LGN 313 Melhoramento Genético

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "LGN 313 Melhoramento Genético"

Transcrição

1 Departamento de Genética LGN 313 Melhoramento Genético Tema 8 Caracteres, herdabilidade e ganho genético Prof. Natal Vello natal.vello@usp.br

2 Heranças Oligogênica e Poligênica Descontínua Caracteres Qualitativos Variação Contínua Caracteres Quantitativos 2

3 Caracteres qualitativos Segregações conhecidas (mendelianas): p.ex. 3:1 ou 1:2:1 (um gene) e 9:3:3:1 (dois genes) Dominância, dominância parcial Os estudos qualitativos são feitos a nível de indivíduos e a interpretação da herança é feita com base na contagem e proporções definidas pelos resultados observados nas descendências dos cruzamentos Testes estatísticos: Qui-quadrado ( χ2) 3

4 Caracteres qualitativos: exemplos Cor do tegumento dos grãos de milho 4

5 Caracteres qualitativos: exemplos Grãos de Milho : Normal vs Doce Geração F2 5

6 Caracteres quantitativos Genética Quantitativa: estuda os caracteres quantitativos, os quais distinguem-se dos caracteres qualitativos nos seguintes aspectos: -Herança poligênica: os caracteres quantitativos são, em geral, regulados por vários genes. -Estudo a nível de populações e baseado na estimação de parâmetros tais como média, variância e covariância. - Variações contínuas e efeito do meio. Como regra geral, os caracteres quantitativos exibem variações contínuas e são parcialmente de origem não genética, ou seja, são grandemente afetados pelo ambiente. Exemplos: Produtividade (grãos, frutos, leite, carne, ovos ), altura da planta, peso 6

7 Caracteres quantitativos: exemplos Altura de inserção de espiga em milho (cm) de 100 plantas F2 7

8 Caracteres quantitativos: exemplos Altura de inserção da espiga em milho (cm) de 100 plantas F2 N de observações Histograma: Altura de inserção da espiga Distribuição normal esperada Altura de inserção 8

9 Caracteres quantitativos: número de genes 9

10 Caracteres quantitativos: número de genes 10

11 Caracteres quantitativos: número de genes 11

12 Mais exemplos: cor das sementes Genitores Híbrido F1 Geração F2 ERVILHA (1 gene, Dominância) P1 Amarela F1 Amarela F2 Amarela P2 Verde F2 Verde TRIGO (3 genes, Aditiva) P1 Branca F1 Vermelha Rosa F2 P2 Branca Rosa Vermelha FENÓTIPOS 12

13 Caracteres Qualitativos: Cor dos grãos de ervilha (Mendel) 3,50 3,0 2,50 2,0 1,50 1,0,50,0 Distribuição em F2 Verde Amarelo F1: totalmente heterozigóticos F2: (3/4 amarelos) + (1/4 verdes) (Amarelo) 13

14 brancos Caracteres quantitativos: Cor dos grãos de trigo (Nilsson Ehle) rosas vermelhos F2 brancos rosas vermelhos 14

15 Nº genes, Nº genótipos, Tamanho da população Exemplo: n = 3 locos gênicos; m 1 = m 2 = m 3 = 2 alelos/loco X X 15

16 Genótipos possíveis: C 1 C 1 B 1 B 1 C 1 C 2 C 2 C 2 C 1 C 1 A 1 A 1 B 1 B 2 C 1 C 2 C 2 C 2 C 1 C 1 B 2 B 2 C 1 C 2 C 2 C C 1 C 1 B 1 B 1 C 1 C 2 C 2 C 2 C 1 C 1 A 1 A 2 B 1 B 2 C 1 C 2 C 2 C 2 C 1 C 1 B 2 B 2 C 1 C 2 C 2 C C 1 C 1 B 1 B 1 C 1 C 2 C 2 C 2 C 1 C 1 A 2 A 2 B 1 B 2 C 1 C 2 C 2 C 2 C 1 C 1 B 2 B 2 C 1 C 2 C 2 C x x 16

17 Híbridos entre linhagens que diferem em N o de Pares de Alelos n pares de alelos Classes possíveis: * Gametas em F 1 Classes possíveis: Genótipos ** em F 2 Tamanho mínimo de uma população F 2 perfeita N. Fenótipos Dominância completa A, a Ação intermediária A, a ; B, b n 2 n 3 n 4 n 2 n 3 n * Número de genótipos resultantes de retrocruzamentos = número de genótipos homozigóticos ou linhagens ** Supondo que os heterozigotos em fase de associação e repulsão são equivalentes 17

18 Ação gênica tipo DOMINANTE Supondo: AA = Aa = 2 aa= 1 BB = Bb = 6 bb= 3 Genitores contrastantes P1 AABB 8 P2 aabb 4 F1 AaBb 8 F2 1 AABB 8 2 AABb 8 1 AAbb 5 2 AaBB 8 4 AaBb 8 2 Aabb 5 1 aabb 7 2 aabb 7 1 aabb 4 Média F 2 7 Genitores semelhantes P1 AAbb 5 P2 aabb 7 F1 AaBb 8 F2 1 AABB 8 2 AABb 8 1 AAbb 5 2 AaBB 8 4 AaBb 8 2 Aabb 5 1 aabb 7 2 aabb 7 1 aabb 4 Média F

19 Ação gênica tipo SOBREDOMINANTE Supondo: AA= 2 Aa= 5 aa= 1 BB = 6 Bb= 8 bb= 3 Genitores contrastantes P1 AABB 8 P2 aabb 4 F1 AaBb 13 F2 1 AABB 8 2 AABb 10 1 AAbb 5 2 AaBB 11 4 AaBb 13 2 Aabb 8 1 aabb 7 2 aabb 9 1 aabb 4 Média F 2 9,5 Genitores semelhantes P1 AAbb 5 P2 aabb 7 F1 AaBb 13 F2 1 AABB 8 2 AABb 10 1 AAbb 5 2 AaBB 11 4 AaBb 13 2 Aabb 8 1 aabb 7 2 aabb 9 1 aabb 4 Média F 2 9,5 19

20 Ação gênica tipo ADITIVA Supondo: A = 2 a = 1 B = 6 b = 3 Genitores contrastantes P1 AABB 16 P2 aabb 8 F1 AaBb 12 F2 1 AABB 16 2 AABb 13 1 AAbb 10 2 AaBB 15 4 AaBb 12 2 Aabb 9 1 aabb 14 2 aabb 11 1 aabb 8 Média F 2 12 Genitores semelhantes P1 AAbb 10 P2 aabb 14 F1 AaBb 12 F2 1 AABB 16* 2 AABb 13 1 AAbb 10 2 AaBB 15 * 4 AaBb 12 2 Aabb 9* 1 aabb 14 2 aabb 11 1 aabb 8 * Média F 2 12 *segregantes transgressivos 20

21 Tipo de ação gênica e melhoramento Ausência de Interação Recomendação Presença de Interação Recomendação ALÉLICA Aditividade alélica Homozigotos Algum grau de dominância ou sobredominância Heterozigotos NÃO ALÉLICA Aditividade não-alélica Homozigotos Epistase?= f(tipo) LOCO A LOCO B TIPO DE EPISTASE MELHORAMENTO Homozigoto Homozigoto (A x A) Aproveita homozigotos Homozigoto Heterozigoto Heterozigoto Homozigoto (A x D) Nem homozigotos Nem heterozigotos Heterozigoto Heterozigoto (D x D) Aproveita heterozigotos 21

22 Propriedades da herança poligênica ou quantitativa A segregação ocorre para nº grande de genes que controlam o caráter. Cada gene contribui para o valor total fenotípico com uma pequena parcela. Entre os muitos genes que controlam um caráter poligênico ocorrem várias ações gênicas: Dominante, Aditiva, Sobredominante, Epistática. A expressão fenotípica de caracteres poligênicos é consideravelmente alterada por pequenas diferenças do ambiente a que estão expostos os membros de uma dada população. A maioria das populações carrega uma grande reserva de variabilidade genotípica (população heterogênea). Dependendo da ação gênica da maioria dos genes que controla o caráter, tem-sediferentesdistribuiçõesemf 2. OBSERVANDO A CURVA TIPO DE AÇÃO GÊNICA 22

23 Componentes da variância fenotípica : F = G + E F(1) F(2)... F(N) = = G(1) G(2)... G(N) E(1) E(2)... E(N) s F 2 s G 2 s E 2 + = + + Ex.: Plantas F2 A ser estimada Plantas de uma População auxiliar (clone, linhagem, híbrido F1) 23

24 Coeficiente de herdabilidade h 2 = 0 variação de natureza ambiental h 2 = 1 variação de natureza genética Magnitudes: Baixa: até 0,30 ex. produtividade de grãos Média: 0,31 a 0,60 ex. altura da planta Alta: > 0,60 ex. ciclo, resistência a doenças 24

25 Progresso genético na seleção (Gs) x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x População original Ganho observado: x x x x x População selecionada Multiplicação x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x População melhorada Ganho esperado: Diferencial de seleção: 25

26 Site: Página do Prof. Dr. Sérgio R. Matioli(IB/USP) Disciplina Optativa LGN 449 Genética Quantitativa e de Populações 26

27 Tema 8 Caracteres quantitativos e qualitativos Prática: exercícios sobre herdabilidade (h 2 ) e ganho na seleção (Gs) 27

28 1) Em uma propriedade foram obtidas duas capineiras, uma por sementes e a outra por mudas. Após 150 dias do plantio foram obtidos os dados do peso verde das plantas, em gramas: Capineira obtida por sementes Capineira obtida por mudas a) Pede-se: a 1 ) estimar a variância fenotípica em ambos os casos; a 2 ) explicar o que está contido nesta variância. b) Estimar a variância genética. c) Estimar a herdabilidade para a capineira obtida por sementes. d) Se forem selecionadas plantas com 900 ou mais gramas na capineira obtida por mudas, qual será a média esperada da descendência? e) Se forem selecionadas todas as plantas com mais de 1000g na capineira por sementes, qual será a média esperada da capineira melhorada?

29 Capineira

30 Fórmulas: Fórmulas: s² = [1/ (N 1)] Σ (X ij X)² = [1/ (N 1)] [Σ X 2 ij (1/N) (Σ X ij )²] s 2 F = s 2 G + s 2 E h² = s 2 G / s 2 F Ĝs = h² ds ds = X s X o X s = média da população selecionada X o = média da população original

31 Soluções exercício 1: capineira a 1 ) Sementes média = X = (1/42) ( ) = (1/42)(25949) = 617,83 s 2 F = [( ,83)² ( ,83)²] = 85122, a 2 ) Mudas média = X = (1/24) ( ) = (1/24)(19840) = 826,67 s 2 F = s 2 E = [( ,67)² ( ,67)²] = 3223,1884 = s 2 E 24 1 b) s 2 G = 85122, ,1884 = 81899,588 c) h² = s 2 G = 81899, = 96,21% ou 0,9621 s 2 F 85122,7764 d) Mudas Média = X = 826,67

32 Soluções exercício 1: capineira e) Seleção pop. Sementes: plantas > 1000 g Capineira obtida por sementes Capineira obtida por mudas X o = = 617,83g 42 X s = = 1070g 4 ds = X s X o ds = ,83 = 452,17g

33 Soluções exercício 1: capineira Ĝs = h² ds Ĝs = 0, ,17 = 435,0327g Ĝs % = (Ĝs / X o ) 100 Ĝs % = (435,0327 / 617,83) 100 = 70,4 % X m = X o + Ĝs X m = 617, ,0327 = 1052,8g

34 2) Um melhorista de essências florestais desejando melhorar a sucupira coletou sementes de todo o povoamento nativo e estacas da melhor árvore. Obteve assim, na estação experimental uma plantação por sementes e a outra por estacas. Após 3 anos ele mediu a altura das plantas (em metros) e obteve os seguintes resultados: Plantação por sementes Plantação por estacas 3,0 2,8 2,5 3,2 1,2 0,8 2,0 1,8 2,1 1,8 1,9 2,6 2,7 3,3 3,0 2,8 1,0 2,2 1,7 1,8 1,9 2,0 0,9 0,8 1,3 2,2 2,1 2,4 2,1 2,3 2,4 2,2 2,0 0,5 2,3 3,1 2,4 2,5 2,3 1,9 1,8 2,2 2,3 2,0 2,8 2,6 2,2 2,0 1,4 1,6 1,8 1,4 1,2 2,2 2,3 3,2 2,1 2,2 1,8 1,4 1,2 1,5 1,8 2,0 2,6 2,4 2,5 3,0 a) Estime a variância fenotípica nos dois casos. Qual a causa dessa variação em ambos os casos? b) Estime a variância genética. c) Estime a herdabilidade na plantação obtida por sementes e por estacas. d) Se forem selecionadas todas as plantas com três ou mais metros no povoamento obtido por sementes, qual será o ganho esperado com a seleção?

35 Sucupira

36 Soluções exercício 2: sucupira a 1 ) Sementes Média = x = (1/48) (3,0 + 2, ,0) = (1/48) (100,8) = 2,10m s 2 F = [(3,0 2,10)² (3,0 2,10)²] = 24,81 = 0, a 2 ) Estacas Média = x = (1/20) (2,0 + 1, ,0) = (1/20) (40,4) = 2,02m s 2 F = [(2,0 2,02)² (2,0 2,02)²] = 0,752 = 0,0395 = s 2 E b) s 2 F = s 2 G + s 2 E s 2 G = 0,5278 0,0395 = 0,488 c 1 ) Sementes h² = s 2 G = 0,488 = 0,924 ou 92,4 % s 2 F 0,5278 c 2 ) Estacas s 2 G = 0 e h² = 0,0 %

37 Soluções exercício 2: sucupira d) Seleção pop. sementes: plantas = > 3 m Plantação por sementes x s = 3,0 + 3,3 + 3,1 + 3,2 + 3,0 + 3,2 + 3,0 = 3,11m 7 ds = X s X o = 3,11 2,10 = 1,01m Ĝs = h² ds = 0,924 1,01 = 0,93324 m Plantação por estacas 3,0 2,8 2,5 3,2 1,2 0,8 2,0 1,8 2,1 1,8 1,9 2,6 2,7 3,3 3,0 2,8 1,0 2,2 1,7 1,8 1,9 2,0 0,9 0,8 1,3 2,2 2,1 2,4 2,1 2,3 2,4 2,2 2,0 0,5 2,3 3,1 2,4 2,5 2,3 1,9 1,8 2,2 2,3 2,0 2,8 2,6 2,2 2,0 1,4 1,6 1,8 1,4 1,2 2,2 2,3 3,2 2,1 2,2 1,8 1,4 1,2 1,5 1,8 2,0 2,6 2,4 2,5 3,0 Ĝs % = Ĝs 100 = 0, = 44,4 % X o 2,10 X m = X o + Ĝs = 2,10 + 0,93324 = 3,03 m

Bases genéticas dos caracteres quantitativos e qualitativos e componentes de variação fenotípica

Bases genéticas dos caracteres quantitativos e qualitativos e componentes de variação fenotípica Universidade Federal de Rondônia Curso de Eng. Florestal Melhoramento genético Florestal Bases genéticas dos caracteres quantitativos e qualitativos e componentes de variação fenotípica Emanuel Maia www.lahorta.acagea.net

Leia mais

Quantitativos + Qualitativos 17/03/2016. Variabilidade Genética Como surgem as variações genéticas? Mutações! Controle Genética e Herdabilidade

Quantitativos + Qualitativos 17/03/2016. Variabilidade Genética Como surgem as variações genéticas? Mutações! Controle Genética e Herdabilidade 17/03/016 UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA LUIZ DE QUEIROZ DEPARTAMENTO DE GENÉTICA LGN0313 Melhoramento Genético Controle Genética e Herdabilidade Prof. Fernando Angelo Piotto

Leia mais

GENÉTICA QUANTITATIVA I. Herança Mendeliana x herança poligênica. Interações gênicas (alélicas) Ação aditiva Ação dominante Ação sobredominante

GENÉTICA QUANTITATIVA I. Herança Mendeliana x herança poligênica. Interações gênicas (alélicas) Ação aditiva Ação dominante Ação sobredominante GENÉTICA QUANTITATIVA I Herança Mendeliana x herança poligênica Interações gênicas (alélicas) Ação aditiva Ação dominante Ação sobredominante Heterose Caracteres: => atributos de um organismo (planta,

Leia mais

NOÇÕES DE GENÉTICA QUANTITATIVA

NOÇÕES DE GENÉTICA QUANTITATIVA NOÇÕES DE GENÉTICA QUANTITATIVA 5 INTRODUÇÃO As características genéticas a serem melhoradas em uma espécie agrícola, podem ser de dois tipos: caracteres qualitativos ou caracteres quantitativos. Os caracteres

Leia mais

GENÉTICA QUANTITATIVA. Herança Mendeliana x herança poligênica. Ação aditiva Ação dominante Ação sobredominante

GENÉTICA QUANTITATIVA. Herança Mendeliana x herança poligênica. Ação aditiva Ação dominante Ação sobredominante GENÉTICA QUANTITATIVA Herança Mendeliana x herança poligênica Interações gênicas (alélicas) Ação aditiva Ação dominante Ação sobredominante Caracteres: => atributos de um organismo (planta, animal, microorganismo)

Leia mais

Aula 2 Caracteres Qualitativos e Quantitativos

Aula 2 Caracteres Qualitativos e Quantitativos Aula Caracteres Qualitativos e Quantitativos Piracicaba, 011 1 -Introdução Caracteres controlados por muitos genes são denominados de caracteres poligênicos, e como se referem a mensurações de quantidades

Leia mais

Base Genética dos Caracteres Qualitativos e Quantitativos, Componentes da Variação Fenotípica, Coeficiente de Herdabilidade e Progresso com Seleção

Base Genética dos Caracteres Qualitativos e Quantitativos, Componentes da Variação Fenotípica, Coeficiente de Herdabilidade e Progresso com Seleção Aula 0 Base Genética dos Caracteres Qualitativos e Quantitativos, Componentes da Variação Fenotípica, Coeficiente de Herdabilidade e Progresso com INTRODUÇÃO Caracteres qualitativos são controlados por

Leia mais

Base Genética dos Caracteres Qualitativos e Quantitativos, Componentes da Variação Fenotípica, Coeficiente de Herdabilidade e Progresso com Seleção

Base Genética dos Caracteres Qualitativos e Quantitativos, Componentes da Variação Fenotípica, Coeficiente de Herdabilidade e Progresso com Seleção Aula 0 Base enética dos Caracteres Qualitativos e Quantitativos, Componentes da Variação Fenotípica, Coeficiente de Herdabilidade e Progresso com Seleção INTRODUÇÃO Caracteres qualitativos são controlados

Leia mais

Herança de caracteres complexos. Slides: Prof. Vanessa Kava

Herança de caracteres complexos. Slides: Prof. Vanessa Kava Herança de caracteres complexos Slides: Prof. Vanessa Kava 1 Genética Mendeliana Os sete traços que Mendel observava em suas plantas eram os seguintes: 1. forma ou aspecto da semente: lisa ou rugosa 2.

Leia mais

LGN 313 Melhoramento Genético

LGN 313 Melhoramento Genético LGN 313 Melhoramento Genético Professores: Antonio Augusto Franco Garcia José Baldin Pinheiro Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz Departamento de Genética - ESALQ/USP Segundo semestre - 2010

Leia mais

Aula 9: Genética Quantitativa I

Aula 9: Genética Quantitativa I LGN215 - Genética Geral Aula 9: Genética Quantitativa I Prof. Dr. Antonio Augusto Franco Garcia Maria Marta Pastina Piracicaba SP Caracteres Qualitativos e Quantitativos Caracteres controlados por muitos

Leia mais

Herança multifatorial

Herança multifatorial Herança multifatorial Quanto maior o número de genes, mais contínua é a variação fenotípica CURVA NORMAL Características com Limiar Estatísticas da Genética Quantitativa Descrições estatísticas do fenótipo

Leia mais

Aula 10: Genética Quantitativa II

Aula 10: Genética Quantitativa II LGN215 - Genética Geral Aula 10: Genética Quantitativa II Prof. Dr. Antonio Augusto Franco Garcia Monitora: Maria Marta Pastina Piracicaba SP Caracteres Quantitativos Caracteres controlados por muitos

Leia mais

Disciplina: Genética Geral (LGN 0218) 10ª semana

Disciplina: Genética Geral (LGN 0218) 10ª semana Disciplina: Genética Geral (LGN 0218) 10ª semana Material Didático do Departamento de Genética - ESALQ/USP Professora Maria Lucia Carneiro Vieira Estágios didáticos: Zirlane Portugal

Leia mais

Genética Quantitativa. Genética de características com herança complexa

Genética Quantitativa. Genética de características com herança complexa Genética Quantitativa Genética de características com herança complexa DIFERENÇAS ENTRE CARÁTER QUANTITATIVO 1 E QUALITATIVO 2 1 herança poligênica 1 estudadas em nível de população; descritas através

Leia mais

GENÉTICA QUANTITATIVA

GENÉTICA QUANTITATIVA Herança Poligênica vs Herança Mendeliana Caracteres poligênicos controlados por muitos pares de genes (poligenes) em geral referem-se a quantidades (pesos, medidas, volumes) Caracteres quantitativos Poligenes

Leia mais

Interação Gênica Simples Epistasia Herança Quantitativa. Profª Priscila Binatto

Interação Gênica Simples Epistasia Herança Quantitativa. Profª Priscila Binatto Interação Gênica Simples Epistasia Herança Quantitativa Profª Priscila Binatto Interação Gênica Dois ou mais pares de alelos diferentes se associam na determinação de uma única característica. Interação

Leia mais

7 Melhoramento de Espécies Autógamas

7 Melhoramento de Espécies Autógamas 7 Melhoramento de Espécies Autógamas LGN0313 Melhoramento Genético Prof. Dr. Isaias Olívio Geraldi Piracicaba, 2013 LGN0313 Melhoramento Genético Prof. Isaias Olívio Geraldi 1 -Introdução Espécies autógamas

Leia mais

Aulas Multimídias Santa Cecília Profº. Alan Alencar Biologia 1-2º ano EM

Aulas Multimídias Santa Cecília Profº. Alan Alencar Biologia 1-2º ano EM Aulas Multimídias Santa Cecília Profº. Alan Alencar 1-2º ano EM HERANÇA QUANTITATIVA HERANÇA QUANTITATIVA OU POLIGÊNICA Genes cumulativos, aditivos ou multifatoriais; Também é um caso particular de interação

Leia mais

Melhoramento de Espécies Alógamas

Melhoramento de Espécies Alógamas Aula 10 Melhoramento de Espécies Alógamas INTRODUÇÃO Espécies alógamas reprodução via fecundação cruzada (mais de 95% de cruzamentos). Definição: Comunidade reprodutiva composta de organismos de fertilização

Leia mais

Aula 2: Genética da Transmissão I

Aula 2: Genética da Transmissão I LGN215 - Genética Geral Aula 2: Genética da Transmissão I Antonio Augusto Franco Garcia Maria Marta Pastina Primeiro semestre de 2011 Piracicaba SP Conceitos Essenciais A existência de genes pode ser deduzida

Leia mais

Aula 7 Melhoramento de Espécies Autógamas

Aula 7 Melhoramento de Espécies Autógamas Aula 7 Melhoramento de Espécies Autógamas Prof. Dr. Isaias Olívio Geraldi Piracicaba, 2011 1 -Introdução Espécies autógamas são aquelas que se reproduzem por autofecundação. Exemplos principais têm-se

Leia mais

Herança Multifatorial

Herança Multifatorial Herança Multifatorial Causas da Variação Ambiental cabelos longos x curtos plantas bonsai x normal doenças infecciosas Genética Causas da Variação Sistemas sanguíneos: ABO; MN albinismo ervilhas lisas

Leia mais

Melhoramento de Espécies Alógamas. Melhoramento de Espécies Alógamas 06/06/2017 INTRODUÇÃO

Melhoramento de Espécies Alógamas. Melhoramento de Espécies Alógamas 06/06/2017 INTRODUÇÃO Aula 0 INTRODUÇÃO Espécies alógamas reprodução via fecundação cruzada (mais de 95% de cruzamentos). Melhoramento de Espécies Alógamas Definição: Comunidade reprodutiva composta de organismos de fertilização

Leia mais

LGN 313 Melhoramento Genético Tema 10 Estrutura genética e equilíbrio das populações

LGN 313 Melhoramento Genético Tema 10 Estrutura genética e equilíbrio das populações Departamento de Genética LGN 313 Melhoramento Genético Tema 10 Estrutura genética e equilíbrio das populações Prof. Natal Vello www.genetica.esalq.usp.br/lgn313/nav natal.vello@usp.br Tipos de populações

Leia mais

HERANÇA QUANTITATIVA. Quanto da variância fenotípica observada é genética e quanto é ambiental?

HERANÇA QUANTITATIVA. Quanto da variância fenotípica observada é genética e quanto é ambiental? Quanto da variância fenotípica observada é genética e quanto é ambiental? Genótipos idênticos = fatores ambientais Ambiente Constante = variações genotípicas Genótipos idênticos = fatores ambientais Ambiente

Leia mais

Coelhos Himalaia. c h c h c h c h c h c h c h c h. Acima de 29 C. Abaixo de 2 C. Próximo a 15 C

Coelhos Himalaia. c h c h c h c h c h c h c h c h. Acima de 29 C. Abaixo de 2 C. Próximo a 15 C Coelhos Himalaia c h c h c h c h c h c h c h c h c h c h Próximo a 15 C Acima de 29 C Abaixo de 2 C Herança Multifatorial Genética Mendeliana Os sete traços que Mendel observava em suas ervilhas eram os

Leia mais

Melhoramento de Alógamas

Melhoramento de Alógamas Aula 0 INTRODUÇÃO Espécies alógamas reprodução via fecundação cruzada (mais de 95% de cruzamentos). Melhoramento de Espécies Definição: Comunidade reprodutiva composta de organismos de fertilização cruzada,

Leia mais

HERANÇA MONOGÊNICA. 1ª Lei de Mendel. Interações Alélicas

HERANÇA MONOGÊNICA. 1ª Lei de Mendel. Interações Alélicas HERANÇA MONOGÊNICA 1ª Lei de Mendel Interações Alélicas Introdução à Genética Mendeliana Conceito de gene (mas não o termo) => foi proposto pela 1ª vez por Gregor Mendel em 1865. Até então, a noção que

Leia mais

GENÉTICA 2ª Lei de Mendel, Probabilidade (regra do e e do ou )

GENÉTICA 2ª Lei de Mendel, Probabilidade (regra do e e do ou ) GENÉTICA 2ª Lei de Mendel, Probabilidade (regra do e e do ou ) 2ª Lei de Mendel Na formação dos gametas, dois ou mais pares de genes, situados em pares de cromossomos diferentes, separam-se independentemente.

Leia mais

HERANÇA MULTIFATORIAL

HERANÇA MULTIFATORIAL HERANÇA MULTIFATORIAL MENDEL Caracteres discretos DARWIN Caracteres com variação contínua DARWIN Caracteres com variação contínua Vendo esta gradação e diversidade de estrutura em um grupo pequeno, intimamente

Leia mais

Herança Monogênica. Homem Genética 6000 anos atrás = luta pela sobrevivência (seleção de plantas e animais)

Herança Monogênica. Homem Genética 6000 anos atrás = luta pela sobrevivência (seleção de plantas e animais) Herança Monogênica Introdução: Homem Genética 6000 anos atrás = luta pela sobreiência (seleção de plantas e animais) Transmissão de características hereditárias Hipóteses Início do século passado: redescobrimento

Leia mais

Colégio Argumento Interação Gênica e Herança Quantitativa

Colégio Argumento Interação Gênica e Herança Quantitativa Colégio Argumento Interação Gênica e Herança Quantitativa 1ª lei de Mendel 1 par de genes 1 característica genética Ex: Aa x Aa proporção 3:1 2ª lei de Mendel 2 pares de genes 2 características genéticas

Leia mais

Linhas Puras e Seleção Massal

Linhas Puras e Seleção Massal UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA LUIZ DE QUEIROZ DEPARTAMENTO DE GENÉTICA LGN0313 Melhoramento Genético Linhas Puras e Seleção Massal Prof. Roberto Fritsche-Neto roberto.neto@usp.br

Leia mais

Aula 4: Genética da Transmissão III

Aula 4: Genética da Transmissão III LGN215 - Genética Geral Aula 4: Genética da Transmissão III Prof. Dr. Antonio Augusto Franco Garcia Monitora: Maria Marta Pastina Experimentos de Mendel Inicialmente, Mendel estudou cruzamentos considerando

Leia mais

Ação Gênica / Parâmetros Fenotípicos e Genéticos em Plantas

Ação Gênica / Parâmetros Fenotípicos e Genéticos em Plantas Universidade Federal de Pelotas Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel Departamento de Fitotecnia Programa de Pós-Graduação em Agronomia Área de concentração em Fitomelhoramento Disciplina de Melhoramento

Leia mais

Retrocruzamento. Allard, Cap. 14 Fehr, Cap. 28

Retrocruzamento. Allard, Cap. 14 Fehr, Cap. 28 Retrocruzamento Allard, Cap. 14 Fehr, Cap. 28 Retrocruzamento Retrocruzamento (RC) Hibridação recorrente pela qual uma característica desejável é transferida para uma cultivar (que seja deficiente nesse

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CENTRO DE CIÊNCIAS NATURAIS E EXATAS CCNE DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA DISCIPLINA DE GENÉTICA AGRONOMIA

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CENTRO DE CIÊNCIAS NATURAIS E EXATAS CCNE DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA DISCIPLINA DE GENÉTICA AGRONOMIA 1. Introdução UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CENTRO DE CIÊNCIAS NATURAIS E EXATAS CCNE DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA DISCIPLINA DE GENÉTICA AGRONOMIA Unidade 8 Um poligene é definido como um gene que,

Leia mais

GENÉTICA DE POPULAÇÕES

GENÉTICA DE POPULAÇÕES GENÉTICA DE POPULAÇÕES Conceito geral de populações Freqüências alélicas e genotípicas Equilíbrio de Hardy-Weinberg Estrutura genética de populações Fatores que afetam o equilíbrio de H-W: mutação, seleção,

Leia mais

Herança das características complexas

Herança das características complexas Herança das características complexas Genética Mendeliana Os sete traços que Mendel observava em suas ervilhas eram os seguintes: 1. forma ou aspecto da semente: lisa ou rugosa 2. cor da semente: verde

Leia mais

Herança Quantitativa

Herança Quantitativa UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira Herança Quantitativa Prof. Dr. João Antonio da Costa Andrade Departamento de Biologia e Zootecnia BASE GENÉTICA

Leia mais

LGN GENÉTICA. Aula 2 - Genética da Transmissão I. Antonio Augusto Franco Garcia Filipe Inácio Matias Marianella F. Quezada Macchiavello

LGN GENÉTICA. Aula 2 - Genética da Transmissão I. Antonio Augusto Franco Garcia Filipe Inácio Matias Marianella F. Quezada Macchiavello LGN 215 - GENÉTICA Aula 2 - Genética da Transmissão I Antonio Augusto Franco Garcia Filipe Inácio Matias Marianella F. Quezada Macchiavello Departamento de Genética Escola Superior de Agricultura Luiz

Leia mais

LGN 313 Melhoramento Genético

LGN 313 Melhoramento Genético Departamento de Genética LGN 313 Melhoramento Genético Tema 11 Métodos de melhoramento de espécies autógamas: introdução de plantas, seleção massal e seleção de plantas individuais com teste de progênies

Leia mais

Prof. Manoel Victor. Genética Quantitativa

Prof. Manoel Victor. Genética Quantitativa Genética Quantitativa Modos de ação dos genes ação qualitativa expressão de genes seguindo padrões e modelos como os descritos por Mendel AA Aa aa (genes qualitativos) Fenótipos Genótipos Modos de ação

Leia mais

Aula 3: Genética da Transmissão II

Aula 3: Genética da Transmissão II LGN215 - Genética Geral Aula3:Genéticada TransmissãoII Prof.Dr.AntonioAugustoFrancoGarcia Monitora:MariaMartaPastina Alelismo Múltiplo Umgenepoderterváriosalelosdeterminandoumcaráter(2,3,4,...,) Um gene

Leia mais

Disciplina: Genética (LGN 0218) 9ª semana

Disciplina: Genética (LGN 0218) 9ª semana Disciplina: Genética (LGN 0218) 9ª semana Material Didático do Departamento de Genética ESALQ Professora Maria Lucia Carneiro Vieira Estagiária PAE: Zirlane Portugal da Costa Recuperação: 21/12 às 21 horas

Leia mais

Aula 6 Melhoramento de Espécies com Propagação Assexuada

Aula 6 Melhoramento de Espécies com Propagação Assexuada Aula 6 Melhoramento de Espécies com Propagação Assexuada Prof. Dr. Isaias Olívio Geraldi Piracicaba, 2011 Cronograma de Aula 1. Objetivos do Melhoramento 2. Vantagens do Uso da Propagação Assexuada 3.

Leia mais

Endogamia & Heterose. Leandro S. A. Gonçalves Dr. Genética e Melhoramento de Plantas

Endogamia & Heterose. Leandro S. A. Gonçalves Dr. Genética e Melhoramento de Plantas Endogamia & Heterose Leandro S. A. Gonçalves Dr. Genética e Melhoramento de Plantas - Endogamia - Conceito: Acasalamento entre indivíduos aparentados (FEHR, 1987) - Histórico: Desde os primeiros tempos

Leia mais

DISTRIBUIÇÃO INDEPENDENTE 2ª LEI DE MENDEL

DISTRIBUIÇÃO INDEPENDENTE 2ª LEI DE MENDEL DISTRIBUIÇÃO INDEPENDENTE 2ª LEI DE MENDEL Interações Gênicas ou Interações não-alélicas Introdução: Inicialmente Mendel estudou cruzamentos considerando apenas 1 caráter controlado por um par de alelos

Leia mais

Hibridação. Hibridações naturais Hibridações artificiais ou dirigidas

Hibridação. Hibridações naturais Hibridações artificiais ou dirigidas Hibridação Hibridações naturais Hibridações artificiais ou dirigidas HIBRIDAÇÃO A x B P 1 x P 2 C F 1 x P 1 População Variabilidade genética Seleção Novas Linhagens Figura 1. Genealogia da cv. Joaquina

Leia mais

Exercícios Genética e Evolução Curso: Tecnológicos Campus Palotina

Exercícios Genética e Evolução Curso: Tecnológicos Campus Palotina Exercícios Genética e Evolução Curso: Tecnológicos Campus Palotina Professor: Robson Fernando Missio 1ª Avaliação 1) Um pesquisador trabalhando com o melhoramento de milho realizou o cruzamento controlado

Leia mais

BIOLOGIA. Hereditariedade e diversidade da vida. Introdução à genética 1ª e 2ª leis de Mendel. Professor: Alex Santos

BIOLOGIA. Hereditariedade e diversidade da vida. Introdução à genética 1ª e 2ª leis de Mendel. Professor: Alex Santos BIOLOGIA Hereditariedade e diversidade da vida Professor: Alex Santos Tópicos em abordagem: Parte 1 Introdução a genética e 1ª Lei de Mendel I Introdução à genética II 1ª Lei de Mendel I Introdução à genética

Leia mais

GENÉTICA. unesp. Curso: Agronomia Docente: João Antonio da Costa Andrade. Disciplina: Agronomia

GENÉTICA. unesp. Curso: Agronomia Docente: João Antonio da Costa Andrade. Disciplina: Agronomia unesp Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira Graduação em Zootecnia Departamento de Biologia e Zootecnia Agronomia Disciplina: GENÉTICA Curso:

Leia mais

Ligação Gênica e Mapeamento

Ligação Gênica e Mapeamento Ligação Gênica e Mapeamento 09/02/2017 Profa. Dra. Angela Ikeda Adaptada da aula da Profa. Dra. Vanessa Kava 1 Princípio Mendeliano 2 Segregação Independente 3 Número de CROMOSSOMOS x Número de GENES 4

Leia mais

Segregação Monogênica: 1 a Lei de Mendel. Profa. Vanessa Kava

Segregação Monogênica: 1 a Lei de Mendel. Profa. Vanessa Kava Segregação Monogênica: 1 a Lei de Mendel Profa. Vanessa Kava 1a Lei de Mendel VOCÊ JÁ SABE QUE Os cromossomos situam-se no núcleo das células 1 cromossomo 1 molécula de DNA 1molécula de DNA vários genes

Leia mais

GENÉTICA MENDELIANA TRANSMISSÃO DE CARACTERÍSTICAS HEREDITÁRIAS

GENÉTICA MENDELIANA TRANSMISSÃO DE CARACTERÍSTICAS HEREDITÁRIAS GENÉTICA MENDELIANA TRANSMISSÃO DE CARACTERÍSTICAS HEREDITÁRIAS Unidade 2 - PATRIMÓNIO GENÉTICO Situação Problemática Que desafios se colocam à genética no melhoramento da qualidade de vida? Cap. 1.1 Transmissão

Leia mais

Genética Quantitativa Genética de Populações

Genética Quantitativa Genética de Populações Genética Quantitativa Genética de Populações Prof. Dr. Alexandre Leseur dos Santos Genética de Populações - Genética Quantitativa Caracteres Quantitativos Enfatizando a herança gênica E os componentes

Leia mais

Ação Gênica. Dr. Minos E. Carvalho Pos doc do Grupo de Melhoramento Animal e Biotecnologia Dep. Medicina Veterinária

Ação Gênica. Dr. Minos E. Carvalho Pos doc do Grupo de Melhoramento Animal e Biotecnologia Dep. Medicina Veterinária Ação Gênica Dr. Minos E. Carvalho Pos doc do Grupo de Melhoramento Animal e Biotecnologia Dep. Medicina Veterinária Disciplina: Genética Básica e Biologia Molecular Responsável: Prof. Dr. José Bento Sterman

Leia mais

Melhoramento de autógamas por hibridação. João Carlos Bespalhok Filho

Melhoramento de autógamas por hibridação. João Carlos Bespalhok Filho Melhoramento de autógamas por hibridação João Carlos Bespalhok Filho O que necessitamos para fazer melhoramento? Variabilidade genética Populações com diferentes genótipos Como criar variabilidade genética?

Leia mais

μ = σ 2 g = 50.1 ApoE e colesterol em uma população canadense ε ε ε Genóti po Freq. H-W

μ = σ 2 g = 50.1 ApoE e colesterol em uma população canadense ε ε ε Genóti po Freq. H-W ApoE e colesterol em uma população canadense μ= 174.6 σ 2 p = 732.5 Freqüência relativa 2/3 Genóti po P 173.8 161.4 183.5 136.0 178.1 180.3 Colesterol total no soro (mg/dl) Passo 1: Calcular o fenótipo

Leia mais

Ação gênica Dominância, recessividade e aditividade. Epistasia, pleiotropia e alelos múltiplos.

Ação gênica Dominância, recessividade e aditividade. Epistasia, pleiotropia e alelos múltiplos. Ação gênica Dominância, recessividade e aditividade. Epistasia, pleiotropia e alelos múltiplos. ZMV 0215 Genética Básica e Evolução Prof. Drº José Bento Sterman ferraz Convidada: Msc. Laís Grigoletto Genética

Leia mais

Gene tica. O que é genética? É o estudo dos genes e de sua transmissão para as futuras gerações. Genética Clássica -> Mendel(1856)

Gene tica. O que é genética? É o estudo dos genes e de sua transmissão para as futuras gerações. Genética Clássica -> Mendel(1856) Gene tica Conceitos básicos Na semente estão contidas todas as partes do corpo do homem que serão formadas. A criança que se desenvolve no útero da mãe tem as raízes da barba e do cabelo que nascerão um

Leia mais

Origens da genética e trabalho de Mendel

Origens da genética e trabalho de Mendel Origens da genética e trabalho de Mendel Hereditariedade Gregor Mendel (1865) - Leis da hereditariedade A Pureza dos Gametas A Segregação Independente Associou conhecimentos práticos sobre cultivo de plantas

Leia mais

Bio. Monitor: Sarah Elis

Bio. Monitor: Sarah Elis Professor: Rubens Oda Monitor: Sarah Elis Exercícios sobre linkage e genética de populações 04 out 1. Em determinada espécie os locos dos genes A e B situam-se no mesmo cromossomo. Na meiose de um indivíduo

Leia mais

VELLO, Métodos de melhoramento de soja. In: CÂMARA, G.M.S.; MARCOS FILHO, J.; OLIVEIRA, E.A.M. (eds.). Simpósio sobre Cultura

VELLO, Métodos de melhoramento de soja. In: CÂMARA, G.M.S.; MARCOS FILHO, J.; OLIVEIRA, E.A.M. (eds.). Simpósio sobre Cultura LGN 33 Melhoramento Genético Professor Natal Antonio Vello naavello@esalquspbr MELHORAMENTO DE ESPÉCIES AUTÓGAMAS BIBLIOGRAFIA ADICIONAL: VELLO, 99 Métodos de melhoramento de soja In: CÂMARA, GMS; MARCOS

Leia mais

Gregor Mendel. Nasceu em 1822, em Heinzendorf, República Tcheca.

Gregor Mendel. Nasceu em 1822, em Heinzendorf, República Tcheca. Herança Mendeliana Gregor Mendel Nasceu em 1822, em Heinzendorf, República Tcheca. Monastério de Mendel Estátua de Mendel ao fundo Canteiro de begônias vermelhas e brancas representando os padrões de herança.

Leia mais

Métodos de melhoramento de espécies autógamas

Métodos de melhoramento de espécies autógamas Aula 07 Método em que a variabilidade deve ser gerada artificialmente Métodos de melhoramento de espécies autógamas Método da População (Bulk); Método do Genealógico (Pedigree); Método do SSD (descendente

Leia mais

Origens da genética e trabalho de Mendel

Origens da genética e trabalho de Mendel Origens da genética e trabalho de Mendel Hereditariedade Gregor Mendel (1865) - Leis da hereditariedade A Pureza dos Gametas A Segregação Independente Associou conhecimentos práticos sobre cultivo de plantas

Leia mais

Genética Básica. Genética Mendeliana

Genética Básica. Genética Mendeliana Genética Básica Genética Mendeliana Coordenador Victor Martin Quintana Flores Gregor Johann Mendel 22 Julho 1822-6 Janeiro 1884 Cruzamento Hibridização Híbrido Planta de ervilha Traços constantes Facilidades

Leia mais

Origens da genética e trabalho de Mendel

Origens da genética e trabalho de Mendel Origens da genética e trabalho de Mendel Hereditariedade Gregor Mendel (1865) - Leis da hereditariedade A Pureza dos Gametas A Segregação Independente Associou conhecimentos práticos sobre cultivo de plantas

Leia mais

06/06/2017. Melhoramento de espécies autógamas - Método SSD, Método do Retrocruzamento

06/06/2017. Melhoramento de espécies autógamas - Método SSD, Método do Retrocruzamento Aula 08 MÉTODO DESCENDENTE DE UMA SEMENTE (SSD - SINGLE SEED DESCENDENT) Melhoramento de espécies autógamas - Método SSD, Método do Retrocruzamento Foi proposto com o intuito de reduzir o tempo requerido

Leia mais

10) (UFPA) Usando seus conhecimentos de probabilidade, Mendel chegou às seguintes conclusões, com exceção de uma delas. Indique-a:

10) (UFPA) Usando seus conhecimentos de probabilidade, Mendel chegou às seguintes conclusões, com exceção de uma delas. Indique-a: 1) Em urtigas o caráter denteado das folhas domina o caráter liso. Numa experiência de polinização cruzada, foi obtido o seguinte resultado: 89 denteadas e 29 lisas. A provável fórmula genética dos cruzantes

Leia mais

Aula 08. Melhoramento de espécies autógamas - Método SSD, Método do Retrocruzamento

Aula 08. Melhoramento de espécies autógamas - Método SSD, Método do Retrocruzamento Aula 08 Melhoramento de espécies autógamas - Método SSD, Método do Retrocruzamento MÉTODO DESCENDENTE DE UMA SEMENTE (SSD - SINGLE SEED DESCENDENT) Foi proposto com o intuito de reduzir o tempo requerido

Leia mais

HERANÇA MONOGÊNICA 1ª LEI DE MENDEL

HERANÇA MONOGÊNICA 1ª LEI DE MENDEL HERANÇA MONOGÊNICA 1ª LEI DE MENDEL Genética Mendeliana: aquela determinada por um ou poucos genes, cuja expressão não é influenciada ou é pouco afetada pelo meio. => Conceito de gene (mas não o termo)

Leia mais

Melhoramento de espécies. Método do Retrocruzamento MÉTODO DESCENDENTE DE UMA SEMENTE (SSD - SINGLE SEED DESCENDENT)

Melhoramento de espécies. Método do Retrocruzamento MÉTODO DESCENDENTE DE UMA SEMENTE (SSD - SINGLE SEED DESCENDENT) Aula 08 MÉTODO DESCENDENTE DE UMA SEMENTE (SSD - SINGLE SEED DESCENDENT) Melhoramento de espécies autógamas - Método SSD, Método do Retrocruzamento Foi proposto com o intuito de reduzir o tempo requerido

Leia mais

Métodos de melhoramento

Métodos de melhoramento Aula 07 Métodos de melhoramento de espécies autógamas Método em que a variabilidade deve ser gerada artificialmente Método da População (Bulk); Método do Genealógico (Pedigree); Método do SSD (descendente

Leia mais

Bio. Bio. Monitor: Sarah Elis

Bio. Bio. Monitor: Sarah Elis Professor: Rubens Oda Monitor: Sarah Elis Exercícios sobre a primeira lei de Mendel e probabilidades 06 set EXERCÍCIOS DE AULA 1. Em uma certa espécie de mamíferos, há um caráter mendeliano com co-dominância

Leia mais

Melhoramento de espécies autógamas

Melhoramento de espécies autógamas Universidade Federal de Rondônia Curso de Eng. Florestal Melhoramento genético Florestal Melhoramento de espécies autógamas Emanuel Maia www.lahorta.acagea.net emanuel@unir.br Apresentação Introdução Efeitos

Leia mais

LGN 313 Melhoramento Genético

LGN 313 Melhoramento Genético LGN 313 Melhoramento Genético Professores: Antonio Augusto Franco Garcia José Baldin Pinheiro Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz Departamento de Genética - ESALQ/USP Segundo semestre - 2010

Leia mais

LGN 313 Melhoramento Genético

LGN 313 Melhoramento Genético LGN 313 Melhoramento Genético Professores: Antonio Augusto Franco Garcia José Baldin Pinheiro Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz Departamento de Genética - ESALQ/USP Segundo semestre - 2010

Leia mais

Primeira Lei de Mendel e Heredogramas

Primeira Lei de Mendel e Heredogramas Primeira Lei de Mendel e Heredogramas Primeira Lei de Mendel e Heredogramas 1. O heredograma refere-se a uma característica controlada por um único par de genes (A e a). Assim, em relação a esta característica,

Leia mais

Anais do Seminário de Bolsistas de Pós-Graduação da Embrapa Amazônia Ocidental

Anais do Seminário de Bolsistas de Pós-Graduação da Embrapa Amazônia Ocidental Anais do Seminário de Bolsistas de Pós-Graduação da Embrapa Amazônia Ocidental Anais do Seminário de Bolsistas de Pós-Graduação da Embrapa Amazônia Ocidental Herança de Caracteres de Frutos e Sementes

Leia mais

QUESTÕES DE GENÉTICA - PROFESSORA: THAÍS ALVES 30/05/2015

QUESTÕES DE GENÉTICA - PROFESSORA: THAÍS ALVES 30/05/2015 QUESTÕES DE GENÉTICA - PROFESSORA: THAÍS ALVES 30/05/2015 01. Em situações problemas relacionadas à genética mendeliana, um dos cálculos probabilísticos utilizados é a aplicação da denominada regra da

Leia mais

APLICAÇÃO DE MARCADORES MOLECULARES NA HIBRIDAÇÃO DE EUCALIPTO

APLICAÇÃO DE MARCADORES MOLECULARES NA HIBRIDAÇÃO DE EUCALIPTO IV WORKSHOP EM MELHORAMENTO FLORESTAL APLICAÇÃO DE MARCADORES MOLECULARES NA HIBRIDAÇÃO DE EUCALIPTO ANTONIO MARCOS ROSADO Eng. Florestal CENIBRA RAFAEL SIMÕES TOMAZ Doutorando em Genética e Melhoramento

Leia mais

Nome: Exercícios de Genética (Conceitos e 1a. Lei de Mendel) Atividade Avaliativa 0 a 2,5

Nome: Exercícios de Genética (Conceitos e 1a. Lei de Mendel) Atividade Avaliativa 0 a 2,5 Nome: Exercícios de Genética (Conceitos e 1a. Lei de Mendel) Atividade Avaliativa 0 a 2,5 Turma 3o. Ano A/B disciplina Biologia Professora Carina Justino 1. Um casal buscou um serviço de aconselhamento

Leia mais

Biologia Professor Leandro Gurgel de Medeiros

Biologia Professor Leandro Gurgel de Medeiros Biologia Professor Leandro Gurgel de Medeiros Genética Clássica 1. Conceito: É a ciência voltada para o estudo da hereditariedade, bem como da estrutura e função dos genes. Características Fundamentais

Leia mais

MENDELISMO. 1. Termos e expressões 2. Mendel 3. Experimentos de Mendel 4. Primeira lei de Mendel 5. Segunda lei de Mendel

MENDELISMO. 1. Termos e expressões 2. Mendel 3. Experimentos de Mendel 4. Primeira lei de Mendel 5. Segunda lei de Mendel GENÉTICA MENDELIANA MENDELISMO 1. Termos e expressões 2. Mendel 3. Experimentos de Mendel 4. Primeira lei de Mendel 5. Segunda lei de Mendel 1. Termos e expressões Característica: caráter, traço. Fenótipo:

Leia mais

GENÉTICA QUANTITATIVA

GENÉTICA QUANTITATIVA MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS FACULDADE DE AGRONOMIA ELISEU MACIEL DEPARTAMENTO DE ZOOTECNIA MELHORAMENTO ANIMAL GENÉTICA QUANTITATIVA CONCEITOS ESTATÍSTICOS USADOS NO MELHORAMENTO

Leia mais

HERANÇA MONOGÊNICA OU MENDELIANA

HERANÇA MONOGÊNICA OU MENDELIANA HERANÇA MONOGÊNICA OU MENDELIANA Herança monogênica Determinada por um gene apenas; Segregação Familiar; Genótipo: constituição individual para um determinado locus. Fenótipo: é o conjunto das características

Leia mais

Exercícios de Genética

Exercícios de Genética Exercícios de Genética 1ª Lei de Mendel Questão 1: Em urtigas o caráter denteado das folhas domina o caráter liso. Numa experiência de polinização cruzada, foi obtido o seguinte resultado: 89 denteadas

Leia mais

Sistemas reprodutivos

Sistemas reprodutivos UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA LUIZ DE QUEIROZ DEPARTAMENTO DE GENÉTICA LGN0313 Melhoramento genético Sistemas reprodutivos Prof. Roberto Fritsche-Neto roberto.neto@usp.br Piracicaba,

Leia mais

GENÉTICA DE POPULAÇÃO

GENÉTICA DE POPULAÇÃO GENÉTICA DE POPULAÇÃO Eng. Agr. Msc. Franco Romero Silva Muniz Doutorando em Genética e Melhoramento de Soja Departamento de Produção Vegetal UNESP Jaboticabal/SP Molecular e Biotecnologia Quantitativa

Leia mais

LGN 313 Melhoramento Genético

LGN 313 Melhoramento Genético Departamento de Genética LGN 33 Melhoramento Genético Tema Métodos de melhoramento de espécies autógamas: população (bulk), genealógico (pedigree), SSD Prof Natal Vello USP, ESALQ, LGN33 - MELHORAMENTO

Leia mais

Extensões da Análise Mendeliana. Explicações moleculares

Extensões da Análise Mendeliana. Explicações moleculares Extensões da Análise Mendeliana Explicações moleculares Tipos de interações Tipo Descrição 1. Herança Mendeliana Simples Termo reservado para descrever situações em que os alelos seguem estritamente os

Leia mais

Melhoramento de plantas

Melhoramento de plantas UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira Melhoramento de plantas Prof. Dr. João Antonio da Costa Andrade Departamento de Biologia e Zootecnia PLANTAS

Leia mais

LGN 313 Melhoramento Genético

LGN 313 Melhoramento Genético LGN 313 Melhoramento Genético Professores: Antonio Augusto Franco Garcia José Baldin Pinheiro Natal Antônio Vello Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz Departamento de Genética - ESALQ/USP Segundo

Leia mais

Trabalho de Recuperação final

Trabalho de Recuperação final NOME Nº 3 a SÉRIE Trabalho de Recuperação final 1) Esquematize as fases da mitose e descreva os eventos nela ocorridos. Fases Eventos Esquemas Valor da atividade Nota 10,0 DATA / / 2) Esquematize as fases

Leia mais