A Anis Instituto de Bioética, Direitos Humanos e Gênero vem, por meio de sua
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- Marisa Canela Olivares
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1 A Anis Instituto de Bioética, Direitos Humanos e Gênero vem, por meio de sua representante, apresentar tese acerca da PEC 171/1993, e propostas apensas, que visa alterar a redação do Artigo 228 da Constituição Federal a fim de estabelecer a imputabilidade penal do maior de dezesseis anos, posicionando-se pela inadmissibilidade da proposta. TESE A nossa tese é que uma modificação no Artigo 228 exigiria uma alteração substancial e indevida no regime de proteções fundamentais e sociais constitucionalmente garantidas à infância e à adolescência, em particular nos Artigos 203 e 227 da Constituição Federal. Essa tese fundamenta-se em dois argumentos: a) por sua força argumentativa de que a proteção social antecede a punição para as crianças e adolescentes na ordem constitucional brasileira; b) por sua evidência sociológica da impossibilidade de garantir os preceitos do Artigo 227, estipulados como de absoluta prioridade para a infância, adolescência e juventude, e do Artigo 227 de proteção especial à infância e adolescência, caso ocorra alteração do Artigo 228, com vistas a reduzir a maioridade penal. Neste documento, organizamos os passos de apresentação da tese da seguinte maneira: Argumento Primeiro Absoluta Prioridade da Infância e Adolescência, seção em que desenvolveremos os seguintes argumentos subsidiários: a) O Artigo 227 é uma
2 especificação da cláusula pétrea dos direitos e garantias individuais; b) A Constituição Federal determina absoluta prioridade e proteção especial às crianças e adolescentes; c) Crianças e adolescentes são pessoas em desenvolvimento (art. 227, 3º, V), segundo a ordem constitucional, são pessoas a quem medidas privativas de liberdade exigem estrita consideração das formas de proteção social. Argumento Segundo Direito à Proteção Especial, seção em que desenvolveremos os seguintes argumentos subsidiários: a) Proteção especial é garantida pelos direitos sociais, em particular, pela efetivação do Artigo 6 o da Constituição Federal, com especial ênfase ao direito à educação, à moradia, ao lazer, à segurança; b) Inimputabilidade é uma forma de proteção especial no campo das políticas criminais, que devem ser entendidas como expressões de políticas sociais para a infância e adolescência. Por fim, em reconhecimento à evidência da transição familiar da população brasileira, registramos o Adolescência Alongada seção em que demonstraremos que, ao contrário de reduzir o tempo da adolescência como corte etário para direitos absolutos e formas de proteção especial, a alteração nos padrões de família e valorização da educação combinada à rejeição ao trabalho infantil deve nos conduzir a uma ampliação dos regimes de proteção e garantias da adolescência. ARGUMENTO PRIMEIRO ABSOLUTA PRIORIDADE DA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA O Artigo 227 da Constituição Federal deve ser lido como uma especificação da cláusula pétrea dos direitos e das garantias individuais de crianças e adolescentes, ou seja, é uma singularização do que foi específico do humano na cláusula pétrea: específico é ao 2
3 mesmo tempo aquilo que é típico a um indivíduo ou conjunto de indivíduos, porém é também compartilhado pela espécie. Art É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão (sem grifos no original) Absoluta prioridade é a palavra de ordem para o que venha a ser determinado como políticas sociais ou criminais para a infância e a adolescência, tema da atual proposta de emenda à constituição. Na lista das prioridades do Artigo 227 estão presentes direitos fundamentais, tais como dignidade, educação e saúde. Há, no entanto, outros domínios da existência considerados como prioritários, os quais seriam afetados por alterações no regime de punição, como por exemplo o aqui determinado como direito à convivência familiar e comunitária, além da garantia que as crianças, os adolescentes e os jovens devem estar a salvo de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. Não há como garantir convivência familiar e comunitária no modelo punitivo da prisão. A proposta de redução da maioridade penal tem como objetivo a imposição do regime prisional como válido para os adolescentes acima de 16 anos (PEC 37/95, 91/95, 426/96, 301/96, 531/97, 68/99, 133/99, 150/99, l67/99, 633/99, 377/01, 582/02, 179/03, 272/04, 48/07, 223/12 e 279/13). A prisão é o espaço de apartação do espaço social família e comunidade não ultrapassam os muros da prisão. Ou se altera o modelo punitivo dos adultos a prisão não será mais o espaço de cumprimento de pena, 3
4 garantindo a todos os presos o direito à convivência familiar e comunitária ou não há como se garantir o exercício e a promoção da absoluta prioridade aos adolescentes em regime prisional. A tese da incompatibilidade da prisão frente à absoluta prioridade da convivência familiar e comunitária é autoevidente, não depende de uma sociologia das instituições prisionais no Brasil. A prisão impõe um regime de apartação, ao separar o indivíduo da vida comunitária e familiar, por isso não há como se garantir a convivência. Esse, inclusive, é tema já extensamente discutido sobre a realidade das mulheres presas e suas famílias, também conhecido como o paradoxo do encarceramento feminino. 1 Mas não é preciso, neste documento, enfrentar o estatuto da prisão no sistema punitivo brasileiro para refutar a hipótese de que a redução da maioridade penal seria uma medida injusta e desprotetora para os adolescentes em conflito com a lei penal. É a parte final do Artigo 227, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão que exige uma leitura à luz da realidade institucional dos presídios no Brasil. O país ocupa o vergonhoso 4 o lugar em contingente carcerário no mundo os presídios são espaços de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. Há documentos, teses e evidências abundantes sobre a realidade de violação de direitos dos presídios. 2 Ou seja, não há como garantir a absoluta prioridade prevista no Artigo 227 e reduzir a maioridade penal, instituindo um novo regime punitivo e mais severo para adolescentes. 1 Kruttschnitt, C. The paradox of women s imprisonment. Daedalus, v. 139, n. 3, p , 2010; Diniz, D. e Paiva, J. Mulheres e prisão no Distrito Federal: itinerário carcerário e precariedade da vida. Revista Brasileira de Ciências Criminais, v. 111, p , Diniz, D.; Paiva, J. Mulheres e prisão no Distrito Federal: itinerário carcerário e precariedade da vida. Revista Brasileira de Ciências Criminais, v. 111, p ,
5 Segundo dados do Ministério da Justiça, entre 1992 e 2013 a taxa de encarceramento (número de presos por cada grupo de 100 mil habitantes) do país cresceu aproximadamente 317,9%. Em junho de 2013, o Brasil tinha um total de pessoas presas. Entre elas, 43,8% eram presos cumprindo prisões provisórias: não se sabe se a pessoa deveria mesmo estar na prisão ou se poderia ser absolvida ou condenada a pena alternativa, uma vez que não houve trânsito em julgado de sentença condenatória. O déficit de vagas de todo o sistema chega a 256 mil ou seja, existe quase o dobro de pessoas presas em comparação com o número de vagas do sistema carcerário. A superlotação é fonte de agravamento dos problemas apresentados pelo sistema, pois impede que a pena seja cumprida conforme padrões mínimos de salubridade, dignidade e segurança: favorece a ocorrência de doenças, motins, rebeliões e mortes. Isso pode ser exemplificado por dados de acesso à saúde, educação e trabalho dessa população: ainda segundo o Ministério da Justiça, em junho de 2013 havia apenas um clínico geral para cada 1,4 mil presos e apenas 21 ginecologistas para as 36 mil mulheres encarceradas. Atividades educacionais só estão disponíveis para 10,2% da população encarcerada, e apenas 20,8% dos detentos têm acesso à realização de algum tipo de trabalho interno ou externo (MJ, 2013) A inserção dos adolescentes nesse sistema implicaria violação patente a seus direitos expressamente previstos no art. 227 da Constituição, no ECA e na recente lei que instituiu o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Lei /12). Como reconhecer a condição peculiar de pessoas em desenvolvimento aos adolescentes e ao mesmo tempo sustentar a restrição de liberdade em regime de reclusão como medida de justa retribuição ao descumprimento da lei penal? Peculiar não é adjetivo ao artigo constitucional, mas definidor da condição existencial do que 5
6 descrevemos por um recorte etário, portanto, de vivência transitória do humano como adolescente. Adolescente é também definido em termos claros pela Constituição Federal e por todos os documentos internacionais com força normativo-constitucional dos quais o Brasil é siganatário pessoa em desenvolvimento. É preciso esquadrinhar o texto constitucional para dar conteúdo às proteções e garantias do desenvolvimento de um adolescente. Nesse ponto, os direitos sociais fazem parte de um conjunto de direitos fundamentais imprescindíveis para o desenvolvimento da criança e do adolescente para a vida adulta. A pergunta é como um regime prisional, com restrição de liberdade, e afastamento da convivência familiar e comunitária poderia garantir o desenvolvimento do adolescente para que se transforme em um cidadão participativo? A resposta prescinde de retóricas extensas, pois é sabido que a prisão não é uma instituição reabilitadora ou formadora de cidadãos, mas de castigo e punição. Não importa qual posição se tenha sobre o sentido da prisão neste momento de debate legislativo, pois mesmo para aqueles que acreditam no cárcere como medida sancionatória mais adequada para a violação à lei penal, a falência do sistema é reconhecida. Além disso, não se pode esquecer que o Artigo 227, 3º, V, especifica que o direito à proteção especial pressupõe obediência à condição peculiar de pessoa em desenvolvimento, quando da aplicação de qualquer medida privativa da liberdade. Ou seja, a medida socioeducativa de internação é, hoje, uma medida privativa de liberdade, mas que reconhece o regime constitucional de pessoa em desenvolvimento ao adolescente e os deveres de proteção especial e absoluta prioridade na garantia de direitos individuais e sociais. 6
7 É assim que uma leitura isolada do Artigo 228, em que se determina como inimputáveis os menores de 18 anos, para sustentar a alteração no recorte etário da maioridade penal se mostra desarrazoada no marco constitucional. A Constituição Federal, ao especificar quais garantias e direitos individuais seriam devidos à criança e ao adolescente, primeiro enumerou os direitos fundamentais, em sua expressão de direitos individuais e direitos sociais, para, por fim, registrar como a política criminal poderia tocá-los. Há, portanto, uma ordem lexical de importância na leitura dos artigos: proteção social é soberana à política criminal, e ambas especificam direitos individuais de crianças e adolescentes. É assim que deve ser entendido o retorno à cláusula pétrea dos direitos e garantias individuais. ARGUMENTO SEGUNDO DIREITO À PROTEÇÃO ESPECIAL Absoluta prioridade é descrita como direito a proteção especial no Artigo 227, 3º, da Constituição Federal. Proteção especial é uma especificação do Título II, Capítulo II, Dos Direitos Sociais, em que se garante, no art. 6º, caput, proteção à maternidade e à infância e do art. 24, inciso XV, que, na distribuição das competências legislativas de cada ente federativo, determinou que cabe concorrentemente à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar sobre proteção à infância e à juventude. Há um qualificador das proteções determinadas à infância e à juventude que não pode ser ignorado ao se propor alterações no artigo 228. Em particular, porque o Artigo 227, 7º, determina que No atendimento aos direitos da criança e do adolescente levar-se-á em consideração o disposto no Artigo 204. Os Artigos 203 e 204 especificam a política de 7
8 assistência social no Brasil. Se o Artigo 204 menciona as formas de financiamento e orçamento da política de assistência social, o Artigo 203 esclarece seus objetivos neles, estão inscritos com nitidez a proteção especial à família, à infância, à adolescência e à velhice. Proteção especial é palavra-chave para entender o cruzamento entre as políticas sociais, em particular de assistência social, e as políticas criminais no Brasil. Crianças e adolescentes são indivíduos especiais para a proteção social seja na forma de convivência familiar, direito à saúde ou à educação, ou à inimputabilidade penal. O recorte etário de 18 anos para a imputação de culpabilidade é uma forma de proteção especial pelo reconhecimento de que a criança e o adolescente são pessoas em desenvolvimento (Artigo 227, 3º, V) e merecedores de cuidados específicos à condição de vida e dependência. Ser inimputável é reconhecer a condição de pessoa merecedora de proteção especial pela absoluta prioridade de direitos e proteções específicas. Proteção especial não é privilégio, mas reconhecimento de que as necessidades são, ao mesmo tempo, específicas e singulares aos indivíduos. Necessidades justas como a de dependência e cuidado às crianças e aos adolescentes demandam proteções eficientes e amplas do Estado brasileiro. A inimputabilidade é uma necessidade da pessoa em desenvolvimento, e a forma de proteção desta necessidade é por regimes alternativos de retribuição à violação da lei penal que não sejam pela restrição de liberdade (a Lei de 2012, Artigo 35, diz que: III - Prioridade a práticas ou medidas que sejam restaurativas e, sempre que possível, atendam às necessidades das vítimas ). A liberdade é condição de possibilidade para que ocorra o pleno desenvolvimento da criança e do adolescente em espaço de convivência familiar e comunitária. As políticas sociais 8
9 garantem a plena efetivação dos direitos sociais, estipulados pelo Artigo 6 o da Constituição Federal, São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. Nunca é demais repetir que a tese da proteção social como pressuposto para as políticas criminais para a adolescência não significa impunidade. Há punição aos jovens e adolescentes infratores no Brasil. O Artigo 228 define que são penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos, sujeitos às normas da legislação especial. A inimputabilidade remete a um amplo conjunto legislativo de regulação das medidas socioeducativas, mas que partem do Artigo 103 do Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990, Considera-se ato infracional a conduta descrita como crime ou contravenção penal. Há, portanto, uma natureza sancionatória ao ato infracional no ECA, porém subordinado ao marco de proteção da infância, da adolescência e da juventude, tal como previsto pela Constituição Federal e nos documentos internacionais. O ECA é tido, na atualidade, como referência em Direitos Humanos, na proteção e garantia dos direitos peculiares da pessoa em desenvolvimento. A Lei , de 18 de janeiro de 2012, que instituiu o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (SINASE), recentemente definiu os princípios para a execução das medidas socioeducativas. Dentre elas, o Artigo 35, IX, diz que a execução da medida deve garantir o Fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários no processo socioeducativo, ou seja, reafirma o Artigo 227 da Constituição Federal que reconhece a absoluta prioridade da convivência familiar e comunitária para o desenvolvimento das crianças, adolescentes e jovens. 9
10 As medidas socioeducativas não devem ser ignoradas quanto à gênese punitiva e a identidade constitucional. Não representam a renúncia da autoridade repressora do Estado, mas a sua reconfiguração em um marco constitucional de direitos e garantias individuais para a infância e adolescência. Das seis medidas previstas pelo Artigo 112 do ECA, cinco delas resultam em restrições de direito, e três delas em vigilância ou restrição da liberdade (liberdade assistida, semiliberdade ou internação). A aplicação da medida socioeducativa deve levar em consideração, sua capacidade de cumpri-la, as circunstâncias e a gravidade da infração (Art.112, 1º). Ou seja, a gravidade do ato infracional, tradução de crime ou contravenção penal pelo que se disputa classificar como Direito Penal Juvenil ou como Socioeducação, é já considerado e punido pelo modelo vigente. A inimputabilidade do adolescente não significa impunidade do ato infracional. Atos gravosos, como regra geral, recebem medidas gravosas, sendo a mais dura delas, a prevista pelo Artigo 112, VI, Internação em estabelecimento educacional (Lei nº de 1990). Segundo dados da 8ª edição do Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, publicado em 2014, os crimes hediondos não são a maioria dos fatos praticados por adolescentes: dos jovens cumprindo medidas socioeducativas de internação no Brasil em 2012, apenas 11,1% correspondem a crimes violentos contra à vida (homicídios e latrocínios). 3 A título de exercício argumentativo, vale comparar o destino de um adolescente de 16 anos com ato infracional de homicídio no atual regime socioeducativo a um adolescente com um crime de homicídio, caso se altere o Artigo 228 da Constituição Federal. De inimputável, e provável sentenciado a uma medida 3 Fórum Brasileiro de Segurança Pública. 8º Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. São Paulo, Disponível em: < > Acesso em 23 mar
11 socioeducativa de internação pelo prazo de 6 meses a 3 anos em uma unidade educativa de internação, o adolescente seria enviado a uma prisão para sentença de 6 a 12 anos de restrição de liberdade, supondo que se tratasse de homicídio simples e desconsiderando a possibilidade de benefícios como a progressão de regime que, em abstrato, poderia fazer com que o tempo de pena em regime fechado fosse inferior àquele da internação. O tempo de aprisionamento se estenderia e o regime de acautelamento afrouxaria os deveres do Estado para os adolescentes. A inquietação aqui não é só constitucional, mas também de lógica: como se manter adolescente para as políticas sociais e adulto para as políticas criminais? Nosso argumento é que não deve haver ambiguidade sobre os sentidos da absoluta prioridade e da proteção integral às crianças e aos adolescentes o recorte etário importa para a definição do grupo específico a ser protegido com prioridade e integralidade. É preciso especificar quais motivações movem o debate legislativo sobre alteração do Artigo 228 ampliar o tempo de restrição de liberdade ou destinar a prisão também aos adolescentes? O ECA e a Lei /12 não são lenientes com os atos infracionais cometidos por adolescentes, por isso, é preciso repetir: já há previsão de internação para atos gravosos. Internação pressupõe restrição de direitos e liberdades, afastamento familiar e comunitário do adolescente. No entanto, a internação - respeitando os princípios da excepcionalidade e da brevidade - é em estabelecimento educacional e não em prisão. Aqui não é um mero jogo de palavras, mas um respeito à soberania constitucional da anterioridade das políticas sociais às medidas repressoras do Estado. 11
12 ADOLESCÊNCIA ALONGADA O Brasil passou por uma série de mudanças sociais e demográficas nas últimas décadas. Uma delas é a forma como a sociedade e as famílias tratam os adolescentes. Cada vez mais a educação é vista como algo importante e cada vez mais as famílias se ajustam a essa ideia: o trabalho infantil passou a ser algo inaceitável na sociedade brasileira e o aumento do tempo passado na escola teve como consequência um alongamento da adolescência. Jovens passam, hoje, muito mais anos na escola do que no passado. Isso porque educação passou não só a ser mais valorizada como, também, mais exigida. O mercado de trabalho, hoje, requer qualificação muito superior do que requeria há três décadas. Se um dia ter o ensino básico era algo suficiente para entrar no mercado de trabalho em condições razoáveis, hoje não ter a conclusão do ensino médio representa uma grande restrição ao trabalho. Qualquer medida que bloqueie o pleno acesso à educação dos jovens terá um resultado inescapável de longo prazo: produzirá adultos marginalizados e incapazes de se inserirem em profissões adequadas no mercado de trabalho. É por isso que se diz que houve um alongamento da adolescência. Cada vez mais jovens ficam um tempo maior na casa familiar e isso é uma forma de assegurar as condições para que eles continuem se qualificando profissionalmente. Diz-se "alongamento da adolescência" como forma de indicar um alongamento do período crítico em que os jovens se preparam para a transição para a vida adulta, mas ainda precisam de proteção especial das famílias e do Estado. Uma coisa é certa: qualquer obstáculo à educação dos jovens tem consequências irreversíveis. É extremamente difícil e caro educar e qualificar adultos. Este investimento 12
13 precisa ser feito antes da vida adulta. Não fazê-lo tem implicações para a vida dos indivíduos, pois diminui suas oportunidades de trabalho, e para a sociedade, porque diminui a qualificação geral da força de trabalho. Indivíduos sem boas oportunidades de trabalho são mais suscetíveis a cometerem certos tipos de infração penal. Jovens com boa educação têm algo a perder quando entram no crime; jovens sem educação têm pouco a arriscar. Por isso, é até mesmo possível que medidas que promovam o encarceramento de jovens por longos períodos tenham o resultado completamente inverso ao que pretendem: em vez de reduzir a criminalidade, podem aumentá-la no longo prazo. Por trás da ideia de proteção especial à adolescência está a noção de investimento no futuro. Investir significa trocar resultados de curto prazo por benefícios ainda maiores no longo prazo. Encarceramento de jovens é uma medida que pretende buscar resultados de curto prazo e deixa de lado o investimento de longo prazo. O risco dessa atitude é que ela pode criar as condições necessárias para aumentar a criminalidade no futuro: deixará jovens sem educação e os colocará expostos por muito tempo ao convívio com o já descrito na literatura sociológica como mundo do crime. CONCLUSÃO À guisa de conclusão, os argumentos contrários à admissibilidade e à aprovação da Proposta de Emenda à Constituição 171/1993 e apensos expostos anteriormente podem ser sintetizados por meio das seguintes proposições objetivas: A. A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 garante a adolescentes absoluta prioridade de acesso a direitos fundamentais de caráter individual e 13
14 social, a exemplo da saúde, da educação, da dignidade, da liberdade e da convivência familiar e comunitária, assim como proteção especial, que só pode ser fruída por meio de direitos sociais, os quais têm precedência sobre as escolhas de política criminal. B. O Artigo 227 representa uma especificação dos direitos e garantias individuais, enumerando direitos fundamentais das crianças e adolescentes que colocam a proteção social em posição de soberania em relação à política criminal. C. Entre os direitos protegidos pelo Artigo 227 da CRFB/1988 encontra-se a convivência familiar e comunitária, que resultaria inviabilizada pelo recorte etário previsto na Proposta de Emenda à Constituição. A prisão é espaço de apartação social, cujos muros impossibilitam, em vez de promover com absoluta prioridade, a inserção do adolescente em sua família e em sua comunidade. D. O mesmo dispositivo constitucional impõe como dever do Estado manter crianças e adolescentes a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. Considerando a realidade carcerária brasileira, em que há o dobro de pessoas presas do que a capacidade dos presídios suportaria, a PEC 171/1993 e seus apensos, caracteriza-se como um descumprimento do dever que a Constituição estabeleceu como prioridade para o Estado. E. A proteção especial prevista no art. 227, 3º, da CRFB/ e em todos os documentos internacionais que vinculam o Brasil aos Direitos Humanos, não se caracteriza como um privilégio, mas como um reconhecimento da necessidade de atenção à condição peculiar da criança e do adolescente como pessoas em desenvolvimento, conferindo-lhes prioridade de acesso a direitos sociais. 14
15 F. A inimputabilidade penal é uma necessidade da pessoa em desenvolvimento, e a forma de proteção desta necessidade é por regimes alternativos de sanção, instituídos de modo específico pelo Estatuto da Criança e do Adolescente e pela do SINASE (12.594/2012). G. Proteção social não implica impunidade. Há, de fato, reações de cunho repressivo estabelecidas legalmente. Em contrapartida, a Proposta de Emenda à Constituição produziria como efeito prático apenas a possibilidade de extensão do tempo de restrição da liberdade, retirando os adolescentes de estabelecimento educativo e levando-os para as prisões, assim como o afrouxamento dos deveres do Estado de proteção especial a esse grupo de jovens. H. É incoerente e, portanto, incompatível com o conteúdo normativo do texto constitucional tratar pessoas com mais de 16 anos e menos de 18 anos como adolescentes para as políticas sociais e como adultos para as políticas criminais. I. As mudanças demográficas da sociedade brasileira permitem afirmar o alargamento da adolescência, já que atualmente as pessoas jovens dedicam uma maior porção de suas vidas ao estudo e demoram mais anos para deixar o domicílio familiar. J. Remover os adolescentes precocemente do sistema educacional perpetuaria a condição de marginalização, produzindo adultos com maior dificuldade de inserção no mercado de trabalho e, consequentemente, mais suscetíveis à prática de determinados tipos de infração penal. Logo, ao invés de desestimular a violação à lei penal, a alteração do recorte etário estabelecido pelo art. 228 da 15
16 CRFB/1988, ao abandonar a pretensão social de investir no futuro dos adolescentes, poderá ocasionar o aumento da criminalidade que supostamente visa a combater. Brasília-DF, 24 de março de Debora Diniz Professora da Faculdade de Direito da Universidade de Brasília e Pesquisadora da Anis - Instituto de Bioética, Direitos Humanos e Gênero. Com a colaboração de Bruna Santos Costa (advogada), Gabriela Rondon Rossi Louzada (advogada), Leonardo Almeida Lage (advogado), Luciana Stoimenoff Brito (psicóloga), Luna Borges (advogada), Marcelo Medeiros (economista e sociólogo) e Sinara Gumieri Vieira (advogada), pesquisadores da Anis - Instituto de Bioética, Direitos Humanos e Gênero 16
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RESUMO EXECUTIVO A Anis Instituto de Bioética, Direitos Humanos e Gênero vem, por meio de sua representante, apresentar tese acerca da PEC 171/1993, e propostas apensas, que visa alterar a redação do Artigo
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