Modelação da abundância de Culex pipiens em Portugal
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- Fernando Madureira Palma
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1 Modelação da abundância de Culex pipiens em Portugal Marília Antunes (1, a) Patrícia de Zea Bermudez (1, b) M a da Conceição Proença (2,a) M a Teresa Rebelo (3,a) M a João Alves, Hugo Osório e equipa REVIVE (4,a) (1) CEAUL e DEIO-FCUL, Universidade de Lisboa (2) LOLS e DF-FCUL, Universidade de Lisboa (3) CESAM/FCUL e DBA-FCUL, Universidade de Lisboa (4) Centro de Estudos de Vectores e Doenças Infecciosas / INSA e ARS s Projectos: (a) PTDC/SAU-SAP/119199/2010 CC5693; (b) PEst-OE/MAT/UI0006/2011 e PTDC/MAT/118335/2010 XXI Congresso Anual da SPE, Aveiro, 30 Novembro de /25
2 1 Motivação 2 Objectivo 3 Os dados 4 Análise exploratória 5 Modelação 6 Resultados 7 Comentários e trabalho futuro 2/25
3 Motivação Avaliação do risco Os arbovírus são vírus que podem provocar um síndrome febril, sinais e sintomas neurológicos como encefalites e meningites e, mais raramente, febres hemorrágicas. Entre os arbovírus neurotrópicos está o vírus West Nile (WNV, flavivírus) e o vírus Toscana (TOSV, flebovírus) cuja presença em Portugal tem sido bem documentada nas últimas décadas. dist. West Nile virus (2006) 3/25
4 Motivação Abundância do vector Os arbovírus são transmitidos por artrópodes, de que o Culex pipiens é a espécie mais abundante, sendo durante a refeição de sangue que a fêmea inocula o vírus no hospedeiro. Como vírus transmitidos por artrópodes, os arbovírus têm a sua distribuição relacionada com a distribuição geográfica das espécies vectoras e com as condições e alterações ambientais que influenciam essa distribuição. culex pipiens 4/25
5 Motivação REVIVE - Rede de Vigilância de Vectores Com o objectivo de conhecer as espécies e a sua distribuição, o Instituto Nacional de Saúde (INSA) e as autoridades de saúde regionais e nacionais portuguesas têm a decorrer um programa nacional de vigilância de mosquitos onde, para além dos insectos colhidos vivos, são reunidos dados ecológicos, climáticos e de georeferência para cada um dos locais. Locais de captura e e estações meteorológicas 5/25
6 Motivação REVIVE - Rede de Vigilância de Vectores O conhecimento das coordenadas geográficas dos locais de colheita permite a obtenção, através de um programa de Sistemas de Informação Geográfica (SIG), de um conjunto relevante de variáveis associadas com a presença e abundância de mosquitos como a altitute, o tipo de utilização do solo e a proximidade a massas de água, entre outras. Dados de georreferenciação 6/25
7 Objectivo Modelação da abundância Quantos mosquitos existem? Considerando que a dimensão da captura é reflexo da abundância, apresentamos uma primeira abordagem ao problema que consiste na construção de um modelo em que a dimensão esperada da captura é estimada através de um preditor linear, segundo uma abordagem bayesiana. Quantos mosquitos capturados? 7/25
8 Os dados Os dados A captura A captura de mosquitos é realizada nos meses de Maio a Outubro, com recurso a diversos métodos, predominando a captura através de armadilha usando gelo seco como isco. As armadilhas são instaladas no início da noite e recolhidas na manhã do dia seguinte. Armadilha 8/25
9 Os dados Os dados Dados geográficos O conhecimento das coordenadas geográficas dos locais de colheita permite a obtenção, através de um programa de Sistemas de Informação Geográfica (SIG), de um conjunto relevante de variáveis associadas com a presença e abundância de mosquitos como a altitute, o tipo de utilização do solo e o tipo de massa de água nas proximidades, entre outras. Proximidade a massas de água 9/25
10 Análise exploratória Dimensão da captura Dimensão da captura Dimensão das capturas não vazias frequência frequência nº de mosquitos nº de mosquitos 10/25
11 Análise exploratória Dimensão da captura por latitude dimensão da captura latitude latitude captura=0 captura>0 11/25
12 Análise exploratória Dimensão da captura por longitude dimensão da captura longitude longitude captura=0 captura>0 12/25
13 Análise exploratória Dimensão da captura e temperatura máxima dimensão da captura temperatura máxima temperatura máxima captura=0 captura>0 13/25
14 Análise exploratória Dimensão da captura e humidade relativa máxima dimensão da captura humidade relativa máxima humidade relativa máxima captura=0 captura>0 14/25
15 Análise exploratória Dimensão da captura e proximidade de massa de água dimensão da captura dimensão da captura Albufeira Lagoa Paul Rio Albufeira Lagoa Paul Rio 15/25
16 Análise exploratória Dimensão da captura e mês de captura dimensão da captura dimensão da captura mês de captura mês de captura 16/25
17 Modelação Excesso de zeros Quantos zeros? dim. captura=0 dim. captura>0 Porquê? Só é possível capturar mosquitos se houver mosquitos Se houver poucos mosquitos, é natural que nenhum seja capturado Os zeros observados podem ser Estruturais (falsos zeros) - não há mosquitos Reais (zeros verdadeiros) - há mosquitos mas nenhum foi capturado 17/25
18 Modelação Modelos para contagens Abordagem frequencista i = 1,2,...,n Y i Poisson(µ i ) Abordagem Bayesiana Distribuições a priori: β j dnorm(0.0, ), ou m log(µ i ) = β 0 + β j x ij j=1 j = 0,1,...,m; Y i BinNeg(p i,r) m logit(p i ) = β 0 + β j x ij j=1 r Gamma(10 4,10 4 ) 18/25
19 Modelação Modelos para contagens com excesso de zeros Abordagem frequencista P(Y i = y i ) = { pi P(W i = 0),y i = 0 (1 p i )P(W i = y i ),y i > 0 W i P(µ i ) ou ( ) r W i BN,r r +µ i logit(p i ) = β 0 + log(µ i ) = θ 0 + m β j x ij j=1 m θ j x ij j=1 Abordagem Bayesiana Distribuições a priori: β j dnorm(0.0, ), θ j dnorm(0.0, ), j = 0,1,...,m; r Gamma(10 4,10 4 ) 19/25
20 Resultados Resultados da abordagem frequencista Observado Poisson Binomial Negativa 20/25
21 Resultados Resultados da abordagem bayesiana Observado Poisson Binomial Negativa 21/25
22 Resultados Resultados da abordagem frequencista Observado ZI Poisson ZI Bin. Negativa 22/25
23 Resultados Resultados da abordagem bayesiana Observado ZI Poisson ZI Bin. Negativa 23/25
24 Resultados Estatísticas dos parâmetros a posteriori Poisson Binomial Negativa Parâm. Média Erro MC 2.5% 97.5% Média Erro MC 2.5% val97.5pc α.ast α E β β β β β E β β β β β β β β DIC Os parâmetros dos modelos estimados segundo as duas abordagens não apresentaram diferenças evidentes. DIC(ZIP)=22020> DIC(ZINB) 24/25
25 Comentários e trabalho futuro Comentários Melhor desempenho da abordagem bayesiana: nos modelos com excesso de zeros - proporcionou melhor explicação da ocorrência de mosquitos; na estimação do modelo ZINB - permitiu a inclusão de um maior número de covariáveis (tipo de água); Trabalho futuro análise de sensibilidade variáveis meteorológicas - desfasamento temporal dependência espacial... definição de vizinhança observações da vizinhança desfasadas no tempo 25/25
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