A logística internacional: um estudo sobre os modais, custos logísticos e as operações no comércio internacional
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1 A logística internacional: um estudo sobre os modais, custos logísticos e as operações no comércio internacional Genivaldo da Silva Souza Pós-graduado em Gestão Empresarial pela FACECA Graduado em Comércio Exterior pela FATEC gesouza88@hotmail.com Paulo Sarto Neto Pós-graduado em Direito Público pela UNIDERP Graduado em Administração de Empresas pela FACECA paulosartotp@hotmail.com Reginaldo da Silva Souza Mestrando em Administração pela UNIPEL Pós-graduado em Gestão Empresarial e Graduado em Administração pela FACECA Professor dos cursos de Administração da FACECA e do UNIS/MG reginaldo-vga@hotmail.com RESUMO Este artigo tem por finalidade a identificação das etapas da logística na exportação seguida de importação, demonstrando suas características e os custos logísticos envolvidos. Estudou-se, também, os conceitos de logística, os tipos de modais, suas vantagens e desvantagens. Foi feito uma introdução ao Comércio Exterior, abordando seus conceitos e finalidades, mostrouse também o panorama do Comércio Exterior Brasileiro apontando seus pontos fortes e mensurando seu desenvolvimento nos últimos anos. O referencial teórico pesquisado para elaboração do trabalho foi baseado na logística internacional e seus modais e no comércio exterior. A análise possibilitou observar que a partir de um planejamento logístico realizado com êxito, a organização tende a ganhar competitividade diante de seus concorrentes, tornando-se assim uma organização com representatividade não só no mercado nacional, mas também quando se há o interesse, no âmbito internacional. Palavras Chave: Comércio exterior brasileiro; Importação e Exportação; Logística Internacional; Modais de Transporte. ABSTRACT: This article aims to identify the steps of logistics in export then import, demonstrating its features and logistics costs involved. We also studied the concepts of logistics, modal types, their advantages and disadvantages. It was made an introduction to International Trade, addressing the concepts and purposes, it was also showed the scene of the Brazilian International Trade pointing out their strengths and measuring their development in recent years. The theoretical referential searched to prepare the work was based on international logistics and its modals and international trade. The analysis made it possible to observe that from a successful logistical planning, the organization tends to gain competitiveness against its competitors, thus becoming an organization with representation not only in the domestic market, but also where there is international interest. Keywords: Brazilian foreign trade; Import & Export; International Logistics; Modal Transport.
2 1 INTRODUÇÃO O planejamento logístico nas organizações está relacionado à adoção de medidas contínuas que visam à economia de valores gastos com frete e redução de custos para manutenção de estoques, embalagens, confiabilidade de entrega, entre outros fatores. A logística é uma das ferramentas de gestão moderna que no contexto atual de globalização pode ajudar as empresas a assegurar competitividade perante a abertura de novos mercados e até mesmo na formação de blocos econômicos. As informações transitam com muita rapidez nessa nova dinâmica de mercado, tornando-se assim o ambiente empresarial cada dia mais incerto e inseguro. (SILVA, 2011) Nesse sentido, a identificação de modais mais apropriados ao tipo de carga ou ao tipo de infraestrutura presente na região de origem e de destino são fundamentais para a redução dos valores gastos com fretes, embalagens e outros custos logísticos. Assim, o artigo pretende responder a seguinte questão: qual a importância de se fazer um planejamento logístico nas empresas? O objetivo desse artigo é verificar as definições de logística, as características dos modais de transporte, demonstrando as vantagens e desvantagens na utilização de cada modal e analisar o fluxograma de um processo de exportação e importação, apontando os custos inseridos nessa operação. O desenvolvimento do estudo culminou no entendimento que o planejamento logístico, o conhecimento dos modais disponíveis e dos custos presentes nas operações internacionais pode ser fonte de maior lucratividade, bem como, possibilidade de aumento da competitividade da empresa diante de seus concorrentes nacionais ou internacionais. 2 METODOLOGIA Para Gil (1999, p. 42), a pesquisa tem um caráter pragmático, é um processo formal e sistemático de desenvolvimento do método científico. O objetivo fundamental da pesquisa é descobrir respostas para problemas mediante o emprego de procedimentos científicos. O presente trabalho, do ponto de vista de seus objetivos, baseou-se em uma pesquisa exploratória, e estudo de caso e bibliográfica quanto aos meios utilizados. A pesquisa exploratória é indicada em situações que se visa proporcionar maior familiaridade com o problema com vistas a torná-lo explícito ou a construir hipóteses. Assume, em geral, as formas de pesquisas bibliográficas e estudos de caso (SILVA; MENEZES, 2001). A pesquisa bibliográfica, de acordo com Gil apud Silva e Menezes (2001, p. 21), é elaborada a partir de material já publicado, constituído principalmente de livros, artigos de periódicos e atualmente com material disponibilizado na Internet. A revisão da literatura fundamentou-se nos temas: Comércio Exterior Brasileiro, Conceitos e definições de exportação e importação, Logística empresarial, Tipos de Modais e suas características. Com base nesse contexto, analisou-se os fluxos logísticos e os custos inseridos em cada etapa do processo de exportação e importação e as vantagens e desvantagens de cada modal utilizado no comércio internacional.
3 3 REFERENCIAL TEÓRICO 3.1 Comércio Exterior A exportação pode ser definida como a saída da mercadoria do território aduaneiro, ou seja, o ato de um bem deixar seu país de origem, que pode ocorrer em virtude de um contrato internacional, da falta de recursos naturais em um determinado país e abundância em outro, da tecnologia mais avançada em um local que outro, mão de obra mais barata, entre outros. A importação é o ingresso de mercadoria no território aduaneiro, ou seja, o ato de um bem estrangeiro adentrar em um país. Para a mercadoria ser considerada nacionalizada ela deve passar por um recinto alfandegado para que sejam recolhidos todos os tributos incidentes e em alguns casos que seja efetuada uma conferência física do item. De acordo com Keedi: Exportar é o ato de remeter a outro país mercadorias produzidas em seu próprio ou em terceiros países, que sejam de interesse do país importador, e que proporcionem a ambos os envolvidos, vantagens na sua comercialização ou troca. É, portanto, a saída de mercadorias para o exterior. Importar é o inverso, ou seja, adquirir em outro país ou trocar com este, mercadorias de seu interesse, que sejam úteis à sua população e seu desenvolvimento, isto é, a entrada de bens produzidos no exterior. (2012, p. 19) As operações de importação e exportação são imprescindíveis para o desenvolvimento tecnológico dos países, assim como, para a geração de renda, empregos, movimentação de moeda estrangeira, gestão da balança comercial e troca de bens e serviços em geral Panorama do Comércio Exterior Brasileiro O Brasil vem evoluindo muito em seu comércio exterior, a cada ano se aumenta o volume de carga e descarga de mercadorias em seus portos e aeroportos. Segundo o MDIC - Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (2012), o ano de 2011 bateu recorde, em 2010 foram movimentados US$ 383,7 bilhões, já em 2011 houve um crescimento de 25,7%, fechando o ano com um saldo de US$ 482,3 bilhões. O Brasil se consolida cada vez mais como um país com grande potencial para o comércio exterior. Em 2011, as exportações chegaram ao valor de US$ 256,0 bilhões e as importações de US$ 226,3 bilhões, um crescimento de 26,8% nas exportações e de 24,5% nas importações com relação a Ainda segundo o MDIC (2012) se comparado a 2010, as vendas de produtos básicos cresceram 36,1%, e os semimanufaturados e os manufaturados se ampliaram em, respectivamente, 27,7% e 16,0%. Já nas importações o MDIC (2012) aponta que as compras de matérias-primas e intermediários representaram 45,1% da pauta total, e as de bens de capital, 21,2%, demonstrando que a pauta brasileira de importação é fortemente vinculada a bens direcionados à atividade produtiva. As importações de bens de consumo representaram 17,7%
4 e as de combustíveis e lubrificantes, 16,0%. Sobre 2010, a categoria de combustíveis e lubrificantes foi a que registrou maior crescimento, de 42,8%, seguida de bens de consumo (+27,5%), matérias-primas e intermediários (+21,6%) e bens de capital (+16,8%). 3.2 Conceitos de Logística Não apenas hoje, mas há muito tempo, a logística já está presente no cotidiano, não se sabe exatamente quando ela surgiu, Razzolini Filho afirma que: Não sabemos exatamente quando o homem começou a transportar coisas, uma vez que a arqueologia não consegue determinar com precisão quando foi que o homem criou o primeiro equipamento (ou dispositivo) de transporte. Porém, temos certeza de que foi no momento em que o homem deixou de ser nômade para fixar-se em algum lugar que surgiu a necessidade de buscar coisas em outros lugares e, também, de levar para esses ambientes aquilo que ele poderia trocar com outros indivíduos. Na verdade, à medida que o ser humano foi se tornando agrário, dominando os recursos da natureza, iniciou-se um processo de desenvolvimento que demandou o transporte de bens de um lugar para outro, a fim de que se realizassem processos de trocas. (2009, p. 19) No início era apenas uma necessidade de transportar algo de um lugar para outro, mas essa ferramenta foi se aperfeiçoando com o passar do tempo e hoje ela se tornou uma ferramenta utilizada para reduzir gastos, ganhar competitividade, diminuir estoque e muitas outras finalidades. A logística estuda como a administração pode melhorar os níveis de rentabilidade nos diversos serviços prestados, tais como distribuição aos clientes e aos consumidores através de planejamento, controle e organização das atividades que envolvem a movimentação e armazenagem dos produtos, facilitando assim seu fluxo. (BALLOU, 1993) Já para Bowersox et al (1986, p. 26) a logística pode ser definida como um esforço integrado com o objetivo de ajudar a criar valor para o cliente o menor custo total possível. A estratégia de uma organização depende muito de uma logística bem elaborada, pois a partir do momento em que se gere a aquisição, movimentação e armazenagem de materiais, peças e produtos, a organização consegue maximizar sua lucratividade presente e futura. (CHRISTOPHER, 1997) A definição de logística feita pelo Instituto de Movimentação e Armazenagem de Materiais (IMAM) (2000, p. 1) é de que é o processo que integra, coordena e controla a movimentação de materiais, o inventário de produtos acabados e as informações relacionadas (dos fornecedores), através de uma empresa para satisfazer às necessidades dos clientes. Ainda segundo o IMAM (2000, p. 1), o objetivo principal de qualquer corporação é satisfazer as necessidades dos clientes.
5 3.2.1 Importância da logística A logística é uma das atividades econômicas mais antigas e um dos conceitos gerenciais mais modernos. Resumidamente a logística está ligada diretamente na compra, armazenagem e distribuição de materiais e mercadorias, ou seja, é uma ferramenta que está presente desde o início da produção até seu destino final, sempre procurando diminuir custos. (CAMPOS, 2008) Silva refuta a importância da logística como ferramenta de gestão: A logística é uma das ferramentas de gestão moderna que no contexto atual de globalização pode assegurar a competitividade das corporações frente ao processo de abertura de mercado, que é marcada pela rapidez que transitam as informações tornando o ambiente empresarial cada vez mais incerto e inseguro. A logística como ferramenta managerial busca garantir a competitividade de um novo modelo de gestão que acompanhe o paradigma pós-industrial, em que os fluxos materiais tendem a se movimentar mais rápido. (2011, p. 17) Os fluxos logísticos são fundamentais para a atividade empresarial, o objetivo de um gestor da área de logística é na verdade gerir toda a cadeia para reduzir custo e tempo, otimizar processos e consequentemente ganhar competitividade perante o mercado. (SILVA, 2011) A logística hoje é muito mais que apenas o transporte de mercadorias, pois ela está presente em todas as áreas de uma empresa. Silva fala sobre a importância dela como fator estratégico: A evolução do conceito de logística como conceito estratégico para as organizações é notável diante desse processo de globalização. A utilização de ferramentas logísticas como cross-docking, Milk run, outsourcing, vêm permitindo agilizar os fluxos materiais dentro das Cadeias de Abastecimento Internacionais e comprovando que determinadas técnicas projetam a eficiência de toda Cadeia. (2011, p. 175) Existem várias características que definem uma logística eficaz, Campos aponta as seguintes: Uma logística eficaz coloca o produto certo, no local correto, no tempo exato, no estado adequado e ainda com custo competitivos: valores reais, verdadeiros. É considerada eficaz (como uma arma competitiva) a logística administrada de forma a possuir características como: Maiores expectativas no atendimento dos serviços; Pedido sempre perfeito (100% de conformidade com planos); Conectividade de informações em tempo real com ferramentas como EDI, internet, intranet e extranet; Maior racionalização de Supply Chain por meio de serviços compartilhados, com menos níveis de divisão de trabalho e com a utilização de tecnologias atualizadas.
6 Isso significa fazer chegar aonde não chega hoje, assim como aonde os outros não chegam, com menor custo, mais rápido, com constância e com menos estoque. (2008, p. 145) Hoje em dia não basta apenas saber que a demanda afeta todo o processo produtivo, desde fornecedores até clientes. A adequada administração do abastecimento de forma integrada exige o conhecimento dos impactos causados (presentes e futuros) nas organizações envolvidas, assim como na sociedade em geral. (CAMPOS, 2008) Tipos de Modais e suas características Existem cinco tipos de modais: aeroviário; rodoviário, aquaviário; ferroviário e dutoviário e cada um possui uma característica própria, um custo diferenciado de acordo com a capacidade, agilidade, abrangência, etc., o que permite ao departamento de logística poder traçar suas estratégias para receber a mercadoria no momento certo a um custo adequado. Se comparados levando em consideração a velocidade, o modal mais ágil é o aéreo, tendo e vistas longas distâncias, pois o tempo de carga e descarga nos aeroportos é relativamente longo, por isso em casos de curtas distâncias essa desvantagem pode neutralizálo perante o rodoviário. (RAZZOLINI FILHO, 2009) Comparação entre os modais em função da velocidade: Fig. 1 Comparação entre os modais em função da velocidade Fonte: Elaborada pelos autores, adaptado de Razzolini Filho (2009). Devido a essa vantagem no fator velocidade, o modal aeroviário é indicado para cargas perecíveis, produtos de alto valor agregado ou materiais com urgência de recebimento ao destinatário. No que diz respeito à confiabilidade, ou consistência como parâmetro de comparação, pode-se notar que o dutoviário aparece no topo, ao contrário do que acontece em relação à
7 velocidade. Apresenta-se esse cenário, pois o modal dutoviário funciona vinte e quatro horas por dia, sete dias por semana, independentemente das condições climáticas, já o aeroviário é extremamente dependente dessas condições. (RAZZOLINI FILHO, 2009) Comparação entre os modais em função da confiabilidade Figura 2 Comparação entre os modais em função da confiabilidade. Fonte: Elaborada pelos autores, adaptado de Razzolini Filho (2009). Ao comparar os modais de acordo com suas capacidades levando em consideração um único veículo, o que se apresenta com maior capacidade é o modal aquaviário e o com menor capacidade o dutoviário. O modal ferroviário apresenta-se em segundo lugar, pois é possível montar composições com vários vagões, o que aumenta a capacidade de carga em uma mesma viagem. O aeroviário aparece como o terceiro colocado no quesito capacidade de movimentação, isso se dá porque hoje em dia existem aeronaves com grandes capacidades de carga. (RAZZOLINI FILHO, 2009) O modal rodoviário aparece em penúltimo lugar devido à baixa capacidade de movimentação de cargas em um único caminhão se comparado aos demais modais.
8 Comparação entre os modais em função da capacidade de movimentação Figura 3 Comparação entre os modais em função da capacidade de movimentação. Fonte: Elaborada pelos autores, adaptado de Razzolini Filho (2009). Quando o parâmetro de comparação a ser utilizado é a disponibilidade, o modal que aparece em primeiro lugar é o modal rodoviário, pois essa característica muito importante é calculada de acordo com a frota disponível, no caso do dutoviário, é calculada de acordo com a rede de dutos instalada (número de quilômetros existentes). Comparação entre os modais em função da disponibilidade Figura 4 Comparação entre os modais em função da disponibilidade. Fonte: Elaborada pelos autores, adaptado de Razzolini Filho (2009).
9 4 RESULTADO E DISCUSSÕES A figura abaixo demonstra o passo a passo para a exportação de uma mercadoria, o início é no local de origem, onde o bem foi fabricado ou comercializado, a partir da venda começam-se as operações logísticas com o transporte interno, que pode ser modal, multimodal ou intermodal. Esse translado é efetuado até uma alfândega, onde serão feitas todas as etapas junto ao órgão competente pelo desembaraço da mercadoria para a exportação. Após o trâmite de desembaraço, a mercadoria é encaminhada para um terminal aeroportuário, onde embarcará para o país de destino. Ao chegar ao país, o bem é recepcionado em um terminal aeroportuário e encaminhado para a alfândega do comprador para que seja feita a nacionalização, após essa etapa, se tem o transporte interno que levará a mercadoria até o local de destino. Figura 5 Fluxo logístico de Exportação e Importação. Fonte: Elaborada pelos autores. Toda essa operação logística requer muito conhecimento de cada etapa, pois através de um planejamento logístico bem elaborado, a organização pode alcançar economias tanto no translado quanto na redução de estoques. Entre o local de origem até uma alfândega existe o gasto com um frete interno. Esse transporte pode ser efetuado por diversos modais, onde os mais comuns são o rodoviário, ferroviário e em alguns casos o dutoviário. Já o aeroviário não é muito utilizado para pequenas distâncias devido ao seu alto valor. Na alfândega os gastos são com impostos e prestadores de serviços, como por exemplo, o Despachante Aduaneiro. No momento em que o bem é encaminhado ao terminal aeroportuário são pagas algumas tarifas, tais como armazenagem, capatazia, AFRMM - Adicional ao Frete para a Renovação da Marinha Mercante, entre outros dependendo da localidade e do tipo de frete internacional. O transporte internacional pode ser efetuado por todos os tipos de modais, dependendo do tipo de mercadoria, prazo de entrega, valor agregado entre outros critérios. Os mais utilizados são o aeroviário e principalmente o aquaviário. Ao chegar ao país de destino, a
10 mercadoria começa a fazer a mesma operação logística já citada acima: terminal aeroportuário, alfândega do comprador, frete interno e finalmente local de destino. TIPO DE MODAL AEROVIÁRIO AQUAVIÁRIO FERROVIÁRIO RODOVIÁRIO DUTOVIÁRIO VANTAGENS É o transporte mais rápido; Não necessita de embalagem mais reforçada (manuseio mais cuidadoso). Maior capacidade de carga; Carrega qualquer tipo de carga; Menor custo de transporte. Adequado para longas distâncias e grandes quantidades; Menor custo de seguro; Menor custo de frete. Adequado para curtas e médias distâncias; Serviço porta-a-porta, a mercadoria sofre apenas uma operação de carga (ponto de origem) e outra de descarga (local de destino); Maior frequência e disponibilidade de vias de acesso; Maior agilidade e flexibilidade na manipulação das cargas; Facilidade na substituição de veículos, no caso de acidente ou quebra; Funciona 24 horas por dia; Não sofre variações por decorrência de fatores climáticos; É o modal menos poluente. DESVANTAGENS Menor capacidade de carga; Valor do frete mais elevado em relação aos outros modais. Necessidade de transbordo nos portos; Distância dos centros de produção; Maior exigência de embalagens; Menor flexibilidade nos serviços aliado a frequentes congestionamentos nos portos. Diferença na largura de bitolas; Menor flexibilidade no trajeto; Fretes mais altos em alguns casos; Menor capacidade de carga entre todos os outros modais; Menos competitivo para longas distâncias. No Brasil a rede de dutos ainda é muito pequena; É um dos modais mais lentos. Tabela 1 Comparação dos modais: vantagens e desvantagens. Fonte: Elaborada pelos autores, adaptado de Silva (2011) e Razzolini Filho (2009)
11 5 CONCLUSÃO O estudo da logística, seus conceitos e ferramentas são importantes para o desenvolvimento de uma organização, na busca por maiores lucros e maior competitividade. Dessa forma, esse estudo contribui para o entendimento das etapas de um processo de exportação seguido de importação e seus fluxos logísticos, sejam eles de informação, materiais ou serviços. O conhecimento de todos os modais disponíveis no país de origem e de destino são fundamentais para traçar uma estratégia a ser tomada pela empresa, pois qualquer falha por falta de conhecimento pode ocasionar perdas financeiras muitas vezes irreversíveis. O planejamento logístico para as empresas pode ser fonte de maior lucratividade, pois utilizando das ferramentas disponíveis, podem reduzir significativamente os valores gastos com transporte e estoques, contribuindo para a maximização da lucratividade das organizações. Outra vantagem ao desenvolver o planejamento logístico é o aumento da competitividade da empresa diante de seus concorrentes. A organização pode usufruir dos diversos modais para reduzir os preços de venda e aumentar a sua competitividade seja no mercado interno ou externo. 6 REFERÊNCIAS BRASIL. COMEX BRASIL Portal Brasileiro de Comércio Exterior. EXPORTAÇÃO Disponível em: < _visao_geral/menu/43>. Acesso em: 02 jul BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio. Panorama do Comércio Exterior Brasileiro Janeiro - Junho Disponível em: < Acesso em: 01 jul BRASIL. Secretaria da Receita Federal. Instrução Normativa SRF nº 28, de 27 de abril de Disponível em: < Acesso em: 22 set CAMPOS, Luiz Fernando Rodrigues; BRASIL, Caroline V. de Macedo. Logística: teia de relações. Curitiba: Ibpex, FIESP - FEDERAÇÃO DA INDÚSTRIA DO ESTADO DE SÃO PAULO. Modais e transporte Disponível em: < Acesso em: 04 jul GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas, KEEDI, Samir. ABC do Comércio Exterior: abrindo as primeiras páginas. 3. ed. São Paulo: Aduaneiras, 2007.
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