A PROTEÇÃO DA PROPRIEDADE INTELECTUAL E A TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA NA UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA

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3 UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO COMISSÃO PERMANENTE DE PROPRIEDADE INTELECTUAL A PROTEÇÃO DA PROPRIEDADE INTELECTUAL E A TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA NA UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA ARAÚJO, Elza Fernandes de BARBOSA, Cynthia Mendonça ALVES, Flávia Ferreira GAVA, Rodrigo MARTINS, Brenda Barbosa Brasil Viçosa Minas Gerais

4 Ficha catalográfica preparada pela Seção de Catalogação e Classificação da Biblioteca Central da UFV 4

5 COMISSÃO PERMANENTE DE PROPRIEDADE INTELECTUAL Ano UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA Reitora Nilda de Fátima Ferreira Soares Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação Eduardo Seiti Gomide Mizubuti Comissão Permanente de Propriedade Intelectual Rodrigo Gava Presidente Adriana Ferreira de Faria Membro Juliana Lopes Rangel Fietto Membro Márcio Henrique Pereira Barbosa Membro Revisão de Texto Edir Barbosa Capa Marcelo de Oliveira Garcia/Lucas Gonçalves Dornelas Impressão Suprema Gráfica Editora Apoio FAPEMIG 5

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7 Sumário 1. Apresentação Introdução Considerações Gerais Propriedade Intelectual A Importância da Proteção Benefícios Proporcionados Pela Proteção do Conhecimento para o Titular, o Autor e, ou, Inventor Benefícios Proporcionados Pela Proteção do Conhecimento Para o País Direito Autoral Direito de Autor Exemplos de Objetos de Proteção Exemplos de Objetos não Passíveis de Proteção Direitos morais X Direitos patrimoniais Abrangência da Proteção Legal Importância do Registro Formalidades Direitos Conexos Programa de Computador Abrangência da Proteção Legal Importância do Registro Formalidades Proteção Sui generis Topografia de Circuito Integrado Abrangência da Proteção Legal Importância da Proteção Formalidades Conhecimentos Tradicionais Importância da Proteção Cultivar Obtentor X Requerente X Titular X Melhorista X Representante Legal

8 Abrangência da Proteção Legal Importância da Proteção Legal Formalidades Proteção X Registro Propriedade Industrial Marca Classificação Abrangência da Proteção Importância da Proteção Legal Formalidades Desenho Industrial Requisitos Objetos não passíveis de proteção Abrangência da proteção Autor x Titular Importância da Proteção Legal Formalidades Indicação Geográfica Tipos Quem pode solicitar Titularidade Abrangência da Proteção Legal Importância da Proteção Legal Formalidades Segredo Industrial Vantagens e desvantagens Patente Natureza Requisitos para a patenteabilidade Exemplos de objetos não passíveis de proteção Inventor x Titular Abrangência da Proteção Legal Importância da Proteção Legal

9 Formalidades Importância da Suficiência Descritiva e das Reivindicações Sigilo e Período de Graça Busca Prévia Patente x Artigo Científico Licenciamento e Transferência de Tecnologias A gestão da Propriedade Intelectual na UFV A CPPI e o seu papel Termo de Sigilo Questionário para conhecimento da invenção Contrato de Autores/Inventores Rede Mineira de Propriedade Intelectual Considerações Finais Terminologias Legislações Tratados e Acordos Importantes Links Importantes Perguntas e Respostas Referências Anexos

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11 1. Apresentação A partir da década de 1990, com o advento da nova legislação em Propriedade Intelectual PI, que impôs às instituições de ensino e pesquisa federais adequarem seus estatutos ou regimentos internos à nova legislação, a Universidade Federal de Viçosa (UFV), entre outras, expediu Resoluções Normativas, por meio do seu Conselho Universitário, para a área de Propriedade Intelectual. No Estado de Minas Gerais foram criados os primeiros Núcleos de Inovação Tecnológica NITs, entre eles a Comissão Permanente de Propriedade Intelectual (CPPI) da UFV. No decorrer dos anos, a conscientização da sociedade brasileira sobre a importância da propriedade intelectual e de sua gestão se intensificou. Atualmente, é maior o reconhecimento de que a proteção do conhecimento, seja o gerado no setor privado ou no setor público, por meio das entidades de ciência, tecnologia e inovação (ECTIs), consiste em fator estratégico para a inovação tecnológica. Ela representa um instrumento fundamental no atual cenário de globalização e competitividade, no qual o conhecimento e a capacidade de inovar têm papel preponderante, consistindo em diferencial para empresas e para sua manutenção no mercado globalizado. Nesse contexto da geração, proteção e gestão do conhecimento em prol da inovação, visando ao desenvolvimento científico, tecnológico, econômico e social do Brasil, é que surgiu a necessidade de promover a reedição desta Cartilha, haja vista o novo contexto que cerca o tema, principalmente se comparado com o cenário da época da primeira edição da Cartilha, ocorrida em O objetivo aqui é apresentar as modalidades de PI existentes, o que deve ser seguido no tocante à proteção dos 11

12 conhecimentos gerados e à maneira como a gestão da Propriedade Intelectual ocorre no âmbito da UFV, considerando-se as normas e resoluções a que a comunidade acadêmica deve obedecer. 2. Introdução A proteção da propriedade intelectual (PI) é necessária e relevante para o desenvolvimento científico e tecnológico e para a inovação de um país, salvaguardando o conhecimento, os produtos e, ou, processos gerados pelas empresas e pelas ECTIs, entre elas as universidades, e os direitos dos autores/inventores. A inovação, que representa uma questão crucial para a competitividade e autonomia de um país, possui papel de destaque no cenário econômico. Isso porque a inserção de novas tecnologias proporciona maior poder de competição, resultando na disponibilização, aos consumidores, de produtos e serviços de melhor qualidade (ARAÚJO et al., 2009). O processo inovativo decorre da atuação de vários setores, envolvendo o setor público e o setor empresarial, e, para incentivar a atuação conjunta desses setores, o Estado atua no implemento de políticas de incentivo à geração de propriedade intelectual e inovação, aprovando Leis, como a Lei Federal de Inovação (Lei nº /2004) e o seu Decreto (Decreto nº 5.563/05), as leis estaduais de inovação e a Lei do Bem (Lei nº /05), que estabelece os mecanismos para desonerar os investimentos realizados em projetos de inovação, bem como o Decreto nº 5.798/2006, que regulamenta os incentivos fiscais à inovação. Considerando o contexto da gestão da PI, constata-se que os conhecimentos gerados nas ECTIs são transformados em inovação à medida que são disponibilizados aos consumidores, e esse processo só é possível por meio de parcerias entre as ECTIs e o setor empresarial. 12

13 Para uma boa gestão da propriedade intelectual, faz-se necessário incentivar a cooperação entre as ECTIs e as empresas. Se os conhecimentos gerados nas ECTIs não são licenciados ou transferidos, a inovação científica e tecnológica não acontece, como também os benefícios econômicos e sociais almejados com a propriedade intelectual não são alcançados. 3. Considerações Gerais Como será visto no decorrer da Cartilha, no contexto da proteção, gestão e transferência ou licenciamento do conhecimento, assim como em relação à inovação, há legislações que regulamentam esses temas no país, assim como instituições governamentais responsáveis pela proteção das modalidades de propriedade intelectual no Brasil. Nesse sentido, para proteger algum conhecimento, devem-se sempre observar as legislações brasileiras e as normas e procedimentos nacionais definidos para cada tipo de propriedade intelectual. No caso de vínculo com alguma ECTI, cabe, ainda, atentarse para as normas internas de cada instituição. Nesse sentido, tratando-se da comunidade acadêmica da UFV, as pessoas que mantêm vínculo institucional, como é o caso de estudantes, para obterem informações sobre propriedade intelectual é preciso contatar a Comissão Permanente de Propriedade Intelectual (CPPI), Núcleo de Inovação Tecnológica da UFV. A CPPI tem como objetivos orientar e conduzir todos os trâmites legais previstos nas legislações, como proteção, registro, concessão e manutenção dos direitos relativos à propriedade intelectual na esfera institucional. A CPPI está vinculada à Pró- Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, onde são executados todos os procedimentos internos para garantir a proteção dos conhecimentos, produtos e, ou, processos gerados na UFV, 13

14 por meio dos pedidos de registros e de proteção nos órgãos governamentais competentes de cada área. 4. Propriedade Intelectual Propriedade Intelectual (PI) é toda criação e expressão da atividade inventiva e da criatividade humana, em seus aspectos científicos, tecnológicos, artísticos e literários. No Brasil, a PI é dividida em três modalidades: Direito Autoral, Proteção Sui generis e Propriedade Industrial (Figura1). Figura 1 - Modalidades da Proteção Intelectual. Fonte: Elaborado pelos autores. 14

15 4.1. A Importância da Proteção Benefícios Proporcionados Pela Proteção do Conhecimento para o Titular, o Autor e, ou, Inventor - Direito de propriedade e exclusividade, impedindo que terceiros produzam, utilizem, vendam ou importem sua criação sem prévio consentimento. - Possibilidade de auferir lucros com a exploração do conhecimento ou de receber royalties decorrentes do licenciamento da criação. - No caso de o titular ser uma empresa, serve como instrumento de marketing, além de fortalecer contra a concorrência desleal. - No caso de o titular ser uma universidade, a proteção do conhecimento representa um dos itens de julgamento das agências de fomento, como a FAPEMIG, para financiarem projetos de pesquisa científica e, ou, tecnológica. - Entre outros Benefícios Proporcionados Pela Proteção do Conhecimento Para o País - Contribui para o progresso científico e tecnológico e para o processo de inovação. - Favorece sua competitividade e sua autonomia. - Serve como rica fonte de informações, por meio da divulgação das criações. - Fomenta a inclusão social e a qualidade de vida das pessoas. - Entre outros. 15

16 4.2. Direito Autoral O Direito Autoral é subdividido em Direitos de Autor, Direitos Conexos e Programas de Computador (Figura 2). De acordo com a Lei n 9.610, de 19 de fevereiro de 1998 (Lei dos Direitos Autorais), os Direitos Autorais são aqueles ligados ao autor como consequência de obra por ele elaborada. Na Lei supracitada, somente as criações de espírito, ou seja, do intelecto humano, expressas por qualquer meio ou fixadas em qualquer suporte conhecido, a exemplo de impressão em papel, CD, DVD, mídias digitais em geral, ou qualquer outra forma que se invente no futuro, são obras intelectuais passíveis de proteção. Figura 2 - Submodalidades do Direito Autoral. Fonte: Elaborado pelos autores Direito de Autor Consiste basicamente no direito que o autor tem de controlar o uso que se faz com sua obra Exemplos de Objetos de Proteção A Lei n 9.610/1998, em seu artigo 7, indica quais são as obras intelectuais passíveis de proteção. São elas: 16

17 i- Os textos de obras literárias, artísticas ou científicas. ii- As conferências, alocuções, sermões e outras obras de mesma natureza. iii- As obras dramáticas e dramático-musicais. iv- As obras coreográficas e pantomímicas, cuja execução cênica se fixe por escrito ou por outra forma qualquer. v- As composições musicais, que possuam ou não letra. vi- As obras audiovisuais, sonorizadas ou não, inclusive as cinematográficas. vii- As obras fotográficas e as produzidas por qualquer processo análogo ao da fotografia. viii- As obras de desenho, pintura, gravura, escultura, litografia e arte cinética. ix- As ilustrações, cartas geográficas e outras obras de mesma natureza. x- Os projetos, esboços e obras plásticas concernentes à geografia, engenharia, topografia, arquitetura, paisagismo, cenografia e ciência. xi- As adaptações, traduções e outras transformações de obras originais, apresentadas como criação intelectual nova. xii - Os programas de computador. xiii- As coletâneas ou compilações, antologias, enciclopédias, dicionários, bases de dados e outras obras que, por sua seleção, organização ou disposição de seu conteúdo, constituam criação intelectual. 17

18 Adiante, encontram-se os programas de computador. Apesar de gozarem dos benefícios da Lei 9.610/98, que lhes são aplicáveis, esses instrumentos, porém, são objetos de legislação específica Exemplos de Objetos não Passíveis de Proteção Existem alguns objetos ou obras que não são resguardados pelos direitos autorais, os quais estão dispostos no artigo 8º da Lei n 9.610/1998, quais sejam: i- As ideias, procedimentos normativos, sistemas, métodos, projetos ou conceitos matemáticos como tais. ii- Os esquemas, planos ou regras para realizar atos mentais, jogos ou negócios. iii- Os formulários em branco para serem preenchidos por qualquer tipo de informação, científica ou não, e suas instruções. iv- Os textos de tratados ou convenções, leis, decretos, regulamentos, decisões judiciais e demais atos oficiais. v- As informações de uso comum, como calendários, agendas, cadastros ou legendas. vi- Os nomes e títulos isolados. vii- O aproveitamento industrial ou comercial das ideias contidas nas obras. 18

19 Direitos morais X Direitos patrimoniais O direito autoral divide-se em direitos morais e patrimoniais. - Direito moral: São os direitos exclusivos do autor (pessoa física) caracterizados como personalíssimos, não sendo passíveis de transferência, renúncia ou prescrição. - Direito patrimonial: Permitem ao autor o direito de vender ou licenciar sua obra. Referem-se aos direitos de exploração comercial. São móveis, cessíveis, transferíveis e temporários. São direitos negociáveis, que dizem respeito à apreciação monetária do bem Abrangência da Proteção Legal Os direitos autorais do autor brasileiro ou domiciliado no Brasil serão válidos em outros países, desde que haja acordo ou convenção internacional e, também, reciprocidade entre os Estados. A Convenção de Berna é o mais significativo desses acordos e embasou a elaboração da Lei nº 9.610/98. Os direitos morais vinculados à obra são imprescritíveis e irrenunciáveis, portanto não podem ser utilizados por outros que não o autor. Já os direitos patrimoniais podem ser cedidos em toda a sua amplitude e vigoram pelo prazo de até 70 anos, contados de 1 de janeiro do ano subsequente ao do falecimento do autor, tornando-se a obra, após esse tempo, de domínio público Importância do Registro Segundo a Lei de Direitos Autorais, o registro não é obrigatório, já que o direito do autor nasce junto com a obra. No entanto, a partir do momento que o autor registra sua criação, ele apresenta alguns benefícios, entre eles: 19

20 - Comprovação da sua autoria perante terceiros. - Especificação de seus direitos morais e patrimoniais, determinando o prazo de proteção da sua obra ou para os seus sucessores. Além do que foi evidenciado, o registro de uma obra contribui para a preservação da memória nacional. Na Tabela 1 é possível verificar os órgãos responsáveis pelo registro de obras intelectuais no Brasil, bem como os endereços das respectivas páginas na internet. Tipo de Obras Órgão responsável Página na internet Literárias Fundação Biblioteca Nacional Musicais Escola de Música da UFRJ Artes Visuais Escola de Belas Artes da UFRJ Conselho Federal Engenharias, de Engenharia, Arquitetura e Urbanismo Arquitetura e Agronomia CONFEA Programas de Computador Domínios na Internet Instituto Nacional da Propriedade Industrial INPI Comitê Gestor da Internet no Brasil Tabela 1 - Órgãos responsáveis pelo registro de obras intelectuais no Brasil Fonte:< 20

21 Formalidades As obras literárias (livros, artigos e outros) a serem encaminhadas para registro deverão ser apresentadas em exemplares legíveis, devidamente numerados e com cada página rubricada pelo(s) autor(es). Cada solicitação de registro deve ser encaminhada juntamente com o Formulário de Requerimento para Registro ou Averbação, preenchido em letra de forma, datado e assinado conforme a assinatura da identidade do (a) requerente. As formalidades para os outros tipos de obras, como as musicais, artes visuais, arquitetônicas, entre outras, podem ser obtidas nos órgãos específicos Direitos Conexos Existem casos em que as obras não chegam ao público senão por meio de intermediários, que tornam a criação perceptível. Considerando esse fato, o objetivo dos Direitos Conexos é proteger os interesses jurídicos dessas pessoas que contribuem para tornar as obras acessíveis ao público. Como exemplos dos possuidores desses direitos, podem ser citados cantores que interpretam músicas não compostas por eles, intérpretes de poesias e empresas de radiodifusão, entre outros (OMPI, 2012). Assim como para o Direito de Autor, é a Lei n 9.610/1998 que estabelece as normas pertinentes ao Direito Conexo. A proteção a este tipo de direito não depende de registro, e sua duração é de 70 anos contados a partir de 1 de janeiro do ano subsequente à fixação, para fonogramas; à transmissão, para as emissões das empresas de radiodifusão; e à execução e representação pública, para os demais casos. 21

22 Programa de Computador De acordo com a Lei nº 9.609/98, programa de computador corresponde à expressão de um conjunto harmônico de instruções em linguagem natural ou codificada, contida em suporte físico de qualquer natureza, de emprego necessário em máquinas automáticas de tratamento da informação, dispositivos ou equipamentos periféricos, baseados em técnica digital ou semelhante, para colocá-lo em funcionamento de modo e para fins determinados Abrangência da Proteção Legal A proteção de programas de computador está amparada pela Lei de Direitos Autorais e pela Lei do Software (Lei n 9.609/1998). Quanto à sua abrangência, o Registro do Programa de Computador possui reconhecimento Internacional pelos países signatários do Acordo TRIPS (desde que cumprida a legislação nacional). No caso de programas estrangeiros, desde que procedentes de país que conceda reciprocidade aos autores brasileiros, não precisam ser registrados no Brasil (salvo nos casos de cessão de direitos). Conforme a legislação vigente, o programa de computador não pode ser reproduzido nem utilizado como base para o desenvolvimento de novas tecnologias sem a devida licença, a qual é expedida pelo titular do direito ou seu representante legal. Mas o consumidor do programa pode fazer cópias de segurança e outras para a sua utilização, pois o uso individual é um direito que lhe é conferido pelas normas em vigor. Porém, o consumidor não pode fazer reproduções para o comércio sem a devida permissão. Não se podem fazer cópias do programa para desenvolver novos produtos. Quando houver um programa copiado do original, cabe ao titular reclamar indenização e perdas materiais pela utilização indevida. 22

23 É facultado ao autor de programa de computador registrar a sua criação. A validade dos direitos para quem desenvolve um Programa de Computador é de 50 anos, contados a partir de 1º de janeiro do ano subsequente ao da sua data de publicação ou, na ausência desta, da sua criação Importância do Registro Os programas de computador poderão, a critério do titular dos direitos, ser registrados no Instituto Nacional da Propriedade Industrial INPI. Apesar de não obrigatório, esse registro é aconselhável, pois é por meio dele que o autor pode comprovar anterioridade da criação em relação a terceiros em casos de litígios. Além disso, o titular de um programa de computador registrado pode opor-se à reprodução indevida ou não autorizada da sua criação, apresentando o direito exclusivo de produzir, usar e comercializar a sua criação; e, por fim, o autor consegue garantir, por meio do registro, a proteção do nome comercial do seu programa Formalidades Como informado anteriormente e diferentemente das outras submodalidades do Direito Autoral, o registro de programa de computador não é realizado na Fundação Biblioteca Nacional e, sim, no INPI. O pedido de registro de programa de computador é constituído por: - Documentação formal: Relativa à autoria e titularidade do programa. - Documentação técnica: É a documentação do programa em si, isto é, listagem integral ou parcial do código-fonte. 23

24 Ressalta-se que as informações repassadas ao INPI são de caráter sigiloso, não podendo ser reveladas, salvo por ordem judicial ou a requerimento do próprio titular Proteção Sui generis Algumas modalidades de PI, em razão de características específicas, são consideradas Proteção Sui Generis, como é o caso de Topografias de Circuito Integrado (CI), Conhecimentos Tradicionais e das Cultivares (Figura 3). Figura 3 - Modalidades da Proteção Sui generis. Fonte: Elaborado pelos autores Topografia de Circuito Integrado Circuito Integrado (CI) Pode ser entendido como um dispositivo microeletrônico formado por transistores, resistências e outros componentes interligados em um chip e que tem por objetivo a realização de funções eletrônicas. Nesse sentido, a topografia de CI consiste numa série de imagens relacionadas, construídas ou codificadas sob qualquer meio ou forma, que represente a configuração tridimensional das camadas que compõem um CI (ADENACON, 2010). Em outras palavras, a topografia do circuito integrado é o desenho formado pelos componentes organizados no chip (AREAS, 2009). 24

25 Abrangência da Proteção Legal Como a topografia de CI possui tanto características de criação intelectual quanto de aplicabilidade industrial, o Brasil optou por criar uma legislação específica, a Lei n , de 31 de maio de 2007, para resguardar as topografias como um direito de propriedade intelectual. O criador/inventor da topografia para ter esse direito precisa registrá-la no INPI, sendo a proteção válida por 10 anos, contados da data do depósito no INPI ou da data da primeira exploração, o que tiver ocorrido primeiro. Salienta-se que a validade da proteção é somente no território nacional Importância da Proteção De acordo com a Lei n /07, a proteção da topografia de CI confere ao seu titular o direito exclusivo de explorá-la, sendo vedado a terceiros sem o consentimento do titular: Reproduzir a topografia, no todo ou em parte, por qualquer meio, inclusive incorporá-la a um circuito integrado. Importar, vender ou distribuir, por outro modo, para fins comerciais, uma topografia protegida ou um circuito integrado, no qual esteja incorporada uma topografia protegida. Importar, vender ou distribuir, por outro modo, para fins comerciais, um produto que incorpore um circuito integrado, no qual esteja incorporada uma topografia protegida, somente à medida que esse produto continuar a conter uma reprodução ilícita de uma topografia Formalidades Para obter a concessão do registro da topografia de CI, é necessário atender a três requisitos: originalidade, novidade e suficiência descritiva. Além disso, é preciso apresentar ao INPI, no momento do depósito, os seguintes documentos: 25

26 i ii iii iv v vi vii viii ix Descrição da topografia e de sua função Desenhos/fotos da topografia Circuito integrado relativo à topografia requerida Declaração de exploração anterior, se houver Documento comprobatório de titularidade ou documento de cessão Autorização do titular de topografia original protegida, se for o caso Tradução pública juramentada de documentos em língua estrangeira GRU paga Procuração, se for o caso Vale salientar que cada solicitação de registro deve se referir a apenas uma topografia Conhecimentos Tradicionais Conhecimento Tradicional (CT) significa o conhecimento que resulta da atividade intelectual em um contexto tradicional e que inclui know how, habilidades, inovações, aprendizados, práticas e conhecimento usado no estilo de vida tradicional de uma comunidade ou povo e que seja transmitido de geração em geração (INOVA, 2010). Como exemplo dos possuidores desse tipo de proteção, podem ser citados os povos indígenas que há séculos vêm utilizando plantas nativas com propósitos terapêuticos. Essa submodalidade de PI pode ser protegida por praticamente todas as modalidades de Direito de Propriedade 26

27 Intelectual, porém deverá preencher os critérios de cada tipo de proteção (INOVA, 2010) Importância da Proteção A proteção do CT é imprescindível para que sejam respeitados e preservados os conhecimentos e estilo de vida tradicionais de comunidades indígenas e, ou, locais. Além disso, resguardar os direitos por meio da proteção é uma forma de promover a conservação da biodiversidade Cultivar Cultivar pode ser definido como subdivisão de uma espécie agrícola que se distingue de outra por qualquer característica perfeitamente identificável, seja de ordem morfológica, fisiológica, bioquímica ou outras julgadas suficientes para sua identificação (MAPA, 2012). Em outras palavras, cultivar é uma nova variedade de espécie vegetal geneticamente melhorada Obtentor X Requerente X Titular X Melhorista X Representante Legal No âmbito da proteção de cultivar, figuram algumas pessoas que representam distintos e importantes papéis, a saber: obtentor, requerente, titular, melhorista e representante legal. A definição de cada uma dessas pessoas é dada a seguir: - Obtentor: A pessoa física ou jurídica que obtém a nova cultivar ou cultivar essencialmente derivada, assegurando-se do direito de propriedade, nas condições estabelecidas na Lei de Proteção de Cultivares, Lei nº , de O obtentor pode ser o melhorista ou qualquer outro terceiro que tenha deste conseguido cessão ou qualquer outro título jurídico. 27

28 - Requerente: A pessoa física ou jurídica que solicita o pedido de proteção da cultivar, ou cultivar essencialmente derivada, ao Serviço Nacional de Proteção de Cultivar SNPC, órgão vinculado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento MAPA, responsável pela concessão dos certificados de proteção. - Titular: A pessoa física ou jurídica que detém os direitos sobre a cultivar ou cultivar essencialmente derivada. - Melhorista: É a pessoa física que estabelece os descritores que diferenciam a cultivar das demais, ou seja, é o autor/ inventor da criação protegida. - Representante legal: Pessoa física, a quem é conferido poderes pelo obtentor, requerente ou titular da cultivar, por meio de procuração, para representá-lo perante o órgão responsável pela proteção Abrangência da Proteção Legal A lei que disciplina as questões sobre cultivares no Brasil é a Lei nº , de 1997, conhecida como Lei de Proteção de Cultivares. O certificado de proteção de cultivar, que é considerado bem móvel, para todos os efeitos legais é a única forma de proteção referente a espécies superiores de plantas que poderá obstar a sua livre utilização ou de suas partes, bem como a reprodução ou multiplicação vegetativa no país. O certificado assegura a proteção dos direitos sobre a cultivar por um prazo de 15 anos para as espécies vegetais em geral, estendendo esse prazo para 18 anos no caso de videiras, árvores frutíferas, florestais e ornamentais. 28

29 Importância da Proteção Legal A proteção da cultivar garante ao titular que o material de propagação da nova variedade de planta não seja produzido para fins comerciais, oferecido à venda ou à comercialização sem sua prévia autorização, garantindo, assim, o monopólio da criação por 15 ou 18 anos, a depender da espécie Formalidades São sete os requisitos necessários à cultivar passível de proteção, a saber: i- Ser produto de melhoramento genético. ii- Ser de espécie passível de proteção no Brasil. iii- Não haver sido comercializada no exterior há mais de 4 anos, ou há mais de seis anos no caso de videiras ou árvores. iv- Não haver sido comercializada no Brasil há mais de 12 meses. v- Ser distinta. vi- Ser homogênea. vii- Ser estável. Os três últimos requisitos devem ser comprovados por meio do teste de Distinguibilidade, Homogeneidade e Estabilidade DHE. Além disso, para a solicitação da proteção de uma cultivar é necessário o preenchimento de três formulários: - Requerimento Eletrônico do Pedido. - Relatório Técnico. - Tabela de Descritores Mínimos da Cultivar. Os formulários estão disponíveis no site do MAPA e devem ser preenchidos de acordo com orientações específicas. 29

30 Como informado anteriormente, o pedido de proteção de cultivar é submetido ao exame do SNPC, responsável pela concessão dos certificados de proteção. Após análise do pedido de proteção e constatadas a distinguibilidade, a homogeneidade e estabilidade da nova variedade de cultivar, a proteção é deferida e publicada no Diário Oficial da União (DOU), expedindo o Certificado Provisório de Proteção. Posteriormente, depois do pagamento de taxa relativa à concessão da proteção, o Certificado Definitivo de Proteção é concedido Proteção X Registro Registrar uma cultivar não implica proteção. No caso de cultivares, para sua comercialização é necessário registrá-las no Registro Nacional de Cultivares (RNC). Entretanto, para a pessoa física ou jurídica que obtém as cultivares cobrar e receber royalties do licenciamento as cultivares deverão estar protegidas no SNPC. Ressalta-se que tanto a proteção quanto o registro são realizados no MAPA Propriedade Industrial Corresponde à modalidade de Propriedade Intelectual que trata das criações intelectuais voltadas para as atividades da indústria, comércio e prestação de serviços. Essa modalidade envolve marca, desenho industrial, indicação geográfica, segredo industrial e patente (Figura 4). 30

31 Figura 4 - Submodalidades da Propriedade Industrial. Fonte: Elaborado pelos autores Marca Segundo a Lei de Propriedade Industrial (Lei nº 9.279/96), a marca é um sinal distintivo, visualmente perceptível, que indica e distingue produtos e serviços análogos, de procedência diversa, bem como certifica a conformidade desses com determinadas normas ou especificações técnicas. A importância das marcas no cenário atual é nitidamente percebida em todo o cotidiano. Qualquer produto ou serviço utilizado possui uma marca para distingui-lo dos demais e atrai, de alguma forma, a atenção dos consumidores por meio do elo entre produto e marca. Às vezes, o patrimônio marcário de uma instituição ou empresa é o que elas têm de mais valioso, portanto se torna necessário conferir-lhe proteção específica Classificação A seguir são apresentados dois tipos de classificação, de acordo com o INPI: 1) Quanto à natureza a) Marca de produto: Distingue produtos de outros idênticos, semelhantes ou afins. 31

32 b) Marca de serviço: Distingue serviços de outros idênticos, semelhantes ou afins. c) Marca de certificação: Atesta a conformidade de produtos ou serviços a determinadas normas ou especificações técnicas. d) Marca coletiva: Identifica produtos ou serviços provenientes de membros de determinado grupo ou entidade. 2) Quanto à forma de apresentação a) Marcas nominativas: São as marcas constituídas por uma ou mais palavras, compreendendo, também, neologismos, combinações de letras e, ou, algarismos, sem apresentação fantasiosa. b) Marcas figurativas: São marcas compostas por desenhos, figuras, símbolos ou qualquer forma estilizada de letra ou número. c) Marcas mistas: São constituídas pela combinação de elementos nominativos e figurativos. d) Marcas tridimensionais: São constituídas pela forma plástica de produto ou de embalagem, cuja forma tenha capacidade distintiva e esteja dissociada de qualquer efeito técnico Abrangência da Proteção Segundo a legislação brasileira, a marca que obtiver o registro poderá ser utilizada com exclusividade pelo seu titular no âmbito da classe em que foi requerida. O prazo de validade do registro de marca é de 10 (dez) anos, contados a partir da data 32

33 de concessão do registro. Esse prazo é prorrogável, a pedido do titular, por períodos iguais e sucessivos. Caso contrário, será extinto o registro e a marca estará disponível a terceiros. A marca protegida só poderá ser utilizada por outro, que não o titular do direito, por meio de licença prévia, sob pena de ser enquadrado nas sanções legais previstas Importância da Proteção Legal A importância do registro de marca pode ser constatada pela quantidade significativa de marcas depositadas no INPI. Uma marca quando registrada, além de garantir ao seu proprietário o direito de exclusividade em todo o território nacional em seu ramo de atividade econômica, pode resultar em agregação de valor aos produtos ou serviços por ela identificados. A marca, quando bem gerenciada, ajuda a fidelizar o consumidor Formalidades Para o registro de uma marca, deve-se apresentar o pedido ao INPI, que o examinará com base nas normas legais. Requisitos para concessão de registros marcários: - Sinal visivelmente perceptível. - Distintividade. - Não incidência em proibições legais (quanto à constituição, licitude e disponibilidade). É importante e recomendável uma busca prévia no banco de dados do INPI, para avaliar a existência de marca idêntica e de mesma classe. Isso evita esforços desnecessários, já que, não havendo o requisito da distintividade, haverá grandes possibilidades de o pedido de registro ser indeferido. 33

34 Para depositar um pedido de registro no INPI, deve-se passar basicamente por três etapas: 1- Cadastro inicial e único no Módulo de Seleção de Serviços do e-inpi. 2- Geração da Guia de Recolhimento da União (GRU) pelo seu sistema de pagamento. 3- Preenchimento do formulário, via papel ou via eletrônica, pelo e-marcas, com os dados da marca a ser depositada e a respectiva logomarca, se for o caso, e posterior encaminhamento ao INPI. Cabe salientar que é possível acompanhar o andamento do pedido de registro por meio da consulta semanal na Revista da Propriedade Industrial RPI Desenho Industrial A proteção de Desenho Industrial está disciplinada na Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996 Lei da Propriedade Industrial (LPI), que regula direitos e obrigações relativos à Propriedade Industrial. Consideram-se desenho industrial invenções em sentido lato, destinadas a produzir efeito meramente visual, não sendo requisito essencial dessas criações o cunho artístico, mas apenas o que estas trazem de novidade e efeito estético a um objeto. Segundo o conceito de desenho industrial, art. 95 da LPI: considera-se desenho industrial a forma plástica ornamental de um objeto ou conjunto ornamental de linhas e cores que possa ser aplicado a um produto, proporcionando resultado visual novo e original na sua configuração externa e que possa servir de tipo de fabricação industrial. 34

35 Requisitos O registro dos desenhos industriais tem como requisitos básicos: novidade, originalidade e utilização ou aplicação industrial: 1º) Novidade: O desenho industrial é considerado novo quando não compreendido no estado da técnica, que é constituído por tudo aquilo tornado acessível ao público antes da data de depósito do pedido de proteção, por descrição escrita ou oral, ou qualquer outro meio, no Brasil ou no exterior (LPI, art. 96, 1º). 2º) Originalidade: O desenho industrial é considerado original quando dele resulte uma configuração visual distintiva, em relação a outros objetos anteriores. O resultado visual original poderá ser decorrente da combinação de elementos conhecidos. 3º) Utilização ou aplicação industrial: Objetos que possam ser reproduzidos de modo seriado ou servir de modelo para a fabricação em série Objetos não passíveis de proteção Nem todos os desenhos podem ser registrados como industriais, uma vez que existem características específicas para serem consideradas como tais. Pelo método da exclusão, não se registram os desenhos: - Contrários à moral e aos bons costumes. - Que ofendam a honra ou imagem de pessoas. - Que atentem contra a liberdade de consciência, crença, culto religioso ou ideia e sentimentos dignos de respeito e veneração. Também, não pode ser registrada a forma necessária comum ou vulgar do objeto ou, ainda, aquela determinada essencialmente por considerações técnicas ou funcionais. 35

36 Abrangência da proteção O pedido de registro de desenho industrial terá que se referir a um único objeto. Permite-se uma pluralidade de variações, desde que se destinem ao mesmo propósito e guardem entre si as mesmas características distintivas preponderantes. Cada pedido poderá ter no máximo 20 variações. O desenho deverá representar claramente o objeto e suas variações, de modo a possibilitar sua reprodução por um técnico no assunto (LPI, art. 104, parágrafo único). No caso do Brasil, o registro é concedido por meio do INPI. Ressalta-se que o registro de Desenho Industrial protege a configuração externa do objeto e não o seu funcionamento. O registro vigorará pelo prazo de 10 (dez) anos, contados da data do depósito, prorrogáveis por mais três períodos sucessivos de cinco anos cada, até atingir o prazo máximo de 25 anos, contados da data do depósito. O titular do registro está sujeito ao pagamento de retribuição quinquenal, a partir do segundo quinquênio da data do depósito Autor x Titular - Autor: Pessoa física que criou o desenho industrial. - Titular: Pessoa física ou jurídica que detém o direito de depositar o desenho industrial no INPI Importância da Proteção Legal O titular de um desenho industrial tem o direito de excluir terceiros, durante o prazo de vigência do registro, sem sua prévia autorização, de atos relativos à matéria protegida, como fabricação, comercialização, importação, uso, venda etc. Além disso, a partir do momento que o titular licencia seu desenho industrial para exploração, ele começa a obter retorno financeiro na forma de royalties. 36

37 Formalidades O procedimento de solicitação de registro de um desenho industrial inicia-se com o preenchimento de formulário de Depósito, em quatro vias, disponível no site do INPI. Além disso, faz-se necessário pagar a Guia de Recolhimento da União (GRU) e apresentar seis jogos com relatórios, reivindicações (caso haja) e desenhos. Documentos de procuração, prioridade e cessão, se necessários, também devem ser enviados no prazo legal estabelecido para sua apresentação Indicação Geográfica Denomina-se Indicação Geográfica (IG) a identificação de um produto ou serviço como originário de um local, região ou país, quando determinada característica, reputação e, ou, qualidade possam ser vinculadas essencialmente a essa sua origem particular Tipos A legislação brasileira diferencia duas espécies de IG: indicação de procedência e denominação de origem. - Indicação de Procedência IP: É o nome geográfico que se tornou conhecido como centro de extração, produção ou fabricação de determinado produto ou prestação de algum serviço. - Denominação de Origem DO: É o nome geográfico que designa produto ou serviço cujas qualidades ou características se devam exclusiva ou essencialmente ao meio geográfico, incluídos fatores naturais e humanos. Em suma, a origem geográfica deve atingir o resultado final do produto ou a prestação do serviço, de forma identificável e mensurável. Isso será o objeto de prova quando formulado um pedido de registro enquadrado nessa espécie perante o INPI, por meio de 37

38 estudos técnicos e científicos, constituindo-se em prova mais complexa do que a exigida para as Indicações de Procedência Quem Pode Solicitar Podem requerer a proteção associações, institutos e pessoas jurídicas representativas da coletividade legitimada ao uso exclusivo do nome geográfico. Este é constituído tanto pelo nome oficial quanto pelo nome tradicional ou usual de uma área geográfica determinável, devidamente comprovada por meio dos autos do processo administrativo do pedido de proteção ao INPI, instituição que estabelece as condições de registro das indicações geográficas. O associativismo é a regra para o exercício do direito ao uso exclusivo do nome geográfico numa atividade econômica. Afasta-se aí a sua exploração individual, salvo a inexistência de outros produtores ou prestadores de serviço que possam se valer desse nome geográfico, podendo este, único, apresentar o pedido pessoalmente ao INPI, prescindindo de se fazer representar Titularidade Segundo o art. 182 da LPI, a titularidade da Indicação Geográfica é coletiva, isto é, seu uso é restrito aos produtores e prestadores de serviço estabelecidos na área geográfica Abrangência da Proteção Legal A Legislação em vigor não estabelece prazo de vigência para as Indicações Geográficas. Assim, o período para o uso do direito é o mesmo da existência do produto ou serviço reconhecido, dentro das peculiaridades das Indicações de Procedência e das Denominações de Origem. 38

39 Importância da Proteção Legal O papel do registro de uma indicação geográfica é a diferenciação dos produtos num mercado altamente competitivo. Essa diferenciação, além de contribuir como ferramenta de valorização de um produto típico em seus aspectos históricos e culturais, se faz mediante a identificação de características como tipicidade, qualidade e tradição. O titular da Indicação Geográfica pode tomar medidas contra aqueles que estejam fabricando, importando, exportando, vendendo, expondo, oferecendo à venda ou mantendo em estoque produto que apresente falsa Indicação Geográfica. Tais medidas podem ser também tomadas contra quem usa, em produto, recipiente, invólucro, cinta, rótulo, fatura, circular, cartaz ou em outro meio de divulgação ou propaganda, termos retificativos, como tipo, espécie, gênero, sistema, semelhante, sucedâneo, idêntico ou equivalente, não revelando a verdadeira procedência do produto Formalidades Para realizar um pedido de Indicação Geográfica, é necessário apresentar a Guia de Recolhimento da União (GRU) paga para esse serviço e preencher formulário específico, em duas vias, disponível na página do INPI, com os dados do requerente, tipo de IG solicitada, nome e delimitação da área e produto. Entre os documentos solicitados para o registro estão o comprovante de legitimidade da associação requerente ou do único produtor (exemplo: Estatuto Social da Associação); o regulamento de uso do nome geográfico; o instrumento oficial que delimita a sua área geográfica; a etiqueta com a representação gráfica a ser protegida junto com o nome geográfico, quando houver; a procuração, caso o requerente tenha interesse em ser representado no exterior; etc. 39

40 Segredo Industrial É uma alternativa para a proteção de técnicas e tecnologias. Manter um ativo intangível em segredo não significa que ele não possa ser conhecido, mas sim que o seu acesso é restrito. O Segredo Industrial pode se referir a um conhecimento de comércio ou indústria, que por sua vez, está associado ao know-how. Os segredos industriais são protegidos sem registro, isto é, não existe decisão sobre a concessão da proteção. Um segredo industrial pode ser mantido por um período indeterminado de tempo Vantagens e desvantagens Optar pelo segredo industrial pode ser uma alternativa estratégica, na qual o agente inovador irá ganhar vantagem competitiva no mercado. A vantagem está justamente no fato de restringir o acesso ao ativo intangível e a possibilidade de ampliar o prazo de proteção durante o período do segredo. Contudo, também é uma opção mais arriscada, já que não se adquire a propriedade do ativo por meio do segredo, mas tão somente sua posse. A partir do momento em que o produto é colocado no mercado, ele pode ser submetido à chamada engenharia reversa e o segredo, revelado Patente De acordo com o INPI (2012), a Patente é o título que garante propriedade temporária sobre uma invenção ou modelo de utilidade, outorgado pelo Estado aos autores ou inventores ou outras pessoas físicas ou jurídicas detentoras de direitos sobre sua criação. Em contrapartida, o inventor se obriga a revelar, detalhadamente, todo o conteúdo técnico da matéria protegida pela patente, incentivando, assim, novas criações e inovações. 40

41 Natureza a) Invenção: Refere-se a produto ou processo, não existente no estado da técnica, ou seja, novo em sua plenitude, e que atenda aos requisitos de patenteabilidade: novidade, atividade inventiva e aplicação industrial. b) Modelo de utilidade: Objeto de uso prático, ou parte deste, suscetível de aplicação industrial, que apresente nova forma ou disposição, envolvendo ato inventivo, que resulte em melhoria funcional no seu uso ou em sua fabricação (art. 9º da Lei nº 9.279/96). Dessa forma, é um produto que aperfeiçoa algo já existente no estado da técnica, sendo novo apenas em parte de sua estrutura Requisitos para a patenteabilidade - Novidade: Ocorre quando o produto ou processo não está compreendido no estado da técnica, ou seja, não está acessível ao público, seja por descrição escrita, seja oral ou por uso de qualquer outro meio de comunicação. - Atividade inventiva: A invenção e, ou, modelo de utilidade não podem ser óbvios a um especialista atuante na área caso ele fosse convocado para encontrar solução para determinado problema. Resumindo, é o que dispõe o art. 13 da LPI: é a atividade que, para um técnico do assunto, não decorra de maneira evidente e óbvia. - Aplicação industrial: Consiste na inclusão do produto ou processo na escala de produção industrial (INPI, 2012) Exemplos de objetos não passíveis de proteção Não são considerados passíveis de proteção: - O que for contra a moral, aos bons costumes e à segurança, à 41

42 ordem e à saúde pública. - Matéria relativa à transformação do núcleo atômico. - O todo ou parte de seres vivos naturais e materiais biológicos encontrados na natureza ou, ainda, dela isolados, inclusive o genoma ou germoplasma de qualquer ser vivo natural. - Descobertas, teorias científicas e métodos matemáticos. - Concepções puramente abstratas (IDEIAS). - Regras de jogo. - Entre outros Inventor x Titular - Inventor: É sempre a pessoa física que teve a ideia e a colocou em prática para se chegar ao produto ou processo passível de proteção. - Titular: Pode ser pessoa física e, ou, jurídica que possui o direito legal de depositar um pedido de patente no INPI, órgão responsável pela concessão de patentes Abrangência da Proteção Legal O prazo de vigência de uma patente é, quando se trata de uma invenção, de 20 anos, e o direito de exclusividade de um modelo de utilidade é de 15 anos, contados a partir da data de depósito Importância da Proteção Legal - Confere ao seu titular o direito de proibir terceiros, sem o seu consentimento, de produzir, utilizar, vender ou importar a sua invenção ou modelo de utilidade. - A partir do momento que o titular licencia sua patente para exploração, ele começa a obter retorno financeiro na forma de royalties. 42

43 - Enriquece o currículo profissional do titular/inventor. - Favorece à competitividade e à autonomia de um país. - Contribui para o desenvolvimento econômico, científico, tecnológico e social de uma nação. - Entre outros Formalidades Entre os documentos exigidos pelo INPI no depósito de pedido de patente, incluem-se: - Formulário para depósito preenchido. - Relatório descritivo contendo título, introdução, estado da técnica, desenvolvimento e conclusão. - Resumo. - Reivindicações (dependente e independente). - Desenhos, caso existam. - Listagem de sequência biológica em meio eletrônico (se for o caso). - Comprovante de pagamento original da retribuição relativa ao depósito Importância da Suficiência Descritiva e das Reivindicações - Suficiência descritiva: Apesar de não ser requisito para o pedido de patente, trata-se de exigência prevista na LPI, em seu artigo 24. Este artigo define que o relatório deverá descrever clara e suficientemente o objeto, de modo a possibilitar sua confecção/realização por um técnico no assunto e indicar, quando for o caso, a melhor forma de execução. Dessa forma, a suficiência descritiva garante e facilita o acesso à informação sobre patente. 43

44 - Reivindicações: Trata-se de documento que se não for bem escrito o pedido de patente não terá nenhum valor. Muitos afirmam que as reivindicações são o coração da patente. Nas reivindicações é que são delimitados a proteção e o direito do titular da patente, como pode ser verificado no artigo 41 da LPI: a extensão da proteção conferida pela patente será determinada pelo teor das reivindicações, interpretado com base no relatório descritivo e nos desenhos Sigilo e Período de Graça - Sigilo: É essencial para um pedido de patente, pois, como informado anteriormente, um dos requisitos de patenteabilidade corresponde à novidade. A publicação antecipada da matéria a ser protegida, seja por meio oral, escrito ou por qualquer outra forma, pode ser impeditiva para a solicitação de proteção, mesmo que essa publicação tenha sido realizada pelos próprios inventores ou titulares. - Período de graça: Na legislação brasileira há um dispositivo que confere aos titulares da invenção a possibilidade de efetuar o depósito do pedido de patente mesmo após a publicação da matéria a ser protegida. Tal dispositivo legal, chamado de Período de Graça, concede ao titular, até o período de um ano depois de publicada a invenção ou modelo de utilidade, o direito de ainda fazer o depósito do pedido de patente no INPI. OBSERVAÇÃO: Ressalta-se que nem todos os países dispõem de um Período de Graça, como é o caso do Brasil. Assim, a divulgação da invenção ou modelo de utilidade antes do depósito pode prejudicar o requisito de novidade em outros países, impedindo a obtenção da patente nessas nações. 44

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