ACES. Fazer um bom trabalho, mesmo com poucos recursos. Novos anticoagulantes orais em foco

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1 O JORNAL DA MEDICINA PORTUGUESA FAÇA JÁ A SUA ASSINATURA DE APOIO PÁG. 8 Número 3146 Quarta-feira, 1 Fevereiro de 2012 SEMANÁRIO Preço: 0,01 noticiasmedicas@mail.telepac.pt ANO XLI Director Fundador: Dr. José Reis Jr. Director Editor: Rafael Reis ACES SUPLEMENTO QUINZENAL AGRUPAMENTOS DE CENTROS DE SAÚDE Médio Tejo II ZÊZERE Fazer um bom trabalho, mesmo com poucos recursos Rastreio da Retinopatia Diabética DESTACÁVEL Diabetes e Cuidados de Saúde Primários Debate e polémica na OM VER PÁGINAS 11/13 Prevenção Secundária do Tromboembolismo Venoso PÁGINA 3 Jornadas Diabetologia Prática em Medicina Familiar Novos anticoagulantes orais em foco O papel da Metformina Pé diabético Alimentação e Diabetes Glicemia capilar PÁGINAS 9/12 Prof. Manuel Correia apresenta Estudo ACIN 2 Incidência do AVC está a baixar Resultados do IST-3 podem mudar a forma de olhar a Trombólise PÁGINAS 4/8 Prof. Castro Lopes AVC atinge pessoas de todas as idades Prof. José Ferro Faltam Centros de Reabilitação A Profª Sylvia Haas, Professora Emérita de Medicina e ex-directora do Grupo de Investigação de Hemostase e Trombose do Institute for Experimental Oncology and Therapy Research da Universidade Técnica de Munique, apresentou o tema da Prevenção Secundária do Tromboembolismo Venoso no 2º Simpósio de Tromboembolismo: Da Profilaxia ao Tratamento, organizado pela Comissão de Vigilância e Profilaxia do Tromboembolismo Venoso do CHLO PÁGINA 16 Presidente do IPO do Porto defende fusão num único Instituto PÁGINA 13 DESDE LÍDER DE AUDIÊNCIA DA IMPRENSA MÉDICA Dados do último Estudo de Audiência da Imprensa Médica CSDCegedim Strategic Data. Estudo independente. Não encomendado por nenhum título.

2 4 DESTAQUE 1 FEVEREIRO 2012 Prof. Castro Lopes, presidente O AVC atinge pessoas de todas as idades A Sociedade Portuguesa do AVC realiza o 6º Congresso Português do AVC já nos dias 2, 3 e 4 de Fevereiro, no Porto Media Partner Pelo sexto ano consecutivo, a SPAVC junta, num mesmo espaço, centenas dos mais reputados especialistas nacionais e estrangeiros no que se refere ao acidente vascular cerebral, num esforço contínuo de actualização de conhecimentos e partilha de experiências. Como afirma o Presidente da SPAVC e do Congresso, Prof. Castro Lopes, em entrevista ao NOTÍCIAS MÉDICAS, o Congresso Português do AVC afirmou-se como uma referência incontornável no panorama dos eventos científicos realizados no nosso país, atribuindo à importância do tema e ao modelo organizativo do congresso tal circunstância. Os números não deixam margem para dúvidas. Este ano, o Congresso Português do AVC, a avaliar pela grande afluência de inscrições verificadas neste momento, atingirá ou mesmo ultrapassará o número de presenças nos últimos Congressos, da ordem das oito centenas. Além disso, e apesar da crise, a indústria farmacêutica estará presente em força, ultrapassando já o elevado número do último Congresso. Segundo o neurologista, o Congresso, enquanto momento alto da vida da Sociedade Portuguesa do AVC, visa, nesta como noutras edições, alertar todos os profissionais de saúde para a urgência do combate à doença. Nesse sentido, sublinha, a organização teve o cuidado de não sobrepor sessões, para que todos aprendam com tudo. Será que estamos a dar a devida atenção ao adulto jovem? A edição deste ano começa com uma questão pertinente: Será que estamos a dar a devida atenção à doença vascular cerebral no adulto jovem?. A propósito, recorda o Prof. Castro Lopes, a SPAVC comemorou o Dia Mundial do AVC, que se assinalou a 29 de Outubro de 2011, com uma sessão de esclarecimento dirigida a jovens alunos da Escola Secundária Garcia de Orta. O slogan utilizado foi O AVC não é uma doença de velhos. Com uma linguagem assertiva, a Sociedade quis transmitir aos adolescentes que o AVC atinge pessoas de todas as idades. Quantos anos queres viver? Escolhe agora! ou Nunca é cedo de mais para prevenir o AVC : eis algumas das palavras de ordem utilizadas pelo Prof. Castro Lopes, com a ajuda da nutricionista Sandra Alves e doentes vítimas de AVC em idades jovens. AVC: um fardo global O peso do AVC a nível global será o tema da conferência proferida pelo Prof. Charles D. A. Wolfe, que será comentada pelo Prof. José Ferro, Presidente da Comissão Científica deste 6º Congresso. Conforme sublinha o Presidente da SPAVC, o acidente vascular cerebral continua a ser a primeira causa de morte e de incapacidade em Portugal. A cada dois minutos acontece um AVC. Uma em cada seis pessoas terá um AVC ao longo da vida. Cerca de 30% das pessoas que têm um AVC morrem ao fim de um ano e metade dos sobreviventes ficam com algum tipo de deficiência. Há, porém, dados que apontam para uma diminuição da incidência do acidente vascular no nosso país. O Prof. Castro Lopes chama a atenção para uma sessão onde o Prof. Manuel Correia, neurologista do Centro Hospitalar do Porto, irá apresentar os resultados provisórios de um estudo que demonstra claramente uma tendência para a redução da incidência do AVC na última década. A comparação é feita com o primeiro estudo epidemiológico realizado em Portugal. Para o Presidente da SPAVC, esta redução poderá ter várias explicações, a primeira das quais a atenção que esta patologia tem merecido por parte dos profissionais de saúde, bem como o aparecimento de novas terapêuticas de combate aos factores de risco vascular e, o que é muito importante, o conhecimento por parte da população geral do que é um AVC, de quais os seus sinais quando se instala e da progressiva, embora lenta, mudança do estilo de vida, em que o conhecimento dos factores de risco tem um papel fundamental. Em todos estes factos, a dinâmica da SPAVC tem, certamente, grande influência. Doença Vascular e demência: uma relação cada vez mais evidente A relação entre a doença vascular e a cognição, designadamente a doença de Alzheimer, é outro dos temas em destaque no primeiro dia do Congresso. A este respeito, o Prof. Castro Lopes recorda que há muito vem defendendo uma relação entre a doença vascular e a demência, preconizando que a prevenção dos factores de risco vascular conhecidos, como a hipertensão arterial, o tabagismo, a diabetes, o colesterol e o sedentarismo, poderão ter um papel na prevenção de doenças tão incapacitantes como é a doença de Alzheimer. Lembra, a este propósito, que o Prof. Vladimir Hachinski, professor de Neurologia na Universidade Western Ontario, no Canadá, e editor da revista médica Stroke, venceu o Grande Prémio Bial de Medicina 2010, entregue no ano passado, pelo seu trabalho em que defende esta teoria. Após uma sessão conjunta com a Sociedade Portuguesa de Hematologia, na qual o foco incide sobre os aspectos actuais do tromboembolismo arterial, realizar-se-á a Sessão de Abertura, com uma intervenção do Prof. Levi Guerra subordinada ao tema A Consciência de Si e a Arte. Critérios ESO para Unidades de AVC No segundo dia de trabalhos, o destaque vai para a conferência do Prof. José Ferro sobre Critérios ESO para Unidades de AVC, cujo comentário estará a cargo do Prof. Manuel Correia. Será logo a seguir à sessão do interno de Medicina Geral e Familiar, em que serão apresentados casos clínicos. Neurorradiologia e fase aguda do AVC, fibrilhação auricular, complicações cardíacas do AVC e estatinas são outros dos temas que preenchem o segundo dia. No dia 4 de Fevereiro, o destaque vai para uma conferência da Profa. Patrícia Canhão intitulada AIT estratificar o risco, melhorar o prognóstico. Segue-se, no programa, uma sessão sobre Reabilitação no AVC: experiências actuais e perspectivas futuras, com a participação de um especialista da The Mayo Clinic, entre outros. Também em evidência estará a conferência Unidades de AVC uma visão actual da realidade portuguesa, a ser proferida pelo Dr. Vitor Tedim Cruz, com o comentário do Dr. Miguel Rodrigues. A propósito, recorde-se que a Sociedade Portuguesa do AVC lançou, na 2ª Reunião das Unidades de AVC, que se realizou em Novembro de 2011, em Fátima, a primeira edição do Guia das Unidades de AVC, onde está concentrada toda a informação considerada mais relevante sobre as várias unidades espalhadas pelo país. O facto de integrarem o programa científico duas sessões dedicadas às Unidades de AVC deve ser salientado pela importância que estas desempenham na abordagem da fase aguda do AVC, observa o Presidente da Sociedade. Com efeito, a evidência científica demonstrou a vantagem do tratamento em Unidades de AVC em comparação com o tratamento em enfermaria indiferenciada, nos aspectos da diminuição da mortalidade e da recuperação, que, além de poder ser completa, contribui para uma franca diminuição dos défices. Tal facto merece particular atenção para que eventuais medidas restritivas de ordem económica não possam, de modo algum, pôr em causa o seu funcionamento e desenvolvimento, continua. O Prof. Castro Lopes chama ainda a atenção para a distribuição de prémios à melhor Comunicação Oral e ao Melhor Poster e para a realização de três Cursos para profissionais de saúde. Esclarecer a população Como nos Congressos anteriores, este terminará na tarde de Sábado, igualmente no Centro de Congressos onde decorreram os trabalhos, com uma peça da maior importância: a sessão de informação à população geral. Para tal, a colaboração dos órgãos de informação é muito importante, no sentido de alertar a população para o interesse da sua participação, realça. Para além do próprio Prof. Castro Lopes, que abordará os aspectos essenciais do AVC, em termos que prendam a atenção dos presentes e que se tornem compreensíveis, intervirá a Dra. Sandra Alves, nutricionista, que exemplificará, em termos da melhor compreensão, o que é uma alimentação saudável, e serão apresentados testemunhos de vítimas de AVC. A finalizar, o Prof. Castro Lopes está muito optimista com os diversos objectivos que visa um Congresso desta natureza e ciente da sua responsabilidade na escolha dos Elementos essenciais, como os Presidentes da Comissão Científica e da Comissão Organizadora.

3 1 FEVEREIRO 2012 DESTAQUE 5 Prof. Manuel Correia apresenta Estudo ACIN 2 Incidência do AVC está a baixar O estudo ACIN 2, liderado pelo Prof. Manuel Correia, aponta para uma diminuição da incidência do AVC na última década. Os resultados preliminares deste estudo serão apresentados durante esta edição do Congresso Português do AVC A incidência do AVC regista uma diminuição na última década, como apontam os resultados preliminares do estudo ACIN 2, realizado por investigadores do Centro Hospitalar do Porto (CHP) e do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS), financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT). O objectivo do ACIN 2 era determinar a incidência dos acidentes neurológicos, designadamente do acidente vascular cerebral, do acidente isquémico transitório e de todos os sintomas neurológicos focais transitórios, em comparação com a incidência encontrada no primeiro estudo epidemiológico, realizado em , além de confirmar dados desse primeiro estudo, nomeadamente a relação entre a incidência de AVC e factores meteorológicos. De acordo com o Prof. Manuel Correia, neurologista do CHP e líder do estudo, a incidência do AVC situa-se nos 1,81 por mil habitantes, contra os 2,79 por mil habitantes registados no primeiro estudo. A taxa padronizada aponta igualmente para uma descida, de 1,81 para 1,12 por mil. O especialista frisa, porém, que estes são dados preliminares e que os resultados finais poderão apontar para uma incidência mais elevada. A explicação para esta diminuição pode estar nas melhorias registadas no Serviço Nacional de Saúde nos últimos anos, designadamente com a introdução de unidades especializadas no tratamento do doente com AVC e o enfoque na prevenção. A medicina evoluiu. Apesar de tudo, o SNS vai melhorando. Há a Via Verde do AVC, há Unidades de AVC, previne-se e controla-se muito mais a hipertensão arterial e o colesterol e as pessoas fazem mais exercício físico, afirma o responsável ao NOTÍCIAS MÉ- DICAS. Por outro lado, também encontrámos uma diferença no padrão da incidência a nível de grupos etários, relativamente ao primeiro estudo. É como se a ocorrência de AVC fosse atrasada 10 anos. Há agora mais doentes mais idosos a terem acidente vascular cerebral e menos doentes menos idosos a sofrerem acidente vascular cerebral. Mais uma vez, esta divergência decorrerá do controlo dos factores de risco. Se controlarmos a hipertensão, o colesterol, a diabetes e se incentivarmos as pessoas a fazerem exercício físico, vamos atrasar o aparecimento da doença em alguns e evitar em muitos outros, salienta. O ACIN 2 aponta também para um padrão similar na descida da incidência de AVC nas populações rurais e urbanas, mas mais marcadamente nas populações rurais com idades compreendidas entre os 75 e os 84 anos. A letalidade aos 28 dias também desceu de 16,1% para 10,6%, na globalidade. Registase uma descida significativa de 16,9% para 8,7% na área urbana, mas assiste-se a um aumento de 14,6% para 16,8% na área rural. Os dados definitivos deste segundo estudo de incidência poderão ser apresentados já na European Stroke Conference, agendada para Maio deste ano, em Lisboa. Doentes com sintomas mistos ou com vertigens inespecíficas correm mais riscos O primeiro estudo epidemiológico (de incidência), inédito em Portugal, havia sido feito em , no Porto e em Trásos-Montes, tendo incidido sobre acidentes neurológicos, que incluíam acidentes ocorridos de forma aguda ou súbita em resultado de uma perturbação numa zona de funcionamento do cérebro (AVC, AIT ou outro fenómeno com perturbações neurológicas transitórias). Os resultados principais desse estudo, financiado pela Fundação Merck e patrocinado pela Administração Regional de Saúde do Norte, foram publicados na revista Stroke. Mas a investigação não ficou por aí. Os dados continuaram a ser analisados. Quisemos perceber o que tinha acontecido a estes doentes sete anos depois. Este estudo (de seguimento dos doentes) foi realizado com o financiamento da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT). Alguns desses dados ainda estão a ser analisados, nota, mas já deu origem a várias teses de mestrado e ao primeiro Prémio de Epidemiologia Clínica da Fundação Merck Sharp & Dohme e do Ministério da Saúde. Como explica, nos doentes com sintomas transitórios, nós conseguimos, ao longo de sete anos, determinar grupos diferentes consoante o risco. Medimos o risco de morte, o risco de morte vascular (enfarte do miocárdio, outra doença cardíaca isquémica, outra arteriopatia, morte súbita e AVC), o risco de enfarte do miocárdio e o risco de AVC e verificámos que os doentes com sintomas mistos, isto é, simultaneamente sintomas focais e sintomas globais, têm um prognóstico aos sete anos muito semelhante ao dos doentes que têm um AIT do território da artéria carótida. continua na pág. 6 Suplemento Trimestral Para o ajudar a escolher. O essencial dos Congressos, Cursos e Reuniões, mas também os eventos culturais em que o Médico é protagonista

4 6 DESTAQUE 1 FEVEREIRO 2012 Prof. Manuel Correia Resultados do IST-3 podem mudar a forma de olhar a Trombólise resultados do IST-3 podem mudar a nossa prática. Os médicos podem Os passar a olhar para a trombólise de uma forma diferente, afirma o Prof. Manuel Correia, que participa neste estudo, cujos resultados finais deverão ser divulgados ainda este ano. O IST-3 é um ensaio em que se tenta perceber o benefício da trombólise em doentes que não preenchem os critérios aprovados na Europa para a realização deste tratamento, considerado como uma revolução no tratamento do enfarte cerebral. Este ensaio clínico tem como investigadores principais Peter Sandercock e Richard Lindley; trata-se de um estudo académico cujo centro coordenador mundial se encontra na Universidade de Edimburgo, tendo-se prolongado durante dez anos. Nele participam vários centros portugueses. Dos doentes incluídos, 82 são portugueses. Maioria dos doentes com enfarte cerebral não preenche os critérios para trombólise Dos 3035 doentes incluídos no IST-3 entre 2000 e 2011 (datas do início e do fim do recrutamento), apenas 2% deles preenchiam os critérios europeus da aprovação da trombólise em À data da entrada no ensaio, doentes tinham mais de 80 anos. A maioria dos doentes com enfarte cerebral está fora destes critérios específicos: têm mais de 80 anos, o enfarte cerebral é muito grande ou muito pequeno e/ou chegam ao hospital depois das três horas, sublinha. De acordo com o Prof. Manuel Correia, os mais velhos chegam mais tarde ao hospital. Como nós sabemos que o benefício da trombólise vai diminuindo à medida que o intervalo entre o início dos sintomas e o início do tratamento vai aumentando, pode acontecer que o facto de a trombólise parecer ter menos benefícios nos doentes com mais de 80 anos seja, Embora os resultados finais do IST-3 só devam ser conhecidos em Maio de 2012, o Prof. Manuel Correia irá salientar, no 6º Congresso Português do AVC, que se trata de uma nova maneira de se apresentarem os ensaios clínicos Prof. Manuel Correia, investigador e neurologista do Centro Hospitalar do Porto pelo menos em parte, porque eles chegam mais tarde. Por outras palavras, o benefício da trombólise diminui com o tempo e os riscos aumentam, havendo uma altura em que o risco é superior ao benefício. O IST-3 quer saber exactamente quando é que se deve parar. A decisão, actualmente, não é simples. Mesmo em casos em que a trombólise é feita, por exemplo, em doentes com mais de 80 anos, com consentimento, os bons resultados podem não ser generalizáveis. Por outro lado, um mau resultado pode condicionar a prática, se a atitude não estiver normalizada e devidamente balizada do ponto de vista científico. Isto explicará os números adiantados pelo Prof. Manuel Correia. Em Portugal, 10% de trombólise aos doentes com enfarte cerebral que chegam à Urgência é considerada uma boa taxa. Na Finlândia, ela elevar-se-á a 40% dos doentes. IST-3: uma nova maneira de fazer ensaios clínicos Embora os resultados finais do IST-3 só devam ser conhecidos em Maio de 2012, o Prof. Manuel Correia irá salientar, no 6º Congresso Português do AVC, que se trata de uma nova maneira de se apresentarem os ensaios clínicos. Este novo modelo inclui a publicação do protocolo e das mudanças do protocolo, para que os peritos possam revê-los, e a realização de uma análise global básica sobre os próprios doentes, antes da descodificação e da apresentação dos dados. Muitos são publicados na revista Trial, com livre acesso. Isto implica olhar para os doentes que temos antes de sabermos os resultados para não sermos influenciados ou adaptarmos os métodos de análise estatística aos resultados que conhecemos ou aos resultados que queremos; o plano da análise estatística deve ser publicado previamente à data de descodificação dos tratamentos. AVC parece estar associado às diferenças de temperatura Parece existir uma associação positiva entre a diferença de temperatura entre dias para alguns tipos de acidente vascular cerebral. Os investigadores do ACIN 2, liderados pelo Prof. Manuel Correia, analisaram dados meteorológicos como a temperatura média, máxima, mínima, pluviosidade e pressão atmosférica e cruzaram com a data e local onde ocorreu o AVC, procurando perceber se havia uma relação entre a meteorologia e a incidência (ocorrência) do AVC. Não quer dizer que as alterações meteorológicas sejam a causa do AVC, mas podem ser um gatilho, diz o investigador e especialista do Centro Hospitalar do Porto. De facto, para um tipo de enfartes cerebrais, existe uma relação, não com a temperatura máxima e mínima, mas com a amplitude térmica. O que parece determinar o desencadear do AVC não é ser um dia muito quente ou muito frio, mas a diferença entre as temperaturas médias nos dias prévios. Como sublinhou, quando há diferenças de temperatura, o nosso corpo procura adaptar-se a essas diferenças, por exemplo, ao nível da tensão arterial e da viscosidade sanguínea, etc. Essa adaptação não é imediata. Os investigadores vão, agora, procurar confirmar e validar estes dados. Incidência do AVC está a baixar continuação da pág. 5 Isto significa que os doentes idosos com sintomas mistos têm um risco de morte, de morte vascular ou de AVC aos sete anos idêntico ao dos doentes com acidentes isquémicos transitórios, apesar de, no primeiro mês, os doentes com AIT carotídeos terem um risco maior. Esta informação leva a ter uma atitude perante estes doentes igual à que temos perante um doente com AIT. De referir que os sintomas podem ser focais (os que derivam da perturbação do funcionamento de uma zona do cérebro, por exemplo, não conseguir falar, menos força num braço ou perturbações da visão) e podem não ser focais (por exemplo, uma tontura ou perda de consciência em que não se consegue localizar a zona do cérebro). Outro dado deste estudo tem a ver com a caracterização da vertigem, que levanta muitas dúvidas aos médicos porque, sendo transitória, depende muito da descrição do doente. Quando não é claramente uma vertigem periférica (provocada por uma alteração no ouvido) ou uma vertigem de causa central (perturbação do cérebro), denominamos, neste estudo, vertigem inespecífica, indica. Ora, os doentes com vertigens inespecíficas têm o mesmo prognóstico aos sete anos que os doentes que têm acidentes isquémicos transitórios no território vertebrobasilar. Ou seja, e concluindo, doentes idosos com factores de risco vascular que tenham estas vertigens que não conseguimos caracterizar claramente têm um grande risco vascular aos sete anos. Cláudia Azevedo

5 NOTÍCIAS MÉDICAS conta consigo 8 DESTAQUE 1 FEVEREIRO 2012 Prof. José Ferro, presidente da Comissão Científica Faltam Centros de Reabilitação Desde 1971 ao serviço do Médico e da Medicina Faça assinatura de apoio e receba o Jornal da Medicina Portuguesa todas as semanas em casa, no consultório, no Hospital ou no Centro de Saúde. Só 45 /Ano. A reflexão A discussão de ideias A Formação Médica Contínua A informação A cultura médica Uma tribuna aberta à sua opinião ASSINATURA DE APOIO Sim, desejo fazer uma assinatura de apoio ao jornal NOTÍCIAS MÉDICAS no valor de 45 /Ano TÍTULO Dr. Prof. ESPECIALIDADE CÉDULA PROFISSIONAL NOME Contribuinte nº: ENDEREÇO: PROFISSIONAL PESSOAL CÓDIGO POSTAL LOCALIDADE... Telef. PAGAMENTO DE ASSINATURA DE APOIO NIB: Cheque à ordem de CITÉCNICA: Banco cheque nº. Vale Postal à ordem de CITÉCNICA. Enviar com pagamento para: CITÉCNICA/ASSINATURAS Rua Tristão Vaz, 15-2.ºDtº Lisboa Telefs citecnica@mail.telepac.pt Ao NOTÍCIAS MÉDICAS, o presidente da Comissão Científica do congresso, Prof. José Ferro prestou esclarecimentos sobre o encontro e descreveu a situação de Portugal em termos de AVC Qual é a situação do AVC no nosso país, em termos de incidência / prevalência e esquema assistencial? Posso dizer que a situação é boa, em resultado de uma evolução conjunta bastante favorável. Tem - se registado uma diminuição da incidência, embora relacionada ao longo do tempo com um factor que é o envelhecimento da população, o qual determina o ataque do AVC em idades cada vez mais avançadas. É portanto essa a situação que hoje em dia se verifica. Por outro lado tem se concretizado realizações muito benéficas, tais como o estabelecimento das Unidades do AVC e a Via Verde do AVC, que acorrem especialmente às situações agudas. Claro que faltam ainda os Centros de Reabilitação Pós AVC. No entanto, volto a dizer, o panorama em geral é favorável. E a população já se encontra devidamente esclarecida, em termos de sinais de alarme do AVC, importância de uma assistência com a máxima rapidez e entidades a que deve pedir auxílio? Penso que a situação é melhor, dado terem sido feitas duas campanhas de esclarecimento, das quais resultou o maior conhecimento dos factores de alerta do AVC, bem como dos factores de risco, embora estes não sejam específicos deste, mas também comuns a outras patologias, no intuito de uma prevenção global e igualmente quanto à chamada imediata do 112. Também as pessoas são mais cuidadosas em termos de controlo da Pressão Arterial e do seu peso, através de um regime alimentar saudável. Mas no caso concreto da Pressão Arterial, não se verifica ainda um elevado número de pessoas que não se submetem à medição, bem como não me- dicadas ou mal medicadas? Essa situação reflecte um problema que existe a nível dos Cuidados Primários de Saúde. É preciso ver que uma grande parte dos portugueses não tem Médico de Família. E sem essa lacuna ser preenchida, é muito difícil um controlo da Pressão Arterial na generalidade da população. Na qualidade de presidente da Comissão Científica, pode esclarecer -nos quanto à orientação e aos objectivos deste encontro? Na sequência dos anteriores, este Congresso tem como objectivo proporcionar uma actualização sobre os diversos temas da problemática do AVC nas várias especialidades com ele mais relacionadas, a exemplo da Neurologia, da Medicina Interna, da Hematologia e da Fisiatria. É dada oportunidade para apresentação de alguns trabalhos, em especial dedicada aos médicos mais jovens e são ministrados cursos anexos sobre AVC na Criança, pouco frequente e semelhante ao do adulto jovem, Ensaios Clínicos sobre a prevenção e a fase aguda e Decisões difíceis e tratamento de complicações da fase aguda do AVC. Haverá como sempre uma parte de Informação e Comunicação à População, no intuito de propiciar elementos sobre os aspectos fundamentais do AVC e, como há pouco referi, quanto à importância de uma alimentação saudável. Acha de interesse dar relevo a alguns temas da reunião? Posso salientar, por exemplo, as novas estratégias na anticoagulação oral, como grande inovação terapêutica. Estou particularmente satisfeito com a participação de vários convidados estrangeiros que vão apresentar as inovações em termos de guidelines, como é o caso do Prof. Charles Wolfe, professor de Epidemiologia e Saúde Pública em Londres, que nos falará da importância do AVC, tanto nos países desenvolvidos como nos países em desenvolvimento, dado que nestes ocorre o maior número de casos de Acidentes Vasculares Cerebrais. Pela leitura do programa, verificamos que fazem parte do congresso simpósios patrocinados pela Indústria Farmacêutica. Como encara a acção deste sector nos progressos de combate ao ACV, tanto na prevenção como na terapia? A actividade da Indústria Farmacêutica é essencial para que haja inovação e progresso na Medicina. No entanto, é desejável que haja uma colaboração bastante transparente entre ambas, visto que actualmente a inovação com qualidade tem de ser apoiada pela investigação básica, no contexto de uma cooperação entre a Indústria e a Medicina. Também é essencial que nos congressos deve ficar muito claro aquilo que é o programa da reunião em si, da responsabilidade da respectiva comissão científica e os simpósios satélites, cuja organização é da competência da Indústria Farmacêutica. E devo reconhecer que no nosso congresso os simpósios satélites são de excelente qualidade. L.S.

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