos 126 dias idade de corte kg/ha, este resultado confirma o potencial produtivo destas cultivares. O milho é a cultura padrão para ensilagem pela tradição no cultivo, pela elevada produtividade e pelo bom valor nutritivo, e com o uso de cultivares híbridas com bom potencial de produção, para cada região é responsável pela alta produção de massa verde por hectare dessa cultura (PAZIANI, et al., (2009). A produção de silagens de gramíneas tropicais perenes confeccionada a partir do próprio pasto, têm-se mostrado uma alternativa viável e segura de produção de volumosos VIEIRA, et al., (2010).
6 3 Objetivou-se fazer uma revisão bibliográfica sobre avaliação econômica da produção de silagem de capim e silagem de milho Custo de produção de silagem de capim As cultivares de forrageiras (Panucum maxumum jac), cultivar mombaça, quando bem conduzidas, produzem grandes quantidades de massa seca por hectare, que podem ser utilizada para corte e ensilagem, principalmente na estação chuvosa, quando ocorre uma maior produção de forragem. Uma vez estabelecidas as pastagens, após realização do primeiro corte para confecção de silagens, se bem manejadas, com tratos culturais recomendados, essas cultivares permitem efetuar um novo corte de 28 a 30 dias após o primeiro corte. Resultados observados na Fazenda Tabocão, município de Araguatins estado do Tocantins, nos mostrou uma produção de massa verde média de kg/ha, em área irrigada de capim mombaça, para corte e produção de silagem (dados não publicados) informação pessoal. De acordo com LEONEL, et al.,(2008) as gramíneas perenes tropicais, quando atingem o teor de 28 a 35% de teor de MS nesse ponto, já perderam grande parte do seu valor nutritivo, para otimizar a colheita de nutrientes dessas forrageiras, o corte deve ser feito em idades mais jovens (60 a 70 dias ou menos), quando, no entanto, as plantas apresentam baixos teores de matéria seca, o que, associado aos baixos teores de carboidratos solúveis e à elevada capacidade tamponante, características intrínsecas de gramíneas tropicais perenes. Sendo assim o corte no momento ideal com teor de MS recomendado pode evitar perdas econômicas. O plantio do capim-mombaça foi realizado numa área de pastagens já existente, foram efetivadas as seguintes operações na elaboração dos custos de produção da silagem de capim mombaça. Uma gradagem, semeadura, duas adubações em cobertura, controle de ervas daninhas, confecção da silagem (corte, transporte e compactação). Materiais utilizados foram, sementes, adubos, herbicida e lona plástica.
7 4 Considerou-se a taxa de juros média da poupança = 6,0% ao ano; valor de mercado em R$ de 1 ha/ano = R$ 2.000,00 e 3,0% do valor de R$ 2.000,00 1ha/ano divido por 12 meses* 3 meses (Restle, et al. 2007), o tempo de utilização da terra para produção de silagem = 3 meses; US$ = R$ 1,82; e IGP-FGV (índice geral de preços da Fundação Getúlio Vargas). Para os cálculos dos custos deste trabalho, foram considerados os valores do mês julho do ano de 2007 na região de Araguaína estado de Tocantins. Na Tabela 1, consta à demonstração do custo de produção/ha do volumoso para produção de silagem de capim-mombaça. Os adubos de cobertura primeira e segunda representaram 28,98% do custo total, atingindo as maiores porcentagens, dados semelhantes foram encontrados para o primeiro e segundo corte com valor de R$ 280,00 para cada corte representando 28,98% do custo total, as duas adubações em cobertura e os dois cortes representaram 57,96% do custo total, sobrando 42,04% para os demais custos. Os custos com volumoso (silagem de capim-mombaça), em R$ de acordo com o custo por kg de matéria seca (MS). O custo com volumoso, considerou-se, como custo de implantação da capineira, para produção de silagem as operações: Gradagem, R$ 100,00 adubação de plantio, seis sacas de superfosfato simples, R$ 408,00 duas sacas de semente de capim-mombaça, R$ Semeadura, R$ 35,00, totalizando R$ 743,00 dividido por dez anos, vida útil da capineira na região de Araguatins TO, R$ 743,00/10 anos = R$ 74,30 amortizado cada ano. Em estudos sobre a economicidade na produção de culturas forrageiras para produção de silagem, Alves Filho et al., (2003), e Pacheco (2006), Observaram-se resultados de 53 a 66,75% para os adubos, os insumos de maior representatividade no custo total de produção de cada hectare de silagem foram, em ordem decrescente, sementes (11,56%), inseticida (9,97%), herbicida pós-emergente (9,40%) e lona (6,85%), enquanto neste experimento os maiores custos foram observados para os serviços de confecção de silagem. Observa-se que os valores encontrados neste trabalho, para os serviços de confecção da silagem, corte, transporte e compactação foram os de maior representatividade no custo total de produção de cada hectare de silagem, Os gastos com serviços foram: Gradagem R$ 10,00; semeadura 3,50 e confecção de silagem, corte, transporte e compactação foi de R$ 973,50 o total de
8 5 gastos com serviços, destes custos com serviços 98,61% gastos com a confecção de silagem, corte, transporte e compactação e 1,39% gastos com gradagem e semeadura. Os custos com transporte e compactação para os dois cortes foram 20,7% do custo total. O subtotal B da Tabela 1, R$ 1.808,49 representou 93,60% do custo total, o custo de oportunidade com capital investido terra foi de R$ 15,00 e representou 0,78% do custo total e o custo de oportunidade do capital investido subtotal B R$ 108,49 representou 5,62% do custo total. Observa-se na Tabela 1, que o custo total para produção de forragem foi de R$ 1.931,79 que foi a soma do sub-total A + subtotal B, para obtenção do custo da tonelada de matéria verde de silagem em R$ foi dividido o custo total para produção de forragem que foi de R$ 1.931,79 pela produção de silagem em toneladas de matéria verde por hectare em dois cortes que foi de 75 toneladas. Para a obtenção do custo de produção de matéria seca de silagem em R$, foi dividido o custo total de produção de forragem R$ 1.931,79 pela produção de silagem em toneladas de matéria seca por hectare em dois cortes que foi de 19,59 toneladas por hectare de matéria seca. O custo total de produção em R$ 1.931,79 dividido 19,59 t de MS = R$ 98,61 a tonelada de matéria seca, e que o custo R$ 98,61 a tonelada de MS dividido por 1000 kg = obteve-se o valor de R$ 0,0986 centavos o custo do kg de matéria seca da silagem. E este resultado foi arredondado para R$ 0,10 por kg de MS de silagem de capim-mombaça. A quantidade produzida de matéria seca de silagem por hectare em dois cortes foi obtida pela produção de matéria verde por hectare em dois cortes* % de matéria seca da silagem, que foi de 75 t* 26,13% = 19,59 tonelada de MS/ ha em dois cortes. Na Tabela 1 encontra-se a estimativa de custo da silagem de capim-mombaça por hectare. 3.2 Custo de produção de silagem em um hectare
9 6 Tabela 1 - Custo de produção de silagem por ha Operação 1 Custo de produção R$/ha % Gradagem 10,00 0,52 Adubação de plantio (300 kg de superfosfato 40,80 2,11 simples) Sementes 20,00 1,03 Semeadura 3,50 0,19 Adubação em cobertura 1ª (200 kg de ) 280,00 14,49 Adubação em cobertura 2ª (200 kg de ) 280,00 14,49 Controle de plantas daninhas (herbicida pósemergente) 94,00 4,87 Confecção da silagem Primeiro corte 65 dias após a semeadura 280,00 14,49 Transporte e compactação 200,00 10,35 Segundo corte 28 dias após o 1º corte 280,00 14,49 Transporte e compactação 200,00 10,35 Lona 120,00 6,22 Subtotal (A) 1.808,30 93,60 Custo de oportunidade Terra 2 15,00 0,78 Capital investido 108,49 5,62 Subtotal (B) 123,49 6,38 Total (A+B) 1.931, MS da silagem (%) 26,13 Produção de silagem, t MS/ha dois cortes 19,59 Produção de silagem, t MV/ha dois cortes 75 Custo t MS silagem R$ 98,61 Custo t MV, silagem R$ 25,75
10 7 SILVA, et al., (2008). MS = Matéria seca; MV = Matéria verde; valores obtidos neste trabalho, 1 Incluídos custos com máquinas, implementos e mão-de-obra para realização das operações. 2 Terra considerou-se 3,0% ao ano de 2.000,00/ha valor de um ha de terra na região de Araguatins TO. US$ = 1,82 R$; mês de junho de Adaptado de Restle, et al Discussão silagem de capim VIEIRA, et al., (2010), avaliaram silagem de capim-mombaça e encontraram valores de 28,10% de teor de matéria seca e ph de 3,90 e teor de N- NH3 em percentagem do nitrogênio total de 5,12 e sem a presença de odor desagradável na silagem de capim-mombaça, indicando boa fermentação do material ensilado, características descritas por McDonald, et al., (1991). Isso mostra que o capim-mombaça pode ser ensilado para suprir as exigências alimentares dos animais principalmente época da seca Custo de produção de silagem de milho Atualmente com o avanço da tecnologia na área do agronegócio novas cultivares de milho híbrido silageiros de maior potencial de produtividade, são lançados no mercado a cada ano. Assim, como qualquer atividade agropecuária, faz-se necessário uma avaliação econômica, bem como um levantamento detalhado dos custos de produção e da viabilidade econômica no sistema de produção dessas cultivares. Segundo LEONEL et al., (2008) o ponto ideal para ensilagem é quando a planta forrageira atinge 28 a 35% de MS, fase que, em espécies como o milho, coincide com a máxima qualidade nutricional e com isso evitar perdas econômicas. Vários híbridos de cultivares de milho são lançados no mercado a cada ano destinados a comercialização para produção de silagens, alguns destes híbridos com respectivas marcas comerciais são apresentadas nas tabelas abaixo.
11 8 Conforme tabela demonstrativo do potencial de produtividade de alguns híbridos de milho silageiros nos principais estados produtores. Tabela 2 Produtividade por estado brasileiro, safra 2008/2009. Híbrido Área (há) Produção MN kg/ha Estado 30B39Y 16, SC 30B39 5, RS 30F90 39, GO , SP 30P34 3, PR PIONER SEMENTES, (2011). Resultados de produtividade de marcas e híbridos de milho silageiro em cidades do estado de Goiás na safra, 2008 e Tabela 3 Produtividade de milho silageiro nas cidades de Goiás safra 2008/2009. Marca Híbrido Área (há) Produtividade Cidade MV (kg/ha) Pioneer 30S40 3, Orizona Nidera BK1200 3, Orizona Riber , Orizona Agroceres AG , Orizona Syngenta maximus - 2, Orizona Pioneer 30S40 20, Bela Vista Pioneer 30S40 19, Silvânia Pioneer 30S40 35, Gameleira de Goiás Pioneer 30F90 7, Vianópolis PIONER SEMENTES, (2011).
12 Custo de produção de silagem de milho duas cultivares As cultivares de milho híbridos silageiros com maior potencial de produtividade de massa verde por hectare, são mais exigentes quanto à fertilidade do solo e adubação, porém o custo de produção por hectare de massa verde e massa seca, é bem inferior às cultivares de menor produtividade. O quadro demonstrativo de custo de produção de silagem de milho numa área de um hectare, com uma cultivar de menor exigência nutricional e menor produtividade de forragem e outra cultivar de maior exigência e nutricional e maior produtividade de massa verde. Tabela 4 Custo de produção de silagem de milho com híbridos de diferentes produtividades. Custo (R$) hectare Produtividade de massa verde (MV) kg/ha Cultivares Semente 105,00 160,00 Fertilizantes 1 488,50 956,18 Defensivos 218,00 218,00 Plantio 2 127,50 127,50 Financeiros 3 275,40 296,60 Custo total de produção R$ 1.214,40 R$ 1.758,28 Ensilagem 4 400,00 400,00 Custo total da silagem R$ 1.614,40 R$ 2.158,28 Produtividade de MV kg/ha kg/ha Produtividade de MS (34%) kg/ha kg/ha Custo MV R$ 53,80/t R$ 36,00/t Custo MS (massa seca) R$ 158,30/t R$ 105,80/t PIONEER, (2011). 1.De acordo com a produtividade mais a exportação de N e P% decorrente da remoção da palhada. 2.Máquinas (plantadeira, pulverizador, distribuidor de calcário e fertilizantes e mão-de-obra). 3.Inclui, remuneração da terra e
13 10 assistência técnica. 4. Máquinas, (arado de duas aivecas, carreta com trator e compactação), mão-de-obbra e transporte. O custo por kg de matéria verde da cultivar n 1 foi de R$ 53,80/1000kg = R$ 0,0538 reais. O custo por kg da cultivar n 2 foi de R$ 36,00/1000kg = R$ 0,036 reais Custo de produção de silagem de milho uma cultivar Na avaliação da produção de silagem de milho, considerou-se as seguintes operações: preparo e correção do solo uma calagem, envolvendo custos de aquisição, gastos com transporte do calcário, distribuição na lavoura, e incluindo na operação custos com o pagamento de um auxiliar para o tratorista na distribuição do produto. No preparo do solo foram executadas as operações de uma aração com arado de aiveca; uma gradagem com grade aradora e duas gradagens com grade niveladora. No plantio foram computados os custos com transportes de insumos até a lavoura. Utilizou-se para o plantio plantadeira adubadeira, aquisição de adubos e sementes de milho e gastos com inseticidas para o tratamento das sementes. Os tratos culturais, para controle de ervas daninhas, foram realizados com aplicações de herbicida, e gastos com aplicação mecânica, aquisição de herbicida e pagamento de um auxiliar de tratorista, para auxiliar na aplicação do produto. Utilizou-se na adubação em cobertura sulfato de amônio, envolvendo gastos com transportes de adubo até a propriedade e distribuição manual do adubo e gastos com um auxiliar para ajudar na distribuição do adubo. Foi realizada adubação orgânica em 10% da área cultivada, utilizou-se esterco de curral, o esterco foi transportado e distribuído com auxílio de uma retro-escavadeira.
14 11 Na operação de colheita, corte e picagem da forragem no campo, transporte da forragem para o silo, descarga e distribuição da forragem no silo e a compactação da silagem no interior do silo foi realizada com auxílio de um trator. Os gastos com mão-de-obra foram: auxiliar de tratorista e mão-de-obra no campo. Os custos de utilização do silo, uso da terra e assistência técnica também entraram na composição do custo total. CT = Custo total, MV= Massa verde/há, t= tonelada, CT/quantidade t MV/ha= Custo da tonelada MV. Custo da tonelada de MV/ 1000 = Custo do kg de MV. CT/50t = 1.245,00/50t= 24,90 tonelada de massa verde. 24,90/1000 = R$ 0,0249 o kg de massa verde.
15 12 Planilhas 1 - Custos de produção de silagem de milho não irrigado, área de um hectare, considero-se as seguintes operações: preparo e correção do solo. Serviços e insumos N C.T. média/ha Preço unitário Custo médio/ha Percentual % 1. Preparo e correção do solo ,61 16, Calagem (1) Transporte de calcário ,19 2,73 - Distribuição calcário 19 1,04 16,85 17,52 - Auxiliar de tratorista 18 0,27 11,20 3,02 - Calcário dolomítico ,26 0,08 185, ,49 5, Preparo do solo - Gradagem grade aradora 71 1,29 23,13 29,79 - Aração com arado 3 aivecas 109 2,55 28,03 71,47 - Gradagem com niveladora (2) 103 0,82 18,76 30,86 132,12 10,61 2.Plantio - Transporte de insumos 109 0,15 15,19 2,21 - Plantio plantadeira adubadeira 109 0,66 21,29 14,05 - Auxiliar tratorista 109 0,17 11,20 1,90 - Adubo plantio ,48 0,70 192,84 - Sementes ,90 2,95 73,45 - Inseticida tratamento semente 106 0,64 70,00 44,8 329,25 26,44 3.Tratos culturais 230,95 18,55 3.1Controle ervas daninhas Aplicação herbicida 102 0,34 20,99 7,12 - Auxiliar tratorista 105 0,09 11,20 0,99 - Herbicida 107 4,00 20,00 80,00 88,12 7,07
16 13 Continuação da planilha de custos. 3.2.Adubação cobertura N C.T Média/ha Preço unitário - Transporte do adubo 108 0,12 15,19 1,82 - Distribuição do adubo man ,92 1,44 2,76 - Auxiliar para carga 108 0,27 11,20 3,02 Custo médio/ha - Adubo para cobertura sulfat ,07 0,49 135,27 4. Adubação orgânica 72,89 - Transporte esterco 16 2,32 15,19 35,24 - Carga retroe-scavadeira 16 1,25 20,50 25,62 - Distribuição retro-escavadeira 27 1,04 20,50 21,32 - Esterco curral 21 43,12 15,00 646,80 Percentual % 142,84 11,47 72,89 5,8 5. Colheita e ensilagem 273,37 21,92 - Corte e picagem 109 3,88 21,30 82,66 - Transporte forragem p/ silo 109 7,05 15,19 107,09 - Descarga distribuição silo 109 3,13 11,20 35,00 - Compactação c/ trator 58 0,88 11,12 9,78 - Mão-de-obra no campo 102 1,08 11,20 12,11 - Auxiliar de tratorista 107 0,53 11,20 5,93 - Lona plástica ,30 21,00 6. Custo de utilização do silo ,3 67,00 5,38 7. Custo de utilização da terra ,00 4,81 8. Assistência técnica - 0,1 180,00 18,00 1,44 9. Custo total 1.245,00 100,00 100, Custo tonelada MV , Custo tonelada MS (30%) ,00 EMBRAPA gado de leite (2001). Observações: N = Número de vezes em que a atividade foi executada.htr = hora trator; dh= dias homens; hmh = hora máquina homen; C.T. = Coeficiente técnico = gasto por hora. 1= Calegem Custo dividido por três (calagem a cada três anos). 2 = Gradagem Custo multiplicado por dois (duas gradagens).3 = Adubação orgânica = Custo dividido por dez (adubação orgânica em 10% da área).
17 14 SAMPAIO, et al., (2002) encontraram custo médio com alimentação de R$ 134,00 por animal confinado utilizando silagem de milho e uma remuneração mensal do capital investido de 5,5% ao mês, remuneração acima da remuneração que poderia ser obtida em outras aplicações no mercado financeiro. Os gastos com serviços foram: preparo e correção do solo R$ 201,00 e 16,19% do custo total (1.245,00), e gastos com plantio de R$ 329,25 num total de 26,44% do custo total, os gastos com a confecção de silagem, corte, transporte, compactação e distribuição do material no silo foi de R$ 273,37 em percentagem 21,92% do custo total. O custo de oportunidade com capital investido utilização do silo e da terra foi de R$ 127,00 e representou 10,19% do custo total. Observa-se na planilha 1, que o custo total para produção de forragem de milho foi de R$ 1.245,00, para obtenção do custo da tonelada de matéria verde de silagem em R$ foi dividido o custo total para produção de forragem que foi de R$ 1.245,00 pela produção de silagem em toneladas de matéria verde por hectare que foi de 5o toneladas de massa verde. Para a obtenção do custo de produção de matéria seca de silagem em R$, foi dividido o custo total de produção de forragem R$ 1.245,00 pela produção de silagem em toneladas de matéria seca por hectare que foi de 15 toneladas por hectare de matéria seca de forragem de milho. O custo total de produção em R$ 1.245,00 dividido 15 t de MS = R$ 83,00 a tonelada de matéria seca, e que o custo R$ 83,00 a tonelada de MS dividido por 1000 kg = obteve-se o valor de R$ 0,083 centavos o custo do kg de matéria seca da silagem de milho. A quantidade produzida de matéria seca de silagem por hectare foi obtida pela produção de matéria verde por hectare* % de matéria seca da silagem, que foi de 50 t* 30% = 15 tonelada de MS/ ha. De acordo com CEPEA, (2003), as operações para elaboração dos custos de produção de um hectare de silagem são: investimentos são considerados juros do silo R$ por ano, depreciação do silo e manutenção. No preparo do solo foram considerados, uma calagem 0,12 horas, uma aração 1,73
18 15 horas, duas gradagens 0,63 horas com grade niveladora e transporte interno 0,5horas. As atividades de plantio e tratos culturais foram plantio e adubação 0,48 horas, aplicação de herbicida 0,62 horas, duas adubações em cobertura 0,12 horas cada adubação e transporte interno 0,5 hora, para colheita e ensilagem foram, colheita 5,80 horas, transporte 5,80 horas, compactação 6,40 horas e fechamento do silo 2,0 horas. Operações de descarga e distribuição da silagem: retirada da silagem e carregamento 66,67 horas, transporte e distribuição 11 horas e mão-de-obra para distribuição 11 horas. Segundo CEPEA, (2003) deverão considerar 20% de perda da silagem armazenada.
19 16 Considerações finais A produtividade de forragem é um fator importante que afeta o custo de produção da silagem. A determinação do custo de produção de silagem é um fator determinante nas decisões de gerenciamento da atividade agropecuária. As silagens de capim e de milho proporcionam retorno financeiro satisfatório.
20 17 REFERÊNCIAS: ALVES FILHO, D.C.; NEUMANN, M.; RESTLE, J. NEUMANN, M. MOTTA, A.N. Características agronômicas produtivas, qualidade e custo de produção de forragem em pastagem de azevém (Lollium multiflorum Lam) fertilizada com dois tipos de adubo. Ciência Rural, v.33, n.1, p , CASTRO, G.H.F.; RODRIGUES, N.M.; GONÇALVES, L.C.; MAURÍCIO, R.M. Características produtivas agronômicas e nutricionais do capim-tanzânia em cinco diferentes idades de corte. Arquivos Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia, Belo Horizonte MG, v.62, n. 3, p , CEPEA Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada ESALQ/USP- Departamento de Economia, Administração e Sociologia, Boletim do Leite, Ano 10 n 116. Novembro de CEPEA Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada-ESALQ/USP, acesso em 15 de agosto de EMBRAPA. Custo de produção de silagem de milho. Pesquisa Embrapa Gado de Leite. Htm. Acesso em: 15 de agosto de LEONEL, F.P.; PEREIRA, J.C. COSTA, M.G.; MARCO JÚNOIR,P.D.; LARA, L.A.; RIBEIRO, M.D.; SILVA, C.J. Consórcio capim-braquiária e milho: produtividade das culturas e características qualitativas das silagens feitas com plantas em diferentes idades, Revista Brasileira de Zootecnia, Viçosa, v.37, n.12, p , McDONALD, P.; HENDERSON, A.R.; HERON, S.J.E. The biochemistry of silage. 2. ed. Aberystwyth: Chalcombe Publications, 1991, 340p. PAZIANI, S.F.; DUARTE, A.P.; NUSSIO, L.G.; GALLO, P.B.; BITTAR, C.M.M.; ZOPOLLATTO, M.; RECO, P.C. Características agronômicas e bromatológicas de híbridos de milho para produção de silagem, Revista Brasileira de Zootecnia, Vçosa MG, v. 38, n. 5, p , PEDROSO, A.M. Custos de alimentação x preço do leite. Onde vamos parar? São Carlos São Paulo. EMBRAPA, Pecuária Sudeste. Acesso em: 15 de agosto de PACHECO, P.S.; RESTLE, J.; VAZ, F.N.; FREITAS, A.K.; PADUA, I.J. NEUMANN, M.; ARBOITE, M.Z. Avaliação econômica da terminação em confinamento de novilhos jovens e superjovens de diferentes grupos genéticos, Revista Brasileira de Zootecnia, Viçosa MG, v.35, n.1, p , 2006.
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