MOTIVOS QUE LEVAM AS MULHERES A BUSCAREM A PRÀTICA DA MUSCULAÇÃO EM ACADEMIAS
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- Giovanni Taveira Diegues
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1 MOTIVOS QUE LEVAM AS MULHERES A BUSCAREM A PRÀTICA DA MUSCULAÇÃO EM ACADEMIAS Jessyka Luane Rodrigues¹ Beatriz Lilian Dorigo² 1- Acadêmico do curso de Educação Física, Bacharelado, da Universidade Tuiuti do Paraná (Curitiba, PR); 2- Educação Física, Prof. Ms. da Universidade Tuiuti do Paraná. je.luane.rodrigues@gmail.com RESUMO: As academias de musculação surgiram desde a década de 30, e as mulheres são grupo frequente dentro delas, a motivação na Teoria da Autodeterminação sugere que as pessoas são motivadas em diferentes níveis. O presente estudo procurou verificar quais objetivos que levam as mulheres a prática de musculação nas academias, entre as dimensões motivacionais (Controle de Estresse, Saúde, Sociabilidade, Competitividade, Estética e Prazer), através do Inventário De Motivação à Prática Regular de Atividade Física (IMPRAF-58), no qual foi respondido por 41 praticantes de musculação de três academias da cidade de Curitiba/PR do sexo feminino com idade entre 18 a 65 anos. Os resultados ficaram de acordo com estudo anteriores, mostrando a dimensão de Saúde a que mais motiva às mulheres praticantes da atividade de musculação em academias. Novos estudos devem ser conduzidos para verificar outras variáveis relacionadas a pratica da atividade de musculação em mulheres. Palavras-chave: motivação, mulheres e academia. ABSTRACT: Bodybuilding academies have emerged since the 1930s, and women are a frequent group within them, motivation in Self-Determination Theory suggests that people are motivated at different levels. The objective of this study was to verify the objectives that motivate women to practice bodybuilding in the academies, among the motivational dimensions (Stress Control, Health, Sociability, Competitiveness, Aesthetics and Pleasure) through the Inventory of Motivation to Regular Practice of Physical Activity IMPRAF-58), which was answered by 41 bodybuilders from three academies in the city of Curitiba / PR, female aged 18 to 65 years. The results were in agreement with previous studies, showing the dimension of Health that motivates most women practicing bodybuilding activity in academies. Further studies should be conducted to verify other variables related to the practice of bodybuilding activity in women. Keywords: motivation, women and academies.
2 1. INTRODUÇÃO Historicamente as acadêmicas de ginástica surgiram na década de 30, contudo em meados da década de 70, em razão da expansão ideológica referente à qualidade de vida, expandiram-se a partir da cultura fitness (LIMA, 2010, apud. DACOSTA 1996; BITTENCOURT, 1984). No Brasil, essa expansão ocorreu no início dos anos 80, com a democracia impulsionando práticas de musculação, ginástica, danças, entre outras. Segundo levantamento feito pelo IHRSA em 2016 estima-se que haja 201 mil academias no mundo, sendo o Brasil o segundo em estabelecimentos (34.509) e de número de clientes (9,6 milhões), sendo em média de 278 clientes por academia. Com isso, a busca de mulheres pelas academias está crescendo, cada vez mais mulheres estão realizando treinamento de força como parte de seus programas diários, seja para controle do estresse, saúde, sociabilidade, competitividade, estética e prazer, inclusive com academias especializadas para o gênero feminino, como estratégia de incentivar a pratica de mulheres que por motivos próprios identificam-se mais com academias personalizadas. Contudo, a prática de atividades de acadêmica, inclusive musculação e treinamento de força, não necessita de uma academia especializada, mas de estratégias de motivação e metodologias adequadas ao gênero feminino. O treinamento de força, este que é praticado nas salas de musculação, possui outros termos encontrados na literatura como, treinamento com peso e treinamento resistido (treinamento contra resistência). Segundo Ghorayeb, N. Barros (1999 p.39) descreve o treinamento resistido como todo exercício que realizados com resistência graduáveis, e são os mais eficientes para aumentar a capacidade contrátil e o volume esquelético, geralmente apresentam contração concêntricas, excêntricas e isométricas. Segundo Fleck & Kraemer: Tornou-se uma das formas mais populares de exercícios para melhora a aptidão física de um indivíduo e para o condimento de atletas. Esses treinamentos são utilizados para descrever um tipo de exercício que exige que a musculatura do corpo promova movimento (ou tente mover) contra a oposição de uma força geralmente exercida por algum tipo de equipamento. (2006 p.19).
3 No treinamento resistido a principal capacidade física trabalhada é a força, que tem a capacidade máxima de suportar com um ou mais grupos musculares uma determinada resistência, produzindo uma ação de empurrar, tracionar ou elevar. Além disso, é necessária a definição dos diferentes tipos de força: força máxima que maior força que o sistema neuromuscular pode mobilizar através ações concêntricas, excêntricas e isométricas; força de velocidade que capacidade do sistema neuromuscular de movimentar o corpo ou parte dele com uma velocidade máxima; força de resistência que é a capacidade de manter a força por tempo prolongado. (WEINECK; TUBINO; PRESTES). Durante anos esportes de força como halterofilismo e o fisiculturismo, eram condenados para as mulheres, que eram vistas como frágeis e vulneráveis em função de sua capacidade reprodutora, após estudos e avanços da ciência e ciências do esporte está fragilidade caiu por terra quando as academias de exercícios resistidos entraram na ordem do dia, porém não era comum notar presença do público feminino nas salas de musculação, pois se pensava que ao frequentar a mesma lhe trariam corpos masculinizados, sem curvas e com músculos, porém cada vez mais as mulheres estão se conscientizando dos benefícios da pratica do treinamento de força, e de que é possível praticar o treinamento de força e conservar suas curvas e manter-se feminina e delicada. (LESSA, et al. 2007; VIAS, 2015; BAGNARA, 2012). O treinamento de força é benéfico para as mulheres quanto para os homens, podendo resultar em muitas das características do condicionamento desejadas, incluindo a forma física e a força de potência aumentada para atividades de vida diária e para atividades esportivas (FLECK & KRAEMER, 2006, p. 219). Quando comparado força máxima de membros superiores às mulheres apresentam menor força quando comparados à massa livre de gordura dos homens, no entanto quando relacionado à força de membros inferiores a força da mulher é maior que a dos homens. Devido a menor porcentagem de massa livre de gordura na parte superior do corpo as mulheres para obter um bom desempenho em vários esportes e atividades que exijam força e potência, devem aperfeiçoar seu treinamento em uma tentativa de melhorar o desempenho nesta parte do corpo (FLECK & KRAEMER, 2007, p. 198). Segundo Fleck & Kraemer (2006 p. 271) exercícios quando bem elaborados e realizados corretamente, trazem inúmeros benefícios ao organismo das mulheres
4 como: melhora no consumo de oxigênio, melhora no condicionamento cardiorrespiratório, alterações na composição corporal (aumento da massa magra e redução no percentual de gordura), hipertrofia aumento do ganho de força, aumento da densidade óssea, redução dos níveis de triglicerídeos e LDL colesterol, aumento do nível do colesterol bom (HDL-colesterol), aumento da sensibilidade das células à ação da insulina (GHORAYBER, BARROS, 1990, p. 47). Além disso, pode-se citar que a pratica de exercício proporciona fatores psicológicos como: aumento da autoestima, melhora da qualidade do sono, autoconfiança, sensação de bem-estar, controle/redução de estresse. (MEIRELES, 1998). Sabendo destes benefícios fisiológicos e psicológicos da pratica do exercício resistido, a motivação pode ser uma determinação para permanência da pratica desta atividade. Uma forma objetiva de analisar a motivação é baseada na Teoria Autodeterminação está proposta por Ryan & Deci (1985 apud BALBINOTTI, et al. 2011), que sugere que o comportamento humano pode ser motivado em diferentes níveis (intrínseca, extrinsecamente ou amotivado), durante a prática de qualquer atividade. Na motivação intrínseca o comportamento do indivíduo ocorre de forma voluntaria, ou seja, pela busca de satisfação, bem-estar psicológico, interesse, prazer que venha a obter ao realizar a atividade. (RYAN & DECI 2000, apud BALBINOTI et al. 2011, FERNANDES e VASCONCELOS-RAPOSO, 2005). Balbinotti (2011) cita em seu estudo que autores têm subdivido a motivação intrínseca em três tipos: A motivação intrínseca "para saber" ocorre quando se executa uma atividade para satisfazer uma curiosidade, ao mesmo tempo em que se aprende tal atividade; a motivação intrínseca "para realizar" ocorre quando um indivíduo realiza uma atividade pelo prazer de executá-la e a motivação intrínseca "para experiência" ocorre quando um indivíduo realiza uma atividade para experiências as situações estimulantes inerentes à tarefa. (Brière, Vallerand, Blais, & Pelletier, 1995). Na motivação extrínseca ocorre quando indivíduo pratica a atividade com a finalidade de obtenção de outros objetivos sejam matérias ou sociais e com finalidade de atender pressões externas. (RYAN & DECI 2000, apud BALBINOTI et al. 2011, FERNANDES e VASCONCELOS-RAPOSO, 2005). Esta que devido ao seu grau de autonomia, é composta por três categorias:
5 1) a "regulação externa": esta categoria da motivação extrínseca ocorre quando o comportamento é regulado por premiações materiais ou medo de consequências negativas, como críticas sociais (este tipo de motivação pode ser observado no âmbito esportivo quando o treinador impõe punições aos atletas, quando não realizam as tarefas propostas); 2) a "regulação interiorizada": é a categoria que ocorre quando o comportamento é regulado por uma fonte de motivação que, embora inicialmente externa, é internalizada, como comportamentos reforçados por pressões internas como a culpa, ou como a necessidade de ser aceito; c) a regulação identificada : é a categoria da motivação extrínseca que ocorre quando um sujeito realiza uma tarefa (ou comportamento), a qual não lhe é permitida a escolha; uma atividade que é considerada como importante de ser realizada, mesmo que não lhe seja interessante. (BALBINOTTI, 2011). A Amotivação é caracterizada por indivíduos que nem se considera intrinsecamente ou extrinsecamente motivado, ou seja, não estão aptos a identificar um bom motivo para realizar alguma atividade física. (RYAN & DECI 2000, apud BALBINOTI et al. 2011, FERNANDES e VASCONCELOS-RAPOSO, 2005). O estudo sobre motivação a pratica de atividade física é de suma importância, para analisar quais as dimensões motivacionais estão relacionadas a busca da pratica da musculação pelas mulheres. Barbosa (2005) cita e definem as seis dimensões motivacionais como: Controle de Estresse quando o indivíduo tem como objetivo obter alívio de suas angustias, ansiedade, irritação, ou seja, busca a atividade com intuito de obter sensação de descanso, sossego e descanso, quando relacionado à Saúde é interesse nos benefícios decorrentes da atividade, de adquirir, manter e melhor a saúde e evitar doenças, assim viver mais e mantendo uma melhor qualidade de vida, em relação à Sociabilidade oportunidade de estar, encontrar ou reunir/fazer amigos, uma oportunidade de estar e conversar com outras pessoas e fazer parte de um grupo, a Competitividade está relacionada em querer competir, concorrer ou ganhar dos outros, através da pratica esportiva pode ganhar prêmios, destaques, vencer competições e obter retorno financeiros, já a Estética está relacionada às pessoas que querem ter ou ficarem com corpo bonito e definido, pessoas que veem na atividade física uma forma de se sentir bonitas e atraentes mantendo o corpo com bom aspecto físico, e ao Prazer está associado à atividade física com a sensação de satisfação, realização e bem-estar de quando atingem seus objetivos. Sendo assim, a problemática deste estudo é: Quais os objetivos que levam as mulheres a pratica da musculação em academias? Para isso desenvolve-se o
6 seguinte objetivo geral de pesquisa: verificar motivos que levam as mulheres a buscarem a pratica da musculação em academias. Desta forma a justificativa é contribuir para os profissionais de Educação Física atentem para um trabalho diferenciado e direcionado as mulheres, além de mostrar para a sociedade o porquê às mulheres o as buscaram quebrar tabus e estão cada vez mais praticando atividade de musculação nas academias, já no ponto de vista acadêmico o que motivou a este estudo foi verificar o que elas buscam na musculação para poder obter um atendimento personalizado trabalhando com este público em especifico e poder profundar-se em pesquisas futuras a este público. 2. METODOLOGIA Esse estudo é de cunho quantitativo caracterizado como descritivo comparativo a partir de questionário de Balbinotti e Barbosa (2006). A mensuração dos resultados foi realizada a partir do critério média a partir das respostas das participantes e a análise interpretativa foi fundamentada nos autores do referencial teórico. O instrumento utilizado foi um questionário validado por Balbinotti e Barbosa (2006) denominado de Inventário De Motivação À Prática Regular De Atividade Física (IMPRAF-54), este que avalia as 6 possíveis dimensões associadas à motivação para a realização regular da atividade física, contendo 54 itens/questões agrupadas seis a seis, observando a seguinte sequência: o primeiro bloco o primeiro item do primeiro bloco de seis apresenta uma questão relativa à dimensão motivacional Controle de Estresse, a segunda Saúde, a terceira Sociabilidade, a quarta Competitividade, a quinta Estética e a sexta Prazer. Esse mesmo modelo se repete no segundo bloco de seis questões, até completar 9 blocos (completando um total de 54 questões). O bloco de número 9 é composto de seis questões repetidas (escala de verificação). Seu objetivo é verificar o grau de concordância acordada a primeira e a segunda resposta ao mesmo item. As respostas foram dadas de acordo com uma escala do tipo Likert, bidirecional graduada que vai de 1 a 5 pontos, distribuídos da seguinte forma: 1- Isto me motiva pouquíssimo; 2- Isto me motiva pouco; 3- Mais ou menos não sei dizer - tenho dúvida; 4- Isto me motiva muito; 5- Isto me motiva muitíssimo. Cada dimensão é analisada e o resultado total também é obtido, pois todas as dimensões têm o mesmo número de questões. A confiabilidade
7 (fidedignidade) e a validade de construto deste inventário foram testadas e demonstradas nos estudos de Barbosa (2006), Balbinotti & Barbosa (2006). O procedimento de coleta de dados realizou-se a partir do dia 16/04/2018 a 20/04/2018 de forma voluntaria com alunas de três academias da região de Curitiba- PR. Todas as participantes estavam cientes dos objetivos da investigação e assinaram um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido aceitando participar do estudo e obterão uma explicação previa de como deveriam responder o questionário. A população deste estudo foram mulheres de 21 a 65 anos e de três academias da região de Curitiba-PR. A amostra foi composta por 41 Mulheres, sendo uma amostra descartada através da escala de verificação, assim sendo a amostra final foi composta por n=40, que foram divididas em dois grupos, sendo o Grupo 1 composto de mulheres Jovens-adultos de 21 a 35 anos (n=17) e o Grupo 2 compostos de mulheres Adultosmaduros de 35 a 65 anos (n=23). Os dados foram processados através da análise estatística composto por média, e desvio padrão, comparando os dois grupos em forma de tabela para visualizar os resultados. Foi utilizado o programa Excel para a análise estatística e formulação de tabelas para a apresentação dos resultados obtidos. 3. RESULTADOS A tabela 1 apresenta a dimensão da pesquisa de modo geral, demostrando que a pesquisa foi composta por 40 praticantes de musculação do sexo feminino com idades que variaram de 20 a 65 anos, além da idade mínima e máxima nos quais foi o dividido os dois grupos. Tabela 1 Amostra Variáveis Sexo Média por idade Min Max Feminino 20 a a 65 Sexo Feminino Faixa etária em anos 20 a , a ,
8 Na tabela 2 apresenta à média e desvio padrão geral das dimensões da pesquisa observa-se que o principal motivo para as mulheres de 20 a 65 anos a buscar a pratica da atividade de musculação é a Saúde, a segunda Prazer, seguida pela Estética e controle de Estresse. Quando comparado os dois grupos com as diferentes faixas etárias observa-se que adulto jovem tem como principal motivo o Prazer seguido pela saúde e estética, já o Adulto maduro tem como principal motivo a Saúde seguida pelo prazer e estética. As dimensões de sociabilidade e competitividade foram às menos expressivas de modo geral e em ambos os grupos. Tabela 2 Analise Geral G1 - Adulto Jovem G2 - Adulto Maduro n=40 n=17 n=23 Média (DP) Média (DP) Média (DP) Controle de Estresse 28,53 (6,78) 27,94 (6,80) 30,00 (6,79) Saúde 34,44 (4,86) 35,47 (5,26) 36,09 (4,64) Sociabilidade 17,27 (9,90) 13,94 (8,36) 20,96 (10,05) Competitividade 10,17 (5,62) 8,82 (2,21) 11,96 (6,93) Estética 30,71 (6,64) 34,65 (4,34) 30,87 (7,62) Prazer 33,9 (4,22) 36,00 (3,22) 35,52 (4,89) 4. DISCUSSÃO Este estudo buscou verificar o motivo que levam a mulheres a pratica da musculação, sendo os motivos que mais presentaram maiores medias em primeiro lugar a saúde (34,4), em segundo o prazer (33,9), em terceiro lugar estética (30,71), quarto controle de estresse (28,53) e as que menos motivam são sociabilidade (17,27) e competitividade (10,17). O estudo semelhante que utilizou o IMPRAF-54, para investigar os motivos da pratica da musculação foi realizado no município de São José SC, onde apontaram os principais fatores para motivação da pratica da musculação, sendo o primeiro fator motivacional prazer (34,7), saúde (30,2) e estética (29,5), controle de estresse (25,5) sociabilidade (25,1) competitividade (16,0). (ANDRADE & FONSECA, 2013) Outro estudo semelhante utilizando o IMPRAF-54 realizado na cidade de Pantano Grande RS quando analisado as mulheres na faixa etária de 19 a 50
9 anos, notou-se que a saúde (40,96) foi a dimensão de maior expressão, seguida pelo prazer (39,13). (Machado, 2006) Balbinotti e Capozzoli (2008) mostra que a saúde é um fator motivacional de maior valor para o público feminino, seguido do prazer, estética, controle de estresse, sociabilidade e competitividade. No estudo de Firmino (2010) realizado na cidade de Curitiba-PR com 90 participantes sendo n=40 mulheres com idade de 20 a 40 anos a saúde foi apontada como o principal fator motivacional entre esse público quando a este relacionado a imagem corporal em indivíduos adultos frequentadores de academia. Já o estudo realizado por Tavares Junior e Planche (2016) investigou os motivos que levam as mulheres da cidade de Pirassunga - SP (n=44) e constatou que 45,5% busca a estética como principal motivo para pratica de exercícios, porem se destacar no estudo as motivações relacionadas a saúde, qualidade de vida e a melhora da aptidão física somados chegam a 49,9% que são aspectos comparados a outros estudos como motivos importantes para pratica de exercícios. Assim sendo quando analisado o principal motivo para as mulheres a pratica da atividade de musculação, há concordância, pois em estudos similares mostram que a saúde foi à dimensão mais escolhida como a motivação. Quanto baseados na teoria de autodeterminação de Ryan & Daci (1985) podemos dizer então que ocorre uma motivação extrínseca com a finalidade de obtenção de outros objetivos sejam matérias, ou sociais, por medo de consequências negativas como críticas sociais (RYAN & DECI 2000, apud BALBINOTI et al. 2011; BARBOSA, 2005). Assim o motivo para a pratica da atividade de musculação por mulheres, está relacionado a saúde, estética e competitividade. Quando relacionada ao prazer, controle de estresse e sociabilidade a motivação ocorre de forma intrínseca de forma voluntaria com a busca de satisfação, bem-estar psicológico, interesse, prazer, sensação de alivio e descanso ao realizar a atividade (RYAN & DECI 2000, apud BALBINOTI et al. 2011; BARBOSA, 2005). Assim pode-se dizer quando comparado os dois grupos o G1 devido à dimensão de Prazer, obtém forma motivação intrínseca para pratica da atividade de musculação, por interesse, satisfação e realização (BALBINOTTI, 2011). E o G2 dimensão motivacional principal está relacionado à saúde evidenciando a qualidade de vida, assim a forma de motivação extrínseca deste grupo.
10 5. CONCLUSÃO Os objetivos do presente estudo foram concluídos, desta forma que como elemento motivacional para a prática de atividade musculação quando comparado aos dois grupos apresentam resultados semelhantes, concluindo que a saúde é o fator de grande importância para está prática, mostrando que as mulheres estão cada vez mais preocupadas com a saúde e o prazer, e assim estão mais conscientes dos benefícios da pratica de atividade de musculação, entendemos o porquê estão incluindo cada vez mais o treinamento de força como parte de seus programas diários. Analisando o estudo de forma geral, as informações obtidas são de suma importância para profissionais que atuam com a atividade musculação. Assim novos estudos devem ser conduzidos para verificar diferentes grupos com outras variáveis relacionadas prática de atividade de musculação em mulheres. 6. REFERÊNCIAS ANDRADE, Rafael L. e FONSECA, Fernanda; MOTIVAÇÃO À PRÁTICA DA MUSCULAÇÃO: UM ESTUDO NAS ACADEMIAS DE SÃO JOSÉ. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Ano 18, Nº 179, abril de BAGNARA, Indianara P.; MUSCULAÇÃO: MITOS, MEDOS E OBJETIVOS DE MULHERES PRATICANTES DA MODALIDADE; EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Ano 17, Nº 171, agosto de BALBINOTTI, Marcos A. A.; CAPOZZOLI, Carla J.; MOTIVAÇÃO À PRÁTICA REGULAR DE ATIVIDADE FÍSICA: UM ESTUDO EXPLORATÓRIO COM PRATICANTES EM ACADEMIAS DE GINÁSTICA. Rev. bras. Educ. Fís. Esp., São Paulo, v.22, n.1, p.63-80, jan./mar BALBINOTTI, Marcos A. A.; BARBOSA, Marcus L. L.; INVENTÁRIO DE MOTIVAÇÃO À PRATICA REGULAR DE ATIVIDADE FÍSICA (IMPRAF-54).
11 Laboratório de Psicologia do Esporte. Universidade Federal do Rio Grande do Sul: Porto Alegre, BALBINOTTI, Marcos A. A.; BARBOSA Marcus L. L.; BALBINOTTI, Carlos A. A.; SALDANHA, Ricardo. P.; MOTIVAÇÃO À PRÁTICA REGULAR DE ATIVIDADE FÍSICA: UM ESTUDO EXPLORATÓRIO, Estudos de Psicologia, 16(1), janeiroabril/2011, BARBOSA, Marcus L. L.; PROPRIEDADES MÉTRICAS DO INVENTÁRIO DE MOTIVAÇÃO Á PRATICA REGULAR DE ATIVIDADE FÍSICA (IMPRAF-126). Porto Alegre, Dissertação (Mestrado em Ciências do Movimento Humano), Universidade do Rio Grande do Sul FERMINO, Rogerio C.; PEZZINI, Mariana R.; REIS, Rodrigo S.; MOTIVOS PARA PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA E IMAGEM CORPORAL EM FREQUENTADORES DE ACADEMIA. Rev. Bras. Med. Esporte [online]. 2010, vol.16, n.1, pp ISSN FERNANDES, Helder M.; VASCONCELOS-RAPOSO, José; CONTINUUM DE AUTO-DETERMINAÇÃO: VALIDADE PARA A SUA APLICAÇÃO NO CONTEXTO DESPORTIVO; Estudos de Psicologia 2005, 10(3), FLECK, Steven J; KRAEMER, William J.; FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA MUSCULAR. 3. ed. Porto Alegre: Artmed Editora, p. FLECK, Steven J; KRAEMER, William J.; OTIMIZANDO O TREINAMENTO DE FORÇA. Editora Manole, GHORAYEB, Nabil; BARROS NETO, Turibio L.; O EXERCÍCIO: PREPARAÇÃO FISIOLÓGICA - AVALIAÇÃO MÉDICA - ASPECTOS ESPECIAIS E PREVENTIVOS. São Paulo: Atheneu, p. LESSA, Patrícia; OSHITA, Tais A. D.; VALEZZI, Mônica; QUANDO AS MULHERES INVADEM AS SALAS DE MUSCULAÇÃO: ASPECTOS BIOSSOCIAIS DA
12 MUSCULAÇÃO E DA NUTRIÇÃO PARA MULHERES, Iniciação Científica CESUMAR, Jul./Dez. 2007, v. 09, n.02, p LIMA, Anizielle A.; MOTIVOS DE ADESÃO À PRÁTICA DE ATIVIDADES FÍSICAS EM ACADEMIAS FEMININAS, Revista Digital - Buenos Aires - Ano 15 - Nº Abril de 2010, 1/ MACHADO, Victoria R.; MOTIVOS QUE LEVAM AS MULHERES A PRATICAREM ACADEMIA EM PANTANO GRANDE RS, Universidade De Santa Cruz do Sul, Santa Cruz do Sul, MEIRELLES, Morgana A. E.; ATIVIDADE FÍSICA NA TERCEIRA IDADE: UMA ABORDAGEM SISTÊMICA. 2. ed. Rio de Janeiro: Sprint, p. MERCADO MUNDIAL DE FITNESS EM NÚMEROS. Edição Online da Revista ACAD Brasil Revista 78 Ano 18 3º edição agosto/setembro MIRANDA, Leticia; HISTÓRIA E FILOSOFIA DA MUSCULAÇÃO, EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Ano 19, Nº 195, Agosto de 2014, 1/4 VIAIS, Alessandra S.; BENEFÍCIOS DA PRÁTICA DA MUSCULAÇÃO NA IMAGEM CORPORAL PARA MULHERES, FACIDER Revista Científica, Colider, n 09, 2015.
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