Herbicidas registrados para o Manejo Integrado de Vegetação (MIV) em faixas de passagem de linhas de transmissão e distribuição.

Transcrição

1 Herbicidas registrados para o Manejo Integrado de Vegetação (MIV) em faixas de passagem de linhas de transmissão e distribuição 7 de maio de 2018

2 O QUE SÃO HERBICIDAS? São agentes biológicos ou substâncias químicas capazes de matar ou suprimir o crescimento de espécies específicas de plantas. Os herbicidas são substâncias químicas capazes de selecionar populações de plantas. O termo seleção se refere à atuação desses produtos, provocando a morte de certas plantas e de outras não.

3 HISTÓRICO Controle de plantas indesejáveis era feito manualmente ou com auxílio de ferramentas Primeiros relatos do uso de substancias químicas para controle de plantas indesejáveis início do século XX ,4-D

4 COMO OS HERBICIDAS FUNCIONAM? Os herbicidas são absorvidos pelas plantas no local onde se depositaram Cada herbicida atua impedindo um determinado processo metabólico presente somente em plantas

5 ABSORÇÃO E TRANSLOCAÇÃO DE HERBICIDAS

6 Após a morte da planta, os herbicidas (registrados para MIV) são degradados pelos microrganismos do solo e desaparecem em poucos dias Os herbicidas registrados para MIV não acumulam no solo e não são lixiviados pelas plantas tratadas a ponto de contaminar o solo

7 AÇÃO DOS HERBICIDAS Os herbicidas possuem locais específicos para agir, denominados sítios de ação, aos quais se ligam inibindo funções vitais na planta. Modo de ação: Conjunto de eventos metabólicos que resultam na expressão final do herbicida sobre as plantas, incluindo os sintomas visíveis

8

9 REGISTRO DE HERBICIDAS Os herbicidas são registrados para determinadas culturas onde podem ter alta eficácia no controle das plantas daninhas e seletividade à planta cultivada: 1. Herbicidas para cana-de-açúcar 2. Herbicidas para soja 3. Herbicidas para pastagens 4. Herbicidas para milho e sorgo 5. Herbicidas para plantas aquáticas 6. Herbicidas para ÁREAS NÃO AGRÍCOLAS

10 Processo de Registro Novo Produto (Técnico ou Formulado) RET (Registro Especial Temporário) Produto Não Agrícola Pesquisa Campo & Lab Preparo e Submissão do processo Eficácia MAPA Toxicologia ANVISA / MS Ambiental IBAMA / MMA ANVISA Classificação Toxicológica (IAT) Monografia Técnica Rótulo e Bula MAPA Avaliação da Eficácia Rótulo e Bula Certificado de Registros Cadastro Estadual IBAMA Avaliação Ambiental (PPA) Rótulo e Bula VENDAS 10

11 Estudos requeridos (IBAMA Portaria 84/96 / ANVISA Portaria 03/92) Físico-químicos cor, solubilidade, ph, densidade, tensão superficial, viscosidade, distribuição de partículas, corrosividade, estabilidade, ponto de fulgor Toxicológicos Agudos DL50 oral e dérmica, CL50 inalatória, irritação cutânea e ocular, sensibilização dérmica Ecotoxicológicos microrganismos (ciclo C e N), algas, minhocas, abelhas, microcrustáceos, peixes e aves Ambientais biodegradabilidade em solos, mobilidade, adsorção/dessorção Mutagênicos mutação gênica, aberração cromossômica Toxicológicos Crônicos metabolismo, reprodução, teratogenicidade, neurotoxicidade, carcinogenicidade 11

12 ANVISA Classificação Toxicológica (Portaria 03/92) Leva em consideração apenas as características toxicológicas dos produtos Não considera as condições de uso e vias de exposição Não são classificados: teratogênicos, carcinogênicos ou mutagênicos Avaliação especial: corrosão / ulceração / opacidade córnea irreversível em 07 dias DL 50 Oral (mg/kg) Sólido Líquido Sólido Líquido DL 50 Dérmica (mg/kg) Olhos Pele CL 50 Inalatória (mg/l) I Opacidade da córnea reversível ou não em 7 dias; irritação persistente Corrosivo 0,2 II Sem opacidade da córnea; irritação reversível em 7 dias Irritação Severa 0,2-2,0 III Sem opacidade da córnea; irritação reversível em 72 horas Irritação Moderada 2,0-20 IV > 500 > 2000 > 1000 > 4000 Sem opacidade da córnea; irritação reversível em 24 horas Irritação Leve > 20 12

13 IBAMA Classificação de Periculosidade Ambiental (PPA) Leva em consideração apenas as características ecotoxicológicas dos produtos Não considera as condições de uso e distribuição no ambiente Parâmetros analisados: Transporte, Persistência (peso 2), Bioacumulação (peso 2), Toxicidade a Organismos do Solo, Toxicidade para Organismos Aquáticos, Toxicidade Para Aves e Abelhas, Toxicidade para Mamíferos por Vias de Exposição Sistêmica e Tópica. Os testes de Mutagênese, Teratogênese, Reprodução e Carcinogênese não recebem classificação e possuem caráter decisivo para aprovação do produto. Classificação: Classe I Altamente Perigoso ao Meio Ambiente Classe II Muito Perigoso ao Meio Ambiente Classe III Perigoso ao Meio Ambiente Classe IV Pouco Perigoso ao Meio Ambiente 13

14 Rótulos e Bulas IBAMA Dados relativos à proteção do meio ambiente Instruções de armazenamento e em caso de EPIs: acidentes Destinação de embalagens vazias, etc. MAPA Informações sobre o produto: composição, tipo de formulação Fabricantes e Formuladores Instruções de uso: culturas, alvos e doses Equipamentos de aplicação ANVISA Dados relativos à proteção da saúde humana Precauções durante manuseio e aplicação (EPIs) Primeiros socorros e informações médicas PICTOGRAMAS APROVADOS ANVISA EPIs MANUSEIO DO PRODUTO PICTOGRAMAS APROVADOS ANVISA EPIs APLICAÇÃO DO PRODUTO IBAMA ADVERTÊNCIAS COR DA FAIXA DE ACORDO COM A CLASSIFICAÇÃO TOXICOLÓGICA: VERMELHA, AMARELA, AZUL OU VERDE 14

15 DL50 dos produtos usados em pastagens DL 50 de produtos (toxicidade em mamíferos) Produto Princípio Concentração Densidade DL50 DL50 Dose(1) Ativo gae ai/l g/l mg/kg ml/kg L/ha MSMA MSMA DMA 806BR 2,4-D Dominum Aminopiralide + Fluroxypyr Dontor Picloram + 2,4-D Garlon 480BR Triclopyr Gliz 480SL Glifosate Goal BR Oxifluorfen Grazon BR Picloram + 2,4-D Jaguar Aminopiralide + 2,4-D Mannejo Picloram + 2,4-D Padron Picloram Plenum Picloram + Fluroxypyr Starane Fluroxypyr Togar TB Picloram + Triclopyr Tordon Picloram + 2,4-D Truper Fluroxypyr + Triclopyr (1) dose máxima de rótulo

16 LEGISLAÇÃO DOS AGROTÓXICOS AGROTÓXICOS (Lei de junho de 1989) Produtos e agentes de processos físicos, químicos ou biológicos, destinados ao uso nos setores de produção, no armazenamento e beneficiamento de produtos agrícolas, nas pastagens, na proteção de florestas nativas ou implantadas, e de outros ecossistemas e também de ambientes urbanos, hídricos e industriais, cuja finalidade seja alterar a composição da flora ou da fauna, a fim de preservá-los da ação danosa de seres vivos considerados nocivos. Substâncias e produtos empregados como desfolhantes, dessecantes, estimuladores e inibidores de crescimento

17 LEGISLAÇÃO DOS AGROTÓXICOS Art 3 o os agrotóxicos só poderão ser produzidos, exportados, importados, comercializados e utilizados se previamente registrados nos órgãos federais responsáveis pelos setores de saúde, meio ambiente e agricultura. 1 o Fica criado o Registro Especial Temporário (RET) registro de uso de um determinado agrotóxico para fins de pesquisa e experimentação Eficácia agronômica Toxicologia Persistência de resíduos Propriedades químicas e degradação Efeito sobre o meio ambiente

18 LEGISLAÇÃO DOS AGROTÓXICOS 5 o O registro para um novo agrotóxico, seus componentes e afins, será concedido se sua ação tóxica sobre o ser humano e o meio ambiente for comprovadamente igual ou menor do que daqueles já registrados para o mesmo fim, segundo parâmetros fixados na regulamentação da lei. 6 o Fica proibido o registro de agrotóxicos quando: O país não dispõe de métodos de desativação; Quando não há antídoto ou tratamento eficaz; Apresenta características teratogênicas, carcinogênicas ou mutagênicas; Provoquem distúrbios hormonais e dano ao aparelho reprodutor São mais perigosos para o homem do que os testes de laboratório puderam demonstrar Causem danos ao meio ambiente

19 REGISTRO DE HERBICIDAS O registro do herbicida é realizado para cada destino de aplicação (ou para cada cultura) O registro do produto é pedido junto aos órgãos competentes pelas empresas produtoras O pedido de registro pela empresa depende da necessidade do produto em determinada cultura e do tamanho do mercado O registro de um herbicida pode levar até 5 anos, uma vez que todos os testes de eficácia e ecotoxicológicos estejam prontos

20 HERBICIDAS REGISTRADOS NO BRASIL PARA ÁREAS NÃO AGRÍCOLAS 24 FORMULAÇÕES COMERCIAIS 12 PRINCÍPIOS ATIVOS MAIORIA PARA CEIROS DE CERCAS E FERROVIAS 4 PRINCÍPIOS ATIVOS RECÉM REGISTRADOS PARA FAIXAS DE PASSAGEM PELA CORTEVA o Triclopyr o Aminopyralid o Fluroxypyr o Picloram

21 HERBICIDAS REGISTRADOS NO BRASIL PARA ÁREAS NÃO AGRÍCOLAS Produto Ingrediente ativo Nº registro Titular do registro Classificação ambiental Classe Local de aplicação Troller NA 2,4-D / 2017 BRA Defensivos agrícolas Ltda. CLASSE III Herbicida Em áreas não agrícolas ao longo de cercas, aceiros, margens de rodovias, oleodutos, leito de ferrovias e faixa sob rede de alta tensão. Dominum NA Aminopyralide 0192/ e Fluroxipir Metílico Dow Agrosciences Industrial Ltda. CLASSE II Herbicida Em áreas não agrícolas, oleodutos, aceiros, ferrovias, margens de rodovias e linhas de transmissão. Krovar NA Diuron e Bromacil Sonar AQ NA Fluridona Roundup NA Glifosato 2609/ / / 93 AMVAC do Brasil Representações Ltda. CLASSE II AllierBrasil Agro Ltda. CLASSE III Monsanto do Brasil Ltda. CLASSE III Herbicida Herbicida aquático Herbicida Em áreas não cultivadas: ferrovias, rodovias, pistas de aeroportos, manutenção de aceiros de florestas nativas, oleodutos e subestações elétricas. Aplicação diretamente na água em reservatórios de usinas hidrelétricas. Aplicação especializada - venda aplicada. Em aceiros de estradas de ferro, estradas de rodagem, oleodutos, cercas e linhas de alta tensão, fora de ambientes urbanos, industriais, domésticos e agrícolas. Gliz 480 NA Glifosato 3608/ 95 Dow Agrosciences Industrial Ltda CLASSE III Herbicida Em aceiros de estradas de ferro e de rodagem, oleodutos e linhas de alta tensão, fora de ambientes urbanos, industriais, domésticos e agrícolas em aceiros de estradas de ferro e de rodagem. Glifosato Fersol 480 NA Glifosato Fersol Ind. e Com Ltda. CLASSE III Herbicida Em aceiros de estradas de ferro, estradas de rodagem, áreas sob redes de transmissão elétrica e cercas em áreas não-urbanas.

22 Produto Ingrediente ativo Nº registro Titular do registro Classificação ambiental Classe Local de aplicação Dunn NA Glifosato 8904/ 2001 Nufarm Ind Quím. Farm. Ltda CLASSE II Herbicida Em áreas não agrícolas: aceiros de cercas, margens de rodovia, ferrovias, faixas sob linhas de alta tensão e oleodutos. Glifosato Nortox NA Glifosato / 93 Nortox S.A. CLASSE III Herbicida Em áreas não agricolas, não florestais e não urganas, sendo aplicado ao longo de cercas, aceiros, rodovias, ferrovias, faixas sob rede de alta tensão e passagem de oleodutos. Pilarsato NA Glifosato / 01 Pilarquim BR CLASSE III Herbicida Em áreas não agrícolas aceiros de cercas, margens de rodovia, ferrovias, faixa sob linhas de alta tensão e oleodutos. Trop NA Glifosato 5503/ 01 Ryvolt 480 NA Glifosato / 96 Adama Brasil S.A. CLASSE III Herbicida Em aceiros de estradas de ferro, estradas de rodagem, oleodutos, cercas e linhas de alta tensão. Interfina Agroquímica Ltda. CLASSE III Herbicida Na manutenção de aceiros, em estradas de ferro e de rodagem, oleodutos e sob linhas de alta tensão, sempre fora de ambientes urbanos, industriais, domésticos e agrícolas.

23 Produto Glifosato Atanor NA Ingrediente ativo Nº registro Glifosato / 07 Titular do registro Classificação ambiental Classe Local de aplicação Atanor do Brasil Ltda. CLASSE III Herbicida Em leitos de ferrovias e acostamentos de rodovias. Rodeo NA Glifosato 3120/ 94 Monsanto do Brasil Ltda. CLASSE III Herbicida Em aceiros de estradas de ferro, estradas de rodagem, oleodutos, cercas e linhas de alta tensão. Gli-Up 720 WG NA Glifosato 4594/ 2013 CropChem S.A. CLASSE III Herbicida Em aceiros de estradas de ferro e rodagem, oleodutos, cercas e linhas de alta tensão, fora de ambientes urbanos, industriais, domésticos e agrícolas. Tupan 720 WG N.A. Glifosato 4799/ 2013 CropChem S.A. CLASSE III Herbicida Em aceiros de estradas de ferro e rodagem, oleodutos, cercas e linhas de alta tensão, fora de ambientes urbanos, industriais, domésticos e agrícolas. Scout NA Glifosato 3383/ 93 Monsanto do Brasil Ltda. CLASSE III Herbicida Em aceiros de estradas de ferro, estradas de rodagem, oleodutos, cercas e linhas de alta tensão, fora de ambientes urbanos, industriais, domésticos e agrícolas.

24 Produto Ingrediente ativo Nº registro Titular do registro Classificação ambiental Classe Local de aplicação Produto Glifosato Nortox WG NA Glifosato 6133/ 00 Nortox S.A. CLASSE III Herbicida Eliminação pós-emergente de plantas infestantes. Em aceiros de estradas de ferro, estradas de rodagem, oleodutos, cercas e redes de transmissão de energia. Arsenal NA Imazapir 715/ 93 Basf S.A. CLASSE III Herbicida Eliminação de vegetação (em pósemergência das plantas infestantes) Em aceiros de cercas, margens de rodovias, ferrovias, oleodutos e terminais e linhas de subestações de alta tensão. Heat NA Saflufenacil 0191/ 2010 Basf S.A. CLASSE III Herbicida Controle não seletivo de plantas daninhas dicotiledôneas - anuais ou perenes Em áreas não agrícolas, tais como aceiros de cerca, margens de rodovias, oleodutos, leito de ferrovias e linhas de alta tensão.

25 Produto Ingrediente ativo Nº registro Titular do registro Classificação ambiental Classe Local de aplicação Lava 800 NA Tebutiurom 6730/ 2008 Volcano Agro. Ind. e Com. de Def. Agríc. Ltda. CLASSE II Herbicida Em estradas de ferro, margens de rodovias, aceiros de cercas (em áreas não urbanas), oleodutos e terminais (áreas não urbanas), e linhas de alta tensão. Trupper NA Triclopir Butotílico e Fluroxipir-Meptílico 0190/ 2010 Dow Agrosciences Industrial Ltda. CLASSE II Herbicida Em áreas não agrícolas, oleodutos, aceiros, ferrovias, margens de ferrovias e linhas de transmissão. Garlon NA Tricopir e Querosene 0195/ 2010 Dow Agrosciences Industrial Ltda. CLASSE II Herbicida Em áreas não agrícolas, oleodutos, aceiros, ferrovias, margens de rodovias e linhas de transmissão e áreas de florestas nativas.

26 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DA TOXICIDADE DOS HERBICIDAS Exames anatomopatológicos Peso de órgãos Crescimento do animal Testes fisiológicos Irritante pulmonar Toxicidade hepática Função renal Testes bioquímicos (inibição de enzimas) Avaliação de comportamento (reflexos condicionados) Fertilidade e efeito sobre fetos DE 50, DL 50, CE 50, CL 50

27 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DA TOXICIDADE DOS HERBICIDAS DL50 para alguns produtos tóxicos Produto Animal Via DL50 (mg/kg) Álcool etílico Camundongo Oral Cloreto de sódio Camundongo Intraperitonial Sulfato ferroso Rato Oral Nicotina Rato Intravenosa 1 Dioxina Cobaia Intravenosa 0,001 Toxina botulínica Rato Intravenosa 0,00001

28 TOXICIDADE DOS PRODUTOS As propriedades físico-químicas do contaminante influenciam seu comportamento com relação à concentração da substância química nos diferentes compartimentos ambientais. Isso afeta o grau de exposição dos organismos ao contaminante naquele compartimento ambiental. Toxicidade = características do produto duração e frequência exposição + + Via de introdução

29 FORMAS DE UTILIZAÇÃO DOS HERBICIDAS AGRICULTURA M.I.V. Pulverização em área total Utilização de bicos padronizados (ângulo de abertura e vazão) Vazão padronizada (L/há) Registrados para cada cultura Uso de diferentes surfactantes A única espécie de interesse é a cultura (1 espécie) Necessita de alta seletividade Pulverização específica para cada planta Utilização de bicos específicos (com regulagem manual) Registro NÃO AGRÍCOLA Somente poucas são alvo do controle Vazão variável conforme o local e densidade (%) Necessita de alta tecnologia de aplicação e conhecimento do ambiente

30 APLICAÇÃO DE HERBICIDA POR INJEÇÃO - USA

31 APLICAÇÃO DE HERBICIDA NO TOCO APÓS CORTE - USA

32 APLICAÇÃO DE HERBICIDA NA BASE DO TRONCO - USA Técnica principalmente utilizada em espécies arbóreas de pequeno diâmetro de tronco Necessidade de adjuvante para facilitar a penetração do produto pela casca

33 Qual o perigo de contaminação do solo e lençol freático? O perigo é muito baixo e improvável, uma vez seguidas as recomendações técnico-científicas Alguns herbicidas são mais solúveis em água, mas sua lixiviação é reduzida pela tecnologia de aplicação Todos os produtos utilizados em MIV apresentam elevada taxa de degradação microbiana Baixa permanência no solo Menor probabilidade de percolação e carregamento para lençol freático As doses por unidade de área utilizadas são muito inferiores às doses utilizadas na agricultura

34 Qual o perigo de contaminação do solo e lençol freático? Os solos brasileiros (em sua maioria) são velhos e muito intemperizados Alta quantidade de minerais de argila 1:1 e óxidos de ferro e alumínio Apresentam cargas de superfície dependentes do ph Como nosso solo são ácidos (ph baixo), grande parte da superfície destes minerais apresenta cargas positivas Em regiões de clima temperado, o solos são formados em sua maioria, por minerais 2:1 elevada superfície específica e cargas negativas não dependentes do ph Herbicidas ácidos fracos apresentam cargas negativas quando em solução Desse modo, em solos brasileiros, a retenção de herbicidas ácidos fracos é maior (devido as cargas positivas) do que em solo de regiões temperadas (somente cargas negativas)

35 É possível ocorrer exsudação radicular do herbicida e transferência para outras plantas? Muito pouco provável Se ocorrer, as doses são muito baixas para causar danos às plantas A degradação do produto pela microbiota do solo eliminaria o herbicida em pouco tempo. Pode ocorrer bioacumulação do produto na biota? Não. Os produtos apresentam baixos valores de Kow (coeficiente de partição octanol-água) Não tem tendência a acumular em tecido adiposo Os produtos é rapidamente liberado pelo sistema excretor do animal

36 Então todos os herbicidas do mercado são seguros para usar em faixas de passagem? Não. Somente aqueles que foram liberados pelos órgãos ambientais para uso nestas situações Produtos outros que possam apresentar características que não garantam segurança aos meio ambiente não devem ser registrados para tal fim. Uma vez registrados significa que atendeu a todos os requisitos de segurança impostos pelos órgãos ambientais reguladores

37 Uma vez registrado o produto, qualquer um pode aplicar nas faixas de passagem? Não. A aplicação dos produtos de forma errada ou em concentrações muito altas pode provocar danos em plantas não alvo A aplicação em doses muito baixas pode não ter a eficiência necessária (perde a aplicação) A aplicação de forma errada, em locais não adequados ou com erros de diluição pode provocar contaminação do solo e da água HERBICIDA É FERRAMENTA TÉCNICA. TEM QUE CONHECER PARA SABER USAR. TEM QUE CONHECER PARA RECOMENDAR

38 OS HERBICIDAS NO M.I.V. AVALIAÇÃO E ESCOLHA DAS TÉCNICAS ADEQUADAS INCENTIVO PARA A FAUNA LOCAL REGULAÇÃO DE CRESCIMENTO MONITORAMENTO I.V.M. HERBICIDAS EXPERIMENTAÇÃO INTRODUÇÃO DE ESPÉCIES NATIVAS RECUPERAÇÃO DO BIOMA

39 OBRIGADA ANGÉLICA MARIA C.M.P. MERENDA NEIVALDO CACERES